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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Chuva no deserto? Entenda por que Saara pode ter volumes 5 vezes acima da média nos próximos dias

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Segundo meteorologistas, fenômeno não é frequente e vai acontecer principalmente por conta do posicionamento mais ao norte da Zona de Convergência Intertropical.
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Por Júlia Carvalho, g1

Postado em 30 de agosto de 2024 às 0020m

#.* Post. - Nº.\  11.323 *.#

Deserto do Saara, na região Norte da África. — Foto: Phelipe Caldas/G1
Deserto do Saara, na região Norte da África. — Foto: Phelipe Caldas/G1

Nas próximas semanas, o deserto do Saara pode enfrentar uma condição pouco comum para esse tipo de bioma: chuva volumosa.

🌧️De acordo com modelos climatológicos do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF), algumas regiões do deserto podem ter acumulados cinco vezes maiores do que a média para o início de setembro.

O fenômeno não é frequente, segundo os meteorologistas, e vai acontecer principalmente por conta do posicionamento mais ao norte da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). (entenda mais abaixo)

Os especialistas ponderam que, apesar do volume muito acima da média esperado, o acumulado ainda é muito menor do que o observado em outras regiões do mundo.

🏜️Isso porque a região é conhecida por ser uma das mais secas do planeta.

Para se ter uma ideia, na parte central do deserto, a média de precipitação anual é de 25 milímetros. Isso é menos da metade da média esperada para o mês de junho em São Paulo, considerado o mais seco do ano.

O volume anormal de chuva esperado para as primeiras semanas de setembro não é visto como algo comum pelos meteorologistas. Mas esse cenário já aconteceu outras vezes nas últimas décadas.

Segundo a meteorologista da Universidade de São Paulo (USP), Camilla Visibeli, não é possível classificar o fenômeno como algo extremamente raro.

"A cada dez anos tem um episódio assim. Então, se confirmada, essa não será a primeira vez que chove dessa forma no deserto do Saara", analisa.

Os modelos meteorológicos da ECMWF mostram que a parte central do deserto é a que deve ser a mais afetada pelas chuvas. Nessa região, os volumes podem ficar 500% acima da média história para o período. (veja no mapa abaixo)

Mapa do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF) mostra as anomalias de precipitação previstas para as próximas semanas. — Foto: ECMWF
Mapa do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF) mostra as anomalias de precipitação previstas para as próximas semanas. — Foto: ECMWF

➡️No mapa, as regiões em verde são as que mais devem observar anomalias de precipitação entre os dias 2 e 9 de setembro. Nele é possível perceber como o deserto do Saara, no norte da África, deve ter chuvas acima da média.

Deslocamento da ZCIT e oceanos aquecidos

Os meteorologistas explicam que essa chuva anormal é consequência, principalmente, do deslocamento da posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

👉 A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é caracterizada pelo encontro de ventos na região do Equador. No Brasil, é dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva em parte das regiões Norte e Nordeste, segundo o Inmet.

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a ZCIT está posicionada mais ao norte do que o normal neste ano.

No mapa abaixo, a linha vermelha mostra o posicionamento atual do sistema e, em preto, a posição esperada para esse período do ano:

Mapa mostra o posicionamento da ZCIT em agosto de 2024. — Foto: NOAA
Mapa mostra o posicionamento da ZCIT em agosto de 2024. — Foto: NOAA

"A ZCIT tem um movimento natural e pode se deslocar da sua climatologia, dependendo de alguns fatores, como o aquecimento das águas do Oceano Atlântico, por exemplo", explica Visibeli, que também é meteorologista na Tempo OK.

🌊 Além do Atlântico Norte estar mais aquecido, o início do resfriamento da região do Pacífico, com a transição para o La Niña, também contribui para o deslocamento da ZCIT.

Os meteorologistas ainda alertam que não é possível relacionar diretamente esse evento de chuvas anormais no Saara com as mudanças climáticas.

"É necessário uma série de análises para afirmar que essa indicação dos modelos está relacionada com as mudanças climáticas. Se esse cenário começar a se repetir com mais frequência, estudos precisam ser feitos para avaliar esse novo padrão", afirma a meteorologista.

Tempestade de areia do deserto do Saara atinge Atenas

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'Clube do Trilhão': empresa de Warren Buffett alcança US$ 1 trilhão em valor de mercado

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O patrimônio do maior investidor do mundo, presidente da Berkshire Hathaway, aumentou com o marco de sua companhia e soma US$ 147,2 bilhões. Ele é a sexta pessoa mais rica do mundo.

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Por Bruna Miato, g1
29/08/2024 15h37 
Postado em 29 de agosto de 2024 às 16h40m

#.* Post. - Nº.\  11.322 *.#

Warren Buffett, CEO do Berkshire Hathaway. — Foto: Rick Wilking/Reuters
Warren Buffett, CEO do Berkshire Hathaway. — Foto: Rick Wilking/Reuters

Berkshire Hathaway, empresa do megainvestidor Warren Buffett, atingiu um valor de mercado de mais de US$ 1 trilhão na última quarta-feira (28) e entrou para um seleto grupo dominado pelo setor de tecnologia.

