Total de visualizações de página

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Mudança do clima acelera criação de deserto do tamanho da Inglaterra no Nordeste

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Destruição da Caatinga e mudanças climáticas fizeram com que 13% do Semiárido brasileiro se desertificasse; nessas áreas, não há qualquer atividade biológica e recuperação do solo é praticamente impossível.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
TOPO
Por João Fellet, BBC

Postado em 12 de agosto de 2021 às 13h45m


.|      .      Post.- N.\ 9.918       .      |.
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||

VÍDEO: como as mudanças climáticas afetam o planeta
VÍDEO: como as mudanças climáticas afetam o planeta

O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em 9/8, reforça que o Brasil abriga uma das áreas do mundo onde a mudança do clima tem provocado efeitos mais drásticos: o Semiárido.

O relatório aponta que, por causa da mudança do clima, a região — que engloba boa parte do Nordeste e o norte de Minas Gerais — já tem enfrentado secas mais intensas e temperaturas mais altas que as habituais.

Essas condições, aliadas ao avanço do desmatamento na região, tendem a agravar a desertificação, que já engloba uma área equivalente à da Inglaterra (leia mais abaixo).
Área desertificada no interior de Alagoas, onde fenômeno atinge 32,8% de todo o território estadual, o maior percentual em todo o Semiárido — Foto: Ascom/Governo de Alagoas
Área desertificada no interior de Alagoas, onde fenômeno atinge 32,8% de todo o território estadual, o maior percentual em todo o Semiárido — Foto: Ascom/Governo de Alagoas

Criado na ONU e integrado por 195 países, entre os quais o Brasil, o IPCC é o principal órgão global responsável por organizar o conhecimento científico sobre as mudanças do clima.

O documento apresentado nesta segunda (AR6) é o sexto relatório de avaliação produzido desde a fundação do órgão, em 1988.

'Área seca mais densamente povoada'

"O Nordeste brasileiro é a área seca mais densamente povoada do mundo e é recorrentemente afetado por extremos climáticos", diz o relatório.

O IPCC afirma que essas condições devem se agravar: se na década de 2030 o mundo deve atingir um aumento de 1,5°C em sua temperatura média, em boa parte do Brasil os dias mais quentes do ano terão um aumento da temperatura até duas vezes maior.

Em várias partes do Semiárido, isso significa verões com temperaturas frequentemente ultrapassando os 40°C.
Mapa aponta diferentes graus de desertificação no Semiárido — Foto: Lapis/Ufal
Mapa aponta diferentes graus de desertificação no Semiárido — Foto: Lapis/Ufal

Hoje, segundo o IPCC, o mundo já teve um aumento de 1,1°C na temperatura média em relação aos padrões pré-industriais.

Para limitar o grau do aquecimento, é preciso que os países reduzam drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa — como o gás carbônico, produzido pelo desmatamento e pela queima de combustíveis fósseis, e o metano, emitido pelo sistema digestivo de bovinos.


Morte da vida no solo

Para o meteorologista e cientista do solo Humberto Barbosa, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), temperaturas extremas põem em xeque a sobrevivência no Semiárido de micro-organismos que vivem no solo e são cruciais para a existência das plantas.

Há dois anos, Barbosa diz ter encontrado temperaturas de até 48°C em solos degradados no interior de Alagoas.

"A vegetação não crescia mais ali, independentemente se chovesse 500 mm, 700 mm ou 800 mm. Não fazia mais diferença, pois toda a atividade biológica do solo não respondia mais", afirma.

Sem vida no solo, aquela região se tornou desértica, como tem ocorrido em várias outras partes do Semiárido.

Na Ufal, Barbosa coordena o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), que desde 2012 monitora a desertificação no Semiárido.

Imagem de satélite mostra núcleo de desertificação em Gilbués (PI), um dos principais no Semiárido brasileiro — Foto: Reprodução/Google
Imagem de satélite mostra núcleo de desertificação em Gilbués (PI), um dos principais no Semiárido brasileiro — Foto: Reprodução/Google 

Em 2019, o laboratório revelou que 13% de toda a região estava em estágio avançado de desertificação. Essa área engloba cerca de 127 mil quilômetros quadrados.

"Na nossa região, naturalmente não haveria um deserto, só que a gente tem hoje um deserto", ele diz.

Barbosa explica: segundo a ciência, climas desérticos (ou áridos) são aqueles onde o índice de chuvas é inferior a 250 mm por ano. Nessas condições, a sobrevivência de plantas e animais é bastante difícil — daí o aspecto vazio de boa parte das paisagens desérticas.

Mas essas condições climáticas não se aplicam a nenhuma região do Brasil, nem mesmo o Semiárido, que continua a receber entre 300 mm e 800 mm de chuvas ao ano.

