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terça-feira, 1 de março de 2022

Entenda por que americanos não estão em alerta com a ameaça nuclear de Vladimir Putin

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Jornal Nacional ouviu estudiosos sobre as ameaças do presidente russo aos países que declararam apoio à Ucrânia e sobre a declaração de que colocou as forças nucleares russas em alerta máximo.
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Por Jornal Nacional

Postado em 01 de março de 2022 às 23h20m

Post.- N.\ 10.230

Entenda por que americanos não estão em alerta com a ameaça nuclear de Vladimir Putin
Entenda por que americanos não estão em alerta com a ameaça nuclear de Vladimir Putin

O Jornal Nacional foi ouvir estudiosos sobre as ameaças de Vladimir Putin aos países que declararam apoio à Ucrânia e sobre a declaração de que colocou as forças nucleares russas em alerta máximo.

A frase teve um tom de ameaça. No discurso em que anunciou a invasão à Ucrânia, o presidente russo mandou um recado para as potências ocidentais. Vladimir Putin disse "para qualquer um de fora que considere interferir, se o fizer, enfrentará consequências maiores do que qualquer outra que já se enfrentou na história".

Imediatamente, o secretário-geral da Otan, Jen Stoltenberg, declarou que a aliança militar do ocidente não tem tropas na Ucrânia nem planos de enviar. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também afirmou que nenhuma tropa americana será envidada para o conflito.

De um lado e do outro da guerra de palavras, estão líderes que controlam os botões vermelhos: o poder sobre a maior parte do arsenal nuclear mundial.

Segundo a Federação Americana de Cientistas, o mundo tem perto de 12.700 ogivas nucleares, 90% delas estão nos arsenais da Rússia e dos Estados Unidos. Os outros 10% pertencem à China, França, Reino Unido, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte.

A Ucrânia chegou a ser a terceira maior potência nuclear, com as ogivas que herdou com a dissolução da União Soviética, da qual fazia parte. Mas o país abriu mão dessas armas com o Memorando de Budapeste, em 1994. O tratado também foi assinado pela Rússia, e garantia o respeito à soberania e às fronteiras da Ucrânia.

Para entender o poder das armas de destruição em massa, basta dizer que uma ogiva nuclear moderna equivale a centenas - às vezes milhares - de bombas atômicas como as que foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, na Segunda Guerra Mundial.

Depois dos Estados Unidos, a antiga União Soviética também desenvolveu a bomba atômica, no início dos anos 1950. E as duas potências militares começaram uma corrida armamentista. No auge da Guerra Fria, nos anos de 1980, o mundo chegou a ter mais de 70 mil bombas. Mas o número começou a cair depois do acordo assinado pelos dois países em 1987.

O raciocínio por trás da corrida nuclear foi definido pela sigla em inglês mad que, traduzida, significa destruição mútua assegurada. Se dois lados de um conflito têm armas suficientes para se aniquilar, nenhum deles vai cometer a imprudência de lançar a primeira bomba.

A teoria foi posta à prova em 1962, na crise dos mísseis de Cuba. Os americanos descobriram que os soviéticos instalavam uma base de lançamento de mísseis na ilha e navios das duas potências ameaçaram começar uma guerra atômica no mar do Caribe. Na última hora, os dois recuaram.

Agora, 60 anos depois, Vladimir Putin anunciou que colocou o arsenal nuclear russo em alerta especial. Foi uma ameaça aos países da Otan para tentar desencorajar o envio de armas ao Exército ucraniano e adoção de novas sanções econômicas à Rússia.

O historiador da Universidade de São Paulo (USP), especialista em Rússia, Angelo Segrillo, interpreta o anúncio de Putin como uma ameaça, que não tem o objetivo de ser cumprida, mas de manter as tropas da Otan fora da guerra.

Se a Rússia não tivesse armas nucleares, talvez isso até entrasse no cálculo da Otan. Uma ajuda militar direta localizada na Ucrânia. Agora, com a Rússia tendo armas nucleares, isso não entra na cogitação deles porque isso seria um risco para os próprios países da Otan, explicou Angelo Segrillo.

