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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Coquetel Molotov: a arma criada para combater russos agora usada na Ucrânia

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O artefato químico é uma espécie de bomba caseira. Foi usado pelo Exército finlandês durante a Segunda Guerra Mundial , quando o país foi atacado pela União Soviética, em novembro de 1939.
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Por g1

Postado em 28 de fevereiro de 2022 às 15h15

Post.- N.\ 10.227

População da Ucrânia prepara coquetéis molotov para enfrentar tropas russas
População da Ucrânia prepara coquetéis molotov para enfrentar tropas russas

No último sábado (26), autoridades ucranianas pediram à população que preparasse coquetéis molotov para ajudar no enfrentamento às tropas russas, que avançavam em direção à capital Kiev. Assista no vídeo acima.

No Twitter, o Ministério da Defesa fez uma postagem pedido que ucranianos se defendessem:

Pedimos aos cidadãos que informem sobre a circulação dos equipamentos! Faça coquetéis molotov, neutralize o ocupante! Moradores pacíficos, tenham cuidado! Não saiam de casa.

Uma rede de TV da Ucrânia, inclusive, ensinou como preparar os artefatos explosivos.

O que é o coquetel molotov?

Voluntário ensina com coquetéis molotov na cidade de Lviv, na Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022 — Foto: Daniel Leal/AFP
Voluntário ensina com coquetéis molotov na cidade de Lviv, na Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022 — Foto: Daniel Leal/AFP

O coquetel molotov é uma espécie de bomba caseira feita com algum combustível, como gasolina ou álcool. É uma mistura líquida inflamável e perigosa, uma arma química incendiária.

Como mostram os arquivos dos museus "Imperial War", durante a Guerra de Inverno (1939-1940), "o minúsculo exército finlandês enfrentou o poder do gigantesco Exército Vermelho da União Soviética". Apesar da desvantagem numérica, os finlandeses conseguiram resistir aos ataques por três meses.

Coquetel Molotov usado durante a Segunda Guerra Mundial pelo Exército da Finlândia — Foto: SA-kuva
Coquetel Molotov usado durante a Segunda Guerra Mundial pelo Exército da Finlândia — Foto: SA-kuva

Os finlandeses responsabilizaram o ministro das Relações Exteriores soviético Vyacheslav Molotov pela eclosão da Guerra Russo-Finlandesa e nomearam uma granada incendiária improvisada em sua homenagem. "O coquetel molotov provou ser uma arma antitanque primitiva, mas eficaz, contra as forças soviéticas", aponta o documento.

Eles atacavam, principalmente, os motores dos tanques soviéticos.

Em Dnipro, a quarta maior cidade da Ucrânia, civis foram vistos se preparando para a chegada de soldados russos. A correspondente da BBC no leste europeu, Sarah Rainsford, encontrou um grupo de mulheres confeccionando coquetéis molotov, que diziam diziam tentar não pensar muito no que estavam fazendo por se tratar de algo "assustador". Leia na reportagem.

No Brasil, a fabricação, posse e uso do artefato é considerado crime. A pena de reclusão é de, no mínimo 3 anos até o máximo de 6 anos e multa, conforme na Lei 10 826/03, Art.16, Inciso 3°.

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domingo, 27 de fevereiro de 2022

Maior aeronave do mundo, Antonov-225 Mriya, é destruída em ataque russo na Ucrânia

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O maior avião de carga do mundo, o Antonov-225 Mriya, de fabricação ucraniana, foi queimado em um ataque russo ao aeroporto Hostomel, perto de Kiev. Fabricante diz que restauração custaria mais de US$ 3 bilhões e levaria muito tempo.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 27 de fevereiro de 2022 às 13h50m

Post.- N.\ 10.226

Foto tirada em 3 de agosto de 2020 da aeronave de carga aérea estratégica Antonov An-225 Mriya, de fabricação soviética, o maior avião de carga do mundo, ao pousar no Aeroporto Internacional Ben Gurion de Israel em Lod, a leste de Tel Aviv — Foto:  Jack Guez/AFP/Arquivo
Foto tirada em 3 de agosto de 2020 da aeronave de carga aérea estratégica Antonov An-225 Mriya, de fabricação soviética, o maior avião de carga do mundo, ao pousar no Aeroporto Internacional Ben Gurion de Israel em Lod, a leste de Tel Aviv — Foto: Jack Guez/AFP/Arquivo

O maior avião de carga do mundo, o Antonov-225 Mriya, de fabricação ucraniana, foi queimado em um ataque russo ao aeroporto Hostomel, perto de Kiev, disse a fabricante de armas estatal ucraniana Ukroboronprom neste domingo (27).

