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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Maior VW do mundo: como é dirigir o Meteor, caminhão gigante de 520 cv capaz de carregar até 74 toneladas

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Modelo ultratecnológico tem câmbio inteligente, ajuste pneumático do banco do motorista, tela multimídia de sete polegadas, geladeira e até carregamento do celular por indução  
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Por Michelle Ferreira  
19/11/2020 08h30 Atualizado há uma semana
Postado em 01 de dezembro de 2020 às 13h00m


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Maior VW do mundo: como é dirigir o Meteor, caminhão gigante de 520 cv capaz de carregar até 74 toneladasDivulgação

A Volkswagen retornou ao segmento de caminhões extrapesados: lançou a linha Meteor, os maiores e mais potentes Volkswagen do mundo, que chegam às lojas do Brasil em dezembro. As novidades são os Meteor 29.520 6x4 e 28.460 6x2, além do Constellation 33.460 6x4, todos equipados com motor seis-cilindros MAN de 12,4 litros turbodiesel com 460 cv ou 520 cv de potência.

Depois de dois anos de desenvolvimento, 20 protótipos e quatro milhões de quilômetros em testes de durabilidade, Autoesporte foi até o complexo de produção e desenvolvimento da VW Caminhões e Ônibus em Resende (RJ) para dirigir os três lançamentos.

Linha Meteor vem equipada com motor seis-cilindros de 12,4 litros — Foto: Divulgação
Linha Meteor vem equipada com motor seis-cilindros de 12,4 litros — Foto: Divulgação

Primeiro encontro

É lógico que encontrar os novos gigantes é algo intimidador, ainda mais para quem só está acostumado a dirigir carros. Para você ter uma ideia, o Peso Bruto Total (PBT) pode chegar a até 74 toneladas, e o maior caminhão que dirigi é um biarticulado que tem nada menos do que 30 metros de comprimento.

O visual é outro fator que impressiona. Os caminhões usam a base do MAN TGX, mas com design da Volkswagen. Pena o logotipo ainda não ser o novo da fabricante alemã: a homologação dos fornecedores responsáveis pelo componente não foi feita a tempo do lançamento.

Os caminhões usam a base do MAN TGX, mas com design da Volkswagen — Foto: Divulgação
Os caminhões usam a base do MAN TGX, mas com design da Volkswagen — Foto: Divulgação

Para entrar, são quatro degraus e mais de três metros de altura do chão até o topo da cabine. Espaço e conforto são os principais pontos fortes: os ocupantes podem andar livre, sem necessidade de abaixar, e há diversos mimos, mas vale dizer que a maioria é vendido como opcional.

A cabine Meteor proporciona um ambiente ergonômico para as atividades diárias dos  clientes — Foto: Divulgação

A cabine Meteor proporciona um ambiente ergonômico para as atividades diárias dos clientes — Foto: Divulgação

Geladeira, tela multimídia de sete polegadas (com MirrorLink e Apple CarPlay), aquecimento do retrovisor, faróis com luzes diurnas de LEDs (DRLs) integrados e lanternas de LEDs, quadro de instrumentos com tela colorida para o computador de bordo, ar-condicionado automático, controle de estabilidade com assistente de partida em rampa, cortina blackout, maleiro, cama, entrada USB, luz de LED para leitura, tomadas 12V e 24V, relógio digital e até carregamento de celular por indução podem ser disponibilizados.

Volkswagen Meteor tem volante multifuncional e tela multimídia de sete polegadas — Foto: Divulgação
Volkswagen Meteor tem volante multifuncional e tela multimídia de sete polegadas — Foto: Divulgação

Os ajustes do banco e do volante te fazem querer viajar por horas. É praticamente impossível não encontrar uma boa posição para dirigir. O assento de courino tem suspensão com diversos ajustes pneumáticos: são oito níveis para a altura. Dá até para regular o amortecedor do banco, que pode ficar mais mole ou mais duro, você escolhe.

Tem apoio para o braço de série e cinto de segurança integrado ao próprio banco para ficar mais fácil colocá-lo. O volante tem ajustes de altura e profundidade pneumáticos e é multifuncional. Basta apertar um botão no painel para regular.

