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sexta-feira, 14 de março de 2025

Contas públicas têm superávit de R$ 104 bilhões em janeiro, dívida recua para 75,3% do PIB

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Indicador costuma ter bom resultado no começo de cada ano por conta do desempenho da arrecadação federal. Com saldo positivo em janeiro, dívida bruta do setor público teve queda de 0,8 ponto percentual.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 14 de Março de 2.025 às 10h35m

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Boa arrecadação costuma favorecer as contas do governo em janeiro de cada ano — Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Boa arrecadação costuma favorecer as contas do governo em janeiro de cada ano — Foto: Marcos Santos/USP Imagens

As contas do setor público consolidado apresentaram um superávit primário de R$ 104,1 bilhões em janeiro deste ano, o equivalente a 10,83% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira (14).

🔎O superávit primário acontece quando as receitas com impostos ficam acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há déficit.



Governo Federal intensifica reuniões pra tratar das Contas Públicas

🔎O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.

Segundo o Banco Central, o resultado de janeiro é recorde, sendo o maior valor da história para todos os meses, não somente para janeiro (sem a correção pela inflação).

Na comparação com janeiro do ano passado, quando o saldo positivo somou R$ 102,1 bilhões, houve aumento.

Quando os valores são corrigidos pela inflação, ou comparados em relação ao PIB, entretanto, indicadores considerados mais adequados por especialistas para comparação histórica, houve recuo.

Neste caso, o superávit de janeiro de 2024 foi de 11,49% do PIB.

"Superavit primário de R$ 104,1 bilhões, recorde na série, não apenas para meses de janeiro, mas também para qualquer mês. Embora a gente não tenha esse número aqui, dá pra você ver que, com esse ajuste para valor real [pela inflação], esse recorde não seria obtido [em janeiro deste ano]. Qualquer um desses três resultados [nominal, corrigido pela inflação ou na proporção do PIB], você vai manter a sazonalidade muito favorável de janeiro", disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.

Em tese, o resultado das contas públicas, em janeiro, foi favorecido pela arrecadação, que costuma apresentar bom desempenho no primeiro mês de cada ano.

Os números oficiais da arrecadação em janeiro, porém, ainda não foram divulgados pela Receita Federal. Estão atrasados, em meio à greve por reajuste salarial dos servidores do órgão.

Ao mesmo tempo, sem a aprovação do Orçamento de 2025, há uma dificuldade maior por parte do governo para realizar gastos.

As despesas estão limitadas a 1/12 por mês da dotação orçamentária, mas o Tesouro Nacional informou que está gastando menos ainda: 1/18 por mês.

➡️O Congresso anunciou que deve votar o Orçamento de 2025 na próxima semana.

Veja abaixo o desempenho que levou ao superávit das contas em janeiro deste ano:

  • governo federal registrou saldo positivo de R$ 83,15 bilhões;
  • estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 21,95 bilhões;
  • empresas estatais apresentaram déficit de R$ 1 bilhão.
Após despesas com juros

Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve superávit de R$ 63,7 bilhões nas contas do setor público em janeiro - o equivalente a 6,63% do PIB.

  • No acumulado em doze meses até janeiro, porém, foi registrado um resultado negativo (déficit) de R$ 956 bilhões, ou 8,05% do PIB.

🔎Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.

O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação.

De acordo com Fernando Rocha, do BC, a queda do dólar ajudou as contas públicas em janeiro. Isso porque houve um ganho com os contratos de "swap cambial" (operações no mercado futuro) de R$ 36 bilhões, o que reduziu as despesas com juros. E ajudou na queda da dívida pública.

Segundo o BC, as despesas com juros nominais somaram R$ 910 bilhões (7,67% do PIB) em doze meses até janeiro deste ano.

Dívida pública

Com o superávit das contas públicas de janeiro, a dívida do setor público consolidado registrou queda de 0,8 ponto percentual no começo deste ano, atingindo 75,3% do Produto Interno Bruto (PIB) — o equivalente a R$ 8,9 trilhões.

  • Esse é menor patamar para a dívida pública, na proporção com o PIB, desde abril do ano passado.

Dívida Bruta
% em relação ao PIB



Para tentar conter o crescimento da dívida, em 2023 o governo aprovou o chamado "arcabouço fiscal", ou seja, novas regras para as contas públicas em substituição ao teto de gastos. Por estas regras:

  • a despesa não pode registrar crescimento maior do que 70% do aumento da arredadação;
  • a alta de gastos fica limitada, em termos reais, a 2,5% por ano;
  • o arcabouço busca justamente conter o crescimento da dívida pública no futuro.

Mesmo com o arcabouço fiscal, os analistas do mercado financeiro estimaram, na semana passada, que a dívida pública brasileira deve atingir 93,2% do PIB em 2034.

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O mistério das pedras que se movem sozinhas no deserto

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Por séculos, rochas gigantes de até 320 kg deslizaram misteriosamente pelo deserto da Califórnia. Mas cientistas conseguiram desvendar esse enigma.
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DW Brasil História de dw.com
 • 18 h •  
Postado em 14 de Março de 2.025 às 06h15m

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As misteriosas pedras de Racetrack Playa deixaram rastros de até 460 metros de comprimento, intrigando os cientistas por décadas
As misteriosas pedras de Racetrack Playa deixaram rastros de até 460 metros de comprimento, intrigando os cientistas por décadas© Mike Kipling/Avalon/imago

Na paisagem árida e desolada do Parque Nacional do Vale da Morte, no estado americano da Califórnia, um fenômeno intrigou cientistas e visitantes por décadas.

Na planície rachada de Racetrack Playa – o leito de um antigo lago formado há cerca de 10 mil anos –, enormes pedras deslizam sozinhas, deixando para trás longos rastros de até 460 metros de comprimento que desafiam toda a lógica.

Os pesquisadores estavam preparados para uma longa espera até ter alguma resposta. "Esperávamos pelo menos de cinco a dez anos até que algo se movesse", disse Richard Norris em um comunicado da Universidade da Califórnia, em San Diego, em 2014. Mas a resposta chegou mais cedo do que esperavam.

Primeiro vídeo das "pedras navegantes"

Apenas dois anos após o início do projeto, em 4 e 20 de dezembro de 2013, a equipe conseguiu o impensável: capturar o deslocamento das rochas em vídeo. Em um desses eventos, mais de 60 rochas se moveram simultaneamente, algumas viajando até 224 metros em vários episódios.

Os dados do estudo, publicados em 2014 na revista científica PLOS One, revelaram que as pedras se moviam em média de 2 a 5 metros por minuto. Como observa o portal IFL Science, "não é exatamente um recorde de Fórmula 1, mas certamente está no mesmo nível das rochas inanimadas mais rápidas da Terra".

Mistério das pedras que se movem atraiu a atenção de cientistas, mas também de visitantes do parque na Califórnia
Mistério das pedras que se movem atraiu a atenção de cientistas, mas também de visitantes do parque na Califórnia© Dylan Stewart/Newscom World/imago

Gelo e vento ajudam a mover as pedras

A explicação para esse mistério acabou sendo uma espécie de dança entre o gelo e o vento. Durante o inverno, quando uma piscina rasa se forma no antigo lago, a água congela em uma camada surpreendentemente fina de gelo, com apenas 3 a 6 milímetros de espessura.

Quando o sol da manhã começa a derreter esse gelo, grandes painéis flutuantes se formam e, impulsionados por brisas suaves de 4 a 5 metros por segundo (e não pelos ventos fortes que se suspeitava anteriormente), empurram as rochas em padrões determinados pela direção do vento e pelo fluxo de água sob o gelo.

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