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quinta-feira, 13 de março de 2025

IPCA sobe 1,31% em fevereiro, maior patamar para o mês em 22 anos

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Alta forte da inflação no mês foi puxada, sobretudo, pelos grupos de Educação, Habitação e Alimentação e bebidas.
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Por Bruna Miato, g1
12/03/2025 09h00 
Postado em 13 de Março de 2.025 às 20h00m

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Energia elétrica pesou sobre o IPCA de fevereiro — Foto: fanjianhua no Freepik
Energia elétrica pesou sobre o IPCA de fevereiro — Foto: fanjianhua no Freepik

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 1,31% em fevereiro, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse foi o maior patamar do IPCA para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos e o maior patamar do IPCA desde março de 2022, quando os preços subiram 1,62%.

O resultado representa uma forte aceleração da inflação em relação a janeiro, quando a alta da foi de 0,16%. Com isso, no acumulado do ano no primeiro bimestre, o IPCA acumula alta de 1,47%.

Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,06%, maior nível desde setembro de 2023, quando o acumulado foi de 5,19%. O número está acima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3% para a inflação anual, e será considerada cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%. Em fevereiro de 2024, o IPCA teve alta de 0,83%.

A inflação de fevereiro veio em linha com as expectativas do mercado financeiro, que eram de uma alta de, em média, 1,30% no mês.

Todos os grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta nos preços no mês, mas os destaques foram os grupos de Habitação, com a alta da energia elétrica residencial, Educação, com os reajustes das mensalidades escolares, Alimentação e bebidas, com a continuidade da inflação dos alimentos.

Com a forte alta desses itens, o índice de difusão do IPCA de fevereiro foi de 61%, uma redução em relação aos 65% observados em janeiro. Esse índice mostra quanto a inflação está espalhada ou concentrada em determinados itens — e uma redução demonstra que a pressão inflacionária no mês foi mais concentrada que no mês anterior.

IPCA tem alta de 1,31% em fevereiro

Veja o resultado dos grupos do IPCA em fevereiro

  • Alimentação e bebidas: 0,70%;
  • Habitação: 4,44%;
  • Artigos de residência: 0,44%;
  • Vestuário: 0,00%;
  • Transportes: 0,61%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,49%;
  • Despesas pessoais: 0,13%;
  • Educação: 4,70%;
  • Comunicação: 0,17%.

Energia elétrica pesa na inflação do mês após Bônus de Itaipu

O grupo que mais pesou na inflação de fevereiro foi o de Habitação, com uma alta de 4,44% e um impacto de 0,65 ponto percentual (p.p.) sobre o índice cheio.

Essa alta foi puxada, sobretudo, pelo avanço de 16,80% nos preços da energia elétrica residencial. O forte aumento é, na verdade, consequência da normalização nas contas de luz no mês: em janeiro, o Bônus de Itaipu foi incorporado nas contas, resultando em um desconto para o consumidor.

No entanto, a inflação da energia elétrica de fevereiro é maior que a deflação de 14,21% registrada em janeiro com o desconto nas contas.

Além dos preços da energia, a taxa de água e esgoto também teve uma alta de 0,14%, em média, no mês, refletindo reajustes nas tarifas de algumas cidades, como Campo Grande e Belo Horizonte.

Segundo José Fernando Pereira, gerente da pesquisa do IPCA, excluindo o impacto do grupo de Habitação o IPCA de fevereiro teve alta de 0,78%.

Mensalidade escolar, alimentos e combustíveis também subiram

Apesar do grupo de Habitação ter registrado o maior impacto sobre a inflação do mês, a maior alta percentual foi do grupo de Educação, que subiu 4,70% e teve um peso de 0,28 p.p. sobre o índice.

O avanço do grupo é resultado dos reajustes das mensalidades escolares. Os destaques foram as altas no ensino fundamental, de 7,51%, ensino médio, de 7,27%, e da pré-escola, de 7,02%.

Já o grupo de Alimentação e bebidas, com uma alta de 0,70%, teve um peso de 0,15 p.p. sobre a inflação do mês. O resultado representa uma desaceleração em relação à alta de 0,96% registrada em janeiro.

