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O g1 testou Estradeira de média cilindrada da marca indiana sai por R$ 34.990 e é uma das poucas opções acessíveis de motos para curtir no final de semana. Mas vale a pena esperar tanto tempo por ela?<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Vinicius Montoia, g1
Postado em 01 de Fevereiro de 2.025 às 06h00m
#.* Post. - Nº.\ 11.492*.#
Royal Enfield Super Meteor 650, na versão testada Celestial, tem banco
com sissy bar (apoio para lombar do garupa) e para-brisa. Preço: R$
34.990 — Foto: g1 | Fábio Tito
As custom estão em alta. As motocicletas voltadas para estrada, popularmente conhecidas como as do estilo “Harley-Davidson”, tiveram um incremento importante de vendas após a pandemia, como mostrou o g1 em novembro. O crescimento do segmento foi superior a 50%, quando se compara as vendas acumuladas de 2024 com o mesmo período de 2023.
A Royal Enfield é uma das grandes responsáveis por esse incremento, com cinco modelos entre os 10 mais vendidos do segmento. A Super Meteor 650, lançada no meio de 2024 e que já tem uma fila de espera considerável.
Veja as versões:
- Astral: R$ 33.990
- Interestellar: R$ 34.490
- Celestial: R$ 34.990
Por isso, o g1 colocou à prova essa que é uma das motos mais desejadas do segmento para te contar se ela é tudo o que promete. No vídeo abaixo, você confere os principais pontos positivos e negativos do modelo.
E ao longo da reportagem, detalhamos todas as característica da Super Meteor 650 (como peso, motorização, transmissão, largura, estabilidade, conforto, consumo e segurança) para você decidir se essa deve ser a motocicleta da sua garagem.
Royal Enfield Super Meteor 650: 3 pontos positivos e 3 negativos
Que modelo é esse?
As demais motos da Royal Enfield — como Hunter, Scram, Classic, Meteor, Interceptor, Continental e Himalayan — estão disponíveis à pronta entrega. A Super Meteor pode demorar até seis meses para ser chegar às mãos do novo dono. Mas o que houve?
“O estoque [de Super Meteor] que acreditávamos que duraria alguns meses, durou dias. Tínhamos 650 motos para vender em um mês, mas isso aconteceu em apenas 48 horas”, explicou Gabriel Patini, diretor executivo da Royal Enfield para a América Latina.
Segundo o executivo, o tempo de espera se deve à alta demanda, mas também ao tempo da moto vinda da matriz, na Índia, até o Brasil.
Ou seja, a montadora não previu o montante de pedidos que a Super Meteor teria após o lançamento e, agora, a linha de produção indiana teve que abrir mais dois turnos para suprir os pedidos brasileiros.
Além disso, o kit de peças da moto vem do país asiático e é montado na fábrica de Manaus (AM). Após essa etapa, as motos são levadas para o centro de distribuição da marca, em Louveira (SP). Esse trâmite demora cinco meses. Só então o produto chega à concessionária.
Patini afirma que os pedidos da filial brasileira já foram ampliados, mas a Super Meteor enfrenta uma fila de espera grande por conta da falta de outras customs acessíveis no mercado nacional.
“É um cliente órfão de modelos mais em conta da Harley-Davidson, da Honda Shadow, da Suzuki Boulevard. É um número gigante de consumidores que estava sem nada para comprar”, esclareceu o executivo.Galerias Relacionadas
Apesar do aspecto robusto, não se pode esquecer que a Super Meteor é uma moto de entrada entre as custom. Apesar do visual, ela tem um terço do motor de motos premium.
As Harley Davidson costumam ser equipadas com propulsores de 1.800 cilindradas ou mais. E, como diz o nome, a Super Meteor tem exatas 648 cilindradas.
Isso não tira o quão empolgante pode ser a moto em baixas e médias velocidades, mas não dá para estabelecer uma comparação entre as custom de entrada e as topo de linha. É como comparar um Hyundai HB20 com um Volkswagen Golf.
🏍️ Entretanto, apesar da "falta de motor", ela se torna uma moto leve perto das estradeiras convencionais. Para iniciantes na categoria, esse é um ponto extremamente positivo, ao não gerar receio de derrubar uma moto tão pesada.
Devido à largura, é preciso paciência para passar entre os carros — Foto: g1 | Vinicius Montoia
Deixa a desejar, porém, quando comparamos a Super Meteor 650 com a sua principal rival, a Kawasaki Eliminator 500. Por ter 241 kg, o modelo da Royal Enfield é 65 kg mais pesado que a concorrente japonesa.