O marco já aumentou o patrimônio de Buffett, que é considerado o maior investidor do mundo, em cerca US$ 2 bilhões. Ele é dono de uma fortuna de US$ 147,2 bilhões (R$ 825 bilhões) e é a sexta pessoa mais rica do mundo, de acordo com o ranking de bilionários da Forbes.

Buffett comemora 94 anos nesta sexta-feira (29) e, embora ainda esteja no comando da companhia, já nomeou um sucessor: Greg Abel, de 62 anos, atual vice-presidente do grupo.

A companhia, que nasceu como uma empresa da área têxtil e foi assumida por Buffett na década de 1960, se tornou um conglomerado que supervisiona e gere outras empresas, principalmente as de setores mais tradicionais da economia.

A Berkshire é a única companhia dos Estados Unidos fora do setor de tecnologia a alcançar um valor de mercado superior a US$ 1 trilhão, segundo levantamento de Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta.

Veja quais são as maiores empresas americanas, com base na cotação desta quarta-feira:

  1. Apple, que vale US$ 3,444 trilhões
  2. Nvidia, que vale US$ 3,081 trilhões
  3. Microsoft, que vale US$ 3,052 trilhões
  4. Alphabet (controladora do Google), que vale US$ 2,014 trilhões
  5. Amazon, que vale US$ 1,793 trilhão
  6. Meta (dona do Facebook), que vale US$ 1,307 trilhão
  7. Berkshire Hathaway, que vale US$ 1,007 trilhão

Fora dos Estados Unidos, também tem uma empresa dentro do grupo trilionário: a Saudi Aramco, maior produtora de petróleo do mundo. O valor de mercado da companhia é estimado em 6,76 trilhões de riais, a moeda oficial da Arábia Saudita.

Conforme a variação do dólar, o valor da companhia pode mudar. Mas com base na taxa de câmbio atual no país, o valor de mercado da petroleira é de cerca de US$ 1,8 trilhão.

Quem são os cinco novos bilionários brasileiros

Maiores empresas dos EUA valem mais que toda a bolsa de valores brasileira

O levantamento de Rivero mostra que, até esta quarta, as sete empresas americanas que compõem o "Clube do Trilhão" valiam, juntas, US$ 15,698 trilhões.

Até o ano passado, essas mesmas empresas (mesmo que a Meta e a Berkshire não valessem US$ 1 trilhão), somavam US$ 12,029 trilhões em valor de mercado. De lá para cá, o valor desse grupo aumentou em US$ 3,669 trilhões.

Isso é muito mais do que todas as empresas da bolsa de valores brasileira, a B3, juntas. Até 2023, essas companhias valiam US$ 953 bilhões. Esse valor caiu para US$ 829 bilhões até 28 de agosto, uma queda de US$ 123 bilhões.

Segundo Rivero, "o recuo no valor de mercado das empresas listadas na B3 em 2024 pode ser atribuído, em parte, à valorização do dólar, que acumulou uma alta de 14,26% no ano".

Na prática, as empresas mais valiosas dos Estados Unidos valem 18,9 vezes mais do que a totalidade das companhias da B3.

A alta do valor de mercado do "Clube do Trilhão", por sua vez, pode ser explicada, sobretudo, pela disparada de cerca de 150% no preço das ações da fabricante de chips e semicondutores Nvidia. Do fim de 2023 até aqui, o valor da companhia aumentou US$ 1,858 trilhão.

Desde que Buffett assumiu o controle da Berkshire, ele construiu um gigante conglomerado através da aquisição de outras empresas de diferentes setores econômicos.

Hoje, o grupo é proprietário da seguradora Geico, da companhia ferroviária Burlington Northern Santa Fe (BNSF), da marca de roupas Fruit of the Loom e das baterias Duracell.

Além disso, também investe pesado em outras companhias. A empresa é dona, por exemplo, de 21% das ações da American Express e 9% da Coca-Cola.

Buffett adotou uma abordagem racional e desapaixonada dos negócios ao longo dos anos, frequentemente sustentada por uma estratégia de longo prazo, na contramão de muitos investidores.

Entre 1965 e 2023, a ação da Berkshire Hathaway teve uma valorização anual média de 19,8% e acumulou quase 4.400% de alta no período.

* Com informações da agência de notícias France Presse

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Dólar opera em alta e vai a R$ 5,65, com juros americanos e indicação de Galípolo no radar; Ibovespa cai

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No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 0,99%, cotada a R$ 5,5564, e o Ibovespa subiu 0,42%, aos 137.344 pontos, renovando seu recorde histórico.
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Por g1

Postado em 29 de agosto de 2024 às 09h20m

#.* Post. - Nº.\  11.321 *.#

 — Foto: Pixabay
— Foto: Pixabay

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (29), com investidores repercutindo novos dados da economia dos Estados Unidos divulgados hoje.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,0% no segundo trimestre, acima das projeções, de 2,8% e da primeira prévia, que mostrava uma alta de 1,4% da atividade econômica.

