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segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Da comida à poluição: entenda como fatores ambientais podem causar alterações genéticas mesmo após o nascimento

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Dieta, estresse e até sedentarismo podem mudar comportamento dos genes e características podem ser herdadas por filhos e netos, diz professor. Série do g1 aborda relação da má alimentação com desenvolvimento de gerações futuras.
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Por Gabriella Ramos, g1 Campinas e Região

Postado em 01 de janeiro de 2024 às 10h10m

#.*Post. - N.\ 11.060*.#

Poluição gerada pelos escapamentos de carros que circulam em uma estrada — Foto: AP Photo/Michael Probst
Poluição gerada pelos escapamentos de carros que circulam em uma estrada — Foto: AP Photo/Michael Probst

Na escola, as aulas de biologia ensinam que a composição genética de uma pessoa é determinada ainda na concepção, a partir da junção do material dos genitores, permanecendo até o fim da vida. Mas o que acontece quando fatores externos, como alimentação e poluição, entram em ação?

🧬 Antes de tudo, é preciso entender que o que a ciência tem observado com curiosidade não são mutações genéticas, mas sim mudanças na forma como os genes – minúsculas estruturas que fazem parte do DNA – trabalham que podem afetar o funcionamento do organismo.

🍎 Dennys Cintra, coordenador do Laboratório de Genômica Nutricional da Unicamp, explica que essas mudanças podem ser motivadas por diversos fatores, incluindo comida, exercício físico, consumo de agrotóxicos e estresse. E elas também podem ser passadas para filhos e netos.

👉 O impacto da alimentação nas gerações futuras é um dos temas abordados pela pesquisadora e nutricionista Maria Julia de Oliveira Miele, vencedora do Prêmio Capes de 2023. O trabalho é ponto de partida para uma série publicada pelo g1 nesta semana.

Em cinco matérias, você entenderá qual o peso da alimentação a partir da formação da vida, dos impactos na gestação até aspectos sociais, e por que uma nutrição adequada pode ser aliada no combate à desigualdade.

Nesta reportagem, a quarta da série, você vai ver:

  • O que são os genes
  • Como eles podem ser alterados
  • Herança genética
  • Tem reversão?
O que são os genes?

Para entender como as alterações no funcionamento dos genes acontecem, é preciso primeiramente entender o que é um gene e por que essas estruturas são tão importantes no funcionamento do corpo humano.

😅 Calma, a aula de biologia não vai ser tão complicada assim! Conforme explica, resumidamente, o professor Dennys Cintra:

  • O DNA, que armazena os dados genéticos de todas as pessoas, é uma grande fita fragmentada em cromossomos;
  • Os seres humanos têm, ao todo, 46 cromossomos, sendo que metade é herdada da mãe e a outra metade, do pai;
  • Cada cromossomo é composto por centenas ou milhares de genes.
Alterações

Os genes, por sua vez, são responsáveis pela produção contínua de proteínas como insulina, amônio, estrogênio e testosterona – e é esse processo que pode ser alterado por fatores externos, de acordo com o professor.

A pessoa tem o gene, o gene não tem mutação, então presume-se que ele vai produzir corretamente a proteína. Só que, quando a gente mede a quantidade de proteína, pode ser que tenha um indivíduo que tem menos unidades, e outro indivíduo tem mais unidades, afirma Cintra.

🤔 Na prática, o que isso significa? Imagine uma pessoa que, todos os dias, caminha por uma avenida movimentada e inala um pouco de fumaça. A fumaça possui um componente que é absorvido pelo pulmão, cai na corrente sanguínea e é entregue no pâncreas, que produz insulina.

Chega lá no gene que produz insulina, ele trava a produção. Então, veja, você tem tudo certinho. Só que na hora que o meu sistema precisou acessar o gene que produz insulina, não conseguiu porque estava travado. Vai produzir insulina? Vai, mas menos do que se esperava. Isso causou espanto quando a gente descobriu, explica o professor.

Para descobrir o que está acontecendo com esse paciente, os médicos podem investigar quadros de diabetes ou até falência pancreática, mas não haverá alterações. As mudanças só serão percebidas ao analisar a função do gene, que estará produzindo menos cópias do que o necessário.

