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quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Jon Fosse, escritor norueguês, ganha Prêmio Nobel de Literatura 2023

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Anúncio foi feito nesta quinta-feira (5) pela Academia Sueca, em Estocolmo. Segundo a Academia, o prêmio foi concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".
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Por g1

Postado em 05 de outubro de 2023 às 19h45m

#.*Post. - N.\ 10.968*.#

Jon Fosse, escritor norueguês, ganha Prêmio Nobel de Literatura 2023
Jon Fosse, escritor norueguês, ganha Prêmio Nobel de Literatura 2023

Jon Fosse, escritor e dramaturgo norueguês, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura 2023. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5), pela Academia Sueca, em Estocolmo.

Segundo a Academia, o prêmio foi concedido "por suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".

Com o anúncio, Fosse declarou estar "impressionado e um pouco assustado", em um comunicado. "Vejo isto como um prêmio à literatura que, acima de tudo, pretende ser literatura, sem outras considerações."

O autor, que escreve na versão menos comum das duas versões oficiais do norueguês, disse que considerava o prêmio um reconhecimento desse idioma e do movimento que o promove, e que, em última análise, ele devia o prêmio ao próprio idioma.

Ganhador do prêmio Nobel deste ano, Jon Fosse — Foto: Divulgação/Reprodução/Twitter
Ganhador do prêmio Nobel deste ano, Jon Fosse — Foto: Divulgação/Reprodução/Twitter

Nascido em 1959, em Haugesund, na costa oeste da Noruega, Fosse fez sua estreia em 1983, com o romance "Raudt, svart" ("Vermelho, preto", sem publicação no Brasil). Já chamado de "Samuel Beckett norueguês do século XXI", sua obra inclui ficção, poesia, ensaios, mais de 40 peças teatrais e títulos infantis.

"Jon Fosse tem muito em comum com seu grande precursor na literatura norueguesa de Nynorsk, Tarjei Vesaas. Fosse combina fortes laços locais, tanto linguísticos como geográficos, com técnicas artísticas modernistas", diz a Academia.

"Embora Fosse partilhe a perspectiva negativa dos seus antecessores, não se pode dizer que a sua visão gnóstica particular resulte num desprezo niilista pelo mundo. Na verdade, há grande calor e humor no seu trabalho, e uma vulnerabilidade ingênua às suas imagens nítidas da experiência humana."

De acordo com a Academia, sua obra-prima em prosa é a série "Septology" (sem tradução em português), concluída em 2021: "Det andre namnet" ("O segundo nome", na tradução livre para o português), "Eg er ein annan" ("Eu sou outra pessoa", na tradução livre para o português) e "Eit nytt namn" ("Um novo nome", na tradução livre para o português).

Já na dramaturgia, seu destaque foi com a peça "Nokon kjem til å komme" (1996; "Alguém vai chegar", na tradução livre para o português), "com seus temas de expectativa assustadora e ciúme paralisante, a singularidade de Fosse é totalmente evidente", diz a Academia.

"Jon Fosse é hoje um dos dramaturgos mais atuados no mundo e tem se tornado cada vez mais reconhecido por sua prosa. A condição humana é o tema central da obra de Fosse, independentemente do gênero."

Ganhador do Nobel de Literatura — Foto: Reprodução/Twitter
Ganhador do Nobel de Literatura — Foto: Reprodução/Twitter

Em setembro, a Companhia das Letras publicou "É a Ales", que apresenta uma reflexão de amor e a perda a partir das memórias de Signe, uma mulher que espera seu marido, desaparecido depois de sair de barco em um fiorde.

Os últimos vencedores do Prêmio Nobel de Literatura

Annie Ernaux — Foto: Julie Sebadelha/AFP
Annie Ernaux — Foto: Julie Sebadelha/AFP

No ano passado, a vencedora foi a francesa Annie Ernaux. Com mais de 20 livros publicados, a escritora é conhecida por romances autobiográficos e livros de memórias que tematiza experiências de classes e gênero. A escritora recebeu o prêmio pela "coragem e acuidade clínica com que revela as raízes, estranhamentos e inibições coletivas da memória pessoal", afirmou a Academia.