No geral, o peso extra se reflete negativamente no desempenho em alta velocidades, mas também torna manobras em baixa velocidade, principalmente entre os carros, mais difícil. É preciso um pouco de paciência para contornar outros veículos em meio ao trânsito.
Por ter apenas 47 cv — a Kawasaki tem 51 cv —, a Super Meteor tem um desempenho progressivo, que não assusta. Em outras palavras, é possível girar o manete da direita (que, inclusive, tem ótima empunhadura) sem a preocupação de ser jogado para trás com a aceleração.
E essa é uma característica deve ser valorizada por iniciantes em motocicletas de média e alta cilindradas. O torque chega às rodas sem aquela "patada" nas costas e isso, por si só, já ajuda a ter um controle maior sobre o veículo sem a necessidade de equipá-lo com controle de tração.
A Royal Enfield Super Meteor 650 tem motor de dois cilindros paralelos que entregam 47 cv — Foto: g1 | Fábio Tito
A Super Meteor 650 não vibra tanto em ponto morto quanto as custom de alta cilindrada, outro ponto positivo do modelo. Por outro lado, o desempenho não empolga. Para quem está acostumado a rodar com motocicletas de média e alta cilindrada, a aceleração, ultrapassagens e as retomadas podem ser enfadonhas.
Mas não adianta o motor ter bom funcionamento se o casamento com a transmissão não for harmônico. E é aí que a Royal acerta ao utilizar um câmbio de seis marchas na Super Meteor.
A sexta marcha ajuda a diminuir a vibração do motor em altas velocidades, pois ele diminui a rotação do propulsor. E o acerto das três primeiras marchas é agradável para a cidade, por não serem tão longas quanto as três últimas.
⚙️ Mas, de novo, o piloto pode sofrer um pouco ao fazer uma ultrapassagem. Por ter engrenagens mais longas, a Super Meteor tem um desempenho bastante progressivo. Ou seja, não é só o motor que a torna uma custom dócil.
Royal Enfield Super Meteor 650 — Foto: g1 | Fábio Tito
⚠️ Outro ponto para o iniciante ficar ligado: a posição do comando de troca de marcha é avançado. O piloto fica com os pés posicionados para frente, o que tira um pouco da agilidade ao fazer curvas e manobras em baixas velocidades.
No teste do g1, após ficar 10 dias com o modelo, isso foi bastante sentido ao encarar o trânsito pesado da capital paulista.
Apesar de ter um guidão largo, não é tão difícil transitar com a Super Meteor nos corredores das grandes cidades. Mas há locais onde ela simplesmente não passa. Enquanto as city que tem 75 cm de largura, essa custom tem 89 cm de uma ponta a outra.
Porém, há modelos do segmento que são mais caros e mais difíceis de pilotar. Assim, fica evidente que a Super Meteor não carrega os grandes pênaltis das custom premium, mas também não entrega o mesmo desempenho delas.
Royal Enfield Super Meteor 650 — Foto: g1 | Fábio Tito
O tamanho da Super Meteor é um ponto importante, especialmente para quem pode ter apenas uma moto e precisa de um modelo que atenda tanto às necessidades diárias quanto às viagens de fim de semana.
Devido às suas dimensões reduzidas em comparação com outras motos custom, a Super Meteor tem vantagens e desvantagens. Entre os prós estão o entre-eixos menor, que facilita manobras em baixas velocidades, e a facilidade de fazer curvas.
É como comparar a manobrabilidade de um Renault Kwid com uma Chevrolet S10: é óbvio qual é mais fácil de estacionar. Algumas motos estradeiras parecem ônibus de tão difíceis de manobrar, devido à grande distância entre as rodas.
🌪️ No entanto, há um ponto negativo que compromete a segurança: a 120 km/h, ela começa a "shimmar". O shimmy é um fenômeno em que a parte dianteira da moto oscila rapidamente de um lado para o outro.
Royal Enfield Super Meteor 650 — Foto: g1 | Fábio Tito
Isso ocorre por falta de peso no eixo dianteiro, indicando uma má distribuição de massa no projeto. Quando a velocidade aumenta, o vento e a aceleração empurram o eixo dianteiro para cima e é nesse momento que a frente fica muito leve, gerando, assim, a instabilidade.