"Os ocupantes russos destruíram o carro-chefe da aviação ucraniana — o lendário An-225 Mriya. Aconteceu no aeródromo de Antonov em Hostomel, perto de Kiev", disse Ukroboronprom em sua página no Facebook.

Ele disse que a restauração do avião custaria mais de US$ 3 bilhões e levaria muito tempo.

A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, nas redes sociais. "Esta foi a maior aeronave do mundo, AN-225 'Mriya' ('Dream' em ucraniano). A Rússia pode ter destruído nosso Mriya. Mas nunca poderão destruir o nosso sonho de um Estado europeu forte, livre e democrático. Vamos prevalecer!"

Veja imagens do Antonov 255, o maior avião do mundoVeja imagens do Antonov 255, o maior avião do mundo

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PIX e fim do auxílio emergencial tiram de circulação R$ 45 bilhões em cédulas e moedas, indica BC

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No ano passado, foi registrada pelo Banco Central a primeira queda no chamado 'meio circulante' desde o início do plano Real, em 1994.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 27 de fevereiro de 2022 às 08h00m

Post.- N.\ 10.225

Com o fim do auxílio emergencial e o início do PIX, o chamado "meio circulante" brasileiro — que engloba cédulas em circulação — encolheu cerca de R$ 44,8 bilhões desde o fim de 2020, segundo dados do Banco Central.

No fechamento do ano retrasado, R$ 370,4 bilhões em cédulas e moedas circulavam pela economia brasileira, valor que caiu para R$ 339 bilhões no fim de 2021. O recuo registrado no último ano, o primeiro desde o plano Real (1994), foi de R$ 31,4 bilhões.

Além disso, mais R$ 13,3 bilhões foram retirados de circulação na parcial deste ano. Em 22 de fevereiro, última posição divulgada pelo BC, o meio circulante havia recuado para R$ 325,6 bilhões.

CÉDULAS E MOEDAS NA ECONOMIA
em R$ bilhões (fim de período)
151,1151,1162,7162,7187,4187,4204204220,8220,8225,4225,4232,1232,1250,3250,3264,9264,9280,6280,6370,4370,4339339325,6325,620102011201220132014201520162017201820192020202122/FEV/20220100200300400
Fonte: Banco Central

Segundo o BC, a busca dos bancos por recursos, motivados pela demanda da população e do comércio, é o que determina a variação do dinheiro em circulação.

"A fabricação de cédulas e moedas visa atender à variação da demanda, mas também à substituição de cédulas desgastadas e à manutenção de estoques adequados", segundo o banco.

Auxílio emergencial

O Banco Central observou que em 2020, em parte devido a efeitos causados pela crise sanitária da Covid-19, o meio circulante apresentou "crescimento atípico, bastante superior ao crescimento anual médio observado nos últimos anos antes deste período".

Naquele ano, o governo pagou mais de R$ 290 bilhões em auxílio emergencial, parte desse valor em espécie, para combater os efeitos da pandemia. O valor do benefício era de R$ 600. Entre abril e dezembro de 2020, o crescimento do meio circulante foi de R$ 110,905 bilhões.

Em 2021, com queda no valor do auxílio emergencial (benefícios de R$ 150 a R$ 375) e todos recursos sendo transferidos por meio de conta poupança digital da Caixa aos beneficiários, a demanda por papel-moeda começou a cair.

Início do PIX

Além disso, também entrou em funcionamento, em novembro de 2020, o PIX — sistema de transferência em tempo real, disponibilizado pelo BC —, que aumentou o volume de pagamentos eletrônicos e diminuiu a necessidade de recursos em espécie para pagamentos à vista.

"O surgimento de novos meios de pagamento sempre apresenta impactos sobre os hábitos de uso dos meios de pagamento anteriormente existentes, sendo necessário algum tempo para que a evolução desses impactos possa ser claramente mapeada", avaliou o BC.

