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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Meta climática de 1,5°C não será alcançada para frear o aquecimento global, diz chefe da ONU

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Meta estabelecida no Acordo de Paris buscava evitar impactos extremos do clima, como secas, elevação do mar e colapso de geleiras. Estudos recentes mostram que o mundo pode já ter ultrapassado esse ponto crítico.
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Por Redação g1

Postado em 22 de Outubro de 2.025 às 15h45m
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COP30 - Por que limitar o aquecimento a 1,5°C é a meta perseguida?
COP30 - Por que limitar o aquecimento a 1,5°C é a meta perseguida?

A meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação à era pré-industrial não será alcançada, admitiu o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quarta-feira (22), um mês antes da COP30 em Belém do Pará.

"Uma coisa já está clara: não conseguiremos conter o aquecimento global abaixo de 1,5°C nos próximos anos", disse Guterres em uma reunião na Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU, em Genebra, enfatizando que "ultrapassar o limite agora é inevitável".

Limitar o aquecimento global a +1,5°C em comparação com a era pré-industrial (1850-1900) é a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris de 2015.

No entanto, muitos climatologistas concordam que esse limite provavelmente será atingido antes do final da década, já que o planeta continua consumindo grandes quantidades de petróleo, gás e carvão.

Segundo o observatório europeu Copernicus, a temperatura média global já é 1,4°C mais alta do que na era pré-industrial.

Os cientistas enfatizam a importância de limitar o aquecimento o máximo possível, pois cada fração de grau adicional implica riscos maiores, como ondas de calor mais extremas ou a destruição de ecossistemas marinhos.

Secretário-geral da ONU, António Guterres, durante discurso em 8 de fevereiro de 2020 — Foto: MICHAEL TEWELDE / AFP
Secretário-geral da ONU, António Guterres, durante discurso em 8 de fevereiro de 2020 — Foto: MICHAEL TEWELDE / AFP

Alertando à OMM que as mudanças estão levando "nosso planeta à beira do abismo", Guterres instou os governos a apresentarem "planos nacionais de ação climática novos e ousados" antes da próxima COP.

"A ciência nos diz que é necessário ter muito mais ambição", disse Guterres, apelando mais uma vez aos países participantes da COP30 para que cheguem a um acordo sobre "um plano confiável para mobilizar 1,3 trilhão de dólares (7 trilhões de reais na cotação atual) por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento até 2035".

A COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro em Belém, no Pará, enfrentará o enorme desafio de unir as nações do mundo para continuar o combate às mudanças climáticas, apesar da retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris.

Por que limitar o aquecimento a 1,5°C é a meta perseguida?

A meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais surgiu como um consenso científico e diplomático em 2015, com o Acordo de Paris.

Ela foi definida após uma série de estudos mostrarem que esse valor representava um limite seguro para evitar os efeitos mais devastadores das mudanças climáticas – como secas intensas, colapso de ecossistemas, aumento extremo do nível do mar e impactos graves à saúde humana.

A lógica por trás desse número era clara: quanto menor o aquecimento, menores os riscos.

Por que cada grau importa? — Foto: Gui Sousa/Arte g1
Por que cada grau importa? — Foto: Gui Sousa/Arte g1

Relatórios do IPCC (painel da ONU sobre clima) mostraram que, mesmo com 1,5°C, o planeta já enfrentaria perdas consideráveis, mas que esses impactos seriam muito piores com 2°C ou mais.

Estabelecer esse teto era uma forma de preservar o futuro de bilhões de pessoas, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

No entanto, os dados mais recentes apontam que esse limite já está sendo superado.

Em 2024, o planeta atingiu a marca de 1,6°C de aquecimento: a questão que os cientistas avaliam é se isso foi um novo padrão ou apenas o registro pontual em um ano.

Um urso polar é visto em uma estação de pesquisa abandonada na Ilha Koluchin, perto de Chukotka — Foto: AP/Vadim Makhorov
Um urso polar é visto em uma estação de pesquisa abandonada na Ilha Koluchin, perto de Chukotka — Foto: AP/Vadim Makhorov

E, pior: estudos publicados nas revistas "Nature Climate Change e Nature Communications" indicam que manter o aquecimento em 1,5°C talvez não seja mais suficiente para impedir o colapso de geleiras na Groenlândia e na Antártida – regiões que armazenam gelo capaz de elevar o nível do mar em até 65 metros nos próximos séculos.

Além disso, um relatório da ONU afirma que, mesmo no cenário mais otimista, a chance de limitar o aquecimento global a 1,5°C é de apenas 14%.

