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sábado, 10 de junho de 2023

As fantásticas fotos vencedoras de competição de imagens do fundo do mar

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Concurso fotográfico anual explorou seis categorias ligadas ao tema 'Planeta Oceano: as marés estão mudando'.
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TOPO
Por BBC

Postado em 10 de junho de 2023 às 09h15m

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Uma verdadeiro desabrochar de medusas-da-lua do Alasca, com uma água-viva roxa macho perseguindo uma água-viva fêmea pronta para acasalar, após mudar sua cor de roxo para rosa — Foto:  Mayumi Takeuchi-Ebbins
Uma verdadeiro desabrochar de medusas-da-lua do Alasca, com uma água-viva roxa macho perseguindo uma água-viva fêmea pronta para acasalar, após mudar sua cor de roxo para rosa — Foto: Mayumi Takeuchi-Ebbins

É chegada a época do ano em que o mundo reserva um momento para celebrar seus oceanos e refletir sobre a melhor forma de protegê-los.

Para marcar o Dia Mundial dos Oceanos, comemorado em 8 de junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou os vencedores do seu concurso anual de fotografia, que completa dez anos, organizado em parceria com a Oceanic Global.

As imagens a seguir foram as primeiras colocadas em cada uma das seis categorias do prêmio.

Elas foram selecionadas entre milhares de fotos globais enviadas por fotógrafos amadores e profissionais sobre o tema deste ano: "Planeta Oceano: as marés estão mudando".

Esta foto de uma baleia-jubarte no Oceano Pacífico, na Baixa Califórnia, no México, ganhou o primeiro prêmio na categoria No time to Waste ('Sem Tempo a Perder') — Foto: ÁLVARO HERRERO
Esta foto de uma baleia-jubarte no Oceano Pacífico, na Baixa Califórnia, no México, ganhou o primeiro prêmio na categoria No time to Waste ('Sem Tempo a Perder') — Foto: ÁLVARO HERRERO

O fotógrafo espanhol Alvaro Herrero foi o vencedor da categoria No Time to Waste ("Sem Tempo a Perder").

Uma baleia-jubarte com uma boia presa na cauda, ​​já em decomposição, morre lenta e agonizantemente. Um claro reflexo da morte lenta e dolorosa que estamos proporcionando aos nossos oceanos, ao nosso planeta.

Uma tartaruga-de-pente dando uma conferida em um berçário de corais, no Golfo de Aqaba (ou Eilate), no norte do Mar Vermelho — Foto: TOM SHLESINGER
Uma tartaruga-de-pente dando uma conferida em um berçário de corais, no Golfo de Aqaba (ou Eilate), no norte do Mar Vermelho — Foto: TOM SHLESINGER

Esta foto de uma tartaruga-de-pente conferindo um berçário de corais perto do Mar Vermelho, de autoria de Tom Shlesinger, é a vencedora da categoria Putting the Ocean First ("Colocando o Oceano em Primeiro Lugar").

Esta espécie está entre as menores de todas as tartarugas marinhas — e sua dieta é diversificada, variando de esponjas e corais moles a águas-vivas, crustáceos e muito mais.

Nesta foto, a tartaruga-de-pente está analisando um berçário de corais conhecido como "iglu".

A imagem vencedora na categoria Wonderful Wold of Tides ('Maravilhoso Mundo das Marés') — Foto: CHRIS GUG
A imagem vencedora na categoria Wonderful Wold of Tides ('Maravilhoso Mundo das Marés') — Foto: CHRIS GUG

Esta foto, tirada pelo fotógrafo Chris Gug, é a vencedora da categoria The Wonderful World of Tides ("O Maravilhoso Mundo das Marés") — ela mostra a costa de Cabo San Lucas, no México.

"Enquanto explorava o oceano em busca de um cardume de raias mobula na costa de Cabo San Lucas, no México, com meu drone, dia após dia, me deparei com a rebentação mais lindamente poderosa, na qual ondas enormes quebram diretamente na areia", diz Chris Gug.

Mãe e filho catam ouriços-do-mar em um campo de ervas marinhas — Foto: SHANE GROSS
Mãe e filho catam ouriços-do-mar em um campo de ervas marinhas — Foto: SHANE GROSS

De autoria de Shane Gross, esta foto de uma mãe catando ouriços-do-mar com o filho para sua família em Bali, na Indonésia, é a vencedora da categoria Ocean is Life ("Oceano é Vida").