Desde o início do novo sistema de pagamentos, porém, foram registrados três vazamento de dados dos clientes. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, admitiu que esses vazamentos vão acontecer "com alguma frequência", mas que as ocorrências registradas até o momento "não são sensíveis".

PIX completa um ano e ganha novas medidas de segurança
PIX completa um ano e ganha novas medidas de segurança

Recursos em circulação

Em 18 de fevereiro deste ano, dos R$ 325,7 bilhões em recursos em circulação no país, R$ 318,158 bilhões referem-se a cédulas e R$ 7,6 bilhões a moedas.

Os últimos números do BC mostram que, das 450 milhões cédulas de R$ 200 impressas em 2020, 93,9 milhões (o equivalente a cerca de 21%) estavam em circulação até 18 de fevereiro, segundo dados do Banco Central.

O montante das cédulas que não está nas mãos da população fica em poder do governo. O Banco Central explicou que libera as cédulas de R$ 200 para circulação de acordo com a demanda das instituições financeiras.

A nota de R$ 200 foi lançada no ano passado (vídeo abaixo), em meio à pandemia de Covid-19. É a sétima da família do Real, e a primeira cédula de um novo valor em 18 anos. A mais recente até então, a de R$ 20, tinha sido lançada em 2002.

Banco Central lança nota de R$ 200, com imagem de um lobo-guaráBanco Central lança nota de R$ 200, com imagem de um lobo-guará

Fiscalização

De acordo com o Banco Central, as "movimentações eletrônicas são mais rastreáveis que transações em espécie", o que favorece a fiscalização.

"Por exemplo, o Judiciário pode bloquear mais facilmente recursos mantidos em conta bancária do que apreender dinheiro em espécie", explicou o BC.

No fim de 2020, a Receita Federal confirmou que está acompanhando "de perto" as movimentações financeiras efetuadas pelos brasileiros e pelas empresas por meio do PIX.

"As informações sobre movimentação financeira dos contribuintes permanecem sendo importantes para identificar irregularidades e dar efetividade ao cumprimento das leis tributárias", informou a Receita Federal ao g1, naquela ocasião.

A Receita lembrou que, desde 2015, as instituições financeiras informam ao órgão os valores globais a débito e crédito consolidados mensalmente por conta e por contribuinte.

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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Tensão entre EUA e Rússia respinga no espaço mas Estação Espacial Internacional se mantém a salvo

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Símbolo da cooperação internacional pós-Guerra Fria, a ISS tem dois oficiais russos, quatro americanos e um alemão em sua tripulação.
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TOPO
Por France Presse, g1

Postado em 26 de fevereiro de 2022 às 13h10m

Post.- N.\ 10.224

A Estação Espacial Internacional é um dos símbolos da cooperação pós-Guerra Fria — Foto: Nasa
A Estação Espacial Internacional é um dos símbolos da cooperação pós-Guerra Fria — Foto: Nasa

A invasão russa à Ucrânia levantou dúvidas sobre o futuro da Estação Espacial Internacional (ISS), há muito um símbolo da cooperação pós-Guerra Fria. A instalação espacial reúne astronautas e cosmonautas (termo usado pelos russos para a mesma atividade), que vivem e trabalham lado a lado.

A ISS esteve no centro de várias postagens ameaçadoras publicados pelo chefe da agência espacial russa, Dmitri Rogozin, que alertou nesta quinta-feira que as sanções dos EUA poderiam "destruir" a cooperação entre os dois países e disse que a plataforma de pesquisas se precipitaria em direção à Terra sem a ajuda da Rússia.

Atualmente, a ISS abriga sete astronautas: dois russos (Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov); quatro americanos (Mark Vande Hei, Kayla Barron, Thomas Marshbum e Raja Chari) e o alemão (Matthias Maurer).

Especialistas veem essas ameaças como parte da retórica política acalorada, dada a confiança mútua das duas partes na segurança do seu pessoal. Mas elas poderiam acelerar um divórcio há muito esperado.