A professora da Escola de Comando e Estado-maior do Exército, Mariana Carpes, concorda que a intenção de Putin é aumentar a tensão na guerra contra a Ucrânia e não começar uma guerra mundial.

Eu quero crer que dentro do jogo político, por maior animosidade e agressividade que se veja no teatro de guerra, que o entendimento de que as armas nucleares são uma 'não arma'. Ou seja, são um armamento de não uso. Que ele prevaleça, diz Mariana Montez Carpes.
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Guerra na Ucrânia: sanções financeiras à Rússia podem levar mundo à recessão?

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Retaliações econômicas devem ter consequências negativas aos próprios países que estão impondo as sanções e à economia global como um todo. Para o Brasil, podem resultar em mais juros e menos crescimento.
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TOPO
Por BBC

Postado em 01 de março de 2022 às 13h40m

Post.- N.\ 10.229

Sanções fazem russos correrem aos bancosSanções fazem russos correrem aos bancos

A nova rodada de sanções financeiras à Rússia pode levar o mundo de volta à recessão menos de dois anos após a contração da economia global resultante da pandemia de covid-19?

Analistas avaliam neste momento que não. Mas acreditam que as retaliações econômicas à invasão da Ucrânia por Vladimir Putin devem ter consequências negativas aos próprios países que estão impondo as sanções e à economia global como um todo.

Sob forte estresse, o sistema financeiro russo pode não ser capaz de honrar suas obrigações, alertou o banco J.P. Morgan em relatório nesta segunda-feira (28/2). Isso teria consequência sobre instituições financeiras de outros países, credores de dívidas russas.

Além disso, a nova rodada de sanções mantém a pressão sobre o preço de commodities como petróleo, gás natural, trigo e milho, com impacto adicional sobre uma inflação global que já vinha muito pressionada pelos efeitos da pandemia.

Segundo Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, esse cenário pode levar os bancos centrais de todo o mundo a elevar juros de forma mais rápida, numa tentativa de conter uma escalada inflacionária. Com mais juros, a economia global tende a crescer menos do que os 4% a 4,5% anteriormente esperados por organismos internacionais como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.

No Brasil, as exportações podem ser afetadas caso esse cenário todo resulte em um crescimento menor na China, avalia Vale. E, com as pressões inflacionárias adicionais, o Banco Central do Brasil pode ser levado a elevar a Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) acima dos 12,25% esperados atualmente, ampliando as chances de recessão em 2022 para um PIB que já era esperado próximo de zero.

As sanções financeiras impostas à Rússia

União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e outros países anunciaram no fim de semana um conjunto sem precedentes de sanções financeiras à Rússia, em resposta à invasão do país à Ucrânia.

Entre as medidas estão a exclusão de bancos russos do sistema de transferências financeira internacionais Swift e o congelamento de boa parte das reservas do Banco Central da Rússia mantidas no exterior.

As sanções têm por objetivo levar a economia russa à recessão, pressionando a opinião pública contra a ação militar de Putin no país vizinho.

Como consequência da nova leva de retaliações econômicas, o rublo russo desabou nesta segunda-feira (28/2), chegando a perder 30% do valor em relação ao dólar. Para conter a queda, a autoridade monetária russa elevou a taxa básica de juros local de 9,5% para 20%.

Diante do temor de restrições aos saques, filas se formaram em bancos e caixas eletrônicos na Rússia. O Banco Central Russo, no entanto, pediu calma e disse ter "os recursos necessários e ferramentas para manter a estabilidade financeira".

"Este conjunto de sanções está atingindo os russos comuns de uma forma que as sanções anteriores não atingiram e as pessoas agora estão se conscientizando disso", diz Chris Weafer, executivo-chefe da consultoria Micro-Advisory, baseado em Moscou.

"As pessoas estão com muito mais medo. Já se fala que algumas empresas terão que reduzir o horário de trabalho ou até suspender a produção porque não conseguem acessar partes importantes do Ocidente devido a sanções ou limitações comerciais, então há uma grande preocupação nas ruas", relata o analista.

