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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Duração de furacões aumenta com aquecimento global, sugere estudo publicado na 'Nature'

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Aumento da temperatura dos oceanos no Atlântico Norte faz com que furacões carreguem mais umidade quando tocam o solo, o que os deixa mais fortes, dizem cientistas de uma universidade japonesa. A destruição causada por eles também deve ir mais para dentro do continente à medida que a temperatura do planeta sobe.  
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Por G1  
12/11/2020 08h48 Atualizado há 6 horas
Postado em 12 de novembro de 2020 às 15h00



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Menino anda carregando pneu no ombro em meio a rua alagada após chuvas fortes na cidade de Villahermosa, no estado mexicano de Tabasco, no dia 11 de novembro. — Foto: Angel Hernandez/AFP
Menino anda carregando pneu no ombro em meio a rua alagada após chuvas fortes na cidade de Villahermosa, no estado mexicano de Tabasco, no dia 11 de novembro. — Foto: Angel Hernandez/AFP

Uma pesquisa publicada na quinta-feira (11) na revista científica "Nature", uma das mais importantes do mundo, aponta que os furacões do Atlântico Norte estão levando mais tempo para perder força com o aquecimento global – ou seja, eles estão durando mais tempo.

O estudo também aponta que, à medida que o planeta esquenta, a destruição trazida pelos furacões deve avançar, de forma progressiva, para o interior do continente.

As conclusões são de dois cientistas da Universidade de Pós-Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa, no Japão.

Veja os principais pontos do estudo:

  1. Os cientistas analisaram a intensidade de furacões no Atlântico Norte que tocaram o solo no período de 1967 a 2018. Eles descobriram que, enquanto nos anos 60 um furacão típico perdia cerca de 75% da sua intensidade um dia após tocar o solo, hoje essa perda é de apenas 50%.
  2. Isso está ocorrendo porque os furacões são alimentados pela umidade marinha. Usando simulações de computador, os pesquisadores mostraram que, com o aumento da temperatura dos oceanos, aumenta a umidade que o furacão carrega ao tocar o solo.
  3. Os achados apontam que, à medida que o planeta for aquecendo, o poder destrutivo dos furacões vai se estender, de forma progressiva, mais para dentro do continente.

"Pontuamos que nossas descobertas têm implicações diretas para os danos infligidos por furacões em um mundo em aquecimento", dizem os pesquisadores no estudo. 
Prejuízo econômico
Homem carrega televisão enquanto atravessa rua inundada, nesta quinta-feira (12), depois que o Tufão Vamco atingiu a cidade de Marikina City, nas Filipinas. — Foto: Ted Aljibe/AFP
Homem carrega televisão enquanto atravessa rua inundada, nesta quinta-feira (12), depois que o Tufão Vamco atingiu a cidade de Marikina City, nas Filipinas. — Foto: Ted Aljibe/AFP

Os cientistas lembram que, mesmo que a intensidade do furacão ao tocar o solo permaneça a mesma, a perda mais lenta de intensidade significa que regiões mais para o interior do continente enfrentam ventos cada vez mais intensos, acompanhados por fortes chuvas. Consequentemente, dizem, o custo econômico incorrido continua crescendo.

Eles também pontuam que, por mais de um século, a frequência e a intensidade dos furacões ficaram praticamente inalteradas, mas as perdas econômicas causadas por eles vêm aumentando de forma contínua.

Um argumento para isso, dizem, era de que esse aumento dos custos ocorria por causa do crescimento da população costeira e do patrimônio das pessoas. Sob essa ótica, o aquecimento do planeta não teria nenhum papel.

Mas, no artigo, os cientistas pontuam que esse pensamento pode não incluir custos associados a uma perda de força mais lenta dos furacões com o aumento da temperatura terrestre.

"Para o planejamento de risco, chamamos a atenção para as regiões do interior – elas estão menos preparadas para furacões do que as regiões costeiras, e, portanto, são mais vulneráveis aos danos de furacões que se deterioram lentamente", concluem os pesquisadores.

