Total de visualizações de página

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Dólar e ouro lideram ranking de investimentos em 2020

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Evolução da pandemia de coronavírus e risco fiscal do Brasil dificultaram a vida do investidor brasileiro neste ano.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1  
31/12/2020 07h25 Atualizado há uma hora
Postado em 31 de dezembro de 2020 às 09h30m


|        .      Post.N.\9.618     .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _|| 

Dólar liderou ranking de investimentos — Foto: pasja1000/Creative Commons
Dólar liderou ranking de investimentos — Foto: pasja1000/Creative Commons

Num ano marcado pela forte turbulência dos mercados financeiros globais, o dólar e o ouro foram os melhores investimentos de 2020. A moeda norte-americana avançou 28,9%, enquanto o metal registrou alta de 24,4%.

O levantamento foi realizado pelo professor do Insper Michael Viriato com base em dados da Economatica. Dólar e ouro costumam ser procurados em momentos de grandes incertezas.

Ranking dos investimentos — Foto: Economia G1
Ranking dos investimentos — Foto: Economia G1

A incerteza deste ano se explica por fatores externos e domésticos:

  • Inesperada, a pandemia de coronavírus provocou uma recessão global e, agora, coloca uma grande dúvida sobre qual será o ritmo de recuperação da atividade econômica;
  • Internamente, a falta de clareza com o rumo das contas públicas do Brasil adiciona ainda mais incerteza no cenário local.

A lanterna do ranking foi ocupada pelos fundos imobiliários (-10,7%) e pela poupança (2,1%).

A Bovespa acumulou alta de 3% em 2020, num ano de bastante volatilidade. O principal índice da bolsa de valores do Brasil, B3, chegou a recuar para o patamar de 60 mil pontos no auge da crise provocada pelo coronavírus, mas conseguiu se recuperar ao longo do ano. No último pregão do ano, por exemplo, operou em patamar recorde e superou os 120 mil pontos pela primeira vez.

"O ano de 2020 foi muito difícil, e o investidor que teve um desempenho melhor foi aquele que diversificou a carteira", afirma Viriato. "Mas o resultado final foi mais positivo do que se esperava em abril (no auge da crise)."

Para o brasileiro, o ano de 2020 foi um teste de nervos, até nos investimentos mais conservadores. Com a taxa básica de juros (Selic) num nível historicamente baixo - em 2% ao ano -, as aplicações de baixo risco tiveram dificuldade para superar a inflação.

Copom mantém taxa básica de juros em 2% ao ano
Copom mantém taxa básica de juros em 2% ao ano

Em 2020, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) acumulou alta de 2,7% e ficou bem abaixo da variação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), conhecido por reajustar o aluguel.

Também deve perder para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, por exemplo, projetam uma alta de 4,39% para o índice em 2020.

O CDI acompanha a taxa básica de juros e serve de referência para várias aplicações de baixo risco.

"Dado tudo o que aconteceu, foi um ano ok. Pareceu um ano monótono, mas foi longe disso", diz o CEO da Garde Asset Management, Marcelo Giufrida. "Foi basicamente uma montanha russa, mas no final do ano todo mundo está chegando no mesmo ponto."

Incerteza prossegue em 2021

Em 2021, o quadro não será muito diferente. A incerteza com os rumos da pandemia deve prosseguir, assim com a dúvida se o Brasil vai ajustar as contas públicas e manter em vigor o teto de gastos, medida que limita o crescimento das despesas em relação ao ano anterior.

Se o governo não mostrar comprometimento com a credibilidade fiscal, pode haver uma piora da percepção de risco com a economia brasileira, o que levaria a uma fuga de investidores e piora nos ativos de maior risco, como dólar, por exemplo.

"O teto acabou virando o grande lastro (da política fiscal). Ele acaba amarrando a mão dos dirigentes, de que eles não podem gastar mais do que está escrito lá", afirma Giufrida.