A desaceleração foi puxada pela queda nos preços da batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%). No entanto, alimentos muito presentes na cesta dos brasileiros continuaram subindo, com destaque para o ovo de galinha (15,39%) e o café moído (10,77%).

A forte alta nos preços dos ovos foi influenciada pelo aumento das exportações, em decorrência do problema de gripe aviária nos Estados Unidos, o início das aulas, que aumenta a demanda pela proteína, e o clima mais quente, que prejudica a produção, explica Pereira.

Na alimentação fora do domicílio, os preços médios dos lanches (0,66%) e refeição (0,29%) também tiveram altas, mas menores que no mês anterior.

Por fim, o grupo de Transportes, que subiu 0,61%, também teve um impacto importante sobre o índice, de 0,13 p.p., puxado pelo aumento médio de 2,89% nos preços dos combustíveis.

Os principais combustíveis tiveram alta em fevereiro: óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). Só o gás veicular teve queda, de 0,52%.

No grupo, os reajustes nos preços dos transportes públicos também pesaram no mês.

Inflação de serviços segue elevada

O IPCA também é analisado pelo mercado sob duas grandes categorias: os preços monitorados e a inflação de serviços.

Os preços monitorados, também chamados de administrados, são aqueles controlados parcial ou totalmente pelo governo, como a energia elétrica, as taxas de água e esgoto, os combustíveis e as tarifas de transporte público.

Esses preços, portanto, não seguem livremente a lei de oferta e demanda, mas respondem ao que é determinado pelo governo — exemplo do Bônus de Itaipu na conta de luz em janeiro.

Neste contexto, com a forte alta de energia elétrica residencial e outros itens, como os combustíveis, em fevereiro, a inflação dos preços monitorados disparou 3,16% no mês, contra uma queda de 1,52% em janeiro. Em 12 meses, o acumulado é de uma alta de 5,19%.

A inflação de serviços, por outro lado, teve uma aceleração mais modesta: passou de 0,78% em janeiro para 0,82% em fevereiro. Mas, no acumulado em 12 meses, a alta é mais expressiva, de 5,32% — patamar bem acima dos 5,06% registrados no acumulado do IPCA geral.

A inflação de serviços é a que mais preocupa o BC porque esses preços são determinados pela oferta e demanda, como os serviços de restaurantes, salões de beleza, escolas particulares e outros cursos, por exemplo.

José Fernando Pereira, do IBGE, explica que o mercado de trabalho aquecido, com uma taxa baixa de desocupação, continua pressionando a demanda pelos serviços — porque há mais dinheiro circulando — o que contribui para a aceleração da inflação e pode levar o BC a promover novas altas nos juros.

Hoje, a Selic, taxa básica de juros, está em 13,25% ao ano, depois de uma sequência de quatro altas promovidas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), e a expectativa é que continue subindo.

Juros maiores tornam a tomada de crédito mais cara, o que tende a diminuir o consumo e a demanda por bens e serviços. O efeito das decisões do Copom, porém, demoram alguns meses para ser sentido na economia real.

Em fevereiro, as maiores altas entre os serviços vieram dos reajustes das mensalidades escolares, clubes, costureira, hospedagem, depilação, pet shop, aluguel residencial, manicure e serviço bancário.

INPC volta a subir em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para reajustes do salário mínimo e que calcula a inflação para famílias de renda mais baixa, teve alta de 1,48% Em janeiro, o índice não teve variação.

Assim, o INPC acumulou uma alta de 4,87% nos 12 meses até fevereiro de 2025.

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Nasa revela aumento 'inesperado' do nível do mar em 2024

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De acordo com a análise conduzida pela agência, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros por ano, valor consideravelmente superior à projeção inicial de 0,43 centímetros anuais.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 13 de Março de 2.025  às 14h20m
 
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Segundo a Nasa, o aumento inesperado é atribuído principalmente ao aquecimento dos oceanos. — Foto: Julie G
Segundo a Nasa, o aumento inesperado é atribuído principalmente ao aquecimento dos oceanos. — Foto: Julie G

A Nasa, a agência espacial norte-americana, revelou nesta quinta-feira (13) que o nível global do mar apresentou uma elevação superior à esperada durante o ano de 2024, principalmente devido ao aquecimento dos oceanos.

