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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Dólar opera em alta e vai a R$ 5,65, com juros americanos e indicação de Galípolo no radar; Ibovespa cai

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No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 0,99%, cotada a R$ 5,5564, e o Ibovespa subiu 0,42%, aos 137.344 pontos, renovando seu recorde histórico.
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Por g1

Postado em 29 de agosto de 2024 às 09h20m

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 — Foto: Pixabay
— Foto: Pixabay

O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (29), com investidores repercutindo novos dados da economia dos Estados Unidos divulgados hoje.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,0% no segundo trimestre, acima das projeções, de 2,8% e da primeira prévia, que mostrava uma alta de 1,4% da atividade econômica.

Também, o Departamento do Trabalho divulgou que os pedidos iniciais por seguro-desemprego da última semana foram 231 mil, menor que os 232 mil esperados e que os 233 mil da semana anterior.

Além disso, o mercado repercute novas falas de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Raphael Bostic, diretor do Fed de Atlanta (os Estados Unidos têm unidades regionais do seu BC), disse ontem que a inflação em queda e a taxa de desemprego acima do esperado indicam que pode ser "hora de agir" e cortar as taxas de juros no país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.

O dirigente, porém, reforçou que quer ter mais clareza antes de tomar uma decisão que dê início ao ciclo de cortes, o que trouxe mais volatilidade ao mercado, apesar do presidente do Fed, Jerome Powell , afirmar na semana passada que "chegou a hora" de cortar os juros.

No Brasil, investidores seguem repercutindo a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central do Brasil (BC), ao comando da instituição.

Às 11h30, o dólar subia 1,77%, cotado a R$ 5,6550. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,99%, cotada em R$ 5,5564.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 1,41% na semana;
  • recuo de 1,73% no mês;
  • alta de 14,51% no ano.

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,81%, aos 136.228 pontos.

Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,42%, aos 137.344 pontos, renovando seu maior patamar histórico.

Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumulou:

  • alta de 0,86% na semana;
  • alta de 7,15% no mês;
  • ganhos de 1,93% no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

Os novos dados da economia americana, além da declaração de Raphael Bostic, reascendem as dúvidas sobre o que vai acontecer na próxima reunião do Fed, que acontece em setembro.

O PIB maior que o esperado mostra uma economia ainda resiliente, na contramão dos temores mais recentes do mercado, que acreditavam que os Estados Unidos poderiam estar perto de uma recessão. Na mesma linha, o número de pedidos de seguro-desemprego abaixo do esperado também reforça uma persistência da atividade econômica.

Investidores ponderam que números melhores na economia podem levar o Fed a ter uma postura menos estimulante. A percepção geral do mercado é que, na próxima reunião, a instituição deve iniciar um ciclo de corte nos juros, mas há dúvidas sobre a magnitude desses cortes e quanto tempo vão durar.

Especialistas se dividem entre os que esperam um corte mais moderado, de 0,25 ponto percentual, e outros que projetam 0,50 ponto percentual.

Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, afirmou que "chegou a hora" de cortar os juros dos Estados Unidos, o que melhora as perspectivas para investimentos de risco no mundo todo. Ele não indicou qual será a magnitude de corte, mas disse que há um "amplo espaço" para isso.

"Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte, ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços", disse Powell, que também garantiu que a instituição "não busca e nem recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho".

Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano. E havia expectativa desde o início do ano para o momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.

Juros menores tendem a impulsionar a atividade econômica por baratear a tomada de crédito para pessoas e empresas. Além disso, a queda das taxas também diminui a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), considerados os mais seguros do mundo, o que beneficia ativos de risco, como mercados de ações e moedas de outros países.

Mas se os juros caírem menos que o esperado ou num ritmo mais lento, os mercados não ganham tanto impulso.

Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, comenta que os dados de hoje não serão suficientes para diminuir as incertezas sobre o tamanho do corte na taxa de juros que iniciarão o ciclo de afrouxamento monetário em setembro.

"No momento, o mercado está atribuindo 67,5% de probabilidade para um corte de 0,25 ponto percentual e 32,5% para um corte de 0,50. Os números de inflação medida pelo PCE a serem divulgados amanhã certamente terão mais peso na eventual recalibragem das expectativas", diz Igliori.

Já na agenda econômica nacional, o destaque é a indicação do economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central (BC) na véspera. Galípolo atualmente faz parte da diretoria do BC.

A indicação foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.

"O presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado aqui de que hoje ele está encaminhando ao Senado Federal o indicado dele para a Presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo, que hoje ocupa a Diretoria de Política Monetária do Banco", declarou Haddad.

Haddad também explicou que, a partir do anúncio, o governo vai "começar a trabalhar para definir os três nomes que irão compor a diretoria até o final do ano".

Escolhido pelo presidente da República, Galípolo ainda precisa receber o aval do Senado Federal antes de assumir o cargo.

A indicação de Galípolo foi bem recebida por agentes do mercado financeiro. Desde sua nomeação para a diretoria, em maio do ano passado, especulava-se que ele poderia ser o futuro indicado de Lula à presidência da instituição.

O mercado, inclusive, desconfiou que a proximidade entre eles pudesse gerar interferência política nas decisões de taxa de juros do país. Mas a atuação e declarações de Galípolo em mais de um ano de BC deram algum conforto de que ele comandaria o BC com um olhar técnico.

Analistas ouvidos pelo g1 reforçam que ele ainda precisará confirmar na prática que o BC continuará independente. Em especial, porque Lula passou os dois primeiros anos de mandato criticando a presidência da instituição.

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