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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Caso de peste bubônica faz China elevar estado de alerta no norte do país

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Paciente está em quarentena e em condição estável.   
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Por BBC  
06/07/2020 07h47  Atualizado há 09 horas
Postado em 06 de julho de 2020 às 16h55m

            .      Post.N.\9.382     .        
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Uma amostra de peste bubônica em tecido removido do gânglio de um paciente — Foto: Getty Images via BBCUma amostra de peste bubônica em tecido removido do gânglio de um paciente — Foto: Getty Images via BBC

Autoridades na China aumentaram medidas de segurança sanitária depois que uma cidade na Mongólia Interior (região autônoma do país) confirmou um caso de peste bubônica.

De acordo com relatos de autoridades estatais, o paciente, um camponês da cidade de Bayannur, está em quarentena e em condição estável.
Autoridades decretaram nível três de alerta — que proíbe a caça e consumo de animais que poderiam estar com a praga e pede que as pessoas reportem casos suspeitos às autoridades.
A peste bubônica, uma das doenças mais temidas no passado, causada por uma infecção bacterial, ainda é letal, mas hoje é tratada com antibióticos comuns.
O novo caso foi reportado no sábado. Ainda não está claro como o paciente poderia ter se infectado.

Fatal, mas tratável
Casos de peste bubônica ocorrem de tempos em tempos pelo mundo.
Em Madagascar, houve um surto com 300 casos em 2017.

Em maio do ano passado, duas pessoas na Mongólia morreram da peste, que foi contraída após a ingestão de carne crua de marmota.
A marmota é um mamífero roedor pouco maior que um esquilo — Foto: PixabayA marmota é um mamífero roedor pouco maior que um esquilo — Foto: Pixabay

Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Ulan Bator, capital da Mongólia, disse à BBC que a carne crua de marmota e os rins do animal são usados como remédio popular no país.

A marmota é portadora da bactéria da praga e está associada aos casos da praga no país. A caça da marmota é ilegal.
A peste bubônica é caracterizada por inchaço dos gânglios linfáticos. É difícil de se identificar a doença com muita antecedência porque os sintomas — geralmente parecidos com a gripe — costumam aparecer entre três e sete dias depois da infecção.
Mas é improvável que a peste bubônica — que foi chamada de peste negra — leve a uma nova epidemia.

"Ao contrário do século 14, nós agora temos uma compreensão de como essa doença é transmitida", disse Shanti Kappagoda, médico da clínica Stanford Health Care, ao site Healthline.

"Nós sabemos como prevenir. Também sabemos como tratar pacientes que são infectados com antibióticos eficientes."

No século 14, a peste negra matou cerca de 50 milhões de pessoas na África, Ásia e Europa.
O último grande surto em Londres ocorreu em 1665, dizimando cerca de um quinto da população da cidade. No século 19 houve outro surto na China e na Índia que matou mais de 12 milhões de pessoas.

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Coronavírus: pandemia e incerteza sobre futuro fazem disparar procura por bunkers nos EUA

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Geralmente associados a milionários ou pessoas que acreditam que o mundo está prestes a acabar, abrigos têm atraído clientela variada, temerosa de que situação possa se agravar no futuro.  
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Por BBC  
03/07/2020 18h55  Atualizado há 2 dias
Postado em 06 de julho de 2020 às 15h00m

            .      Post.N.\9.381     .        
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O Vivos xPoint, em Dakota do Sul, é um complexo com 575 bunkers construídos durante a Segunda Guerra Mundial — Foto: Terravivos/BBCO Vivos xPoint, em Dakota do Sul, é um complexo com 575 bunkers construídos durante a Segunda Guerra Mundial — Foto: Terravivos/BBC

A pandemia de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, provocou uma explosão na procura por bunkers nos Estados Unidos. Geralmente associados a milionários ou aos chamados preppers, que se preparam para o apocalipse, esses abrigos subterrâneos têm atraído uma clientela variada, assustada com a crise e temerosa de que a situação possa se agravar no futuro.

Empresas ao redor do país relatam que o número de pedidos aumentou tanto nos últimos meses que tem sido difícil atender à demanda.

Ao longo dos últimos dez anos, houve algumas catástrofes que geraram muita procura, diz à BBC News Brasil o proprietário da empresa Survival Condo, Larry Hall, citando como exemplos o terremoto e tsunami que atingiram o Japão em 2011, o asteroide que caiu na Rússia em 2013 ou o medo da epidemia de ebola no meio da década.

Mas este é o maior aumento que já vimos, afirma Hall. Com a covid-19, houve aumento de cerca de 800% (na procura).

