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segunda-feira, 25 de julho de 2022

Wolfsschanze, o bunker onde Hitler planejou a guerra e o Holocausto

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Escondida nas florestas da Polônia, a "Toca do Lobo" era o quartel-general do líder nazista, lugar onde planos eram traçados para a guerra, o genocídio de judeus e onde ele sobreviveu a uma tentativa de assassinato.
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TOPO
Por Suzanne Cords, Deutsche Welle

Postado em 25 de julho de 2022 às 13h20m

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Turistas visitam as ruínas da "Toca do Lobo", quartel-general do Hitler na Polônia, em 2004 — Foto: Czarek Sokolowski
Turistas visitam as ruínas da "Toca do Lobo", quartel-general do Hitler na Polônia, em 2004 — Foto: Czarek Sokolowski

O antigo quartel-general do Führer era perfeitamente camuflado e impossível de ser visto do ar. Altas árvores de folhas caducas e redes escondiam a instalação. Em nenhum outro lugar Adolf Hitler passou tanto tempo durante a Segunda Guerra Mundial – o ditador esteve por cerca de 830 dias no bunker da Wolfsschanze (Toca do Lobo, em português).

Do lado de fora, o bunker de Hitler lembra uma antiga tumba egípcia. Hitler viveu nesta tumba, onde trabalhou e dormiu. "Parecia que as paredes de concreto de sete metros de espessura que o cercavam figurativamente o separavam do mundo exterior e o aprisionavam em sua loucura", diz o guia turístico Lukas Polubinski.

A natureza retorna ao local

Quando o Exército Vermelho, as forças armadas da União Soviética, se aproximavam, a Wehrmacht alemã explodiu os quartéis, em 24 de janeiro de 1945. Mas os enormes edifícios de aço não foram completamente destruídos. Após a guerra, os moradores saquearam materiais de construção das ruínas, mas enormes blocos de concreto ainda estão na floresta, cobertos de samambaias e musgo.

Os campos minados foram limpos, e turistas visitam a Wolfsschanze desde 1959. Quase 80 anos depois, os visitantes ainda podem sentir a atmosfera do lugar onde Hitler, seus generais e marechais não apenas planejaram campanhas, mas também discutiram detalhes do genocídio dos judeus.

Por um tempo, um operador turístico permitiu que os visitantes se sentassem em tanques e jogassem jogos de guerra com armas de ar. Mas a abordagem desencorajou visitantes em potencial, segundo Polubinski. Desde 2017, o lugar está sob gestão estatal. Cerca de 300 mil pessoas o visitam anualmente, a maioria da Polônia, mas também de outros países mundo afora.

É proibido entrar nos restos do bunker, mas alguns visitantes sobem nos poucos corredores restantes. "Tivemos que retirar muitas pessoas que se machucaram", afirma Polubinski, aconselhando o grupo a "ficar nas trilhas".

Tentativa de assassinato

Poucos passos após entrar na área, há uma placa em homenagem a Claus Schenk Graf von Stauffenberg. Em 20 de julho de 1944, o coronel tentou matar Hitler com uma bomba no local. O ataque fracassou.

"Não foi o primeiro atentado contra a vida do Führer", afirma Lukas Polubinski, acrescentando que houve pelo menos 42 ataques ao ditador.

Foto de 1944 mostra o interior da "Toca do Lobo" destruída após uma tentativa de assassinato de Hitler, que estava em pé no local apontado pela seta na imagem — Foto: AP
Foto de 1944 mostra o interior da "Toca do Lobo" destruída após uma tentativa de assassinato de Hitler, que estava em pé no local apontado pela seta na imagem — Foto: AP

Planejando a invasão da União Soviética

Por que os aliados não atacaram a Wolfsschanze para acabar com o terror nazista? "Simplesmente porque os bunkers eram maciços demais", diz Polubinksi. "Provavelmente os britânicos e os americanos sabiam desde o verão de 1943 que a Wolfsschanze existia, mas eles não estavam preocupados com os edifícios – eles queriam pegar Hitler. E eles não sabiam quando ele estaria lá."

Além disso, argumenta o guia turístico, os aviões da época não tinham autonomia para voar até a Prússia Oriental, lançar bombas e retornar à Inglaterra.

Hitler escolheu o local na Prússia Oriental não só porque era um bom esconderijo, mas sobretudo porque não ficava longe da fronteira russa, segundo Polubinksi. Em 22 de junho de 1941, ele ordenou o ataque à União Soviética a partir da Wolfsschanze.

Quarto Âmbar em Mauerwald?

A poucos quilômetros de distância, também bem escondido na densa floresta mista de coníferas, o Alto Comando do Exército havia instalado seu quartel-general, conhecido como Mauerwald.

Diferentemente da Wolfsschanze, esses bunkers não foram destruídos. Figuras em tamanho real foram colocadas nas salas úmidas e opressivas. Visitantes podem se maravilhar com uma réplica de um submarino e, surpreendentemente, uma réplica da lendária Sala de Âmbar, uma câmara decorada com painéis de âmbar.

Foi um presente que o rei prussiano Frederico Guilherme 2º (Friedrich Wilhelm 2º) deu ao czar Pedro 1º, o Grande, em 1716, como sinal de sua amizade e para confirmar a aliança entre seus países.

O czar exibiu a câmara em seu palácio em São Petersburgo. Mas durante a Segunda Guerra Mundial, soldados nazistas o roubaram e até hoje ninguém sabe onde está.

Naquela época, o chefe do distrito da Prússia Oriental, Erich Koch, sugeriu que o precioso salão poderia estar escondido no Mauerwald. Após a guerra, ele não foi executado porque as autoridades esperavam que ele revelasse o paradeiro. Ele se manteve em silêncio, no entanto. Mauerwald foi alvo de buscas várias vezes, mais recentemente em 2017, mas o tesouro segue desaparecido.

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