  • 2022: Annie Ernaux (França)
  • 2021: Abdulrazak Gurnah (Tanzânia)
  • 2020: Louise Glück (Estados Unidos)
  • 2019: Peter Handke (Áustria)
  • 2018: Olga Tokarczuk (Polônia)
  • 2017: Kazuo Ishiguro (Reino Unido)
  • 2016: Bob Dylan (Estados Unidos)
  • 2015: Svetlana Alexievich (Belarus)
  • 2014: Patrick Modiano (França)
  • 2013: Alice Munro (Canadá)
Polêmica no Nobel de Literatura

Em 2021, o Nobel de Literatura foi entregue ao escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah, cujos romances exploram o impacto da migração em indivíduos e sociedades. Ele foi apenas o sexto premiado com raízes africanas – o Nobel foi frequentemente criticado por priorizar autores europeus e americanos, além de ter sido entregue a mais homens, com apenas 16 mulheres entre os 118 premiados.

Tanto o prêmio de 2021 quanto o de 2020, entregue à poeta americana Louise Glück, se seguiram a anos de controvérsia e escândalos envolvendo o Nobel de Literatura.

A organização superou o período, mas voltou a ser criticada em 2019 por entregar o Nobel de Literatura ao romancista austríaco Peter Handke, envolvido em controvérsias por ter sido acusado de apologia a crimes de guerra na Sérvia.

Nobel em 2023

A medalha do Prêmio Nobel — Foto: The Nobel Prize Foundation
A medalha do Prêmio Nobel — Foto: The Nobel Prize Foundation

Os vencedores dos Prêmios Nobel deste ano receberão 1 milhão de coroas extras, elevando a recompensa financeira total para 11 milhões de coroas suecas (na conversão direta atual, cerca de R$ 5,05 milhões), informou a Fundação Nobel, que administra os prêmios.

A láurea de medicina foi a primeira a ser anunciada nesta segunda-feira (2). O prêmio foi para Katalin Karikó e Drew Weissman, por pesquisas que permitiram criação de vacinas contra Covid.

Katalin Karikó e Drew Weissman venceram o prêmio Nobel de medicina — Foto: AP Foto/Eugene Hoshiko
Katalin Karikó e Drew Weissman venceram o prêmio Nobel de medicina — Foto: AP Foto/Eugene Hoshiko

O prêmio de Física, anunciado na terça-feira (3), foi para três cientistas com estudo que explora o mundo dos elétrons. Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier realizaram experimentos que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas.

Anne L'Huillier é a quinta mulher a ganhar o Nobel de física — Foto: Bertil Ericson/TT News Agency via AP
Anne L'Huillier é a quinta mulher a ganhar o Nobel de física — Foto: Bertil Ericson/TT News Agency via AP

O prêmio foi concedido aos cientistas pela descoberta e pelo desenvolvimento de pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que o seu tamanho determina as suas propriedades. Esses menores componentes da nanotecnologia agora espalham sua luz a partir de televisores e lâmpadas LED, e também podem orientar os cirurgiões na remoção de tecido tumoral, entre muitas outras coisas.

O que é o Prêmio Nobel

A láurea foi criada pelo químico e empresário Alfred Nobel. Inventor da dinamite em 1867, o sueco doou a maior parte de sua fortuna em testamento para a criação de prêmios de física, química, medicina, literatura e paz (o prêmio de economia foi criado anos mais tarde).

Um busto do fundador do Prêmio Nobel, Alfred Nobel, em exibição durante cerimônia de entrega da láurea em 2018, em Estocolmo. — Foto: Henrik Montgomery/TT News Agency via AP, File
Um busto do fundador do Prêmio Nobel, Alfred Nobel, em exibição durante cerimônia de entrega da láurea em 2018, em Estocolmo. — Foto: Henrik Montgomery/TT News Agency via AP, File

O documento dizia que os prêmios deveriam ser concedidos "àqueles que, durante o ano anterior, tenham conferido o maior benefício à humanidade".

Contudo, hoje em dia, conforme explica Juleen Zierath, membro do Instituto Karolinska - o júri do Nobel de Medicina-, essa regra não é mais tão levada à risca.

"Você pode ter feito essa descoberta em um estágio muito inicial de sua carreira de pesquisa, ou pode ter feito essa descoberta em um estágio muito avançado de sua carreira de pesquisador", ressalta a pesquisadora.

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Ailton Krenak é 1º indígena eleito para a Academia Brasileira de Letras

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Filósofo, professor, escritor, poeta, ambientalista e líder ativista da causa dos povos originários entra na cadeira 5. Ele recebeu 23 votos.
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Por g1

Postado em 05 de outubro de 2023 às 19h15m

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Merval Pereira diz que eleição de Ailton Krenak para a ABL reafirma a representatividadeMerval Pereira diz que eleição de Ailton Krenak para a ABL reafirma a representatividade

Ailton Krenak foi eleito para a cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quinta-feira (5). O filósofo, professor, escritor, poeta, ambientalista e líder ativista da causa dos povos originários é o primeiro indígena a se juntar à instituição.