A tripulação atual da Estação Espacial Internacional (ISS) — Foto: Divulgação/Nasa
A tripulação atual da Estação Espacial Internacional (ISS) — Foto: Divulgação/Nasa

"Ninguém quer pôr em risco a vida dos astronautas e cosmonautas com manobras políticas", disse à AFP John Logsdon, professor e analista espacial da Universidade George Washington. "Foi uma decisão muito consciente quando a Rússia se incorporou como sócia da estação, em 1994, para tornar a mesma interdependente", acrescentou, uma decisão que levou em conta as preocupações com custo e velocidade.

Tuítes hostis

A ISS, uma cooperação entre Estados Unidos, Canadá, Japão, Europa e Rússia, é dividida em duas seções: o segmento orbital americano e o segmento orbital russo, cada um construído e administrado por seu país. Atualmente, a ISS conta com um sistema de propulsão russo para manter a sua órbita, enquanto o segmento dos EUA é responsável pela eletricidade e pelos sistemas de suporte vital.

Rogozin fez referência a essa codependência em uma série de tuítes hostis publicados logo após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar sanções contra a indústria aeroespacial russa: "Se você bloquear a cooperação conosco, quem salvará a ISS de sair de órbita sem controle e cair em território americano ou europeu?", questionou Rogozin, destacando que a estação não sobrevoa grande parte da Rússia.

A Nasa respondeu com uma declaração branda, enfatizando que "continua trabalhando com todos os sócios internacionais, incluindo a Agência Espacial Federal Roscosmos, para as operações seguras em andamento da Estação Espacial Internacional".

Julie Patarin-Jossec, acadêmica francesa e autora de um livro sobre a ISS, destacou que Rogozin "é uma figura política, conhecida por ser muito leal ao poder", e tem um histórico de declarações virulentas. Os que estão a bordo da estação são profissionais altamente capacitados e é pouco provável que sejam afetados", disse à AFP.

Julie acrescentou que se retirar do programa da ISS deixaria a Rússia sem um programa espacial tripulado, a menos que se volte rapidamente para trabalhar com a China a bordo da estação espacial Tiangong, em construção, que abriga uma tripulação de três membros.

Longa história

A cooperação entre os Estados Unidos e a Rússia remonta ao auge da Guerra Fria, e não é isenta de idas e vindas.

Depois que os Estados Unidos enviaram os primeiros homens à Lua, em 1969, o então presidente americano, Richard Nixon, buscou oportunidades de tornar o programa espacial mais cooperativo e convidou os aliados para participar do programa do ônibus espacial.

"Paralelamente, ele e Henry Kissinger decidiram usar uma possível missão conjunta americano-soviética como símbolo de distensão", explicou John Logsdon. Isso levou à histórica missão Apollo-Soyuz de 1975, quando as espaçonaves americanas acoplaram-se pela primeira vez, em um evento transmitido para o mundo inteiro pela TV.

A parceria deveria se expandir ainda mais, com possíveis missões do ônibus espacial a uma das primeiras estações espaciais russas, mas o presidente Jimmy Carter descartou esses planos após a invasão soviética ao Afeganistão.

Foi somente após o colapso da União Soviética que funcionários russos se aproximaram do governo Bill Clinton com a ideia de uma fusão, abrindo caminho para o lançamento do primeiro módulo da ISS, em 1998.

A estação espacial enfrentou tempestades geopolíticas no passado, principalmente a invasão da Crimeia pela Rússia em 2014, mas a tensão atual, a mais grave desde a crise dos mísseis cubanos, segundo Logsdon, pode marcar o começo do fim.

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Confiança dos serviços cai ao menor nível desde maio de 2021; comércio sobe após 3 meses de perdas

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Resultado do comércio ainda pede cautela, aponta pesquisador.
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Por g1

Postado em 25 de fevereiro de 2022 às 12h10m

Post.- N.\ 10.223

A confiança do setor de serviços recuou pelo quarto mês seguido em fevereiro, para 89,2 pontos – o menor patamar desde maio de 2021, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A queda no mês ocorreu tanto pela piora da percepção sobre o volume de serviços no mês quanto pela redução de expectativas para os próximos meses", apontou Rodolpho Tobler, economista da instituição.

No comércio, a confiança teve alta em fevereiro, após três meses seguidos de perdas. O pesquisador apontou, no entanto que, mesmo com o resultado positivo "ainda é necessária certa cautela".

