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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Presente em 132 países, variante delta carrega aumento das infecções pelo coronavírus no mundo, diz OMS

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Apenas no último mês, o número de novas infecções aumentou em 80% em todo o mundo. Agência de saúde da ONU alerta para o aumento de mortes no continente africano, que tem apenas 1,5% de vacinados.
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Por G1

Postado em 30 de julho de 2021 às 17h05m


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Homem usa máscara de proteção contra o coronavírus em Tóquio em 30 de julho de 2021 — Foto: Issei Kato/Reuters
Homem usa máscara de proteção contra o coronavírus em Tóquio em 30 de julho de 2021 — Foto: Issei Kato/Reuters

A alta transmissão da variante delta do coronavírus – identificada já em 132 países – tem sido responsável pelo rápido aumento no números de infecções da Covid-19 em todo o mundo, disse nesta sexta-feira (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O chefe da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou em entrevista coletiva que apenas no último mês, o número de novas infecções pelo vírus aumentou cerca de 80% em ao menos cinco regiões do mundo.

"Muito desse aumento está sendo carregado pela variante delta, altamente transmissível, que agora foi detectada em pelo menos 132 países", disse Ghebreyesus.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em entrevista coletiva na sede da agência em foto de arquivo — Foto: Christopher Black/OMS/Reuters
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em entrevista coletiva na sede da agência em foto de arquivo — Foto: Christopher Black/OMS/Reuters

Agência de saúde da ONU também fez um alerta para o aumento das mortes no continente africano, que chegou a 80% neste mesmo período.

A região é a que tem a menor cobertura vacinal em todo o mundo e conseguiu, até o momento, proteger apenas 1,5% da sua população adulta.

Todos os ganhos que a gente vinha conquistando a duras penas estão sob risco ou sendo perdidos", disse o chefe da OMS. "Sistemas de saúde em muitos países estão sobrecarregados. 
Proteção pela vacina

O diretor-executivo de emergências da OMS, Mike Ryan, falou sobre a importância da vacinação para evitar casos graves da Covid-19 e reafirmou que elas são eficazes contra a variante delta.

As vacinas que estão aprovadas pela OMS oferecem uma proteção significativa contra doenças graves e internações para todas as variantes, incluindo a delta, disse Ryan.

Mark Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, prevê que o coronavírus se tornará 'um vírus endêmico, que continuará a ser uma ameaça, mas uma ameaça de nível muito baixo' — Foto: OMS/Twitter
Mark Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, prevê que o coronavírus se tornará 'um vírus endêmico, que continuará a ser uma ameaça, mas uma ameaça de nível muito baixo' — Foto: OMS/Twitter

Ele ainda afirmou que o vírus vem se adaptando para a transmissão entre humanos, e por isso ficou mais rápido, mas ponderou que "estamos enfrentando o mesmo vírus".

Já a chefe do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, comentou que houve um aumento nas taxas de internação em vários países, por conta da variante.

Ela disse, no entanto, que o número de mortes vem se mantendo baixo entre aqueles que mais vacinaram sua população.

Variante delta

Em meados de junho, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, alertou que a variante delta do coronavírus vinha se tornando dominante no mundo por conta de sua "maior transmissibilidade".

Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras variantes.

Quanto mais circula (transmitido de uma pessoa para outra), mais ele faz replicações – e maior é a probabilidade de ocorrência de modificações no seu material genético.

Veja 5 pontos sobre a variante delta
Veja 5 pontos sobre a variante delta

Mas isso não significa que ela seja resistente às vacinas. Na ocasião, a chefe do programa de emergências, Maria van Kerkhove, afirmou que as vacinas conseguem reduzir casos graves de Covid.

Ela reafirmou, no entanto, que as duas doses da vacina – quando a aplicação é feita em duas doses – são importantes para garantir a proteção completa.

Kerkhove também e alertou para o surgimento de uma "constelação de variantes" no futuro que pode se tornar um problema para a imunização se ela não for acelerada.

"A boa notícia é que até agora as vacinas funcionam contra a delta", disse a cientista. "Mas pode haver um momento em que surja uma 'constelação de mutações' e tenha uma contra a qual elas percam sua potência. É isso que queremos evitar o máximo que pudermos."

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Estudo liderado por brasileiros encontra coronavírus na retina humana

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O estudo, publicado na revista científica americana JAMA Ophthalmology, foi realizado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
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Por G1

Postado em 30 de julho de 2021 às 13h35m


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Uveíte pode desencadear outros problemas nos olhos, como catarata, glaucoma e edemas de retina — Foto: Unsplash
Uveíte pode desencadear outros problemas nos olhos, como catarata, glaucoma e edemas de retina — Foto: Unsplash

Pesquisadores brasileiros identificaram a presença do coronavírus na retina de pessoas que tiveram Covid-19, segundo um estudo publicado na quinta-feira (29). Anteriormente, o grupo já havia observado que cerca de 20% das pessoas que foram contaminadas pela doença apresentavam anomalias oftalmológicas.

O estudo, publicado na revista científica americana JAMA Ophthalmology, foi realizado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

"Essa pesquisa mostrou, depois de muitos meses, que o vírus pode estar na retina - e que talvez ele se esconda no sistema nervoso central e em outros órgãos, sendo uma espécie de reservatório, podendo estar relacionado aos casos de Covid crônica", explica Rubens Belfort Junior, um dos coordenadores da pesquisa e presidente da Academia Nacional de Medicina, em entrevista ao Globo News.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores analisaram a retina de pacientes que faleceram em decorrência da gravidade da Covid-19, e que tiveram os órgãos doados pelas famílias.

Ao todo, foram analisados os olhos de três pacientes, sendo dois homens e uma mulher. Os pacientes tinham entre 69 e 78 anos.

O processo de enucleação ocular - remoção dos olhos - foi realizado em um período de até 02 horas após a morte dos pacientes e utilizou a tecnologia de transplante de córnea.

O que a retina pode revelar?

A retina, segundo Belford, é um excelente biomarcador, ou seja, pode revelar o que está acontecendo em outras partes do organismo.

"Isso [a análise da retina] nos dá a possibilidade de descobrir a presença do vírus em outras partes do sistema nervoso central onde ele esteja causando doença. Não seria apenas a alteração vascular, mas sim a ação direta do vírus nos tecidos", diz Belford.

Estudo detecta coronavírus na retina de quem teve Covid-19
Estudo detecta coronavírus na retina de quem teve Covid-19

Sequelas a longo prazo

Uma pesquisa anterior feita pelos pesquisadores revelou que cerca de 20% dos pacientes contaminados com Covid, seja casos leves ou graves, apresentaram anomalias vasculares.

"Não é dependente exclusivamente da gravidade, pode ser a própria maneira do vírus causar reações no organismo", afirma Belford.

Segundo o especialista, a maioria das lesões acaba se resolvendo sem deixar problemas graves, mas existe uma pequena parcela dos infectados que pode ter sequelas para a vida toda.

"A gente calcula que apenas 2% a 3% tem lesão grave e que algumas pessoas, dentro desse percentual, podem perder a visão de um dos olhos, pelo menos. Mas, tudo ainda é muito novo e as pesquisas ainda estão evoluindo", explica Belford.

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