O objetivo de quem busca esses abrigos é garantir um local seguro para sobreviver a possíveis catástrofes, sejam terremotos, ataques nucleares, desastres naturais ou outras calamidades que possam desencadear instabilidade política, colapso econômico, saques e caos generalizado.

Apesar de várias empresas do ramo anunciarem que seus sistemas de filtragem de ar são eficazes contra o coronavírus, não é possível garantir que uma pessoa não será infectada ao entrar em contato com outras pessoas ou superfícies contaminadas dentro das instalações.

Os bunkers não protegem contra a pandemia. Você tem o mesmo nível de proteção do que em sua sala de estar, diz à BBC News Brasil o proprietário da empresa Hardened Structures, Brian Camden.

Mas, segundo Camden e outros empresários do setor, a pandemia alterou a percepção das pessoas sobre o risco de distúrbio civis.

As pessoas estão preocupadas é com o depois, com os eventos que podem se seguir a uma pandemia. Com a possibilidade de quebra da ordem, escassez de alimentos, de mantimentos, de água, coisas do tipo, afirma.
Um bunker básico no Vivos xPoint, de concreto, sai por US$ 35 mil (cerca de R$ 187 mil). Os proprietários podem então equipar os abrigos e incluir as modificações que quiserem — Foto: Terravivos/BBCUm bunker básico no Vivos xPoint, de concreto, sai por US$ 35 mil (cerca de R$ 187 mil). Os proprietários podem então equipar os abrigos e incluir as modificações que quiserem — Foto: Terravivos/BBC

Clientela
Camden diz que, antes da pandemia, sua empresa, localizada no Estado da Virginia, recebia entre 20 e 30 ligações por semana. Agora, são mais de 50, e ele teve de parar de aceitar novos projetos.

Segundo o empresário, muitos clientes estão preocupados com as divisões no país. Parece haver uma grande separação entre os ricos e os pobres. E a maioria dos meus clientes são os ricos, e eles querem se proteger, afirma Camden.

Sua clientela é formada por profissionais liberais, médicos, atletas e políticos, interessados em bunkers construídos embaixo de casas fortificadas, cujos preços podem chegar a centenas de milhares de dólares dependendo do tamanho, das condições do terreno e das exigências de privacidade.

Detalhes como a espessura das paredes de concreto armado, o sistema de filtragem de ar e proteção contra pulsos eletromagnéticos, dispersão química, biológica e radiológica afetam o custo, assim como o número de pessoas e quanto tempo pretendem passar no bunker.

Mas não são apenas os milionários que estão investindo em bunkers. Esse mercado inclui desde estruturas básicas feitas de aço ou concreto e com espaço limitado até apartamentos subterrâneos amplos e luxuosos que podem custar vários milhões de dólares.

A maioria dos meus clientes não é o que eu chamaria de megarrico, diz à BBC News Brasil o proprietário da Northeast Bunkers, Frank Woodworth, que afirma ter observado um grande aumento na demanda desde o início do ano.
O Vivos Europa, na Alemanha, oferece apartamentos privados de luxo e é descrito como 'uma Arca de Noé moderna' — Foto: Terravivos/BBCO Vivos Europa, na Alemanha, oferece apartamentos privados de luxo e é descrito como 'uma Arca de Noé moderna' — Foto: Terravivos/BBC

Os modelos construídos pela empresa de Woodworth, localizada no Estado do Maine, custam a partir de US$ 29 mil dólares (cerca de R$ 155 mil) por uma estrutura cilíndrica de aço, com piso de madeira e escada de acesso, 2,5 metros de diâmetro e 4 metros de comprimento. O preço aumenta com a inclusão de sistema de água potável, banheiro, cozinha, porta blindada e outros detalhes.

Comunidade
Enquanto alguns se preparam para enfrentar uma possível catástrofe sozinhos com suas famílias em um bunker, outros acreditam ser importante ter ajuda de uma comunidade para sobreviver.

O grupo Vivos, uma rede global de abrigos subterrâneos com unidades nos Estados Unidos e na Europa, registrou, no último ano, aumento de mais de 1.000% nos pedidos de informações e de mais de 400% nas vendas.

O fundador e CEO da empresa, Robert Vicino, diz à BBC News Brasil que o perfil da clientela não mudou com a pandemia. Mas a motivação sim, à medida que estão vendo a sociedade e sua segurança desmoronando, afirma.

Como resultado da atual ameaça do coronavírus e das possíveis consequências, a demanda cresceu exponencialmente, com as pessoas pedindo informação não mais como curiosidade, mas prontas para garantir uma vaga enquanto podem.