Especialistas apontam os principais problemas para a recuperação econômica
Especialistas apontam os principais problemas para a recuperação econômica

Na política fiscal, o mercado monitora, por exemplo, quais serão os próximos passos com a área social. Com o fim do Auxílio Emergencial, o governo chegou a ensaiar a criação do Renda Cidadã, que também iria substituir o Bolsa Família, mas a proposta esbarra no limite fiscal do país.

"O ano de 2021 vai ser difícil. O Brasil tem fragilidades, e não haverá vento a favor da economia global", afirma Viriato.

Há ainda uma dúvida com relação ao comportamento da pandemia e o ritmo de vacinação no mundo contra a Covid-19. Uma imunização mais rápida pode garantir uma volta mais acelerada da economia.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Desemprego tem primeira queda no ano e fica em 14,3% no trimestre encerrado em outubro

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Apesar do recuo, 14,1 milhões de pessoas seguem desocupadas, de acordo o IBGE. No trimestre encerrado em setembro, desemprego estava em 14,6%. 
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por G1  
29/12/2020 09h01 Atualizado há uma hora
Postado em 29 de dezembro de 2020 às 10h05m


|        .      Post.N.\9.617     .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _|| 

Desemprego fica em 14,3% entre agosto e outubro, diz IBGE
Desemprego fica em 14,3% entre agosto e outubro, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil recuou pela primeira vez no ano e ficou em 14,3% no trimestre encerrado em outubro, mas ainda afeta 14,1 milhões de pessoas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua) divulgada nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na pesquisa anterior, no trimestre encerrado em setembro, a desocupação estava em 14,6%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve alta de 2,7 pontos percentuais.

O dado do desemprego do trimestre encerrado em outubro veio melhor do que o esperado pelos analistas consultados pela agência Reuters. A medida das projeções era de 14,7% no período.

Desemprego em outubro/2020 — Foto: Economia G1
Desemprego em outubro/2020 — Foto: Economia G1

No trimestre encerrado em outubro, o IBGE apontou um crescimento na população ocupada, para 84,3 milhões de pessoas, o que representa um avanço de 2,8% (mais 2,3 milhões) em relação ao trimestre anterior.

Com esse aumento apurado, o nível de ocupação no país chegou a 48% em outubro, um crescimento de 0,9 ponto porcentual ante os três meses anteriores, mas uma queda de 6,9 pontos percentuais ante o mesmo período de 2019.

"Esse cenário pode estar relacionado a uma recomposição, ao retorno das pessoas que estavam em afastamento", afirmou a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.

"Nesse trimestre percebemos uma redução da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da procura por trabalho", disse Adriana.

O que mostrou a Pnad Contínua de outubro:

  • A população desocupada ficou em 14,1 milhões de pessoas;
  • A população ocupada chegou a 84,3 milhões de brasileiros, alta de 2,8% na comparação com trimestre anterior;
  • O nível de ocupação subiu para 48%;
  • A população subutilizada foi de 32,5 milhões de pessoas, um crescimento de 20% ante o mesmo trimestre de 2019;
  • A população na força de trabalho chegou a 98,4 milhões de pessoas;
  • A população fora da força de trabalho somou 77,2 milhões de pessoas, alta de 19% na comparação com o mesmo trimestre de 2019;
  • O contingente de desalentados foi de 5,8 milhões.

Ao longo do ano, acompanhamos a expansão da população fora da força de trabalho, de pessoas se retirando do mercado de trabalho, e nesse momento percebemos o retorno de parcela desses trabalhadores, afirmou Adriana. 
Emprego forma e informal

Os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada somaram 9,5 milhões no trimestre encerrado em outubro, alta de 9% (mais 779 mil pessoas) frente ao trimestre anterior, mas ainda 20,1% abaixo (menos 2,4 milhões) do registrado no mesmo trimestre de 2019.