Os campos de ervas marinhas são um habitat costeiro muitas vezes negligenciado, importante para a segurança alimentar, biodiversidade, proteção contra tempestades e atividade pesqueira.

A foto deste leão-marinho foi a vencedora na categoria Big and Small Underwater Faces ('Grandes e Pequenas Faces Subaquáticas') — Foto: GLENN OSTLE
A foto deste leão-marinho foi a vencedora na categoria Big and Small Underwater Faces ('Grandes e Pequenas Faces Subaquáticas') — Foto: GLENN OSTLE

Esta imagem do Mar de Cortez, no México — que mostra um leão-marinho fotografado por Glenn Ostle, diante de um cardume de peixes — é a vencedora da categoria Big and Small Underwater Faces ("Grandes e Pequenas Faces Subaquáticas").

O estreito Mar de Cortez é um dos corpos de água com maior diversidade biológica do planeta. Lar de mais de 900 espécies de peixes, milhares de espécies de invertebrados e uma grande variedade de vida marinha.

Na Noruega, uma orca fêmea divide um cardume de arenques enquanto mergulha para pegar um deles — Foto: ANDY SCHMID
Na Noruega, uma orca fêmea divide um cardume de arenques enquanto mergulha para pegar um deles — Foto: ANDY SCHMID

O fotógrafo Andy Schmid é o vencedor na categoria Underwater Seascapes ("Paisagens Marítimas Subaquáticas").

"Testemunhar orcas se alimentando de arenque usando a chamada técnica de alimentação em carrossel é muito emocionante, mas não é fácil de capturar devido a vários fatores: luz e visibilidade limitadas, ação rápida, superfície fria e temperatura da água", explica Schmid.

Todas as fotos estão sujeitas a direitos autorais.

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Por que calor de 40°C é suportável no deserto e tão perigoso nos trópicos

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Muitos lugares e populações do mundo estão vulneráveis a altas temperaturas, mas ondas de calor de magnitude similar podem ter impactos muito diferentes, dependendo de fatores como a umidade ou a preparação de uma região para o calor extremo.
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TOPO
Por Alan Thomas Kennedy-Asser, Dann Mitchell e Eunice Lo*, BBC

Postado em 10 de junho de 2023 às 06h35m

 #.*Post. - N.\ 10.820*.#

Termômetro marcando 40ºC em Madri, na Espanha — Foto: GETTY IMAGES
Termômetro marcando 40ºC em Madri, na Espanha — Foto: GETTY IMAGES

Antes mesmo do início da estação quente no hemisfério norte, já foram quebrados recordes de temperatura este ano.

A Espanha, por exemplo, sofreu temperaturas em abril – 38,8°C – que seriam fora do comum até no pico do verão.

O sul e o sudeste asiático foram particularmente atingidos por uma onda de calor muito persistente, com recordes de temperatura de todos os tempos registrados em países como o Vietnã (44°C) e a Tailândia (45°C).

Singapura tinha um recorde mais modesto que também foi batido, com temperaturas atingindo 37°C. E Xangai, na China, registrou a temperatura mais alta em mais de um século no mês de maio: 36,7°C.

Sabemos que as mudanças climáticas tornam essas temperaturas mais prováveis, mas ondas de calor de magnitude similar podem ter impactos muito diferentes, dependendo de fatores como a umidade ou a qualidade de preparação de uma região para o calor extremo.

Por isso, como um país úmido como o Vietnã lida com uma onda de calor de 44°C e como compará-lo com o calor seco ou uma onda de calor não tão forte em Singapura, que é ainda mais úmida?

O clima e a fisiologia

A recente onda de calor no sudeste asiático pode vir a ser lembrada pelo seu nível de estresse provocado por calor no corpo.

O estresse térmico é causado principalmente pela temperatura, mas outros fatores climáticos, como umidade, radiação e vento, também são importantes.

Nossos corpos ganham calor do ar à nossa volta, do sol ou dos nossos próprios processos internos, como a digestão e os exercícios. Em resposta, nossos corpos precisam perder parte desse calor.

Nós perdemos um pouco de calor diretamente para o ar à nossa volta e pela respiração. Mas a maior parte do calor é perdida pela transpiração.