Segundo Vicino, sua empresa tem tanto clientes de classe média quanto de alto patrimônio e oferece várias opções de bunkers em diferentes configurações e faixas de preço.

Nossos membros não são preppers nem pertencem ao 1% da elite econômica, diz à BBC News Brasil o arquiteto Dante Vicino. São pessoas comuns, informadas sobre eventos globais e com um senso de responsabilidade, sabendo que devem proteger suas famílias nesses tempos potencialmente épicos e catastróficos.
Os apartamentos do Survival Condo, no Kansas, têm 'janelas' que mostram paisagens projetadas em uma tela, com a opção de vídeos ao vivo da rua, para o morador esquecer que está embaixo da terra e saber se é dia ou noite — Foto: Survivalcondo/BBCOs apartamentos do Survival Condo, no Kansas, têm 'janelas' que mostram paisagens projetadas em uma tela, com a opção de vídeos ao vivo da rua, para o morador esquecer que está embaixo da terra e saber se é dia ou noite — Foto: Survivalcondo/BBC

Uma das propriedades do grupo é a Vivos xPoint, um antigo conjunto de abrigos subterrâneos construídos pelo Exército americano durante a Segunda Guerra Mundial para guardar munição. Localizado no Estado de Dakota do Sul, o complexo tem 575 bunkers privados, cada um com 205 m², e pode acomodar mais de 5 mil pessoas.

Nessa comunidade, um bunker básico, de concreto, sai por US$ 35 mil (cerca de R$ 187 mil). Os proprietários podem equipar os abrigos e incluir as modificações que quiserem. Segundo Vicino, várias famílias já estão se mudando para o Vivos xPoint e usando seus bunkers como residência.

No Estado de Indiana, a empresa transformou um antigo bunker construído durante a Guerra Fria para resistir a ataques nucleares em uma mansão subterrânea que pode abrigar 80 pessoas.

Luxo
De acordo com Vicino, todos os abrigos do grupo foram construídos para durar centenas de anos e resistir a explosões nucleares e são equipados e abastecidos para funcionar por pelo menos um ano de maneira autônoma, sem necessidade de os moradores voltarem à superfície. As instalações resistem a agentes químicos e biológicos, terremotos, pulso eletromagnético, inundações e qualquer tipo de ataque armado.

Para os clientes em busca de uma experiência mais luxuosa, a empresa oferece o Vivos Europa One, localizado na Alemanha e descrito como uma Arca de Noé moderna. O complexo, construído pelos soviéticos durante a Guerra Fria para abrigar equipamento militar, oferece 34 apartamentos privados com preços a partir de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões).

São 232 m² de área privada para cada família, com a possibilidade de adicionar um segundo andar. Cada comprador escolhe o modelo do projeto e os detalhes que quer incluir em seu apartamento, como academia, bar ou piscina. Como se fosse um iate de luxo, sugere a empresa.

O Survival Condo, bunker operado por Larry Hall, também atrai clientes milionários. Instalado em um silo construído pela Força Aérea americana na década de 1960 para abrigar um míssil balístico intercontinental capaz de carregar armas nucleares, o local é um prédio subterrâneo de 15 andares, transformado em condomínio de luxo com 14 apartamentos.

O empreendimento fica na zona rural do Kansas, mas sua localização exata é mantida em segredo. O apartamento mais barato, de 85 m², dois quartos e capacidade para no máximo cinco pessoas, custa a partir de US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 6 milhões). Uma unidade de 335 m² tem preço inicial de US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 24 milhões). A empresa não aceita financiamento.
Em bunkers de luxo, empresas dizem que o objetivo é garantir não apenas a segurança física dos moradores, mas também o bem estar psicológico — Foto: Survivalcondo/BBCEm bunkers de luxo, empresas dizem que o objetivo é garantir não apenas a segurança física dos moradores, mas também o bem estar psicológico — Foto: Survivalcondo/BBC

Todos os apartamentos têm sala de estar, banheiro, cozinha, TV, lavadora e secadora de roupas e janelas que mostram paisagens projetadas em uma tela, para o morador esquecer que está embaixo da terra e saber se é dia ou noite, com a opção de vídeos ao vivo da rua.

O bunker foi construído para resistir a um ataque nuclear e é guardado por seguranças armados. Com uma porta de entrada de 15 toneladas e paredes de quase três metros de espessura, é equipado com sistema de filtragem de água e de ar e tem infraestrutura de energia e alimentação para abrigar 75 pessoas por um período de até cinco anos, em um ambiente de luxo autossuficiente e completamente isolado do resto do mundo.

