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domingo, 10 de fevereiro de 2019

Brasileiro está mais confiante, mas incerteza com futuro da economia dificulta retomada

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Índices de confiança subiram desde a eleição de Bolsonaro, mas incerteza com a agenda econômica do novo governo prejudica a retomada. 

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Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1 

Postado em 11 de fevereiro de 2019 às 22h45m 





A economia brasileira enfrenta um descompasso: os índices de confiança de consumidores e empresários estão melhorando, mas a atividade ainda não tem respondido na mesma intensidade e segue com uma recuperação tímida. Na leitura dos analistas, o ambiente de incerteza provocado pela necessidade de o governo Jair Bolsonaro tirar do papel uma agenda pesada de medidas econômicas importantes tem limitado um desempenho melhor do país.

Desde a eleição de Bolsonaro, em outubro do ano passado, os indicadores de confiança passaram a subir com força, diante da expectativa de que o novo governo vai resolver a questão fiscal do país, com a aprovação da reforma da Previdência, e adotar uma agenda de perfil liberal na economia.

Os índices de confiança são monitorados de perto pelos economistas porque funcionam como um importante termômetro do desempenho do país. Em momentos de alta, revelam mais disposição dos consumidores em gastar e dos empresários em investir. Logo, na maioria das vezes, essa melhora de humor impulsiona a atividade econômica. Por ora, no entanto, a incerteza com o avanço da agenda do governo está enfraquecendo as decisões de consumo e investimento, limitando a retomada.

Esse futuro nebuloso é mensurado pelo Indicador de Incerteza da Economia, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Nos últimos meses, ele tem permanecido num patamar elevado, acima dos 110 pontos, evidenciando esse cenário de difícil retomada do país.

"Se as medidas necessárias forem aprovadas, vão garantir que as confianças continuem altas. E mais importante: elas vão exercer o seu papel mais tradicional (de ajudar na recuperação da economia)", afirma o superintendente de estatísticas públicas do Ibre/FGV, Aloisio Campelo.
Lenta retomada — Foto: Rodrigo Sanches/Arte G1 
Lenta retomada — Foto: Rodrigo Sanches/Arte G1

No fim do ano passado, mesmo depois da eleição presidencial e da melhora dos índices de confiança, a economia continuou colhendo uma série de resultados frustrantes. O emprego terminou 2018 com um desempenho tímido, e a indústria registrou apenas um leve avanço.

Os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, que apura a estimativa de uma centena de analistas para a economia, projetam um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,3% para 2018 (os dados oficiais serão divulgados no final de fevereiro) e de 2,5% para este ano. Mas, diante dos últimos resultados, algumas consultorias e bancos já estão revisando as projeções. Na sexta-feira (8), o banco Itaú reduziu a previsão para o PIB de 2019 de 2,5% para 2%.

"A confiança está vindo forte desde a eleição do ano passado e ela tem se descolado dos dados reais, especialmente dos da indústria", afirma o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale. "Os dados de confiança pegam uma percepção geral da economia e acabam não captando algumas coisas que estão acontecendo, como a crise na Argentina, que afetou em muito a produção industrial."

Uma análise detalhada dos índices de confiança revela ainda que a avaliação sobre a situação atual da economia permanece difícil para empresários e consumidores. Dessa forma, o que tem puxado a alta dos indicadores é justamente a expectativa com o futuro da economia.

Em janeiro, por exemplo, a confiança empresarial marcou 98 pontos. Na pesquisa, o subíndice para a situação atual foi de 90,9 pontos e o de expectativas avançou a 104,5 pontos. Entre os consumidores, essa dinâmica ocorre da mesma forma. O índice de confiança subiu a 96,6 pontos. Dentro dele, o subíndice para a situação atual foi de 76,8 pontos e o de expectativas cresceu para 110,7 pontos.
Otimismo é com o futuro — Foto: Rodrigo Sanches/Arte G1 
Otimismo é com o futuro — Foto: Rodrigo Sanches/Arte G1

Lenta recuperação
O descompasso entre os índices de confiança e o desempenho da economia reforça a percepção de que a saída da crise tem sido bastante lenta e de que a economia brasileira deverá ganhar tração apenas ao longo de 2019 – se as medidas econômicas forem aprovadas pelo governo.

