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quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Itália bate recorde de temperatura na Europa com 48,8°C e luta contra incêndios florestais

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Forte onda de calor atingiu o país do mediterrâneo nesta semana. Altas nas temperaturas acompanha a chegada de um anticiclone que vem sendo chamado de 'Lúcifer'.
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TOPO
Por RFI

Postado em 11 de agosto de 2021 às 16h30m


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Os bombeiros italianos lutam contra um incêndio que assola Palermo, na Sicília, que expulsou as pessoas de suas casas — Foto: Stringer/Vigili del Fuoco/AFP
Os bombeiros italianos lutam contra um incêndio que assola Palermo, na Sicília, que expulsou as pessoas de suas casas — Foto: Stringer/Vigili del Fuoco/AFP

Uma forte onda de calor atinge a Itália carregada pela chegada do anticiclone "Lúcifer", fenômeno formado em uma zona de alta pressão atmosférica. Na quarta-feira (11), o país registrou uma temperatura recorde de 48,8º C.

O valor, marcado região da Sicília, bate o recorde europeu anterior, quando em 1999 os termômetros registraram 48,5º C, também na Itália.

Na região da Calábria, conhecida como a ponta da bota italiana, e na Sicília, os bombeiros tiveram que realizar 300 intervenções nas últimas 12 horas para apagar focos de incêndio. Sete aviões Canadair foram mobilizados desde o amanhecer para lançar água sobre as chamas, anunciaram os bombeiros.

Um homem de 77 anos morreu nesta quarta-feira em decorrência de queimaduras sofridas em um incêndio enquanto tentava proteger seu rebanho no interior de Reggio, na Calábria.

Enquanto isso, a Madonia, região montanhosa próxima à capital da Sicília, Palermo, está há vários dias cercada por chamas que são alimentadas pelo vento e pelo calor extremo. O fogo destrói plantações, casas e fábricas.
Incêndios florestais na Itália — Foto: G1 Mundo
Incêndios florestais na Itália — Foto: G1 Mundo

Estado de emergência

O governador da Sicília, Nello Musumeci, pede que seja declarado estado de emergência para a Madonia. O ministro da Agricultura, Stefano Patuanelli, visitou o local nesta quarta-feira e prometeu "uma ajuda àqueles que perderam tudo".

Devemos, também, promover o papel da agricultura como guardiã do território" disse Patuanelli. "Devemos garantir que o agricultor que cuida de terras improdutivas, com manejo do solo que sirva para prevenir incêndios, seja protegido e amparado."

Na Calábria, as chamas ameaçam o Geoparque Global da Unesco de Aspromonte, um parque nacional do país.

O presidente da ONG ambiental WWF Itália pediu na terça-feira "a intervenção imediata de recursos aéreos adicionais".

Caso contrário, será tarde demais e perderemos para sempre um patrimônio de valor inestimável, lamentou. Ele também pediu "aumento da vigilância no campo porque nas áreas onde os incêndios já foram extintos houve registros de novos focos, muitos originados por criminosos inescrupulosos", denunciou.

A Sardenha, onde um camponês de 35 anos suspeito de incêndio criminoso foi preso na terça-feira (10), não foi poupada: 13 incêndios foram registrados em apenas um dia e seis deles exigiram a intervenção de meios aéreos.

Triplo de incêndios

De acordo com o Coldiretti, o principal sindicato agrícola do país, o número de incêndios mais do que triplicou neste verão em comparação com a média do mesmo período, entre 2008 e 2020.

Se por um lado seis em cada dez incêndios são de origem criminosa, por outro é necessário sublinhar as consequências do abandono de explorações agrícolas e a falta de fiscalização das florestas de domínio público, destaca o sindicato, já que mais de um terço da Itália é coberto por bosques e florestas (11,4 milhões de hectares). Temos que acabar com o abandono do campo, conclui.

Nos próximos dias, o anticiclone responsável pela onda de calor que atingiu a Itália, apropriadamente chamado de Lúcifer, deverá se deslocar para o norte, onde as temperaturas devem atingir entre 39 e 40 graus Celcius na Toscana (centro), neste fim de semana de 15 de agosto e no Lazio (região de Roma).

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