Ainda assim, a mudança do clima e o desmatamento criaram paisagens desérticas na região.

"O solo dessas regiões foi perdendo a atividade biológica, embora as chuvas continuem acima do que se espera para uma região desértica. Esse é o paradoxo", diz Barbosa.

Ele afirma que, nesse estágio, é praticamente impossível reverter o fenômeno. "O custo da recuperação de áreas desertificadas é alto, e no Brasil não temos capacidade econômica para fazer esse tipo de investimento."

Maior seca da história

Entre 2012 e 2017, o Semiárido enfrentou a maior seca desde que os níveis de chuva começaram a ser registrados, em 1850. Essa seca, que é atribuída às mudanças climáticas, ajudou a expandir as áreas desertificadas.

Barbosa diz que a pandemia dificultou a realização de viagens para medir o progresso da desertificação após 2019, mas tudo indica que o fenômeno segue avançando.

A área já desertificada equivale ao tamanho da Inglaterra, cerca de três vezes o tamanho do Estado do Rio de Janeiro, ou a 23 vezes a área do Distrito Federal. Essas terras não são todas contíguas e ocupam diferentes partes do Semiárido. Enfrentam, ainda, diferentes graus de desertificação, embora em todas o fenômeno seja considerado praticamente irreversível.

Alguns dos principais núcleos de desertificação ficam em Gilbués (PI), Irauçuba (CE), Cabrobó (PE) e no Seridó (RN).

Imagens de satélite mostram como os núcleos têm crescido nas últimas décadas, enquanto as áreas verdes que os circundam vão rareando.

No núcleo de Cabrobó, que ocupa uma vasta área nas duas margens do São Francisco, as poucas manchas verdes na paisagem se devem a lavouras irrigadas com a água do rio.

Os Estados mais impactados pela desertificação são Alagoas (com 32,8% de sua área total afetada pelo fenômeno), Paraíba (27,7%), Rio Grande do Norte (27,6%), Pernambuco (20,8%), Bahia (16,3%), Sergipe (14,8%), Ceará (5,3%), Minas Gerais (2,0%) e Piauí (1,8%).

Região mais impactada do Brasil

A desertificação no Semiárido brasileiro foi citada pelo IPCC em seu relatório anterior, de 2019, que teve o pesquisador Humberto Barbosa como coordenador de um capítulo sobre degradação ambiental.

O relatório apontou que 94% da região semiárida brasileira está sujeita à desertificação.

"A região semiárida é a mais impactada (pela mudança do clima) no Brasil, e é a região onde você tem os índices de desenvolvimento humano mais baixos do país", afirma Barbosa.

Com o agravamento das condições climáticas, diz ele, tende a se acelerar o êxodo de moradores rumo a outras partes do país.

VÍDEO: Veja cenas de eventos climáticos extremos pelo mundo
VÍDEO: Veja cenas de eventos climáticos extremos pelo mundo

O papel do desmatamento

Para os cientistas, está claro que a desertificação tem sido acentuada pelas mudanças climáticas e tende a aumentar se as alterações continuarem se intensificando.

Porém, a degradação dos solos do Semiárido também se deve a outra ação humana: o desmatamento na Caatinga, o ecossistema natural da região.

Segundo Humberto Barbosa, ainda não se sabe quanto da desertificação se deve ao desmatamento e quanto se deve às mudanças climáticas. "É muito difícil separar os dois processos."

Quarto maior bioma do Brasil, abarcando 11% do território nacional, a Caatinga já perdeu 53,5% de sua cobertura original, segundo o MapBiomas, plataforma que monitora o uso do solo no país.

O bioma vem sendo destruído desde os primeiros séculos da colonização do Brasil, quando grandes áreas de vegetação nativa passaram a ser derrubadas para dar lugar principalmente a pastagens para bovinos.

A pecuária, aliás, é apontada com uma das principais causas para a desertificação no Semiárido.

O pesquisador Humberto Barbosa explica que, muitas vezes, os bois são criados em áreas relativamente pequenas, compactando o solo ao pisoteá-lo repetidas vezes.

Com o tempo, nem mesmo o capim cresce mais ali, e a terra fica totalmente exposta à radiação do sol. A degradação se completa quando a chuva atinge a terra nua, levando embora os últimos nutrientes do solo.

Embora a destruição venha ocorrendo há séculos, mais de um quarto do desmatamento da Caatinga ocorreu após 1985, segundo o MapBiomas.

E neste ano, os índices de desmatamento deram um salto preocupante. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), até 1° de agosto, houve na Caatinga 2.130 focos de queimadas— o maior número em nove anos e uma alta de 164% em relação ao mesmo período de 2020.