"É uma saída da crise bem diferente das anteriores, quando a recuperação costumava ser mais rápida", afirma a economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada, Alessandra Ribeiro. "Isso ocorre porque, além da incerteza, o país lida com outros problemas, como a situação fiscal dos estados, que acaba retardando a recuperação."

Se tudo correr bem, a aposta dos economistas é que a melhora da confiança tenha um impacto mais concreto na atividade por meio do crédito. Depois de anos no sufoco, as famílias começaram a reorganizar o seu orçamento pessoal, abrindo espaço para mais consumo. A taxa de juros num patamar baixo também deve ajudar a irrigar a economia com mais crédito – na quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 6,5% ao ano, o menor patamar desde 1986.

"O crédito é muito importante para a demanda doméstica. Ele retroalimenta a economia com mais consumo e emprego", diz a economista-chefe da Rosemberg Associados, Thaís Zara.

De olho na agenda
De toda as medidas da agenda do governo Bolsonaro necessárias para retomar a confiança da economia, a mais importante é a reforma da Previdência. Ela é considerada crucial para o ajuste das contas públicas. Sem a reforma, a percepção sobre a saúde da economia brasileira pode piorar, provocando uma saída de recursos do país, o que tende a desencadear uma desvalorização do real e aumento da inflação e dos juros, dificultando o crescimento da economia.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que a equipe econômica espera conseguir uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos com a proposta de reforma da Previdência a ser encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional.
Paulo Guedes quer conseguir uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos com Previdência — Foto: ReproduçãoPaulo Guedes quer conseguir uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos com Previdência — Foto: Reprodução

Para aprovar a reforma da Previdência, o governo Bolsonaro vai precisar de 308 votos na Câmara dos Deputados por se tratar de proposta de emenda à Constituição (PEC). Segundo Rodrigo Maia (DEM-RJ), o objetivo é conseguir os votos necessários em dois meses.

"A nossa estimativa é que a economia fique em compasso de espera no primeiro semestre", afirma Alessandra, da Tendências. "Uma maior tração só deve aparecer no segundo semestre, com o andamento das reformas. A economia deve seguir numa toada gradual."

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    Investimento do governo em infraestrutura no ano passado é o menor em dez anos

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    Segundo dados do Tesouro Nacional, investimento público no setor correspondeu a 0,4% do PIB. Para entidade da área de construção, são necessários 3% 'para manter o que já existe'.

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    Por Alexandro Martello e Lais Lis, G1 — Brasília 

    Postado em 10 de fevereiro de 2019 às 20h00m 













    Os investimentos públicos em infraestrutura (rodovias, portos, aeroportos, energia, telecomunicações, entre outros) somaram R$ 27,875 bilhões em 2018, ou 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com números corrigidos pela inflação da Secretaria do Tesouro Nacional. É o menor patamar em dez anos.

    Nos últimos dois anos, os investimentos do governo estão sendo afetados pela regra do teto de gastos públicos, pelo qual as despesas totais (com algumas exceções, como capitalização de estatais) não podem crescer acima da variação da inflação em 12 meses até junho do ano anterior.

    A medida visa conter os sucessivos déficits nas contas públicas desde 2014. Nos últimos quatros anos, o valor do rombo nas contas superou R$ 100 bilhões, e, em 2018, o déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) somou R$ 120 bilhões.

    INVESTIMENTOS DO GOVERNO EM INFRAESTRUTURA
    EM R$ BILHÕES (VALORES CORRIGIDOS PELO IPCA)
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    Fonte: Tesouro Nacional

    Como os gastos obrigatórios com Previdência e com a folha de pagamentos do governo estão crescendo acima da inflação, pela regra do teto sobra menos espaço para as despesas consideradas "discricionárias" (aquelas que podem ser alteradas pelo governo). Nessa categoria, estão os investimentos do governo federal.

    O governo tem defendido uma reforma da Previdência para diminuir o patamar de gastos obrigatórios e, assim, abrir espaço para outras despesas orçamentárias.

    A reforma da Previdência é prioridade da equipe econômica do governo Jair Bolsonaro, que pretende encaminhar uma proposta ao Legislativo nas próximas semanas.