Já os trabalhadores com carteira assinada eram 29,8 milhões, crescimento de 384 mil em relação ao trimestre anterior, mas queda de 10,4% (menos 3,4 milhões de pessoas) na comparação anual.

O número de trabalhadores por conta própria (22,5 milhões) subiu 4,9% (mais ,1,1 milhão) em relação ao trimestre anterior, mas caiu 8,1% (menos 2 milhões de pessoas) frente ao mesmo período do ano passado. e 2019.

"Dessa expansão da população ocupada de 2,3 milhões no total, 89% são de trabalhadores informais. Isso mostra que essa retomada da ocupação está sendo puxada pelo trabalhador informal, principalmente o trabalhador sem carteira do setor privado e o conta própria sem CNPJ", disse Adriana. 
Desempenho por setores

Na análise por setores, a ocupação cresceu em quatro dos dez seguimentos analisados pelo IBGE. Houve melhora do emprego na agricultura (alta de 3,8%), indústria (3%), construção (10,7%) e comércio (alta de 4,4%).

Rendimento médio

O rendimento médio real habitual (R$ 2.529) ficou estatisticamente estável frente ao trimestre anterior (R$ 2.568) e subiu 5,8% contra o mesmo trimestre de 2019 (R$ 2.391).

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

As espécies escondidas nas profundezas do Atlântico que a ciência desconhecia até agora

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Estudo de quase cinco anos no Atlântico profundo revelou novos moluscos, musgos e corais — muitos dos quais são ameaçados pelo impacto das mudanças climáticas nas águas marítimas. 
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
TOPO
Por Victoria Gill, BBC  
28/12/2020 19h25 Atualizado há 3 horas
Postado em 28 de dezembro de 2020 às 22h30m


|        .      Post.N.\9.616     .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _|| 

Epizoanthus martinsae vive em corais negros em profundidades de quase 400 metros — Foto: Atlas via BBC
Epizoanthus martinsae vive em corais negros em profundidades de quase 400 metros — Foto: Atlas via BBC

Um estudo que investigou as profundezas do oceano Atlântico durante quase cinco anos revelou detalhes sem precedentes de 12 espécies até então desconhecidas da ciência.

Trata-se de musgos marinhos, moluscos e corais que não tinham sido descobertos até agora porque o fundo do mar é ainda muito inexplorado, afirmam os cientistas.

Mas os pesquisadores alertam que os animais recém-descobertos já podem estar sob a ameaça das mudanças climáticas, que estão mudando a composição das águas marítimas.

O dióxido de carbono absorvido pelo oceano está tornando-o mais ácido, causando a corrosão dos esqueletos dos corais.

Os cientistas envolvidos no projeto, chamado de Atlas, enfatizaram que "não é tarde demais para proteger essas espécies especiais" e os importantes habitats que elas ocupam.

Corais são como as fundações das cidades nas profundezas, fornecendo abrigo e comida para várias espécies — Foto: Atlas via BBC
Corais são como as fundações das cidades nas profundezas, fornecendo abrigo e comida para várias espécies — Foto: Atlas via BBC

Algumas descobertas importantes da missão no Atlântico:

  • Novas espécies: "Pelo menos" 12 novas espécies de águas profundas. A equipe também encontrou cerca de 35 novos registros de espécies em áreas onde antes eram desconhecidas
  • Mudanças climáticas: o aquecimento dos oceanos, a acidificação e a diminuição da disponibilidade de alimentos irão se combinar para mudar significativamente e reduzir a disponibilidade de habitats adequados para as espécies do fundo do mar até 2100
  • Fontes hidrotermais: os cientistas descobriram um campo destas fontes termais no fundo do mar nos Açores, em Portugal. Os campos hidrotérmicos são áreas importantes de produtividade biológica relativamente alta, que hospedam comunidades complexas no meio do vasto oceano profundo
Cidades das profundezas
A Antropora gemarita se alimenta de partículas de comida suspensas na água — Foto: Atlas via BBC
A Antropora gemarita se alimenta de partículas de comida suspensas na água — Foto: Atlas via BBC

Como observou o professor George Wolff, químico oceânico da Universidade de Liverpool que esteve envolvido no projeto, "ainda podemos dizer que temos mapas melhores da superfície da Lua e de Marte do que do fundo do mar".