O mundo segue emitindo mais gases de efeito estufa do que deveria, e os compromissos atuais assumidos pelos países são insuficientes. A continuidade desse padrão aponta para um aquecimento médio entre 2,5°C e 2,9°C até o fim do século.

Segundo especialistas, ondas de calor, inundações, secas e colapsos alimentares se tornarão cada vez mais frequentes e severos. As regiões costeiras, em particular, correm riscos elevados – estima-se que mais de 230 milhões de pessoas possam ser afetadas pela elevação do nível do mar.

Consequências do aquecimento global — Foto: Gui Sousa/Arte g1
Consequências do aquecimento global — Foto: Gui Sousa/Arte g1LEIA TAMBÉM:

Como o homem que plantou uma floresta no bairro pode inspirar você?
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O que sabemos sobre os sobreviventes de bombardeios dos EUA no Caribe

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Embarcação que supostamente transportava drogas foi atingida por ataque de forças militares americanas na semana passada
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Rocio Muñoz-Ledo, da CNN em Espanhol
21/10/25 às 19:09 | Atualizado 21/10/25 às 22:29
Postado em 22 de Outubro de 2.025 às 10h00m
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Dois dos quatro tripulantes a bordo de uma embarcação supostamente transportando drogas sobreviveram ao 6º ataque realizado por forças militares americanas no Caribe.

O ataque, que ocorreu na quinta-feira (16), faz parte da ofensiva do presidente dos EUA, Donald Trump, para conter o fluxo de drogas para o país e aumentar a pressão sobre o líder venezuelano, Nicolás Maduro.

Foi a primeira vez que uma operação desse tipo não resultou na morte de todos os ocupantes da embarcação.

Segundo Trump, o alvo era uma embarcação com "quatro narcoterroristas conhecidos a bordo".

No entanto, Washington não apresentou evidências de que os ocupantes estivessem realmente ligados ao tráfico de drogas.

Os dois sobreviventes — um equatoriano e um colombiano — foram detidos temporariamente em um navio da Marinha dos EUA e, logo depois, liberados e repatriados para seus países de origem.

As circunstâncias da libertação levantaram mais perguntas do que respostas entre especialistas e autoridades.

Ataques americanos no Mar do Caribe mataram dezenas de pessoas nas últimas semanas. Até o momento, pelo menos sete operações foram relatadas contra embarcações que, segundo Washington, transportavam drogas da Venezuela.

Nos últimos meses, os EUA enviaram dezenas de meios militares para o Caribe, e prometem mais ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas.

Jeison Obando Pérez, de 34 anos, foi identificado como o colombiano que sobreviveu ao ataque.

O ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti, informou que Obando chegou ao país em estado crítico: "com traumatismo craniano, sedado, drogado e respirando por meio de um ventilador".

Benedetti o chamou de "criminoso" e garantiu que ele "enfrentará a justiça por tráfico de drogas", embora não tenha especificado se havia alguma investigação em andamento contra ele antes do ataque.

A situação ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas entre Bogotá e Washington.

O presidente da Colômbia Gustavo Petro tem sido um crítico ferrenho da estratégia militar de Trump no Caribe.

Ele questionou a narrativa americana sobre os alvos desses ataques e chegou a acusar os EUA de matar um pescador colombiano em uma operação anterior.

Petro afirmou que o pescador não tinha vínculos com o narcotráfico e que sua "atividade diária era pescar".

"Funcionários do governo americano cometeram assassinato e violaram nossa soberania em águas territoriais", escreveu o presidente colombiano em uma publicação no X.

"O pescador Alejandro Carranza não tinha vínculos com o narcotráfico e sua atividade diária era pescar", acrescentou Petro, observando que o "barco colombiano estava à deriva e tinha um sinal de socorro ligado porque um dos motores estava quebrado".

Dias após essas acusações, Trump respondeu cancelando a ajuda financeira à Colômbia e anunciando planos para aumentar as tarifas sobre suas exportações, intensificando o confronto verbal entre os dois líderes.

O Ministério do Interior do Equador informou no sábado que havia recebido um dos sobreviventes. Autoridades informaram à CNN que a vítima do ataque "está sendo avaliado clinicamente".

Acrescentaram que "o processo legal correspondente será seguido", mas não forneceram mais detalhes.

De acordo com um arquivo da Polícia Nacional do Equador obtido pela CNN, o homem foi identificado como Andrés Fernando Tufiño Chila, de 41 anos.

Por que os EUA libertaram os supostos "narcoterroristas"?

A decisão de libertar os dois sobreviventes alimentou ainda mais o debate sobre a legalidade e a consistência da campanha militar americana no Caribe.