"Para os próximos meses, a expectativa ainda não é muito positiva, em especial no curto prazo. Mesmo com controle da pandemia, o cenário macroeconômico negativo ainda deve dominar as expectativas mais fraca", apontou.

Serviços

Confiança dos serviços - fevereiro/22 — Foto: Economia g1
Confiança dos serviços - fevereiro/22 — Foto: Economia g1

Em fevereiro, o resultado negativo da confiança dos serviços foi influenciado tanto pela piora nas percepções sobre a situação atual quanto pelas perspectivas para os próximos meses.

Além da queda na confiança, o saldo do emprego previsto tem sinalizado perda de força no ritmo de recuperação, registrando também quatro de quedas consecutivas em médias móveis trimestrais.

"A desaceleração no ritmo de recuperação foi influenciada pelo surto de covid, ainda que com restrições mais brandas. Para os próximos meses, as expectativas não são muito favoráveis, dado que o cenário macroeconômico tende a se manter negativo no curto prazo, com inflação resiliente, juros em alta e confiança dos consumidores em patamar baixo. 
Comércio
Confiança do comércio - fevereiro/22 — Foto: Economia g1
Confiança do comércio - fevereiro/22 — Foto: Economia g1

No comércio, a melhora da confiança "foi totalmente influenciada pelas expectativas", afirmou Tobler. Já a percepção sobre a situação atual apresentou leve queda.

Apesar da melhora, a expectativa para os próximos meses ainda não é muito positiva, em especial no curto prazo, com o indicador ainda abaixo da linha dos 100 pontos, que indica o patamar neutro.

"Mesmo com controle da pandemia, o cenário macroeconômico negativo ainda deve dominar as expectativas mais fracas", apontou o pesquisador.

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Desemprego cai para 11,1% em dezembro, mas renda do trabalho atinge mínima histórica

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Renda média do trabalho encolhe 10,7% em 1 ano, para R$ 2.447 – menor valor da série histórica, iniciada em 2012. Desemprego ainda atinge 12 milhões de brasileiros e número de trabalhadores por conta própria alcança recorde de 25,9 milhões de pessoas.
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Por Darlan Alvarenga, G1

Postado em 24 de fevereiro de 2022 às 10h00m

Post.- N.\ 10.222

Desemprego cai 11,1% no 4º trimestre; acompanhe a análise de Miriam Leitão
Desemprego cai 11,1% no 4º trimestre; acompanhe a análise de Miriam Leitão

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de brasileiros, informou nesta quinta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do menor índice desde o 4º trimestre de 2019, quando também ficou em 11,1%.

a taxa média de 2021 foi de 13,2%, o que indica uma tendência de recuperação frente à de 2020 (13,8%). Mesmo recuando, foi a segunda maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

"Embora o cenário tenha melhorado em 2021, o patamar pré-Covid ainda não foi recuperado", destacou o IBGE.

Apesar dos indícios de melhora no mercado de trabalho, o rendimento dos trabalhadores encerram 2021 no menor nível da série histórica do IBGE, situação que é agravada pelo número recorde de informais, alta da subocupação e inflação persistente, acima de dois dígitos.

Evolução da taxa de desemprego — Foto: Economia g1
Evolução da taxa de desemprego — Foto: Economia g1

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 11,6%, atingindo 12,4 milhões de pessoas.

É um ano de recuperação para alguns indicadores, mas não é o ano de superação das perdas, até porque a pandemia não acabou, e seus impactos, ainda em curso, afetam diversas atividades econômicas e o rendimento do trabalhador. Há um processo de recuperação, mas ainda estamos distantes dos patamares de antes da pandemia, destacou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

O resultado veio um pouco melhor que o esperado. A mediana das previsões em pesquisa do Valor Data era de que a taxa ficaria em 11,2%. O intervalo das projeções era 11,1% a 11,7%.

Evolução do número de desempregados — Foto: Economia g1
Evolução do número de desempregados — Foto: Economia g1

Ocupação cresce, mas renda segue encolhendo

A população ocupada cresceu 3% frente aos três meses anteriores, para 95,7 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a alta foi de 9,8% (8,5 milhões a mais de pessoas). Com o crescimento, o nível de ocupação chegou a 55,6%. Na máxima histórica, em 2013, chegou a 58,5%.

