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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Ford inaugurou a primeira fábrica de automóveis do Brasil; veja o histórico

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Empresa anunciou nesta segunda-feira (11) que fechará todas as fábricas da marca no país. Mercado brasileiro será atendido apenas por veículos importados.  
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Por G1  
11/01/2021 19h15 Atualizado há uma hora
Postado em 11 de janeiro de 2021 às 20h20m


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Ford anuncia fim da produção de veículos no Brasil
Ford anuncia fim da produção de veículos no Brasil

A decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil coloca ponto final em uma história de mais de 100 anos de investimentos no país.

A primeira fábrica de automóveis do Brasil foi da Ford. Em 1º de maio de 1919, a montadora abriu as portas de uma planta na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo. O modelo de produção era o Ford T, também chamado de Ford Bigode. As peças eram importadas e a montagem, feita aqui.

Começam a ser montados os primeiros carros no Brasil, em 1921. Muita gente aparecia interessada em acompanhar de perto a construção de um automóvel. E isso podia ser feito no prédio da Ford na Rua Solon, no bairro do Bom Retiro, Zona Central de São Paulo — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Começam a ser montados os primeiros carros no Brasil, em 1921. Muita gente aparecia interessada em acompanhar de perto a construção de um automóvel. E isso podia ser feito no prédio da Ford na Rua Solon, no bairro do Bom Retiro, Zona Central de São Paulo — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Desde 1904 carros da marca já chegavam ao país, ainda como importados. Por decisão do próprio Henry Ford, fundador da montadora, a empresa decidiu abrir sua subsidiária brasileira.

5 pontos: Ford encerra produção no Brasil
5 pontos: Ford encerra produção no Brasil

Entre 1920 e 1921, a montadora foi transferida para a Praça da República e, em seguida, para a Rua Sólon, no bairro do Bom Retiro. Ali, foi estruturada a primeira linha de montagem em série, onde funcionou até os anos 1950.

Em 1953, foi inaugurada a fábrica do Ipiranga. A produção diária da Ford passava para 125 veículos ao dia e mais de 2.500 funcionários circulavam pela planta de 200 mil metros quadrados. A nova planta possibilitou o avanço tecnológico para desenvolvimento do primeiro modelo totalmente brasileiro da montadora, o caminhão F-600, criado em 1957.

Caminhões F-600 da Ford Motors do Brasil, produzidos na fábrica do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, no Plano de Fabricação Nacional da empresa, com destino a Limeira, no interior de SP. Foto de setembro de 1957 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Caminhões F-600 da Ford Motors do Brasil, produzidos na fábrica do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, no Plano de Fabricação Nacional da empresa, com destino a Limeira, no interior de SP. Foto de setembro de 1957 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

A unidade do ABC era uma das fábricas de veículos mais antigas do Brasil. Antes de ficar nas mãos da Ford por mais de cino décadas, ela foi idealizada e construída pela extinta Willys-Overland do Brasil. A inauguração foi em 1954, com a produção do Jeep Willys.

Em 1967, a Ford comprou a Willys, e assumiu a fábrica de São Bernardo. Além da unidade, a empresa do oval azul terminou o desenvolvimento do Corcel, o primeiro Ford a ser produzido ali, no ano seguinte.

Em 1968, o Corcel foi um novo marco da montadora no segmento de carros médios. No ano seguinte, ganhou as versões cupê e GT, tornando-se o recordista de vendas da marca.

Naquele ano, foi inaugurado o Centro de Pesquisas de São Bernardo do Campo. A produção subiu para 250 veículos por dia, em turnos duplos de trabalho. Ali, surgiram outros lançamentos marcantes como Belina, Maverick, Del Rey, Verona e Pampa, todos montados no espaço.

Ford Motors do Brasil comemora 60 anos no país, em agosto de 1979 — Foto: Osvaldo Luiz/Estadão Conteúdo/Arquivo
Ford Motors do Brasil comemora 60 anos no país, em agosto de 1979 — Foto: Osvaldo Luiz/Estadão Conteúdo/Arquivo

Em 1974, foi inaugurada a fábrica de Taubaté, com investimento de US$ 400 milhões. Em 1978, foi a vez da abertura do Campo de Provas de Tatuí, em São Paulo.

Em 1987, a Ford e Volkswagen criaram a holding Autolatina para compartilhamento de plataformas de carros produzidos no Brasil e Argentina. A parceria durou até 1995.

O fim da Autolatina deu espaço a uma nova rodada de investimento da Ford no Brasil. A fábrica de São Bernardo do Campo passou a produzir o Fiesta em 1996, que seria um dos grandes sucessos da marca. No ano seguinte, surgiu o Ka.

Em 2001, foi inaugurada a fábrica de Camaçari, puxando para si a maior parte da produção de veículos de passeio, como o novo Fiesta e EcoSport. Em contrapartida, São Bernardo recebeu a linha de caminhões, vinda da extinta unidade do Ipiranga, na capital paulista. Em 2015, a planta comemorou o marco de 1 milhão de unidades produzidas.