"Então, sempre que você vai para o fundo do oceano, você encontra algo novo — não apenas espécies individuais, mas ecossistemas inteiros."

O professor Murray Roberts, da Universidade de Edimburgo — que liderou o projeto Atlas—, disse à BBC News que quase cinco anos de exploração e investigação revelaram alguns "lugares especiais" no oceano e "como eles funcionam".

"Encontramos comunidades inteiras formadas por esponjas ou corais, que formam as cidades do fundo do mar", explicou.

Equipamento de robótica subaquática permitiu a exploração em profundidades que esmagariam mergulhadores humanos — Foto: Atlas via BBC
Equipamento de robótica subaquática permitiu a exploração em profundidades que esmagariam mergulhadores humanos — Foto: Atlas via BBC

"Elas sustentam a vida. Portanto, peixes realmente importantes usam esses locais como áreas de desova. Se essas cidades forem danificadas por usos humanos destrutivos, esses peixes não terão onde se reproduzir e a função de todos esses ecossistemas será perdida para as gerações futuras."

"É como entender que a floresta tropical é um lugar importante para a biodiversidade terrestre. O mesmo vale para o fundo do mar: há lugares importantes que precisam ser protegidos — e, o mais importante, todos estão conectados."

Diminuindo a velocidade das correntes oceânicas

Os pesquisadores realizaram mais de 40 expedições atlânticas para explorar o fundo do oceano em detalhes — Foto: Atlas via BBC
Os pesquisadores realizaram mais de 40 expedições atlânticas para explorar o fundo do oceano em detalhes — Foto: Atlas via BBC

O projeto envolveu pesquisadores de 13 países ao redor do Atlântico — combinando química e física oceânica, além de descoberta biológica, para descobrir como o ambiente do oceano está mudando com o aquecimento mundial e como os humanos exploram mais do fundo do mar para pesca e extração de minerais.

O estudo das correntes oceânicas e dos depósitos de fósseis no fundo do mar revelou que as principais correntes do Atlântico Norte diminuíram drasticamente em resposta às mudanças climáticas.

"As implicações disso são complicadas, mas potencialmente as conexões entre os ecossistemas estão sendo reduzidas", explicou o professor Roberts, porque as correntes oceânicas são as rodovias que ligam diferentes habitats na vastidão do oceano profundo.

Fora de vista

Um briozoário chamado Microporella funbio foi descoberto em um vulcão submarino de lama na costa espanhola — Foto: Atlas via BBC
Um briozoário chamado Microporella funbio foi descoberto em um vulcão submarino de lama na costa espanhola — Foto: Atlas via BBC

"O valor de todo esse conhecimento nos permite entender o que podemos arriscar e perder", disse a professora Claire Armstrong, economista de recursos naturais da Universidade de Tromsø, na Noruega.

"O fundo do oceano pode estar tão longe da vista e da mente que não temos consciência do que estamos fazendo aos seus ambientes e das consequências do que fazemos."

Com uma população global em crescimento, poluição crescente e áreas emergentes de atividade comercial no fundo do mar, incluindo a prospecção para produtos médicos e industrialmente úteis, os cientistas marinhos dizem que é vital preencher as lacunas em nosso conhecimento sobre o oceano.

O oceano não é um recurso infinito, acrescentou o professor Armstrong. "Conservar e saber o que podemos precisar no futuro é muito, muito difícil."