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Setor de serviços tem 4ª alta seguida, mas segue abaixo do nível pré-pandemia

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Apesar do avanço de 1,8% em setembro, setor segue 8% abaixo do patamar de fevereiro e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria.  
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1  
12/11/2020 09h00 Atualizado há 3 horas
Postado em 12 de novembro de 2020 às 12h00m


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O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,8% em setembro, na comparação com agosto, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de engatar a quarta alta seguida, o setor ainda não conseguiu recuperar o patamar pré-pandemia e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria.

"O volume de serviços ainda se encontra 18,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014 e 8% abaixo de fevereiro de 2020", informou o IBGE, destacando que o ganho acumulado de 13,4% em 4 meses foi insuficiente para compensar a perda acumulada de 19,8% entre fevereiro e maio.

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o setor de serviços ainda precisa avançar 8,7% para recuperar o patamar de fevereiro, mês que antecedeu o início das medidas de isolamento para contenção do coronavírus.

Volume de serviços mês a mês — Foto: Economia G1
Volume de serviços mês a mês — Foto: Economia G1

Embora o ritmo de recuperação tenha desacelerado, a alta de 1,8% em setembro foi o maior avanço já registrado para meses de setembro em toda a série histórica iniciada em 2011.

Em relação a setembro de 2019, o setor recuou 7,2%, a sétima taxa negativa seguida nessa base de comparação.

A expectativa eem pesquisa da Reuters era de alta de 1,1% na comparação mensal e queda de 8,1% ante setembro de 2019.

Perda de 8,8% no acumulado no ano e queda recorde em 12 meses

No acumulado no ano, setor ainda tem queda de 8,8% frente ao mesmo período do ano passado, maior perda já registrada para meses de setembro em toda a série histórica do IBGE, com expansão em apenas 25,3% dos 166 tipos de serviços investigados.

Em 12 meses até setembro, a perda acelerou para uma taxa recorde de -6%, vindo de -5,3% em agosto, chegando também ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador.

A receita nominal do setor cresceu 2% em setembro, frente ao mês imediatamente anterior, mas caiu 7,5% na comparação anual. No acumulado no ano, o indicador mostra baixa de 8,1%. Em 12 meses, diminuiu 4,7%.

Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação acumulam taxas negativas no acumulado no ano, com destaque para SP (-8,3%), RJ, (-7,3%), RS (-14,0%) e MG (-7,9%). Rondônia (3,4%) é o único estado com crescimento em 2020.

Desempenho por segmento

Setorialmente, 4 das 5 atividades mostraram avanço no volume na passagem de agosto para setembro. Apenas serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) tiveram resultado negativo.

Variação do volume de serviços em setembro, por atividade e subgrupos:

  • Serviços prestados às famílias: 9%
  • Serviços de alojamento e alimentação: 9,1%
  • Outros serviços prestados às famílias: 10,9%
  • Serviços de informação e comunicação: 2%
  • Serviços de tecnologia da informação e comunicação: 1,4%
  • Telecomunicações: 0,3%
  • Serviços de tecnologia da informação: 3,2%
  • Serviços audiovisuais: 5,6%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,6%
  • Serviços técnico-profissionais: -1,9%
  • Serviços administrativos e complementares: 1,1%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,1%
  • Transporte terrestre: 2,3%
  • Transporte aquaviário: 3,1%
  • Transporte aéreo: 19,2%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -2,9%
  • Outros serviços: 4,8%

O setor de outros serviços, que avançou 4,8% na comparação com o mês anterior, alcançou 6,1% no acumulado do ano, foi o único a superar o nível pré-pandemia, refletindo a alta nos serviços financeiros e auxiliares.
"As empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável. Neste sentido, empresas que atuam como intermediárias desse processo de captação recursos, tais como as corretoras de títulos e as administradoras de bolsas de valores, têm obtido ganhos expressivos de receita por conta da maior procura por ativos de maior rentabilidade, explicou Lobo.

Quanto falta crescer para voltar ao patamar pré-pandemia — Foto: Economia G1
Quanto falta crescer para voltar ao patamar pré-pandemia — Foto: Economia G1

Serviços prestados às famílias acumulam queda 38,6% no ano

Os serviços prestados às famílias acumulam retração de 38,6% no ano, sendo que o segmento de serviços de alojamento e alimentação é o que acumula a maior queda do setor: -40,2%.

