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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Boletim Focus: economistas do mercado elevam estimativa de inflação para 2025 e 2026

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Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira. Analistas também mantiveram em 2,01% projeção de crescimento do Produto Interno Bruto neste ano.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 24 de Fevereiro de 2.025 às 10h30m

#.* Post. - Nº.\  11.522*.#

Os analistas do mercado financeiro elevaram, mais uma vez, as expectativas de inflação para este ano e para 2026.

As projeções, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC).

➡️Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 5,60% para 5,65% na décima nona alta seguida. Com isso, segue acima e cada vez mais distante do teto da meta.

EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO DO MERCADO PARA 2025
EM % AO ANO


Fonte: BANCO CENTRAL

➡️Para 2026, a expectativa subiu de 4,35% para 4,40%. Foi o nono aumento consecutivo no indicador.

➡️Para 2027, a expectativa ficou estável em 4%.

➡️Para 2028, a expectativa recuou de 3,80% para 3,79%

  • Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente.
  • Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
  • Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026.
  • Desde janeiro, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância.
  • Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
  • Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos.

Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos.

🔎Porque isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.





Julia Duailib comenta o protecionismo do Brasil e o impacto das tarifas na inflação

Taxa de juros

Os economistas do mercado financeiro mantiveram estável a projeção para a taxa básica de juros neste ano.

No fim de janeiro, o BC elevou os juros pela quarta vez seguida, para 13,25% ao ano. E também indicou que deve elevar novamente a taxa em março.

  • Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia permaneceu em 15% ao ano.
  • Para o fim de 2026, o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano.
  • Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado continuou em 10,50% ao ano.
Produto Interno Bruto

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado ficou estável em 2,01%.

➡️O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro permaneceu em 1,70%.

Outras estimativas

Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2025 caiu de R$ 6 para R$ 5,99. Para o fim de 2026, a estimativa permaneceu também em R$ 6.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2025, a projeção subiu de US$ 76 bilhões para US$ 76,7 bilhões de superávit. Para 2026, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 78,3 bilhões para US$ 78,6 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa de ingresso permaneceu em US$ 75 bilhões.

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Dólar opera em baixa, com cenário geopolítico global no radar e à espera de novos dados econômicos

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Na última sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,46%, cotada a R$ 5,7305. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira recuou 0,37%, aos 127.128 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 24 de Fevereiro de 2.025 às 10h00m

#.* Post. - Nº.\  11.521*.#

Notas de dólar. — Foto: Luisa Gonzalez/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Luisa Gonzalez/ Reuters

O dólar opera em baixa nesta segunda-feira (24), com investidores de olho nas notícias mais recentes do cenário geopolítico internacional, iniciando uma semana que conta com uma agenda repleta de importantes dados econômicos. Por volta das 9h30, a moeda era negociada a R$ 5,71.

O mercado reage positivamente aos possíveis avanços nas negociações para o fim da guerra da Rússia na Ucrânia. Neste domingo (23), o presidente Volodymyr Zelensky disse que estaria disposto a deixar a presidência se isso ajudasse o país a entrar num acordo de paz.

Também na Europa, investidores reagem bem à vitória da união de partidos conservadores nas eleições parlamentares da Alemanha no domingo, ganhando do partido de extrema direita e do atual chanceler, Olaf Sholz.

Ao longo da semana, dados de inflação, mercado de trabalho e atividade econômica serão divulgados no Brasil e nos Estados Unidos. Esses números serão observados com atenção porque podem trazer pistas sobre os próximos passos dos bancos centrais dos dois países na condução dos juros.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Dólar

Às 09h40, o dólar caía 0,12%, cotado a R$ 5,7235. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, a moeda americana teve alta de 0,46%%, cotada a R$ 5,7305.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,61% na semana;
  • recuo de 1,83% no mês; e
  • perdas de 7,27% no ano.

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,06%, aos 127.052 pontos.

Na sexta, o índice teve baixa de 0,37%, aos 127.128 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

  • queda de 0,85% na semana;
  • ganho de 0,79% no mês;
  • alta de 5,69% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Depois de uma sexta-feira de alta do dólar e queda das bolsas de valores em nível global por conta da ameaça de um novo coronavírus e com dados da economia norte-americana gerando preocupações, a semana começa com o mercado reagindo a novas notícias do cenário externo.

Completando três anos desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, o mercado enxerga que um acordo de paz pode estar prestes a acontecer, sobretudo após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmar que está disposto a deixar o governo em troca de um fim do conflito.

Zelensky também condicionou uma eventual saída do cargo à entrada da Ucrânia na Otan, a aliança militar ocidental rival da Rússia. Disse ainda que está disposto a sair imediatamente do cargo.

"Se for pela paz na Ucrânia e se realmente quiserem que eu deixe meu cargo, estou pronto para isso. Em segundo lugar, posso trocar isso (a presidência) pela (entrada da Ucrânia na) Otan se houver essa oportunidade", disse Zelensky em entrevista coletiva à imprensa em Kiev. "Farei isso imediatamente. Não planejo estar no poder por décadas".

O fim da guerra, além de amenizar os problemas humanitários causados pelo conflito, também pode trazer alívios econômicos para diversas cadeias produtivas. Isso porque a região é uma grande exportadora de grãos, gás e petróleo e o fim do conflito tiraria a pressão sobre os preços destes itens.

Ainda na Europa, os alemães foram às urnas neste domingo e deram a vitória da maioria do parlamento aos conservadores da União Democrática Cristã (CDU). A derrota do partido que tinha o poder, os Social Democratas, foi influenciada por questões econômicas, em meio a uma inflação alta e a economia estagnada.

Essas eleições foram convocadas em dezembro do ano passado, antecipadamente, por conta de uma crise que colapsou o governo anterior, de Olaf Scholz.

Em novembro, ele demitiu seu ministro das Finanças, que é liberal, após discordâncias sobre a política econômica. Em protesto, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia ao governo, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal, o Bundestag, o que, na prática, tornou seu governo inviável.

Para além do cenário geopolítico, a semana também é marcada pela divulgação de importantes dados econômicos, que podem guiar o Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em suas próximas decisões sobre as taxas de juros nos dois países.

No Brasil, nesta terça-feira (25), o IBGE divulga o IPCA-15 de fevereiro, prévia da inflação oficial. Na quarta (26) e na quinta (27), novos dados do mercado de trabalho serão divulgados.

Já nos EUA, os destaques ficam com o PIB do quarto trimestre e números de desemprego na quinta e novos dados de inflação na sexta (28).

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