Quando o suor na superfície da pele evapora, ele absorve energia da pele e do ar à nossa volta, na forma de calor latente.

Mas os fatores meteorológicos afetam todo este processo. A ausência de sombra, por exemplo, expõe o nosso corpo à luz do sol direta, enquanto a umidade mais alta faz com que a velocidade de evaporação da nossa pele diminua.

É esta umidade que tornou tão perigosa a recente onda de calor no sudeste asiático, que já é uma região do mundo extremamente úmida.

Os limites do estresse térmico

Condições de saúde pré-existentes e outras circunstâncias pessoais podem tornar algumas pessoas mais vulneráveis ao estresse térmico.

Mas o estresse térmico pode atingir um limite acima do qual todos os seres humanos, mesmo aqueles que não são claramente vulneráveis aos riscos causados pelo calor – ou seja, pessoas saudáveis, em forma e bem aclimatadas – simplesmente não conseguem sobreviver, mesmo com nível moderado de esforço.

Uma forma de determinar o estresse térmico é a chamada Temperatura Global de Bulbo Úmido (WBGT, na sigla em inglês).

Em condições totalmente ensolaradas, esta temperatura equivale a cerca de 39°C, combinada com 50% de umidade relativa. Este limite provavelmente terá sido excedido em alguns lugares, durante a recente onda de calor que se espalhou por todo o sudeste asiático.

Em lugares menos úmidos, longe dos trópicos, a umidade e, portanto, a temperatura de bulbo úmido e o risco serão muito mais baixos.

A onda de calor na Espanha no último mês de abril, com temperaturas máximas de 38,8°C, teve temperaturas globais de bulbo úmido de “apenas” cerca de 30°C.

Já a onda de calor de 2022 no Reino Unido, com temperaturas de mais de 40°C, teve umidade de menos de 20% e valores de WBGT de cerca de 32°C.

Dois dos autores deste artigo (Eunice Lo e Dann Mitchell) participaram de uma equipe que, recentemente, usou dados climáticos para mapear o estresse térmico em todo o mundo.

A pesquisa destacou regiões com maior risco de exceder esses limites, incluindo a Índia e o Paquistão, o sudeste asiático, a península arábica, a África equatorial, a região equatorial da América do Sul e a Austrália.

Nessas regiões, os limites de tensão térmica são excedidos com cada vez mais frequência, devido ao aumento do aquecimento global.

Na verdade, a maior parte das pessoas já é vulnerável em níveis bem abaixo dos limites de capacidade de sobrevivência. É por isso que observamos grandes quantidades de mortes em ondas de calor significativamente mais fracas.

Além disso, essas análises globais, muitas vezes, não captam alguns extremos muito localizados, causados por processos microclimáticos.

Um bairro de uma cidade, por exemplo, pode capturar calor com mais eficiência do que o bairro vizinho ou pode ser ventilado por uma brisa fresca do mar, ou estar na “sombra de chuva” de um morro local, o que diminui a sua umidade.

Variabilidade e aclimatação

Os trópicos tipicamente possuem menos variação de temperatura.

Singapura, por exemplo, fica quase no Equador e sua temperatura máxima diária é de cerca de 32°C por todo o ano. Já em Londres, a temperatura máxima típica no meio do verão é de apenas 24°C. Mesmo assim, o recorde de temperatura em Londres (40°C) é maior que o de Singapura (37°C).

Como algumas regiões como o sudeste asiático já sofrem alta tensão de calor com frequência, talvez isso indique que as pessoas sejam bem aclimatadas para lidar com o calor.

Relatos iniciais sugerem que o intenso estresse térmico da recente onda de calor, surpreendentemente, causou poucas mortes diretas – mas ainda não foi publicado o relato preciso das mortes por causas indiretas.

Por outro lado, a relativa estabilidade do calor ao longo do ano talvez deixe as pessoas menos preparadas para as grandes oscilações de temperatura associadas à recente onda de calor.

Não é improvável, mesmo na ausência das mudanças climáticas, que as variações normais possam produzir ondas de calor significativas que quebrem recordes locais em vários graus Celsius. Por isso, até ficar próximo do limite fisiológico pode representar um risco muito grande.

*Alan Thomas Kennedy-Asser é pesquisador de ciências climáticas da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Dann Mitchell é professor de ciências climáticas da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Eunice Lo é pesquisadora de ciências climáticas e saúde da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.

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