Até agora há pouco, a gente ficava atribuindo isso à comida, ao sedentarismo. Principalmente excesso de gordura, excesso de açúcar, excesso de qualquer coisa e sedentarismo. E a gente está vendo que não, porque isso pode acontecer com pessoas que comem bem e pessoas que são fisicamente ativas, mas estão expostas a poluentes, drogas ilícitas ou agrotóxicos.

DNA — Foto: Getty Images via BBC
DNA — Foto: Getty Images via BBC

Herança genética

Portanto, como os genes estão inseridos dentro dos cromossomos e esses, por sua vez, são herdados por filhos e netos, as alterações provocadas por fatores externos também podem ser transmitidas para filhos e netos. Em outras palavras, os efeitos da poluição, por exemplo, podem perdurar por gerações.

A hora que passa, eu posso sofrer as consequências disso. Agora, veja, precisa ter cuidado com a palavra 'consequência', porque quando a gente fala consequência parece que já tem um lado pejorativo nisso, mas pode ser um benefício também, destaca Cintra.

👶 O professor reforça que nem toda alteração no funcionamento dos genes é negativa, já que as características genéticas passadas do pai ou da mãe para os filhos têm como objetivo biológico dar uma prévia às próximas gerações sobre o que está acontecendo no mundo naquele momento.

O objetivo biológico dessas modificações é informar àquele que vai nascer como é que está o ambiente do antecessor. […] Apesar de algumas coisas a gente entender como prejuízo, isso pode ser uma vantagem evolutiva", pontua. 
Tem reversão?

Por enquanto, apenas na teoria. A gente sabe que, do mesmo jeito que acontece a compactação, acontece a descompactação [do gene]. Isso é uma característica modificada, sim, com certeza, só que a gente ainda não sabe como, diz Cintra.

👉 Uma das saídas está, mais uma vez, na alimentação, como vai reforçar a última reportagem da série.

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Japão tem alerta de tsunami após terremoto de magnitude 7,6

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Governo japonês chegou a emitir alertas de 'grande tsunami' com ondas de até 5 metros na costa oeste do país, mas diminuiu o risco para ondas de 3 metros quatro horas depois. Rússia, Coreia do Norte e Coreia do Sul também estão em alerta. Episódio reacendeu temor por tragédia nuclear como a de Fukushima, mas autoridades descartaram risco.
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Por g1

Postado em 01 de janeiro de 2024 às 06h25m

#.*Post. - N.\ 11.059*.#

Japão emite alerta para tsunami após forte terremoto

O Japão emitiu nesta segunda-feira (1º) um alerta para risco de tsunami na costa oeste do país após uma série de terremotos atingir a região. O mais forte deles teve magnitude 7,6, segundo o serviço meteorológico japonês.

Por conta dos tremores, Rússia, Coreia do Norte e Coreia do Sul também emitiram alertas por tsunami em seus países. No Japão, autoridades alertavam para o risco de tsunami em toda a costa oeste do país até a última atualização desta reportagem.

O terremoto mais forte, de magnitude 7,6, ocorreu na cidade de Anamizu, na região de Ishikawa, na costa oeste do Japão, por volta das 16h10 do horário local (4h10 no horário Brasília).

Na cidade de Wajima, também na costa oeste, o Corpo de Bombeiros disse que ao menos 30 prédios colapsaram, e há relatos de pessoas presas sob escombros. Segundo o porta-voz do governo japonês Hayashi Yoshimsa, casas em Ishikawa foram destruídas, e militares já foram enviados para ajudar em operações de resgate, mas não havia informação sobre vítimas até a última atualização desta notícia.

Durante quatro horas, autoridades emitiram alertas de um "grande tsunami" com ondas de até 5 metros para a região Ishikawa - as ondas que atingiram a usina de Fukushima, em 2011, causando um dos piores acidentes nucleares da história, chegaram a 15 metros de altura.

No início da noite no horário local (por volta das 08h30 no horário de Brasília), autoridades locais diminuíram o risco para ondas de 3 metros na mesma região, mas afirmou que ainda havia registro de tsunamis.