Na pista

Bastou ligar o Meteor para perceber que o nível de ruído e de vibração eram muito menores do que eu havia imaginado. Coloco o câmbio em Drive, solto o freio de estacionamento e noto algo interessante: um visor no painel indica que o caminhão sairá de segunda marcha.

A ZF Traxon automatizada de uma embreagem e 12 ou 16 marchas é chamada pela Volkswagen de transmissão inteligente e consegue perceber quando o caminhão está em uma rua plana, por exemplo. O câmbio é capaz de pular marchas para economizar combustível e aumentar a performance. Para liberar espaço na cabine, é possível ainda trocar as marchas pela coluna de direção, por botões no volante multifuncional.

A suspensão pneumática vem com um sistema inteligente de leitura da carga transportada por eixo e com a habilidade para redistribuição de forma a equilibrar o peso em cada eixo. O motorista também tem a opção de programar os bolsões de ar para ajustar a altura do implemento durante o carregamento ou o descarregamento do veículo. Tudo executado por controle remoto, a partir de dentro da cabine.

Logo na primeira curva uso o freio motor: o Meteor tem quatro níveis, um bom jeito de economizar com manutenção. Também percebi a leveza do volante e o silêncio, algo que também não esperava em um caminhão desse tamanho.

Bastou ligar o Meteor para perceber que o nível de ruído e de vibração eram muito menores do que eu havia imaginado — Foto: Divulgação
Bastou ligar o Meteor para perceber que o nível de ruído e de vibração eram muito menores do que eu havia imaginado — Foto: Divulgação

Alguns pontos de melhoria? O Meteor perde velocidade nas trocas de marcha, o que já era esperado, mas no geral é extremamente confortável. Para um caminhão com tanta tecnologia, sinto falta de alguns equipamentos: não há airbag (não são obrigatórios em caminhões e ônibus) e nem freios a disco, algo que a Volkswagen promete mudar em breve.

Quanto custa?

O Meteor tem duas versões: a 28.460 6×2 tem preço inicial de R$ 550 mil, enquanto a 29.520 6×4, de R$ 590 mil. O modelo de entrada tem 460 cv e 234,5 kgfm e o maior, 520 cv e 255 kgfm de torque. O câmbio padrão é um ZF Traxon automatizado de 12 marchas. Mas é possível optar por um de 16 marchas.

Ser bom não é suficiente

O Meteor é o caminhão mais moderno do mundo? Não, mas ele tem mimos importantes e algumas vantagens por levar o logotipo da Volkswagen. É inegável que o Meteor é um produto bom e tecnológico, mas resta saber como a marca irá trabalhar aspectos tão importantes para esse tipo de cliente, como baixo custo de manutenção, atendimento pós-venda e até oferta de peças.

Para conquistar o mesmo sucesso dos caminhões menores, a montadora desenvolveu mais de mil peças para garantir disponibilidade e reduzir preços, além de fazer diversos treinamentos com a rede. Se vai dar certo? Antes de chegar às lojas, o Meteor já teve 210 unidades vendidas. O futuro é promissor.

Ficha Técnica - Meteor 29.520

Motor: Dianteiro, longitudinal, 6 cilindros em linha, 24V, 12.419 cm³, turbodiesel
Potência: 520 cv a 1.800 rpm
Torque: 255 kgfm entre 1.000 e 1.400 rpm
Câmbio: automatizado com uma embreagem, 12 marchas
Tração: 6x4
Direção: setor e rosca sem fim, hidráulica, 18 metros (diâmetro de giro)
Suspensão: Eixo rígido com molas parabólicas e barra estabilizadora (dianteira) e eixo rígido com molas parabólicas (traseira)
Dimensões
Comprimento: 7,33 m
Largura: 2,54 m
Altura: 3,21 m (teto baixo) / 3,49 m (teto alto)
Entre-eixos: 3,6 m (eixos extremos: 5 m)
Freios: Tambores nas rodas dianteiras e traseiras com ABS
Pneus: 295/80 R22.5
Peso: 10.325 kg

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Com socorro federal, prefeitos encerram gestão com dinheiro em caixa, mas alívio é de curto prazo