Apesar da queda do desemprego, o rendimento real habitual caiu 3,6% frente ao trimestre anterior e 10,7% em relação a igual trimestre de 2020, para R$ 2.447 – o menor rendimento da série histórica do IBGE. A média anual foi de R$ 2.587, queda de 7% para 2020 (ou, menos R$ 195).

Ou seja, há mais pessoas trabalhando no país, mas com rendimentos cada vez menores e abaixo dos registrados antes mesmo da pandemia, em razão do aumento do número de brasileiros na informalidade, que atingiu o número recorde de 38,9 milhões.

Já a massa de todos os rendimentos do trabalho ficou estável no 4º trimestre, mas caiu 2,4% (menos R$ 5,6 bilhões) na média anual, na comparação com 2020. Ou seja, as famílias brasileiras ainda não recuperaram o seu poder de compra.

Muitas pessoas ao longo dos dois anos perderam suas ocupações e várias delas interromperam a busca por trabalho no início de 2020 por causa da pandemia. Depois houve uma retomada dessa busca, ainda que o panorama econômico estivesse bastante desfavorável, ou seja, não havia uma resposta elevada na geração de ocupação. Em 2021, com o avanço da vacinação e a melhora no cenário, houve crescimento do número de trabalhadores, mas ainda persiste um elevado contingente de pessoas em busca de ocupação, avaliou a coordenadora da pesquisa.

Trabalho por conta própria atinge número recorde — Foto: Economia g1
Trabalho por conta própria atinge número recorde — Foto: Economia g1

Destaques da pesquisa

  • Na média anual, o número de desempregados totalizou 13,9 milhões, contra 13,8 milhões de pessoas em 2020
  • As maiores taxas de desemprego no 4º trimestre foram as do AP (17,5%), BA (17,3%), PE (17,1%) e as menores, de SC (4,3%), MT (5,9%) e MS (6,4%)
  • A taxa de informalidade subiu para 40,7% no 4º trimestre, se aproximando da máxima histórica. Número de brasileiros na informalidade alcançou marca recorde de 38,9 milhões de pessoas.
  • Número de trabalhadores por conta própria saltou 11,1% na média anual e atingiu no 4º trimestre o recorde de 25,9 milhões de brasileiros
  • Os trabalhadores com carteira assinada cresceram 2,6% em 2021, enquanto os que não tinham carteira aumentaram bem mais, 11,1%
  • População subutilizada diminui 1,2% frente a 2020, para 31,3 milhões de pessoas.
  • População desalentada caiu de 5,5 milhões em 2020 (recorde da série) para 5,3 milhões de pessoas em 2021
  • Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas saltou 18,1% na comparação com 2020, atingindo 7,5 milhões na média anual
  • Aumento da ocupação foi puxado pelo comércio e pela construção, que ocuparam 3 milhões de pessoas a mais em 1 ano, no comparativo com o 4º trimestre de 2020
  • Número de trabalhadores domésticos aumentou 6,6% contra 2020, alcançando 5,2 milhões de pessoas
  • A taxa de desemprego foi de 9% para os homens e 13,9% para as mulheres no 4° trimestre; na análise por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (9%) e acima para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%).
  • Desemprego é mais alto na faixa etária de 25 a 39 anos (35,2%) e de 18 a 24 anos (30,8%)
Evolução da população ocupada por segmento de atividade — Foto: Economia g1
Evolução da população ocupada por segmento de atividade — Foto: Economia g1

Para 2022, os analistas projetam que a população ocupada continue se recuperando, porém, a um ritmo menor, principalmente devido à elevação dos juros e as incertezas políticas relacionadas à corrida presidencial.

A XP, por exemplo, estima o desemprego atingirá 11% no 2º trimestre e subirá ligeiramente ao longo da segunda metade de 2022. Para a taxa média anual de desemprego, a instituição projeta taxa de 11,6% em 2022 e 10,5% em 2023.

Desemprego faz crescer número de famílias com dificuldades para pagar a conta de luzDesemprego faz crescer número de famílias com dificuldades para pagar a conta de luz

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