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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Explosão em Beirute deixa pelo menos 78 mortos e quase 4 mil feridos

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A suspeita é de que a explosão aconteceu em um depósito de nitrato de amônio, um tipo de fertilizante, na zona portuária da capital libanesa. 
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Por G1  
04/08/2020 12h25  Atualizado há 10 minutos
Postado em 04 de agosto de 2020 às 13h00m

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Veja o momento exato da explosão no porto de Beirute Veja o momento exato da explosão no porto de Beirute


Uma explosão na região portuária de Beirute deixou ao menos 78 mortos e cerca de 4 mil feridos nesta terça-feira (4), segundo a contagem oficial do governo do Líbano. A suspeita é que a explosão tenha partido de um armazém que guardava nitrato de amônio, um tipo de fertilizante.
O presidente do país, Michel Aoun, disse que a capital deve declarar estado de emergência para as próximas duas semanas e defendeu ser "inaceitável" que 2.750 toneladas de nitrato de amônio fossem armazenadas por seis anos em um depósito sem a segurança necessária.

"Há muitos desaparecidos. As pessoas estão perguntando ao departamento de emergência sobre seus parentes e é difícil procurar à noite porque não há eletricidade", disse ministro libanês da Saúde, Hamad Hasan à agência de notícias Reuters.
"Estamos diante de uma verdadeira catástrofe e precisamos de tempo para avaliar a extensão dos danos" – Hamad Hasan, ministro da Saúde

Apesar de o país já ter sido alvo de terroristas e viver período de instabilidade política, não há evidência de que se trate de um atentado terrorista.
Explosão em Beirute deixa mais de 70 mortos e cerca de 4 mil feridos
Explosão em Beirute deixa mais de 70 mortos e cerca de 4 mil feridos

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, disse em um pronunciamento que o país enfrenta uma catástrofe e declarou luto oficial de três dias. Ele disse também que o governo irá investigar os responsáveis pelo armazém que funcionava no porto da capital desde 2014.
"Eu prometo que esta catástrofe não passará sem que os culpados sejam responsabilizados. Os responsáveis pagarão o preço" – Hassan Diab, primeiro-ministro

Explosão em armazém no porto de Beirute, no Líbano — Foto: Arte/G1

O nitrato de amônio, por si só, é relativamente pouco explosivo – mas tem grande potencial explosivo. Ele se apresenta como um pó branco ou em grânulos solúveis em água e é seguro, desde que não aquecido. A partir de 210 °C, decompõe-se e, se a temperatura aumentar para além de 290 °C, a reação pode tornar-se explosiva.
Um incêndio, tubos superaquecidos, fiação defeituosa ou relâmpagos podem ser suficientes para desencadear tal reação em cadeia.

Ouvida a mais de 200 km

A explosão no porto causou destruição em larga escala e quebrou o vidro de janelas a quilômetros de distância. Alguns barcos que navegavam próximos à costa do Líbano chegaram a ser balançados pela força da explosão. As explosões chegaram a ser ouvidas em Larnaca, no Chipre, a pouco mais de 200 km da costa libanesa.
O chefe de segurança interna do Líbano, Abbas Ibrahim, disse em entrevista a uma rede de televisão que a explosão aconteceu em uma área que armazena materiais altamente explosivos, o nitrato de amônio, mas que não são explosivos em si.

Uma embarcação da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) foi danificada após a explosão no porto. Em um comunicado, os capacetes azuis informaram que alguns membros da missão de paz se feriram e foram transferidos para hospitais do país.
Mapa identifica a região portuária de Beirute, onde aconteceu uma grande explosão nesta terça-feira (4) — Foto: G1
Mapa identifica a região portuária de Beirute, onde aconteceu uma grande explosão nesta terça-feira (4) — Foto: G1

Segundo a Cruz Vermelha, barcos foram mobilizados para resgatar pessoas que foram jogadas ao mar após a explosão. Também segundo a organização humanitária, ainda há gente presa nos escombros e dentro de suas casas.

A emissora libanesa LBCI informou que o hospital Hôtel-Dieu de France, no centro da capital libanesa, atende a mais de 500 feridos. O governo da capital pede que os feridos sejam levados para atendimento em centros de saúde de fora da cidade.
Grande explosão atingiu capital libanesa, Beirute, nesta terça-feira (4) — Foto: Anwar Amro/AFPGrande explosão atingiu capital libanesa, Beirute, nesta terça-feira (4) — Foto: Anwar Amro/AFP
Há operações para retirar as pessoas da região, de acordo com agência oficial, a NNA.

Um fotógrafo da agência norte-americana Associated Press, que trabalha perto do porto de Beirute, contou ver pessoas feridas no chão e uma destruição generalizada no local. O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison disse, em entrevista ao Channel 4 que há ao menos um australiano entre os mortos e que a Embaixada do país foi "fortemente comprometida".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a explosão "se parece com um terrível ataque" e disse que seu país está pronto para ajudar. E o Itamaraty disse em nota que o Brasil se solidariza com as vítimas da explosão no porto de Beirute.