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Em 2020, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, municípios tiveram um ganho de caixa de R$ 45 bilhões até agosto. Levantamento mostra que 11 capitais têm situação financeira confortável.  
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Por Bianca Lima e Luiz Guilherme Gerbelli, GloboNews e G1  
01/12/2020 06h00 Atualizado há 5 horas
Postado em 01 de dezembro de 2020 às 11h00m


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Socorro da União reforça caixa das prefeituras em R$ 45 bi
Socorro da União reforça caixa das prefeituras em R$ 45 bi

O socorro do governo federal, destinado a reduzir os impactos da pandemia do novo coronavírus, turbinou o caixa dos municípios em 2020. O alívio, no entanto, é apenas de curto prazo. Nos próximos anos, os prefeitos terão de endereçar medidas de ajuste fiscal, em especial no gasto com pessoal, para que os serviços públicos não fiquem comprometidos.

O tamanho da transferência da União para os municípios foi medido em um estudo realizado pelo economista e professor do Insper Marcos Mendes. Ao todo, os prefeitos tiveram um ganho de caixa de R$ 45 bilhões entre janeiro e agosto:

  • Os gestores foram beneficiados com R$ 43,1 bilhões em transferências federais;
  • Tiveram R$ 7,4 bilhões em pagamentos de dívidas suspensos; e
  • Só registraram R$ 5,5 bilhões em perdas com receita tributária.

Mesmo com o aumento de gastos adotado pelos municípios para combater os efeitos do coronavírus, o levantamento mostra que eles ainda teriam uma folga de caixa de R$ 23,9 bilhões.

"A ajuda do governo federal foi muito maior do que as perdas registradas pelos municípios", diz Mendes. "A mensagem importante é que não há espaço para se falar em novos socorros para as cidades, porque elas já estão se mobilizando para pedir dinheiro para a União, mas têm um saldo de caixa muito grande e estão numa situação muito favorável."

O excesso de caixa não foi exclusividade dos municípios. Boa parte dos estados também conseguiu mais do que repor as perdas provocadas pela crise.

Estados compensam perdas com arrecadação durante pandemia
Estados compensam perdas com arrecadação durante pandemia

"Agora, isso não significa que os novos prefeitos vão ter esse dinheiro para torrar à vontade, porque essa ajuda federal não vai acontecer e a gente não sabe o que vai ser da atividade econômica no ano que vem, não sabe qual vai ser o desempenho da receita. Portanto, os municípios precisam se precaver", alerta Mendes.

O fato de a recessão ter sido menos intensa do que a esperada também contribuiu para as finanças municipais. No início da pandemia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) previa que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) do país poderia chegar a 9,1% neste ano. Hoje, no entanto, os analistas estimam apenas metade dessa queda: -4,5%.

Com o recuo mais brando da atividade econômica, sobretudo por causa do impacto do Auxílio Emergencial, a arrecadação de estados e municípios não foi tão afetada.

"O Auxílio Emergencial sustentou o consumo e, portanto, o pagamento de impostos. Foi muito pequena a queda de arrecadação de estados e municípios", diz Mendes.

Um levantamento da consultoria Tendências, porém, alerta que a situação financeira das capitais ainda é frágil, apesar da melhora em meio à pandemia. Das 26, apenas 11 têm um orçamento equilibrado. Fazem parte desse grupo as prefeituras de Curitiba, Rio Branco, Boa Vista, São Paulo, Palmas, Vitória, Belo Horizonte, Manaus, João Pessoa, Cuiabá e Porto Velho.

Num mesmo estudo, realizado no início deste ano, eram oito as capitais com situação financeira confortável.

Fragilidade das contas públicas — Foto: Fernanda Garrafiel/Economia G1
Fragilidade das contas públicas — Foto: Fernanda Garrafiel/Economia G1

Para analisar as finanças dos municípios, a Tendências concede notas de 0 a 10 para indicadores de endividamento, poupança corrente, liquidez, despesa com pessoal e investimento. O desempenho dos municípios é apurado com base numa média ponderada dos últimos três anos, até o primeiro semestre deste ano.

"Os municípios estavam gradualmente melhorando as finanças públicas e, no estudo mais recente, foi possível fazer a captura dessa melhora", afirma o analista de contas públicas da Tendências e autor do levantamento, Fabio Klein. "Mas uma parte importante (desse avanço) é efeito do auxílio que o governo federal prestou aos estados e município, e não dá para a gente desprezar isso."