Mas, assim como Vicino, Hall diz que o objetivo é garantir não apenas a segurança física dos moradores, mas também o bem estar psicológico. As áreas comuns incluem piscina, spa, sauna, academia, cinema, parede de escalada, bar, biblioteca, sala de aula, sala de jogos, clínica médica e dentária.

Pets são bem-vindos, desde que não sejam agressivos. Há produção de alimentos orgânicos por hidroponia e aquicultura e até um mercado, onde os moradores podem buscar produtos como enlatados — sem necessidade de pagar, já que o preço das unidades incluir um estoque de comida por cinco anos para cada pessoa.

Quarentena
Segundo Hall, no início da pandemia, muitos proprietários, especialmente aqueles com crianças pequenas, decidiram passar o período de quarentena no bunker. Apesar do salto na demanda, o empresário diz que o perfil de sua clientela não mudou. São pessoas bem-sucedidas, muitos médicos, advogados, empresários, profissionais que têm filhos, afirma.

Hall diz que tem clientes de todas as partes do mundo e, desde o início da pandemia, recebeu ligações de pelo menos três brasileiros interessados no bunker. Até agora, nenhum fechou o negócio.

O empresário conta que houve casos recentes de clientes que fecharam a compra em quatro dias, sem nem mesmo visitar as instalações pessoalmente, apenas com um tour virtual. Para ser aceito, é preciso não apenas comprovar recursos financeiros para pagar à vista, mas também passar por checagem de antecedentes criminais.
As áreas comuns do Survival Condo incluem piscina, spa, sauna, academia, cinema, parede de escalada, bar, biblioteca, sala de aula, sala de jogos, clínica médica e dentária — Foto: Survivalcondo/BBCAs áreas comuns do Survival Condo incluem piscina, spa, sauna, academia, cinema, parede de escalada, bar, biblioteca, sala de aula, sala de jogos, clínica médica e dentária — Foto: Survivalcondo/BBC

Com o sucesso da empreitada, Hall está construindo um segundo bunker em outro silo, também no Kansas — há no país 72 dessas instalações, construídas pelo governo americano durante a Guerra Fria para abrigar mísseis Atlas F. O empresário diz que está em negociação com um comprador que pretende adquirir o complexo inteiro, com 24 apartamentos.

Hall diz que a pandemia mudou a maneira como muitos encaram a ideia de adquirir um abrigo subterrâneo como proteção em caso de catástrofe. Muita gente costumava zombar, dizer você está sendo paranoico, esse tipo de coisa. Mas, com a pandemia, começaram a levar a sério.

CORONAVÍRUS


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Dados apontam que pior da crise ficou para trás, mas incerteza permanece alta, avaliam economistas

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Dados da Receita mostram emissão de notas fiscais atingiram em junho o maior patamar do ano. Para analistas, 'fundo do poço' foi em abril e tombo no ano pode ser um pouco menor. 
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Por Darlan Alvarenga, G1  
06/07/2020 10h47  Atualizado há uma hora
Postado em 06 de julho de 2020 às 12h00

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Indicadores econômicos de maio e junho indicam uma reação da economia brasileira e sinalizam que o pior da crise pode ter ficado para trás, apesar das incertezas ainda elevadas sobre o ritmo de recuperação e sobre o avanço da pandemia de coronavírus no país.

Dados da Receita Federal de emissão de notas fiscais apontam uma retomada já em junho. Números antecipados no domingo pelo jornal "O Estado de S.Paulo" e divulgados oficialmente nesta segunda -feira (6) mostram que o mês passado teve o maior patamar em emissões de notas fiscais do ano, chegando a R$ 23,9 bilhões em vendas ao dia, o que é um crescimento de 10% em relação a junho de 2019.

O termômetro capta, principalmente, as vendas entre empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas.

Na comparação com o mês anterior, o tombo nas vendas de abril foi seguido de aumentos de 9,1% em maio e de 15,6% em junho. Ainda de acordo com a Receita, todas as regiões do país mostraram recuperação no ritmo de vendas em junho.
Junho tem o maior volume de vendas do ano, segundo a Receita Federal; Ana Flor comenta Junho tem o maior volume de vendas do ano, segundo a Receita Federal; Ana Flor comenta

O resultado da produção industrial em maio, divulgado na semana passada pelo IBGE, também surpreendeu positivamente, ao mostrar um crescimento de 7% na comparação com abril. O avanço foi insuficiente para reverter a perda de 26,3% acumulada em março e abril, mas trouxe o alívio de que o setor parou de cair. Os dados de serviços e comércio serão divulgados nesta semana.