De acordo com a análise conduzida pela agência, a taxa de elevação atingiu 0,59 centímetros por ano, valor consideravelmente superior à projeção inicial de 0,43 centímetros anuais.

"Os dados que coletamos em 2024 demonstram um aumento além do que nossos modelos previram", explicou Josh Willis, pesquisador especializado em níveis oceânicos do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência.

"Embora existam variações anuais, a tendência geral é inequívoca: os oceanos continuam subindo, e a velocidade desse processo está se intensificando progressivamente."

A pesquisa indica uma importante alteração no padrão de contribuição para a elevação do nível do mar.

Tradicionalmente, cerca de dois terços desse aumento eram atribuídos à água proveniente do derretimento de geleiras e camadas de gelo terrestres, enquanto aproximadamente um terço resultava da expansão térmica da água oceânica.

Em 2024, contudo, essa proporção inverteu-se, com dois terços da elevação sendo consequência direta da expansão térmica.

"O ano de 2024 registrou as temperaturas mais elevadas já documentadas, e os oceanos do planeta respondem diretamente a esse fenômeno, alcançando seus níveis mais altos em três décadas de monitoramento", afirmou Nadya Vinogradova Shiffer, responsável pelos programas de oceanografia física e pelo Observatório Integrado do Sistema Terrestre na sede da Nasa em Washington.

Evolução do nível do mar desde 1993, com projeção de aumento acelerado. — Foto: Nasa
Evolução do nível do mar desde 1993, com projeção de aumento acelerado. — Foto: Nasa

FOTOS: Onda de calor causa incêndios e leva temperaturas ao extremo no Hemisfério Norte

Desde 1993, quando os registros por satélite foram iniciados, a taxa anual de elevação do nível do mar mais que dobrou.

No acumulado desse período, o nível global dos oceanos subiu aproximadamente 10 centímetros, conforme demonstram os dados coletados por uma sequência ininterrupta de satélites de observação oceânica.

Atualmente, o monitoramento é realizado pelo satélite Sentinel-6 Michael Freilich, lançado em 2020 como parte de um par idêntico de equipamentos que permitirá a continuidade dessa série histórica de dados para a próxima década.

O futuro satélite Sentinel-6B da agência dará sequência às medições precisas do nível da superfície marinha para aproximadamente 90% dos oceanos mundiais.

Aquecimento e circulação oceânica

A Nasa explica que transferência de calor para os oceanos, responsável pela expansão térmica da água, ocorre através de diversos mecanismos. Em condições normais, a água marinha organiza-se em camadas determinadas por temperatura e densidade, com água mais quente flutuando sobre camadas mais frias e densas.

Porém, em regiões caracterizadas por ventos intensos, as camadas oceânicas podem sofrer agitação suficiente para provocar mistura vertical.

Grandes correntes, como as presentes no Oceano Austral, têm a capacidade de inclinar essas camadas, facilitando o deslocamento das águas superficiais para regiões mais profundas.

Moradores caminham por área alagada em Jacarta, onde a elevação do nível do mar e o afundamento do solo agravam inundações em novembro de 2024. — Foto: REUTERS/Willy Kurniawan
Moradores caminham por área alagada em Jacarta, onde a elevação do nível do mar e o afundamento do solo agravam inundações em novembro de 2024. — Foto: REUTERS/Willy Kurniawan

Greenpeace enfrenta processo de US$ 300 milhões nos EUA e corre risco de falência

O fenômeno El Niño também contribui significativamente para esse processo, uma vez que o deslocamento de grandes massas de água quente, normalmente localizadas na região oeste do Oceano Pacífico, para as regiões central e leste, resulta em movimentos verticais de calor através das camadas oceânicas.

Por isso, o estudo reforça a crescente preocupação da comunidade científica com os impactos das mudanças climáticas, especialmente para comunidades costeiras que já enfrentam episódios mais frequentes de inundações durante marés altas, como é o caso de diversas regiões da Flórida e da Indonésia.

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