Também, o Departamento do Trabalho divulgou que os pedidos iniciais por seguro-desemprego da última semana foram 231 mil, menor que os 232 mil esperados e que os 233 mil da semana anterior.

Além disso, o mercado repercute novas falas de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Raphael Bostic, diretor do Fed de Atlanta (os Estados Unidos têm unidades regionais do seu BC), disse ontem que a inflação em queda e a taxa de desemprego acima do esperado indicam que pode ser "hora de agir" e cortar as taxas de juros no país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.

O dirigente, porém, reforçou que quer ter mais clareza antes de tomar uma decisão que dê início ao ciclo de cortes, o que trouxe mais volatilidade ao mercado, apesar do presidente do Fed, Jerome Powell , afirmar na semana passada que "chegou a hora" de cortar os juros.

No Brasil, investidores seguem repercutindo a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central do Brasil (BC), ao comando da instituição.

Às 11h30, o dólar subia 1,77%, cotado a R$ 5,6550. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,99%, cotada em R$ 5,5564.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 1,41% na semana;
  • recuo de 1,73% no mês;
  • alta de 14,51% no ano.

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,81%, aos 136.228 pontos.

Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,42%, aos 137.344 pontos, renovando seu maior patamar histórico.

Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumulou:

  • alta de 0,86% na semana;
  • alta de 7,15% no mês;
  • ganhos de 1,93% no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

Os novos dados da economia americana, além da declaração de Raphael Bostic, reascendem as dúvidas sobre o que vai acontecer na próxima reunião do Fed, que acontece em setembro.

O PIB maior que o esperado mostra uma economia ainda resiliente, na contramão dos temores mais recentes do mercado, que acreditavam que os Estados Unidos poderiam estar perto de uma recessão. Na mesma linha, o número de pedidos de seguro-desemprego abaixo do esperado também reforça uma persistência da atividade econômica.

Investidores ponderam que números melhores na economia podem levar o Fed a ter uma postura menos estimulante. A percepção geral do mercado é que, na próxima reunião, a instituição deve iniciar um ciclo de corte nos juros, mas há dúvidas sobre a magnitude desses cortes e quanto tempo vão durar.

Especialistas se dividem entre os que esperam um corte mais moderado, de 0,25 ponto percentual, e outros que projetam 0,50 ponto percentual.

Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, afirmou que "chegou a hora" de cortar os juros dos Estados Unidos, o que melhora as perspectivas para investimentos de risco no mundo todo. Ele não indicou qual será a magnitude de corte, mas disse que há um "amplo espaço" para isso.

"Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte, ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços", disse Powell, que também garantiu que a instituição "não busca e nem recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho".

Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano. E havia expectativa desde o início do ano para o momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.

Juros menores tendem a impulsionar a atividade econômica por baratear a tomada de crédito para pessoas e empresas. Além disso, a queda das taxas também diminui a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), considerados os mais seguros do mundo, o que beneficia ativos de risco, como mercados de ações e moedas de outros países.

Mas se os juros caírem menos que o esperado ou num ritmo mais lento, os mercados não ganham tanto impulso.

Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, comenta que os dados de hoje não serão suficientes para diminuir as incertezas sobre o tamanho do corte na taxa de juros que iniciarão o ciclo de afrouxamento monetário em setembro.

"No momento, o mercado está atribuindo 67,5% de probabilidade para um corte de 0,25 ponto percentual e 32,5% para um corte de 0,50. Os números de inflação medida pelo PCE a serem divulgados amanhã certamente terão mais peso na eventual recalibragem das expectativas", diz Igliori.

Já na agenda econômica nacional, o destaque é a indicação do economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central (BC) na véspera. Galípolo atualmente faz parte da diretoria do BC.

A indicação foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.

"O presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado aqui de que hoje ele está encaminhando ao Senado Federal o indicado dele para a Presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo, que hoje ocupa a Diretoria de Política Monetária do Banco", declarou Haddad.

Haddad também explicou que, a partir do anúncio, o governo vai "começar a trabalhar para definir os três nomes que irão compor a diretoria até o final do ano".

Escolhido pelo presidente da República, Galípolo ainda precisa receber o aval do Senado Federal antes de assumir o cargo.

A indicação de Galípolo foi bem recebida por agentes do mercado financeiro. Desde sua nomeação para a diretoria, em maio do ano passado, especulava-se que ele poderia ser o futuro indicado de Lula à presidência da instituição.

O mercado, inclusive, desconfiou que a proximidade entre eles pudesse gerar interferência política nas decisões de taxa de juros do país. Mas a atuação e declarações de Galípolo em mais de um ano de BC deram algum conforto de que ele comandaria o BC com um olhar técnico.

Analistas ouvidos pelo g1 reforçam que ele ainda precisará confirmar na prática que o BC continuará independente. Em especial, porque Lula passou os dois primeiros anos de mandato criticando a presidência da instituição.

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