Membro da Academia Mineira de Letras desde março, ele entra para a vaga deixada por José Murilo de Carvalho, que morreu em agosto. Krenak recebeu 23 votos. Mary Lucy Murray Del Priore teve 12, e Daniel Munduruku, 4.

Ailton Krenak — Foto: Reprodução
Ailton Krenak — Foto: Reprodução

"O Krenak é um poeta. É uma visão de mundo muito apropriada para este momento em que o mundo está preocupado com o meio ambiente, com a mudança climática, que os povos originários lutam pelos seus direitos", diz o presidente da ABL, Merval Pereira.

"Tudo isso está embutido na vitória do Ailton Krenak aqui na Academia, e estamos muito contentes com isso."

Nascido em 1953 em Itabirinha (MG), Krenak fundou a organização não governamental Núcleo de Cultura Indígena, que visa promover a cultura indígena, em 1985.

Na Assembleia Constituinte de 1987, da qual o grupo participou por causa de uma emenda popular, assumiu ativo papel na defesa dos direitos de seu povo.

Ailton Krenak com seu rosto pintado — Foto: JN
Ailton Krenak com seu rosto pintado — Foto: JN

Autor de diversos livros como "Ideias para adiar o fim do mundo", "A vida não é útil" e "O Amanhã não está à venda", teve obras traduzidas para mais de treze países. Atualmente vive na Reserva Indígena Krenak, em Resplendor (MG).

"O Krenak é realmente um indígena que trabalha a cultura indígena, a valorização da oralidade e da tradição de passar as mensagens e os pensamentos", afirma Pereira.

"Ele tem um livro, 'Futuro Ancestral', na qual fala que reservar os rios é uma atitude de preservar o futuro. Os rios já estavam aqui antes da gente chegar, então, é por isso que essa visão da natureza, do homem junto da natureza, que estamos reforçando através de um grande escritor e de um grande intelectual indígena."

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Relatório da ONU aponta para desaceleração do crescimento econômico mundial em 2023

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Brasil, China, Japão, México, Rússia e Índia são exceções e devem registrar crescimento. Para o Brasil, a previsão é de 3,3%, com 2,3% previstos para o próximo ano.
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g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2023

Postado em 05 de outubro de 2023 às 07h10m

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ONU aponta desacelaração do crescimento mundialONU aponta desacelaração do crescimento mundial

Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta desaceleração do crescimento econômico mundial. No entanto, para o Brasil, a tendência é positiva. O relatório compara a economia mundial a um avião que entrou em estol, voando tão devagar que está à beira de cair. O crescimento modesto de 2,3% previsto para 2023 atende à definição de recessão global, diz o texto.

Já 2024 sugere uma pequena melhora, crescimento de 2,5%, mas somente se a área do euro se recuperar e as maiores economias evitarem choques adversos. O estudo destaca que esse baixo crescimento é um dos menores das últimas quatro décadas, excetuando-se os anos de crise.

Brasil, China, Japão, México, Rússia e Índia são exceções e devem registrar crescimento. A Índia deve ter o maior crescimento, com previsão de 6,6% para este ano. Em relação ao crescimento previsto para este ano no relatório do ano passado, Brasil e Rússia tiveram os melhores resultados.

Previsão da ONU para o crescimento mundial. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo
Previsão da ONU para o crescimento mundial. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo

Para o Brasil, a previsão para 2023 era de 0,9% de crescimento, agora saltou para 3,3%, com 2,3% previstos para o próximo ano. A China, que cresceu 8,4% em 2021, deve crescer significativamente menos, 4,6% este ano.

O relatório expressa preocupação com a área do euro, que caiu de um crescimento de 5,4% em 2021 para apenas 0,4% este ano. Alerta que o aperto monetário na área do euro arrisca empurrar a Europa para uma recessão em 2024.

Para os Estados Unidos, o relatório vê o risco de uma forte desaceleração no segundo semestre de 2023 e um ambiente de incerteza em torno da eleição presidencial do próximo ano.

Organização das Nações Unidas. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo
Organização das Nações Unidas. — Foto: Reprodução/Jornal da Globo

O relatório destaca a crescente desigualdade econômica e o esmagamento das economias dos países em desenvolvimento sob o peso da dívida externa.

Metade da população mundial, 3,5 bilhões de pessoas, vive em países que gastam mais com o serviço da dívida do que com saúde e educação. Por isso, cresce a dificuldade em atender necessidades críticas como segurança alimentar, proteção social e adaptação climática.

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