Embora o governo Trump tenha descrito os tripulantes como "narcoterroristas" que representavam uma ameaça iminente à segurança dos EUA, não apresentou evidências que sustentem essas alegações.

Alguns especialistas apontam que, se eles eram de fato tão perigosos quanto alegado, sua repatriação sem acusações é difícil de justificar.

"Perigosos o suficiente para tentar matá-los com uma operação militar, mas não perigosos o suficiente para processá-los?", questionou Jack Goldsmith, ex-funcionário do Departamento de Justiça dos EUA e atual professor em Harvard.

A situação também expôs as brechas legais que cercam essas operações.

Fontes próximas ao governo Trump disseram à CNN que a decisão de libertar os sobreviventes se deveu, em parte, à incerteza quanto à base legal para mantê-los sob custódia militar.

Os Estados Unidos emitiram um parecer jurídico confidencial justificando ataques letais contra uma lista secreta e extensa de suspeitos de tráfico de drogas.

No entanto, historicamente, o tráfico de drogas tem sido tratado como crime, não como ato de guerra.

Até o momento, o Congresso — que tem autoridade constitucional para declarar conflito armado — não aprovou nenhuma guerra contra cartéis ou "narcoterroristas".

O governo Trump argumentou que o presidente tem amplos poderes, previstos no Artigo II da Constituição, para agir contra esse tipo de ameaça. No entanto, legisladores de ambos os partidos expressaram ceticismo quanto a essa interpretação.

Tópicos


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Mosquitos são encontrados pela primeira vez na Islândia; clima mais quente pode ter favorecido o aparecimento

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Três exemplares foram identificados por cientistas locais. Avanço do aquecimento global torna o país mais propício à presença do inseto.
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Por Redação g1

Postado em 22 de Outubro de 2.025 às 06h00m
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Por que a dengue é a primeira doença com impacto ampliado por causa da crise do clima?
Por que a dengue é a primeira doença com impacto ampliado por causa da crise do clima?

A Islândia registrou pela primeira vez a presença de mosquitos em seu território.

O país, que até agora era um dos poucos lugares do mundo livres do inseto, ao lado da Antártida, confirmou a identificação de três exemplares da espécie Culiseta annulata.

Os insetos foram encontrados na região de Kiðafell, próxima a Reykjavik, a capital e a maior cidade do país, e analisados por pesquisadores do Instituto de Ciências Naturais da Islândia.

A espécie é adaptada ao frio e pode sobreviver ao inverno abrigada em porões e celeiros.

Mosquito Culiseta annulata, que é o tipo encontrado em Kiðafell, Kjós. — Foto: Wikimedia/Domínio Público
Mosquito Culiseta annulata, que é o tipo encontrado em Kiðafell, Kjós. — Foto: Wikimedia/Domínio Público

Segundo pesquisadores, o caso está relacionado ao aquecimento acelerado no país.

Estudos mostram que a Islândia aquece quatro vezes mais rápido do que a média do Hemisfério Norte, o que tem provocado o derretimento de geleiras e a chegada de espécies marinhas de águas mais quentes, como a cavala, um tipo pequeno de peixe.

Localização da Islândia. — Foto: Gui Sousa/Arte g1
Localização da Islândia. — Foto: Gui Sousa/Arte g1

Pesquisadores alertam que o avanço do aquecimento global vem ampliando a presença de mosquitos em regiões antes frias.

No Reino Unido, por exemplo, já foram encontrados ovos do mosquito-da-dengue (Aedes aegypti) e do tigre-asiático (Aedes albopictus), vetores de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti pode levar a morte. — Foto: Adobe Stock
Doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti pode levar a morte. — Foto: Adobe Stock

No Brasil, como mostrou o g1, em 2024, foram registrados 2,3 milhões de casos prováveis de dengue em apenas dois meses, um recorde histórico.

E a mudança climática também vem expandindo o território da doença.

Apesar do quadro preocupante, especialistas apontam caminhos.

As soluções vão desde as mais simples — eliminar água parada, usar repelente — até as mais avançadas, como monitorar o clima para prever surtos e liberar mosquitos com a bactéria Wolbachia, que reduz a transmissão do vírus, explica Maria Anice Mureb, professora da USP que pesquisa o Aedes aegypti há mais de 45 anos.

Criança ao lado de poças de água parada em Beira, Moçambique. — Foto: Mike Hutchings/Reuters
Criança ao lado de poças de água parada em Beira, Moçambique. — Foto: Mike Hutchings/Reuters

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Qual é o papel da China na crise climática?
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