Historicamente, a saúde financeira das cidades sempre foi melhor que a dos estados. Com a Constituição de 1988, os municípios foram os entes federativos mais beneficiados com aumento de receita, explica Mendes. O endividamento também sempre foi mais controlado, já que poucos puderam emitir títulos de dívida - o que hoje é proibido. Atualmente, apenas a União tem autorização para emitir títulos públicos.

"Os municípios comem pelas beiradas. Eles têm a marcha nacional dos prefeitos, vão para Brasília e conseguem uma receitinha a mais aqui, uma transferência a mais ali", afirma Mendes. "Nunca é um grande repasse, é sempre alguma coisa na margem e, com isso, vão equilibrando as contas."

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CMN), as contas dos municípios têm sido pressionada anualmente porque eles "têm assumido mais responsabilidades sem que, no entanto, sejam geradas ou apontadas as fontes de custeio para responder às mesmas."

Nas contas da entidade, a perda estimada de receita dos municípios é de R$ 74 bilhões por causa da crise sanitária.

Gasto com pessoal é desafio

Mesmo com as finanças temporariamente mais ajustadas, os municípios ainda enfrentam problemas estruturais com o gasto de pessoal, sobretudo nas áreas de educação e saúde.

A solução, na avaliação dos analistas, é que os prefeitos encampem uma reforma da Previdência, como ocorreu no plano federal e seguindo o exemplo do que alguns estados estão fazendo, e também uma reforma administrativa.

Quando as despesas com pessoal crescem, elas passam a consumir boa parte do orçamento público, deixando pouco espaço para investimentos, por exemplo.

"A maior parte do orçamento é de gastos de natureza obrigatória de pessoal, e os investimentos acabam sendo sempre a variável de ajuste", diz Klein, da Tendências.

Na cidade de São Paulo, a reforma da Previdência foi aprovada em dezembro de 2018, numa sessão na Câmara de Vereadores marcada por tumulto e confronto entre servidores. A mudança na legislação municipal elevou a alíquota de contribuição dos funcionários públicos de 11% para 14%.

"Boa parte dos municípios tem um passivo de previdência muito grande. Tem planos de previdência que são desequilibrados", afirma Mendes. "E vão ter muita dificuldade de fazer a reforma da Previdência. É uma coisa complexa, difícil de se discutir numa câmara municipal."  
O que dizem as prefeituras

O G1 procurou as prefeituras classificadas com uma situação fiscal fraca ou muito fraca. Veja abaixo o que elas informaram:

  • Belém

A prefeitura de Belém contestou a pesquisa realizada pela Tendências, "uma vez que a situação fiscal (...) se encontra como estável, com pagamento integral de suas despesas compulsórias, como as folhas de pessoal, precatórios, dívida pública, aquelas não suspensas a partir de julho, mesmo diante de um cenário atípico de calamidade pública devido a pandemia de Covid-19."

  • Florianópolis

A prefeitura de Florianópolis disse que atual administração passou os dois primeiros anos num processo de "reorganização da casa". "Nesse período algumas ações contribuíram para a recuperação do equilíbrio como: a reforma administrativa, a limitação e o controle das despesas de custeio, bem como, a gestão tributária e da dívida, permitindo a capital ficar com todas as certidões em dia."

  • Goiânia

A prefeitura de Goiânia informou que, a partir de 2019, "passou a receber nota B do Tesouro Nacional na análise de sua capacidade de pagamento e em 2020 houve melhoria em todos os indicadores de desempenho da avaliação" e que a "atual gestão promoveu uma série de medidas de austeridade" e atua comprometida com o ajuste das contas públicas.

  • Natal

Em nota, a prefeitura de Natal disse que "ao verificarmos o horizonte temporal (2017 a 2019), tempo de nossa gestão, fizemos avanços positivos, preocupados com a saúde financeira do município, com a responsabilidade fiscal e sem deixar de prestar os bens e serviços para a sociedade natalense."

  • Recife

Em nota , a secretaria de Finanças afirmou que "desconhece os dados apresentados pelo estudo e entrou em contato com a Tendências para pedir esclarecimentos."

As demais não se manifestaram até a última atualização desta reportagem.

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