Mapa da Agência Meteorológica do Japão mostra áreas de risco por tsunami, em 1º de janeiro de 2024.  — Foto: Agência Meteorológica do Japão
Mapa da Agência Meteorológica do Japão mostra áreas de risco por tsunami, em 1º de janeiro de 2024. — Foto: Agência Meteorológica do Japão

Por isso, autoridades pediram à toda a população da região de Ishikawa que deixem suas casas e busquem abrigos.

A TV pública japonesa NHK afirmou que ondas de 1,20 metro atingiram a cidade de Wajima, a poucos quilômetros do epicentro do tremor, mas sem causar estragos. Outras cidades também registraram ondas menores.

Esta é a primeira vez que um grande aviso de tsunami é emitido desde a tragédia na usina de Fukushima, que ficou inundada em 11 de março de 2011 após um terremoto e tsunami atingirem a região, na costa leste do Japão. Vinte mil pessoas morreram na ocasião. 
Brasileiros

Japão emite alerta de tsunami para toda costa oeste do país, após terremoto de 7.5 de magnitude

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse também não ter registro de brasileiros afetados pelos tremores, mas que consulados e a Embaixada do Brasil no Japão ainda estavam em contato com municípios afetados.

À GloboNews, a brasileira Suellen Hayashi, que mora em Fukui, ao sul de Ishikawa, relatou ter sentido os tremores dentro de casa. Suellen contou que recebeu o treinamento de segurança em casos de terremoto e, por isso, se abrigou com os filhos embaixo da mesa.

Os alertas reacenderam os temores por uma nova tragédia nuclear no país, ainda sob o trauma de Fukushima, mas a autoridade de regulação nuclear do Japão afirmou que não há risco de vazamento de radioatividade das usinas e que nenhuma irregularidade foi registrada nas usinas nucleares ao longo do Mar do Japão, na costa oeste.

Segundo a imprensa local, a central nuclear mais próxima do epicentro do sismo, a central Shika de Hokuriku, em Ishikawa, já havia parado os seus dois reactores antes do sismo para inspecções regulares e não viu qualquer impacto.

A TV pública japonesa NHK interrompeu a programação e colocou um alerta para que as pessoas deixem as áreas de risco.

A Agência Meteorológica do Japão pediu para que os moradores permaneçam em abrigos seguros até que o alerta seja suspenso.

Ruas de Wajima ficaram rachadas após terremoto atingir o Japão, em 1º de janeiro de 2024 — Foto: Kyodo News via AP
Ruas de Wajima ficaram rachadas após terremoto atingir o Japão, em 1º de janeiro de 2024 — Foto: Kyodo News via AP

Uma testemunha na cidade de Nagano, no centro do Japão, registrou prateleiras e itens dentro de uma loja de conveniência tremendo quando o terremoto ocorreu (veja o vídeo no início da reportagem).

O incidente também cortou a energia de milhares de casas e interrompeu voos e serviços ferroviários na região afetada. Além disso, provocou incêndios pelo país.

No Santuário Onohiyoshi em Kanazawa, província de Ishikawa, um torii, portão tradicional japonês, desabou — Foto: Kyodo/Reuters
No Santuário Onohiyoshi em Kanazawa, província de Ishikawa, um torii, portão tradicional japonês, desabou — Foto: Kyodo/Reuters

Outros países

Incêndio é registrado, e casas ficam danificadas por terremoto na costa oeste do Japão

O Serviço Nacional de Alerta de Tsunami dos Estados Unidos emitiu um alerta de tsunami para regiões costeiras da Coreia do Norte e da Rússia, com chance de ondas de até 1 metro.

Autoridades da cidade portuária de Vladivostok, na região russa de Primorsk, pediram a pessoas que estejam navegando ou no mar retornem urgentemente à costa.

Além disso, a Coreia do Sul também afirmou que a costa leste do país pode enfrentar um aumento do nível do mar após o terremoto do Japão.

A província de Gangwon pediu para que os moradores perto da costa se desloquem para terrenos mais altos. No local, foi registrada uma onda de tsunami de 45 centímetros, informou a agência do país.

Terremoto provocou incêndios no Japão, em 1º de janeiro de 2024 — Foto: NTV/AP
Terremoto provocou incêndios no Japão, em 1º de janeiro de 2024 — Foto: NTV/AP

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