Segundo o IBGE, os serviços prestados às famílias são o segmento que ainda mais precisa avançar para voltar ao patamar pré-pandemia: 55,9%.

Já transportes ainda acumulam queda de 8,6% no ano e ainda precisam avançar 11,1% para retomar o nível de fevereiro. O subgrupo transporte aéreo, por sua vez, tem que avançar ainda 65,9%.

Muitos trabalhadores ainda estão exercendo suas funções fora do local de trabalho e ainda há muitas pessoas que não estão saindo de casa nem viajando. Por isso, estabelecimentos como restaurantes e hotéis, além do transporte de passageiros ainda não estão funcionando em plena capacidade, atuando como limitadores de um processo mais acelerado de retomada tanto dos serviços prestados às famílias como do setor de transportes como um todo, destacou Lobo. 
Alta de 8,6% no 3º trimestre

Após duas taxas negativas seguidas, o setor de serviços avançou 8,6% na passagem do segundo para o terceiro trimestre.

No segundo trimestre, a queda havia sido de 15,5%, a mais intensa de toda a série histórica da pesquisa. Já no primeiro trimestre, a queda havia sido de 2,9%.

"Nos dois primeiros trimestres, tivemos uma queda acumulada de 18%. Então, apesar da taxa positiva do terceiro trimestre, ainda é um crescimento insuficiente para reverter as perdas passadas", apontou o pesquisador.

Recuperação e perspectivas

Após o forte tombo da economia no 1º semestre, a atividade econômica vem mostrando reação no 3º trimestre, mas com um desempenho desigual entre os setores.

O setor de serviços foi o mais abalados pela pandemia de coronavírus e continua mostrando um nível de atividade bem menor do que o observado no comércio e na indústria, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial.

Na quarta-feira, o IBGE mostrou que o comércio varejista cresceu pelo 5º mês seguido em setembro, zerando as perdas no ano. A indústria também cravou a quinta alta seguida em em setembro, eliminando completamente as perdas registradas entre março e abril. No acumulado no ano, porém, ainda acumula perda de 7,2%.

Relatório divulgado pelo Banco Central com base em dados de transações com cartão de débito mostram que as atividades de cabelereiro, lavanderias e outros serviços pessoais já voltaram ao nível de faturamento pré-pandemia, enquanto que o segmento de alimentação, que tem o maior peso no setor, ainda se encontra aproximadamente 7% abaixo do observado no 1º bimestre. Já as atividades culturais, de recreação e lazer possuem a retomada mais lenta, com faturamento 53% abaixo do nível pré-pandemia, "uma vez que grande parte desses serviços ainda não estão funcionando normalmente na maioria dos estados".

Analistas apontam que o desemprego elevado e perspectiva de término dos programas de auxílio devem limitar o ritmo de recuperação da economia na virada de ano. Pesam também nas perspectivas para o país, as incertezas ainda elevadas sobre a evolução da pandemia de coronavírus e as preocupações com a saúde das contas públicas.

"De maneira geral os dados do terceiro trimestre como um todo vieram muito bons e isto deve forçar alguma revisão em nossas projeções de PIB, no entanto com os dados desacelerando na margem teremos fatalmente um quarto trimestre de 2020 mais fraco o que pode contrabalançar a atividade deste ano", destacou o economista da Necton, André Perfeito.

A estimativa atual do mercado é de um tombo de 4,8% em 2020 e alta de 3,31% em 2021, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

Vendas do varejo crescem pelo 5º mês seguido, mas desaceleram em setembro
Vendas do varejo crescem pelo 5º mês seguido, mas desaceleram em setembro

Atividade turística cresce 11,5% em setembro

O IBGE também mostoru que o índice de atividades turísticas registrou expansão de 11,5% frente a agosto, quinta alta seguida. O indicador, porém, também não eliminou ainda as perdas registradas entre os meses de março e abril.

Frente a agosto de 2019, o volume de atividades turísticas caiu 38,7%, sétima taxa negativa seguida. No acumulado no ano, a perda ainda é de 38,8% frente a igual período de 2019.

O segmento de turismo ainda precisa avançar 66,1% para retornar ao patamar pré-pandemia.

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