Emmanuel Macron, presidente da França, disse em uma rede social que vai enviar voluntários da defesa civil e médicos "o mais rapidamente" para apoiar os hospitais do Líbano no atendimento aos feridos em Beirute.
Enfermeiro cuida de mulher ferida em explosão na zona portuária de Beirute, no Líbano — Foto: IBRAHIM AMRO/AFPEnfermeiro cuida de mulher ferida em explosão na zona portuária de Beirute, no Líbano — Foto: IBRAHIM AMRO/AFP

Homem ferido é examinado por um bombeiro perto do local da explosão em um porto de Beirute nesta terça (4) — Foto: Anwar Amro/AFPHomem ferido é examinado por um bombeiro perto do local da explosão em um porto de Beirute nesta terça (4) — Foto: Anwar Amro/AFP

Imagens mostram coluna de fumaça após explosão em porto do Líbano nesta terça (4)
Imagens mostram coluna de fumaça após explosão em porto do Líbano nesta terça (4)

Coluna de fumaçam sobre Beirute, nesta terça (4). Uma grande explosão ocorreu na cidade — Foto: Reuters/Mohamed AzakirColuna de fumaçam sobre Beirute, nesta terça (4). Uma grande explosão ocorreu na cidade — Foto: Reuters/Mohamed Azakir

Veredito de julgamento

O Líbano vive um período de instabilidade política. No fim do ano passado, o primeiro-ministro Saad Al-Hariri renunciou. O país viveu um período com um vácuo de poder, até que Hassan Diab assumiu e anunciou a formação de um novo governo em janeiro.

Nesta sexta-feira (7), um tribunal apoiado pela ONU deve divulgar seu veredito no julgamento contra quatro homens acusados de terem participado do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri em 2005, uma etapa fundamental em um longo processo no qual os suspeitos continuam em liberdade.
Os réus, todos membros do movimento xiita do Hezbollah, estão sendo julgados à revelia pelo Tribunal Especial do Líbano (TSL), com sede em Haia, encarregado de ditar a sentença 15 anos após o atentado com um carro-bomba no centro de Beirute. Nele, morreram o bilionário sunita e outras 21 pessoas.

O assassinato de Hariri, pelo qual quatro generais libaneses foram inicialmente acusados, desencadeou uma onda de protestos que forçou a retirada das tropas sírias do país, após uma presença de 30 anos no país.

Em março deste ano, o país deu um calote em seus credores. O Líbano deveria reembolsar US$ 1,2 bilhão em títulos do Tesouro, dos quais uma parte significativa está nas mãos dos bancos e do Banco Central, e decidiu não fazer isso.
Bombeiros jogam água em um incêndio após explosão em Beirute, no Líbano — Foto: Mohamed Azakir/ReutersBombeiros jogam água em um incêndio após explosão em Beirute, no Líbano — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Embarcação brasileira


A Fragata Liberdade, da Marinha do Brasil, está no mar do Líbano, mas distante do local da explosão. A Marinha publicou uma nota na qual informou que os militares estão bem e não há feridos. A embarcação não estava na área do porto onde ocorreu a grande explosão.
"A Marinha do Brasil informa, com relação à explosão ocorrida em Beirute, hoje, que todos os militares componentes da Força Tarefa Marítima (UNIFIL) da MB estão bem e não há feridos. A Fragata Independência encontra-se operando no mar, normalmente. O navio estava distante do local onde ocorreu a explosão. Outras informações serão passadas tempestivamente." – Centro de Comunicação Social da Marinha

Contra-almirante afirma que nenhum militar brasileiro se feriu em explosão no Líbano
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Produção industrial cresce em junho pelo 2º mês seguido, mas não reverte perdas com pandemia

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Em 2 meses, setor acumula expansão de 17,9%, mas ainda insuficiente para eliminar queda acumulada de 26,6% nos meses de março e abril. Produção de veículos saltou 70% em junho. 
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Por Darlan Alvarenga, G1  
04/08/2020 09h02  Atualizado há 2 horas
Postado em 04 de agosto de 2020 às 11h05m

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IBGE divulga índice da produção industrial de junho com alta de 8,9%
IBGE divulga índice da produção industrial de junho com alta de 8,9%

A produção industrial brasileira avançou 8,9% em junho, na comparação com maio, segundo divulgou nesta terça-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi a segunda alta seguida da indústria, mas ainda insuficiente para eliminar a perda de 26,6% acumulada pelo setor nos meses de março e abril, quando o setor atingiu o nível mais baixo já registrado no país.