Os focos se concentram no oeste do bioma, onde a Caatinga se encontra com o Cerrado na região de fronteira agrícola conhecida como Matopiba (nome formado pelas iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Como em outros biomas, o fogo é geralmente usado na Caatinga para "limpar" uma área antes do plantio. Mas as chamas acabam degradando o solo e limitam sua vida útil para a agricultura, estimulando a busca por novas áreas quando ele se esgota.

Falta de políticas públicas

Humberto Barbosa diz que, apesar da gravidade da situação enfrentada pelo Semiárido e da perspectiva de piora, não há qualquer plano governamental para mapear a desertificação e combatê-la.

A última iniciativa do governo federal nesse campo, afirma, foi o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN), lançado em 2006, mas descontinuado.

Tampouco há um sistema nacional para monitorar o desmatamento na Caatinga e orientar ações de fiscalização e controle — diferentemente do que ocorre na Amazônia, que conta com os sistemas Prodes e o Deter, baseados em imagens de satélite.

E o futuro?

Segundo o relatório do IPCC, sem ações contundentes para conter a mudança do clima, a Caatinga e outras regiões semiáridas do mundo "vão muito provavelmente enfrentar um aquecimento em todos os cenários futuros e vão provavelmente enfrentar um aumento na duração, magnitude e frequência das ondas de calor".

"De forma geral, as secas se ampliaram em muitas regiões áridas e semiáridas nas últimas décadas e devem se intensificar no futuro", diz o texto.

Os maiores prejudicados pelas mudanças serão as populações locais: segundo o IPCC, elas tendem a enfrentar oscilações na quantidade e regularidade de água, o que impactará gravemente sua "segurança alimentar e prosperidade econômica".

------++-====------------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++-----

Setor de serviços avança 1,7% em junho, 3ª alta seguida, e fecha semestre com alta de 9,5%

===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====


Com resultado, setor atingiu o maior nível em 5 anos. Crescimento semestral foi o mais alto de toda a série histórica devido à base de comparação baixa.
===+===.=.=.= =---____---------   ---------____------------____::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::____-------------______---------   ----------____---.=.=.=.= +====
Por Daniel Silveira e Darlan Alvarenga, G1 — Rio de Janeiro e São Paulo

Postado em 12 de agosto de 2021 às 11h00m


.|      .      Post.- N.\ 9.917       .      |.
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _||

Setor de serviços avança 1,7% em junho e tem 3ª alta seguida
Setor de serviços avança 1,7% em junho e tem 3ª alta seguida

O volume de serviços prestados no Brasil avançou 1,7% em junho, na comparação com maio - foi a terceira alta seguida, acumulando ganho de 4,4% no período - apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a junho de 2020, a alta foi de 21,1%.

"O setor de serviços amplia o distanciamento frente ao nível pré-pandemia, ficando 2,4% acima de fevereiro de 2020, e alcança o patamar mais elevado desde maio de 2016", destacou o IBGE.

Setor de serviços avançou pelo terceiro mês seguido em junho  — Foto: Economia/G1
Setor de serviços avançou pelo terceiro mês seguido em junho — Foto: Economia/G1

Alta de 2% no 2º trimestre e de 9,5% no semestre

Com o resultado, o setor de serviços, que possui o maior peso no PIB (Produto Interno Bruto), registrou alta de 2% no 2º trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano.

No acumulado do 1º semestre, o setor tem alta de 9,5%, na comparação com igual semestre do ano passado.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, essa foi a taxa semestral "mais alta de toda a série, iniciada em 2012, devido à baixa base de comparação".

O crescimento semestral foi acompanhado por todas as grandes atividades pesquisadas e em mais da metade (63,3%) dos 166 tipos de serviços investigados.

Até o acumulado de maio apenas os serviços prestados às famílias estavam no campo negativo. Com as informações de junho, esse segmento se juntou aos demais no campo positivo. Todos cresceram em qualquer comparação, destacou Lobo.

Em 12 meses, o setor acumulou ganho de 0,4%, com o indicador voltando ao campo positivo após 14 taxas negativas consecutivas.
Indicador acumulado em 12 meses voltou ao campo positivo após 14 meses  — Foto: Economia/G1
Indicador acumulado em 12 meses voltou ao campo positivo após 14 meses — Foto: Economia/G1

Setor atinge maior nível em 5 anos

Segundo o IBGE, com o resultado de junho o setor alcançou o patamar mais elevado desde maio de 2016. Mesmo com o avanço, o setor ainda está 9,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.

A alta de junho foi acompanhada por todas as cinco atividades investigadas, com destaque para o avanço em serviços de informação e comunicação (2,5%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e de serviços prestados às famílias (8,1%).

Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades:

  • Serviços prestados às famílias: 8,1%
  • Serviços de alojamento e alimentação:8,5%
  • Outros serviços prestados às famílias: 2,6%
  • Serviços de informação e comunicação: 2,5%
  • Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): 1,3%
  • Telecomunicações: -0,3%
  • Serviços de Tecnologia da Informação: 1,5%
  • Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: 12,0%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 1,4%
  • Serviços técnico-profissionais: 1,3%
  • Serviços administrativos e complementares: 1,2%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,7%
  • Transporte terrestre: 1,0%
  • Transporte aquaviário: 0,6%
  • Transporte aéreo: 21,2%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -1,9%
  • Outros serviços: 2,3%

Embora todas as atividades tenham avançado, esse resultado se deve, principalmente, a um conjunto de serviços que se beneficiou da própria pandemia ou não foi tão afetado por ela. São setores mais dinâmicos, mais focados em inovação, em capital do que em mão de obra, que conseguiram se reposicionar aproveitando as oportunidades geradas pela pandemia, dado o efeito que ela teve na atividade econômica, avaliou o gerente da pesquisa. 
Recuperação das perdas com a pandemia

Com o desempenho em junho, o setor de serviços recuperou ainda mais as perdas registradas com a pandemia. O patamar do volume de serviços prestados no país ficou 2,4% acima do registrado em fevereiro de 2020 - em maio, essa distância era de apenas 0,2%.

Dentre as 17 atividades principais do setor, nove superaram o patamar pré-pandemia. A que mais se destacou foi a de tecnologia da informação, seguida por armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correios.

Na outra ponta estão os serviços prestados às famílias e os de alojamento e alimentação, que têm caráter mais presencial e ainda não conseguiram retomar o pleno funcionamento. Segundo o gerente da pesquisa, isso acontece "porque ainda há algum receio da população em consumir serviços dessa natureza, além das restrições de funcionamento em alguns estabelecimentos.

9 das 17 atividades do setor de serviços superaram, em junho de 2021, o patamar pré-pandemia — Foto: Economia/G1
9 das 17 atividades do setor de serviços superaram, em junho de 2021, o patamar pré-pandemia — Foto: Economia/G1

Crescimento disseminado regionalmente

Na comparação com maio, o crescimento do volume de serviços prestados no país foi observado em 23 das 27 unidades da federação.

Os avanços mais expressivos foram registrados no Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%), Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%).

Registraram taxa negativa apenas Mato Grosso (-5,0%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%). Já em Alagoas (0,0%) a variação foi nula, ou seja, houve estagnação.

Índice de atividades turísticas tem avanço de 11,9%

O índice de atividades turísticas subiu 11,9% frente a maio, na segunda taxa positiva consecutiva. Apesar de manter a trajetória de recuperação, o segmento de ainda necessita crescer 29,5% para retornar ao patamar pré-pandemia.

Regionalmente, todos os 12 locais pesquisados acompanharam o movimento de expansão na atividade turística, com destaque para São Paulo (5,3%), Rio de Janeiro (12,4%) e Minas Gerais (19,7%).

Perspectivas

As expectativas para o setor de serviços no segundo semestre seguem otimistas. O Índice de Confiança de Serviços, mensurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), alcançou, em julho, o maior nível desde março de 2014. Foi o quarto mês seguido de avanço do indicador.

Todavia, apesar do avanço da vacinação contra o coronavírus e da reabertura gradual da economia, a recuperação da atividade econômica tem mostrado perda de fôlego nos últimos meses em meio à escalada da inflação, recuperação tímida do mercado de trabalho e aumento das incertezas fiscais e políticas.

Nesta quarta-feira, o IBGE mostrou que as vendas do comércio caíram 1,7% em junho após dois meses de alta. Já a produção industrial brasileira ficou estagnada em junho, acumulando uma perda de 2,5% no segundo trimestre.

A expectativa atual do mercado é 5,3% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, conforme apontou a última pesquisa Focus do Banco Central. Já para 2022, a projeção dos analistas das instituições financeiras diminuiu de 2,10% para 2,05%.

A estimativa para a inflação, por sua vez, foi elevada pela 18ª semana seguida pelos analistas, que passaram a prever o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,88% ao final de 2021. Os analistas também aumentaram de 7% para 7,25% ao ano a previsão para a taxa básica de jutos no fim de 2021. Com isso, são esperadas novas altas na Selic nos próximos meses.

Na ata de sua última reunião, quando elevou a Selic para 5,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central avaliou que a inflação ao consumidor continua se revelando "persistente", indicando uma nova alta de um ponto percentual no juro básico em sua próxima reunião, marcada para 21 e 22 de setembro.

------++-====------------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++-----