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

'Temos que nos preparar para algo que pode ser ainda mais grave no futuro', diz OMS sobre pandemia

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


Diretor de emergências da entidade alertou que Covid-19 não é necessariamente a 'grande' pandemia, e que novo coronavírus pode se tornar endêmico.  
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
Por G1  
28/12/2020 15h28 Atualizado há uma hora
Postado em 28 de dezembro de 2020 às 16h30m


|        .      Post.N.\9.615     .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _|| 

Profissionais de saúde coletam amostras em testes PCR em moradores de Colombo, no Sri Lanka, nesta segunda-feira (28). — Foto: Ishara S. Kodikara/AFP
Profissionais de saúde coletam amostras em testes PCR em moradores de Colombo, no Sri Lanka, nesta segunda-feira (28). — Foto: Ishara S. Kodikara/AFP

O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou, nesta segunda-feira (28), que a pandemia de Covid-19 não é, necessariamente, a "grande" pandemia – e que o mundo precisa se preparar para algo que pode ser pior no futuro.

"Essa pandemia foi muito grave. Se espalhou ao redor do mundo extremamente rápido, afetou cada canto do planeta. Mas essa não é necessariamente a "grande" [pandemia]", alertou Ryan durante coletiva de imprensa em Genebra.

"Esse vírus é muito transmissível, mata, e tirou entes queridos de muitas pessoas. Mas a taxa de letalidade é razoavelmente baixa comparada a outras doenças emergentes. Isso é um alerta. O planeta é frágil. Essas ameaças vão continuar", afirmou o diretor.

"Se tem uma coisa que precisamos aprender com essa pandemia, com toda a tragédia e perda, é que precisamos nos organizar. Temos que nos preparar para algo que pode ser ainda mais grave no futuro", alertou Ryan.

No sábado (26), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também alertou que a pandemia de Covid-19 não seria a última que o mundo enfrentaria.

Ryan lembrou, ainda, que é provável que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) se torne endêmico – isto é, que nunca venha a desaparecer. Esse alerta já havia sido feito pelo diretor em maio.

O diretor e a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, reforçaram que, mesmo com a chegada de vacinas contra a Covid-19, as medidas de combate ao vírus precisarão ser seguidas por um tempo. Isto porque o objetivo principal das vacinas – ao menos as atuais – é evitar casos graves da doença, e não a transmissão do vírus.

Além disso, ainda deve levar tempo para que se consiga vacinar um número suficiente de pessoas para alcançar a imunidade de rebanho (veja vídeo).

'Imunidade de rebanho': o que é e quais os riscos de deixar a pandemia correr seu curso
'Imunidade de rebanho': o que é e quais os riscos de deixar a pandemia correr seu curso

Conflito na Etiópia

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também falou do conflito da região do Tigray, na Etiópia, seu país natal. Ele foi questionado sobre como havia passado o ano pessoalmente, para além da pandemia.

"Pessoalmente, além da pandemia, 2020 foi muito difícil para mim porque meu país está com problemas. E a guerra devastadora que está acontecendo é, na verdade, na minha região natal, o Tigray, no norte da Etiópia", disse.

"Eu tenho muitos parentes lá, incluindo meu irmão mais novo, e eu não sei onde eles estão. Eu não me comuniquei com eles, porque não há comunicação. Como se a Covid não fosse suficiente, eu tenho essa dor pessoal também. Eu me preocupo com meu país. Carregar tudo isso tem sido difícil", disse.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------

2021 vai ser um pouco mais fresco que 2020, mas ainda estará entre os 6 anos mais quentes da história

= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =


O fenômeno climático La Niña no oceano Pacífico fará com que as temperaturas caiam, mas os gases causadores do efeito estufa continuarão sendo o maior fator de influência no clima global, afirmam os pesquisadores do centro de meteorologia do governo do Reino Unido. 
= =---____------- ===  ----                                            -----________::_____   _____= =..= = =..= =..= = =____   _____::________                       --------- ====  -----------____---= =
TOPO
Por BBC  
27/12/2020 15h27 Atualizado há 23 horas
Postado em 28 de dezembro de 2020 às 14h30m


|        .      Post.N.\9.614     .      |
|||.__-_____    _____ ____    ______    ____- _|| 