Russos fazem fila para sacar dinheiro em caixa eletrônico em São Petersburgo no domingo (27) — Foto: Anton Vaganov/Reuters
Russos fazem fila para sacar dinheiro em caixa eletrônico em São Petersburgo no domingo (27) — Foto: Anton Vaganov/Reuters

Possíveis impactos das sanções

Banir os bancos russos do sistema de transferências internacionais Swift pode ter efeitos colaterais para empresas e instituições financeiras que têm dinheiro a receber de contrapartes russas.

Em 2018, os Estados Unidos impuseram restrições ao uso do sistema Swift por bancos iranianos, mas tratava-se de uma economia muito menor do que a russa e, na ocasião, a medida enfrentou oposição de diversos governos europeus.

A Alemanha está em posição particularmente sensível no cenário atual, pois depende da Rússia para obter cerca de dois terços das suas necessidades de gás natural. Assim, o país impôs um sacrifício a si mesmo, ao suspender a certificação do gasoduto Nord Stream 2, construído para transportar gás da Rússia à Alemanha.

Autoridades nos Estados Unidos, Europa e Reino Unido esperam minimizar os efeitos das sanções sobre suas próprias economias permitindo a continuidade de transações financeiras internacionais russas ligadas ao setor de energia e alimentos. Mas como essa filtragem será feita, ainda não está claro.

Apesar de a exclusão do sistema Swift provavelmente ter forte impacto para a Rússia, há um sistema alternativo chamado SPFS (sigla para Sistema para Transferência de Mensagens Financeiras), criado pela Rússia após a crise da Crimeia em 2014.

A China também possui um sistema secundário chamado CIPS, ou Sistema de Pagamento Interbancário Transfronteiriço.

Efeitos sobre a inflação, economia mundial e Brasil

Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, o principal risco da "guerra econômica" contra a Rússia continua sendo o de uma maior pressão inflacionária que leve os bancos centrais de todo o mundo a uma alta de juros mais enérgica.

"São sanções em cima de um país que tem um peso econômico frágil, mas que tem um peso em commodities relevante", observa Vale.

Nesta segunda-feira, os contratos futuros de trigo na bolsa de Chicago chegaram a subir 3,7%, os de milho 3% e os de soja, 2,5%. Rússia e Ucrânia respondem por cerca de 29% das exportações globais de trigo, 19% da oferta de milho e 80% das vendas mundiais de óleo de girassol, que compete com o óleo de soja.

Já o petróleo do tipo Brent chegou a superar os US$ 105 por barril no início das negociações nesta segunda-feira, posteriormente amortizando a alta para US$ 101. O petróleo WTI, referência para o mercado americano, bateu em US$ 99 o barril, depois indo a US$ 95.

"Estamos colocando um choque inflacionário em cima de uma inflação já muito pressionada no Brasil, Estados Unidos e Europa. Isso coloca dificuldades importante para a condução da política monetária", avalia o analista.

Para Vale, a asfixia econômica de instituições financeiras russas via exclusão do sistema Swift pode resultar em calotes e quebra de bancos, mas o impacto disso para a economia mundial é limitado.

"A asfixia rápida e intensa pode matar vários dos bancos russos, porque foi usada uma 'arma nuclearque é o sistema Swift. Mas não estamos falando de China, EUA ou Europa, não há impacto para gerar uma recessão mundial", afirma.

Segundo o analista, uma outra consequência pode ser uma busca mais ativa dos países europeus pela transição energética, visando uma menor dependência do petróleo e gás natural e das exportações russas.

Para Vale, a possibilidade de uma recessão global só se tornaria mais palpável caso o conflito se generalize, deixando a esfera restrita da Ucrânia, caso a Rússia se sinta empoderada a estender sua ação rumo a outros países. Mas, diante da resposta dos países à invasão da Ucrânia e do poder de advertência das graves sanções financeiras impostas, o economista avalia que essa escalada é por ora improvável.

"A guerra da Ucrânia pode tirar pontos de crescimento [da economia mundial em 2022], por conta desse impacto de inflação e juros. É provável que a gente escorregue para um crescimento que fique abaixo dos 4% a 4,5% estimados pelo FMI e Banco Mundial, para algo mais próximo de 3% a 3,5%. Mas precisaremos ver ainda os impactos adicionais."