O resultado mensal foi o mais elevado desde junho de 2018 (12,9%), quando o setor retomou a produção logo após a greve dos caminhoneiros, de acordo com o IBGE, reforçando a leitura de que o pior do impacto econômico da pandemia de coronavírus pode ter ficado para trás.

em relação a junho de 2019, houve recuo de 9%, no oitavo resultado negativo seguido nessa base de comparação.
Embora tenha crescido numa magnitude importante, acumulando expansão de 17,9% nos meses de maio e junho, a produção industrial ainda está longe de eliminar a perda concentrada nos meses de março e de abril. O saldo negativo desses quatro meses é bastante relevante (-13,5%), destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Produção industrial mensal — Foto: Economia G1Produção industrial mensal — Foto: Economia G1 

O resultado veio um pouco melhor do que o esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 7,7% na variação mensal e de queda de 10,2% na base anual.

Mesmo com o desempenho positivo em junho, a indústria ainda está 27,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011 e acumula uma perda de 13,5% na pandemia.

O resultado de maio foi revisado pelo IBGE para uma alta de 8,2%, ante leitura inicial de crescimento de 7%. Já o tombo recorde de abril foi revisado para uma queda ainda mais profunda, de 19,2%.

Produção de veículos cresce 70% e puxa alta

Dos 26 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, 24 registraram avanço em junho. O destaque foi a produção de veículos, que avançou 70% ante maio, puxado, principalmente, por carros e caminhões, impulsionada pelo retorno à produção de unidades paralisadas por causa da pandemia.

Com o salto, a categoria acumulou alta de 495,2% em dois meses consecutivos de crescimento, mas ainda se encontra 53,7% abaixo do patamar de fevereiro último.

Também contribuíram para o resultado do mês os segmentos de bebidas (19,3%), de indústrias extrativas (5,5%), de produtos de borracha e de material plástico (17,3%), de outros equipamentos de transporte (141,9%), de produtos de minerais não-metálicos (16,6%), e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,4%).

Por outro lado, as indústrias de alimentos e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis recuaram ambos 1,8% em junho.
Destaques da produção industrial em junho — Foto: Economia G1Destaques da produção industrial em junho — Foto: Economia G1

Maior queda trimestral da série histórica

Com o resultado de junho, o setor industrial tombou 19,4% no segundo trimestre e registrou a queda mais intensa desde o início da série histórica, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. No 1º trimestre, a queda tinha sido de 1,6%.

Na comparação com os 3 primeiros meses do ano, a indústria teve queda de 17,5% no 2º trimestre. No primeiro trimestre, o recuo havia sido de 2,7% sobre os três meses anteriores.

Já na média móvel trimestral, a indústria teve queda de 1,8% em junho frente ao nível de maio, mantendo a trajetória predominantemente descendente iniciada no final de 2019.

No acumulado do primeiro semestre, caiu 10,9%, e em 12 meses, recuou 5,6%, queda mais elevada desde dezembro de 2016 (-6,4%).

Resultado por grandes categorias

Entre as 4 grandes categorias econômicas, também houve crescimento pelo segundo mês seguido, com destaque para bens de consumo duráveis. Veja abaixo:
  • bens de consumo duráveis: 82,2%
  • bens de capital: 13,1%
  • bens de consumo semi e não-duráveis: 6,4%
  • bens intermediários: 4,9%

No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, as quatro grandes categorias econômicas acumulam perdas.

Os resultados do primeiro semestre mostraram menor ritmo para bens de consumo duráveis (-36,8%) e bens de capital (-21,2%), pressionadas pela redução na fabricação de automóveis (-51,4%) e eletrodomésticos (-13,5%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (-36,2%) e para fins industriais (-16,3%), na segunda.

Já os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-10,3%) e de bens intermediários (-6,6%) também assinalaram taxas negativas no acumulado no ano, mas ambos com quedas menos acentuadas do que a observada na média nacional (-10,9%).

Pandemia e perspectivas

Depois do forte tombo em março e abril, em meio às medidas de isolamento social, a economia tem mostrado sinais de recuperação, mas a incerteza permanece elevada diante do número ainda elevado de casos de coronavírus e elevado desemprego.

A pesquisa Focus mais recente do Banco Central mostra que a expectativa do mercado é de retração de 5,66% para a economia brasileira este ano. Essa foi a quinta semana seguida de melhora do indicador. Já a projeção para o tombo da produção industrial em 2020 foi piorada para uma queda de 7,92%.

A confiança da indústria brasileira voltou a subir em julho, segundo o indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), mas ainda segue longe do patamar pré-pandemia. A alta, de 12,2 pontos, foi a segunda maior variação positiva da série histórica do indicador, que atingiu 89,8 pontos - ainda abaixo do pico, de 101,4 pontos.
Confiança dos empresários da indústria melhora em julho
Confiança dos empresários da indústria melhora em julho
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