O "shimmy" de uma moto é muito arriscado porque o motociclista pode perder totalmente o controle. E a Super Meteor “shimma” mesmo dotada de suspensão invertida que, em tese, deveria evitar esse fenômeno.
Na versão topo de linha Celestial, o banco é maior e possui sissybar para o garupa, um pequeno apoio lombar. O assento é bastante confortável, mas pode deixar os músculos ligeiramente dormentes em viagens longas.
⛽ No quesito consumo de combustível, ela não surpreendeu. Ela manteve a média do segmento. Medindo o consumo de forma manual após cada abastecimento (pois seu computador de bordo não registra consumo), foi possível alcançar apenas 21,6 km/l de gasolina.
Um dos pontos elogiáveis da Super Meteor é seu sistema de freios, que funciona bem e é equipado com sistema anti-bloqueio (ABS) nas rodas dianteira e traseira.
Por fim, é uma moto voltada para consumidores sem muitas pretensões esportivas, mas que apreciam uma viagem tranquila e confortável aos finais de semana. Se você gosta de contemplar paisagens, a Super Meteor pode ser uma parceira acessível para curtir viagens e acumular histórias.
Pontos positivos e negativos:
- ✅ Facilidade de pilotar;
- ✅ Altura do assento;
- ✅ Entre-eixos mais curto;
- ❌ Desempenho;
- ❌ Manobras no trânsito;
- ❌ Peso.
- Motor: 648 cilindradas, bicilíndrico paralelo;
- Potência: 47 cv a 7.250 rpm;
- Torque: 5,3 kgfm a 5.650 rpm;
- Câmbio: manual, seis marchas;
- Comprimento: 2,26 m;
- Largura: 0,89 m;
- Altura: 1,15 m;
- Entre-eixos: 1,50 m;
- Peso: 241 kg;
- Tanque: 15,7 litros;
- Freio dianteiro: 320 mm com ABS;
- Freio traseiro: 300 mm com ABS;
- Suspensão dianteira: curso de 120 mm;
- Suspensão traseira: curso de 101 mm;
- Pneu dianteiro: 19 polegadas, 100/90
- Pneu traseiro: 16 polegadas, 150/80
A estradeira vem equipada com freios ABS, inclusive na roda traseira — Foto: g1 | Fábio Tito
Como mostrou o g1 em novembro, a Royal Enfield tem navegado no segmento das custom há quase sete anos de maneira isolada com modelos de média cilindrada. Dos oito modelos à venda no Brasil, a marca comercializa quatro custom — que estão entre as cinco mais vendidas da categoria.
Essa é a principal estratégia da Royal Enfield: desbravar um segmento “abandonado”, sobretudo em uma faixa de preço em que as concorrentes não se encaixam. A Super Meteor 650 é R$ 10.500 mais barata que a sua equivalente, a Kawasaki Eliminator 500.
A líder de venda entre as custom é a Hunter 350, também da Royal Enfield, e evidencia que a marca também quer conquistar o consumidor interessado em outras categorias. Por R$ 19.990, o modelo já vem com freios ABS de dois canais e o preço inclui o frete de Manaus para qualquer local do Brasil.
Nessa faixa de preço, a montadora indiana pode incomodar até algum cliente da Honda CG e outros modelos que gravitam na casa dos R$ 20 mil, porém menos equipados.
Shineray Titanium 250 chega por R$ 23.890 com motor bicilíndrico de 19 cv e 1,8 kgfm de torque — Foto: Divulgação | Shineray
O domínio do segmento pela Royal Enfield chamou a atenção da chinesa Shineray. O g1 já havia adiantado com exclusividade, no início do segundo semestre de 2024, que a marca chinesa entraria na categoria das custom com três modelos de baixa cilindrada.
Ao apagar das luzes do ano passado, a chinesa lançou as três motos prometidas.
Veja os preços:
- Iron 250: R$ 19.990;
- Titanium 250: R$ 23.890;
- Denver 250: R$ 23.990.
De certa forma, o efeito "Royal Enfield" deixou claro que o consumidor brasileiro não se contenta só com moto para trabalho. Como diz a música dos Titãs, "A gente não quer só comida / A gente quer comida, diversão e arte".
Shineray Denver tem visual mais clássico e custa R$ 23.990. O motor é o
mesmo da Titanium, com 250 cilindradas que entregam 19 cv de potência e
1,8 kgfm de torque — Foto: Divulgação | Shineray