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Mais de 2 bilhões de mulheres têm menos oportunidades e direitos econômicos que homens no mundo

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Relatório do Banco Mundial mostra disparidade em salários, direitos e condições de trabalho em 190 países. Brasil precisa melhorar remuneração, cuidados parentais, pensão e aposentadoria.
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Por g1

Postado em 01 de março de 2022 às 12h00m

Post.- N.\ 10.228

Falar que as mulheres têm menos direitos e salários mais baixos que os homens não dá a real dimensão da disparidade mundial. Um exemplo de trilhões: ao longo da vida e em todo o mundo, o rendimento esperado das mulheres é de US$ 172 trilhões (R$ 886,8 trilhões) a menos que os homens – valor equivalente a duas vezes o PIB global.

Além deste, são vários os indicadores que mostram como as mulheres ainda estão atrás dos homens quando se trata de direitos:

  • Cerca de 2,4 bilhões de mulheres têm menos oportunidades e direitos econômicos que homens no mundo;
  • 178 países (93,6%) mantêm barreiras legais que impedem a participação econômica plena das mulheres;
  • 95 países (50%) não garantem a remuneração igualitária para trabalhos de igual valor;
  • 86 países (45%) têm restrição ao mercado de trabalho;
  • Apenas 12 países (6,3%) têm condições iguais para homens e mulheres em todas as áreas.

Os dados são do Banco Mundial e estão no relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2022 divulgado nesta terça (1). O órgão traduz as condições econômicas em pontos, com pontuação máxima de 100. Destes, as mulheres possuem 76,5 pontos, o que significa que elas têm apenas três quartos dos direitos dos homens.

Apesar dos resultados, alguns países tiveram, em 2021, esforços para melhorar as condições legais das mulheres: 23 deles promoveram reformas nas leis. A maioria estava relacionada a parentalidade (aumento do tempo e melhoria das condições de licenças maternidade e paternidade)remuneração trabalho (contra restrições à entrada de mulheres em determinados trabalhos, assédio moral, sexual e discriminação de gênero).

"As mulheres não conseguirão conquistar a igualdade no ambiente de trabalho se houver desigualdade dentro de casa. Isso significa nivelar as condições de igualdade e garantir que as mulheres com filhos não sejam excluídas de sua plena participação na economia e possam cumprir suas expectativas e ambições", afirmou Carmen Reinhart, Vice-Presidente Sênior e Economista-chefe do Grupo Banco Mundial, no relatório.

Salários entre homens e mulheres continuam muito desigual na mesma funçãoSalários entre homens e mulheres continuam muito desigual na mesma função

E o Brasil?

A região da América Latina e do Caribe teve a terceira maior pontuação no levantamento, com média de 80,4. Entre os 39 países com mais de 90 pontos, que equivalem a maior igualdade entre homens e mulheres, só dois estão na região: nossos vizinhos Peru e Paraguai.

Brasil tem nota 85 de 100 no índice do Banco Mundial. Estamos no mesmo nível da Venezuela e atrás de outros 11 países da região, incluindo Bolívia, México, Paraguai e República Dominicana. Quando se leva em conta os países do mundo todo, há 60 com pontuações maiores que a nossa.

As áreas em que o país está bem são mobilidade, ambiente de trabalho, casamento e bens. Já as áreas em que ainda temos muito o que melhorar são remuneração, cuidados parentais, empreendedorismo e pensão e aposentadoria.

No Brasilos direitos das trabalhadoras incluem licença-maternidade de 120 dias (4 meses), tempo para amamentação até que a criança atinja seis meses e dispensa para consultas médicas. Já a licença-paternidade dura só cinco dias e ainda é um desafio no país.

No ano passado, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou, mas elas seguiram ganhando menos que os homens e ocupando, cada vez menos, cargos gerenciais.

Ao longo do relatório, o país é utilizado como exemplos - positivos e negativos - em alguns aspectos. Entre os pontos positivos, estão o acesso público à abertura de processos e a prioridade de vagas em creches públicas para famílias de baixa renda.

Já o ponto negativo é a informalidade das empreendedoras no país. Há mais mulheres não registradas do que homens quando se trata de negócio próprio.

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