    PERCENTUAL DO PIB INVESTIDO EM INFRAESTRUTURA
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    Fonte: Tesouro Nacional

    Para o Tesouro Nacional, os números referentes aos investimentos "ilustram a importância de uma ampla revisão das despesas obrigatórias e da rigidez orçamentária, que comprimem o investimento".

    "É importante também o fortalecimento das instituições de gestão do investimento público e um esforço de priorização de projetos para adequação ao cenário fiscal", acrescentou a instituição.

    Segurança jurídica
    O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, observou que, para 2019, a estimativa do governo de investimentos em infraestrutura é menor ainda, abaixo de R$ 20 bilhões. Segundo ele, daqui a três ou quatro anos, devido aos efeitos do teto de gastos, esse investimento pode ser zero.

    "Se o governo não pode por [recursos], tem de dar condições para o setor privado. Não pode virar inimigo de quem quer investir. Nos últimos anos, quando se trabalha com Receita Federal, órgãos de controle, licenciamentos, essas coisas todas, parece que vai quem vai investir é inimigo. Isso gera uma insegurança absurda, tudo está errado. Defendemos a lisura, concorrência, competência, mas não pode parar tudo", declarou ao G1.

    Na avaliação de Martins, a única saída para aumentar os investimentos em infraestrutura é uma parceria entre os setores público e privado.

    "A segurança jurídica é o que está por trás disso. Ninguém se preocupou, mas parece que esse governo [Bolsonaro] está preocupado com isso", declarou.

    De acordo com ele, o governo tem de "regular, dizer o que quer, dar a prioridade, deixar o povo trabalhar". "Este ano tem que começar a melhorar. Ou não recupera", disse.
    Para Martins, sem investimentos em infraestrutura, o país não vai sair do "atoleiro".

    "Não vai reativar a economia se não for via investimento. Qualquer coisa que for levar adiante, vai esbarrar na falta de infraestrutura. Vai subir inflação e juros. (..) Um país necessita investir 3% do PIB para manter o que existe. No ano passado, o Brasil investiu em torno de 1,4%, 1,5% do PIB [todos investimentos contabilizados, não só do governo]", afirmou.

    Governo quer reduzir 'entraves'
    O Ministério da Infraestrutura admitiu que o Brasil sofre historicamente com o "déficit" de investimento no setor de infraestrutura, e acrescentou que a proposta do novo governo é "transferir o máximo de ativos possível para a iniciativa privada".

    O Ministério também informou que buscará "destravar os projetos de melhoria da logística do país, remover entraves burocráticos, dar segurança jurídica, reduzir exigências para a participação do setor privado em novos empreendimentos e melhorar a qualidade do serviço aos usuários".

    Avaliação do FMI
    No fim do ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou relatório sobre os investimentos públicos no Brasil que, nesse caso, não englobam somente o setor de infraestrutura.

    A entidade avaliou que o investimento público, entre 1995 e 2015, ficou em menos da metade do registrado nos países emergentes e também da América Latina, e acrescentou que existe um "espaço significativo" para melhorar a eficiência do investimento público.

    "Ao longo de décadas, muitas iniciativas de investimento público foram lançadas para suprir essas necessidades, porém ainda existe uma carência significativa de infraestrutura no país, prejudicando, portanto, o crescimento potencial brasileiro", avaliou o FMI, naquele momento.

    Por fim, a entidade também fez recomendações para melhorar o nível de investimentos públicos no Brasil. Entre elas, estão:
    • criar espaço fiscal para o investimento público por meio da revisão dos gastos obrigatórios
    • fortalecer a priorização estratégica do investimento público e desenvolver uma carteira (banco) de projetos de alta qualidade, classificados por ordem de prioridade
    • aprimorar a coordenação entre os governos federal e subnacional no planejamento de investimentos e revisão dos mecanismos de financiamento
    • reforçar a preparação do orçamento para aumentar o realismo dos orçamentos de capital
    • atualizar a estrutura de aquisições dos principais projetos, removendo barreiras à participação estrangeira
    • aprimorar o quadro estratégico das PPPs e concessões, aperfeiçoar a independência das agências regulatórias e desenvolver abordagens sistemáticas para planejamento de manutenção, orçamento e execução.
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