O fenômeno La Niña já trouxe fortes chuvas para algumas regiões e provavelmente deixará o clima global um pouco mais frio em 2021 — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC
O fenômeno La Niña já trouxe fortes chuvas para algumas regiões e provavelmente deixará o clima global um pouco mais frio em 2021 — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC

Os pesquisadores do centro de meteorologia do governo do Reino Unido preveem que 2021 será um pouco mais frio que 2020 em todo o mundo, mas ainda será um dos seis anos mais quentes já registrados.

O fenômeno climático La Niña no oceano Pacífico fará com que as temperaturas caiam, mas os gases causadores do efeito estufa continuarão sendo o maior fator de influência no clima global.

Os pesquisadores dizem que o mundo provavelmente ficará cerca de 1°C mais quente do que na era pré-industrial. Será o sétimo ano consecutivo que ficará próximo ou acima desta marca.

De acordo com as projeções do centro de meteorologia britânico, a temperatura da Terra em 2021 provavelmente ficará entre 0,91° C e 1,15º C acima do que eram nos anos 1850-1900, com uma estimativa média de 1,03º C.

O efeito La Niña

O La Niña se desenvolve quando fortes ventos sopram as águas quentes da superfície do Pacífico para longe da América do Sul e em direção às Filipinas.

O resultado disso é que as águas mais frias do fundo do oceano acabam vindo para a superfície do mar e reduzindo as temperaturas ali.

Condições de calor podem levar a secas prolongadas e escassez de água — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC
Condições de calor podem levar a secas prolongadas e escassez de água — Foto: Getty Images/Reprodução via BBC

Espera-se que o fenômeno provoque uma queda de 1°C ou 2°C, o que provavelmente será o suficiente para evitar que 2021 tenho um novo recorde de alta temperatura.

Os pesquisadores dizem que o impacto de um evento de resfriamento natural como o La Niña, embora seja importante, é ofuscado pelo aquecimento causado pelos gases do efeito estufa na atmosfera.

"É improvável que a temperatura global para 2021 seja a de um ano recorde devido à influência atual da La Niña, mas será muito mais quente do que outros anos anteriores que tiveram o fenômeno, como 2011 e 2000, devido ao aquecimento global", diz Adam Scaife, chefe de previsão de longo alcance no centro de meteorologia do Reino Unido.

Houve um forte La Niña no ano de 1999-2000, mas as temperaturas globais aumentaram 0,4°C nos anos desde então. Isso de acordo com a estimativa de aquecimento de 0,2ºC por década, atribuída pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) à atividade humana.

"A variabilidade do ciclo La Niña/ l Niño é o segundo fator mais importante na determinação da temperatura da Terra, mas é um fator atenuado pelo efeito do aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera", diz o meteorologista Nick Dunstone, do centro de meteorologia do Reino Unido.

Os anos mais quentes

A instituição britânica diz que sua experiência bem sucedida na previsão de temperaturas anuais anteriores lhe dá confiança nas projeções para o próximo ano.

Um ano atrás, a agência estimou que 2020 seria entre 0,99°C e 1,23°C mais quente do que os níveis pré-industriais. Dados de janeiro a outubro deste ano indicam que a temperatura anual ficará 1,17°C acima da média de 1850-1900.

O ano de 2016 continua sendo o mais quente já registrado, com 2020 disputando o segundo lugar com 2019.

De acordo com uma avaliação provisória da Organização Meteorológica Mundial, os seis anos mais quentes em registros globais desde 1850 ocorreram depois de 2015. O Met Office espera que 2021 supere 2018 e fique em sexto lugar.

------++-====-----------------------------------------------------------------------=================---------------------------------------------------------------------------------====-++------