'Abril foi o fundo do poço'
"Acredito sim que o pior da crise ficou para trás e que abril foi, de fato, o fundo do poço. Os indicadores antecedentes da atividade econômica vêm surpreendendo positivamente", avalia e economista Luana Miranda, pesquisadora do Ibre/FGV. "Nossa última projeção oficial para o PIB é de queda de 9,8% no 2º trimestre, na comparação com o trimestre anterior, e de 6,4% no ano. Contudo, os indicadores antecedentes de maio e junho trazem um viés ligeiramente positivo no cenário, a confirmar após a divulgação das pesquisas de comércio e de serviços de maio".
O economista Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, também avalia que a recuperação pode se dar de maneira mais rápida do que inicialmente se imaginava.

"Parece que há uma recuperação em curso melhor do que se esperava, com abril tendo sido o fundo do poço e os números melhorando rapidamente depois disso. Essa recuperação mais rápida deve fazer com que o PIB caia menos do que se imaginava", afirma.

Os economistas do mercado financeiro melhoraram levemente as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,54% para 6,50%, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. O Ibre e a MB Associados projetam uma queda de 6,4% no ano.

Apesar da avaliação de que o Brasil já entrou em uma nova recessão e deverá registrar uma forte retração em 2020, bancos como o Itaú e Fator também consideram que a economia já entrou em recuperação.
"Dados indicam que a atividade econômica atingiu o piso em abril. Indicadores como o consumo de energia elétrica industrial, a utilização de capacidade da indústria de transformação e construção, a retomada de produção de algumas montadoras de veículos, assim como o nosso indicador diário de atividade, mostram melhora em maio e junho", avaliou o Itaú em nota divulgada ao mercado.
O banco mantém uma projeção menos pessimista que a da média do mercado para o resultado do PIB em 2020 e estima uma retração de 4,5% no ano.

Retomada em 'V' 'é vista como improvável
Os economistas alertam, no entanto, para o nível ainda elevado de incerteza econômica e política no país, e avaliam que a recuperação das perdas com a pandemia deverá se dar de maneira gradual, em um ritmo provavelmente mais lento que o de outras economias.

Para Paulo Gala, diretor-geral da Fator Administração de Recursos e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que a recuperação da economia brasileira tende a ser em ritmo mais fraco do que a observada nos Estados Unidos, Reino Unido ou Europa.
"O Brasil já estava numa situação muito frágil, com várias empresas à beira da falência, muita dívida, desemprego ainda muito elevado e perspectivas de crescimento muito ruins. A Covid foi uma espécie de gota d'água para a quebradeira generalizada e não há nenhuma sinalização do governo de no futuro tomar medidas de estímulo. Muito provavelmente vamos ficar entre as piores recuperações do mundo", afirma.
O nível ainda muito baixo da atividade, que ainda não tinha se recuperado das perdas da recessão de 2014-2016, também é apontado como um desafio adicional para uma retomada mais forte.

"O nível de incerteza ainda bastante alto deve conter o crescimento do consumo e do investimento, inviabilizando uma possível retomada em 'V'. A recuperação inicial deve ser um pouco mais forte, mas depois deve seguir em um ritmo mais lento até retomar ao patamar pré-crise", avalia Miranda.
Os analistas chamam atenção ainda para outros riscos como a incerteza quanto a evolução do dívida pública e a piora no mercado de trabalho.
"Muita gente foi para a informalidade e terá dificuldade de ser reempregada. Essa massa de renda perdida terá impactos crescentes ainda na economia. Então, há motivos para comemorar um impacto menor no curto prazo, mas os efeitos de longo prazo especialmente em mercado de trabalho precisam ser vistos com atenção", destaca Vale.
Ele alerta ainda para os riscos do avanço da pandemia no Brasil e eventual necessidade de regresso aos confinamentos. "Há que se tomar cuidado com os próximos meses. Primeiro, porque a Covid-19 deverá ficar mais tempo conosco do que ficou na Europa. Segundo, porque a contaminação tem aumentado em outras regiões e isso tende a trazer repercussões negativas ainda na economia, com quarentenas pontuais ainda podendo acontecer'", acrescenta.

O economista Silvio Campos, da Tendências, lembra também que o país sairá desta crise bastante afetado nas contas públicas. "Antes da pandemia havia uma tendência de acomodação da relação dívida/PIB pouco abaixo de 80% do PIB, mas a herança da epidemia será uma relação dívida/PIB acima de 90% e com possibilidade de se aproximar de 100%. Isto preocupa bastante, ainda mais diante das dificuldades de avançar com novas medidas de ajuste no Congresso em meio ao quadro político turbulento".
Fortaleza avança para a terceira fase do plano de reabertura da economia
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