Linha de produção do Ka, em São Bernardo do Campo, em 1997 — Foto: Divulgação
Linha de produção do Ka, em São Bernardo do Campo, em 1997 — Foto: Divulgação

Dali em diante, a crise global da montadora passou a se impor também no Brasil. A marca, que chegou a ser a quarta mais vendida no país, passou a amargar queda de vendas. Globalmente, a Ford revelou um plano para cortar custos e redução de portfólio, eliminando sedãs como Fusion e Fiesta.

De volta ao Brasil, a Ford anunciou em 2019 que iria fechar a fábrica de São Bernardo do Campo, tirar de linha o Fiesta e que parar de vender caminhões na América do Sul. Em outubro do ano passado, foi concluída a venda da fábrica do ABC paulista para a Construtora São José e com a FRAM Capital.

Raio-X do Ford no Brasil — Foto: G1
Raio-X do Ford no Brasil — Foto: G1

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Cesta básica fica mais cara em todas as capitais ao longo de 2020, aponta Dieese

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Salvador foi a capital com maior alta nos preços dos alimentos básicos. Comprometimento médio do salário mínimo com os alimentos básicos no país foi o maior em 12 anos.  
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Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro  
11/01/2021 11h48 Atualizado há 2 horas
Postado em 11 de janeiro de 2021 às 13h50m


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Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta de preços em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese em 2020 — Foto: Reprodução/TV Diário
Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta de preços em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese em 2020 — Foto: Reprodução/TV Diário

Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o preço médio da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas ao longo de 2020.

A cesta básica é o conjunto de alimentos necessários para as refeições de uma pessoa adulta. Segundo o Dieese, em 2020, a maior parte dos produtos que fazem parte dela apresentou elevação de preços em todo o país. O maior aumento foi observado em Salvador, enquanto o menor, em Curitiba.

Todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram aumento no preço da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1
Todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram aumento no preço da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1

A alta dos preços, segundo o órgão, foi reflexo, principalmente, da desvalorização cambial e do alto volume das exportações. Além disso, fatores climáticos, em decorrência de longos períodos de estiagem ou de chuvas intensas, também impactaram nos preços dos alimentos.

Entre os principais itens da cesta com maior aumento nos preços em todas as capitais pesquisadas, o Dieese destacou:

  • Carne bovina de primeira - por diversos motivos, como o intenso ritmo de exportação, principalmente para a China, a baixa disponibilidade de boi gordo no pasto, o encarecimento de importantes insumos pecuários importados e de alimentação do gado.
  • Leite UHT e manteiga - na maior parte do ano, foram verificados baixos estoques nacionais de leite no campo e custos elevados de produção, principalmente de insumos como soja e milho; além de problemas climáticos, como chuvas irregulares e secas extremas.
  • Arroz agulhinha foi um dos vilões da inflação de alimentos em 2020, pressionado pela desvalorização do real frente ao dólar, o que aumentou o custo de produção e elevou o volume de grão exportado, além da diminuição da área plantada e do abandono da política de estoques reguladores por parte do governo.
  • Óleo de soja: o Brasil exportou um elevado volume de soja e derivados, devido ao real desvalorizado em relação ao dólar e à forte demanda externa, o que fez aumentar o preço do produto no mercado interno.
  • Batata: produção foi impactada ao longo do ano devido a condições climáticas, que resultou em redução na oferta do produto e, consequentemente, na alta de preços.
  • Açúcar: também foi impactado pelo grande volume de exportações diante da desvalorização do real frente ao dólar.
  • Farinha de trigo e pão francês: como o Brasil não produz a quantidade de trigo suficiente para a demanda interna, o país depende da importação do produto, cujo preço foi elevado diante da desvalorização cambial.
  • Tomate: além da redução de área plantada, houve impacto por fatores climáticos que prejudicaram a produção.
Maior comprometimento do salário mínimo em 12 anos

De acordo com o Dieese, o preço médio mais caro da cesta básica em 2020 foi observado em São Paulo onde, em dezembro, chegou a R$ 631,46. Este valor correspondeu a 53,45% do salário mínimo vigente, que era de R$ 1.045 - foi o maior percentual observado desde 2008, quando foi de 57,68%.

São Paulo registrou o preço médio mais alto da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1
São Paulo registrou o preço médio mais alto da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1

Entre 2009 e 2019, o comprometimento do salário mínimo com a cesta básica só ficou acima de 50% em 2016, quando foi de 51,87%.

"O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta para o conjunto das capitais, considerando um trabalhador que recebe salário mínimo e trabalha 220 horas por mês, foi, em dezembro, de 115 horas e 08 minutos, maior do que em novembro, quando ficou em 114 horas e 38 minutos", destacou o Dieese.

Considerando o valor da cesta básica de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90, o que corresponde a 5,08 vezes o vigente. O cálculo é feito levando-se em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

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