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sábado, 28 de maio de 2022

Pesquisadores sequenciam DNA de homem que morreu na erupção do Monte Vesúvio, há quase 2 mil anos

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Cientistas também detectaram material genético da bactéria que causa a tuberculose – o que indica que ele pode ter sofrido de uma doença chamada espondilite tuberculosa, que afeta a coluna.
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Por g1

Postado em 2022 de maio de 2022 às 14h25m

 #.*Post. - N.\ 10.343*.#

Restos humanos encontrados na 'Casa do Artesão', em Pompeia, em 1934.  — Foto: Reprodução/Nature
Restos humanos encontrados na 'Casa do Artesão', em Pompeia, em 1934. — Foto: Reprodução/Nature

Cientistas italianos sequenciaram, pela primeira vez, o DNA completo de um homem que morreu na erupção do Monte Vesúvio, na cidade de Pompeia, há quase 2 mil anos. A pesquisa foi publicada nesta semana na revista "Nature", na seção "Scientific Reports".

O DNA sequenciado foi retirado de um esqueleto que havia sido encontrado em Pompeia em 1934. No local do achado – a "Casa do Ferreiro" – havia também um segundo esqueleto, que foi sequenciado apenas parcialmente.

Antes da descoberta, apenas pequenos trechos de DNA mitocondrial de restos humanos e animais de Pompeia haviam sido sequenciados.

Os resultados apontaram que restos mortais pertenciam a um homem e uma mulher: o homem, que teve o DNA totalmente sequenciado, tinha entre 35 e 40 anos de idade; a mulher, mais de 50. (Na foto no topo da reportagem, o homem é o esqueleto que está deitado).

As análises dos ossos masculinos também identificaram lesões em uma das vértebras e sequências de DNA que são comumente encontradas em Mycobacterium – o grupo de bactérias ao qual pertence a bactéria causadora da tuberculose, Mycobacterium tuberculosis.

O achado sugere que o homem pode ter sofrido de tuberculose na coluna, conhecida como espondilite tuberculosa.

Foto e radiografia de vértebra lombar apontam lesões por espondilodiscite tuberculosa do homem que morreu em Pompeia há quase dois mil anos. — Foto: Reprodução/Nature
Foto e radiografia de vértebra lombar apontam lesões por espondilodiscite tuberculosa do homem que morreu em Pompeia há quase dois mil anos. — Foto: Reprodução/Nature

Origens

Os cientistas também compararam o DNA do homem com o material genético de outras 1.030 pessoas da Eurásia antiga, além de 471 da Eurásia moderna.

A maioria das semelhanças encontradas foram com os italianos centrais modernos e outras pessoas que viveram na Itália durante a era imperial romana.

Infográfico mostra local da erupção do Monte Vesúvio, em Pompeia, no século I — Foto: Arte g1
Infográfico mostra local da erupção do Monte Vesúvio, em Pompeia, no século I — Foto: Arte g1

Por outro lado, as análises também identificaram grupos de genes mais comumente encontrados em pessoas da ilha da Sardenha, no Mar Mediterrâneo – mas não entre as que viviam na Itália durante a era imperial romana. Os dados indicam que pode ter havido altos níveis de diversidade genética em toda a Península Itálica durante esse período.

A erupção do Monte Vesúvio, que ocorreu no ano 79, no século I, foi visível a mais de 40 km de distância; mais de 2 mil pessoas morreram em consequência direta da erupção.

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Conheça o peixe transparente do rio Madeira que tem a bexiga no formato da letra grega Pi; vídeo

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Animal foi encontrado recentemente em Rondônia por um pescador. Peixe tem o corpo translúcido e pequeno, podendo chegar a aproximadamente 4 centímetros, no máximo.
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Por Jaíne Quele Cruz, g1 RO

Postado em 28 de maio de 2022 às 09h45m

 #.*Post. - N.\ 10.342*.#

Pescador encontra peixe transparente no rio Madeira
Pescador encontra peixe transparente no rio Madeira

"Alguém sabe que peixe é este?". O questionamento do pescador João Cordeiro gerou várias teorias sobre um minipeixe transparente que ele encontrou durante uma pescaria pelas águas do rio Madeira, em Porto Velho(RO). Assista no vídeo acima.

Lambari albino, lambari "sem roupa", sardinha e até "peixe Gasparzinho" foram alguns palpites feitos nas redes sociais sobre a identidade do pequeno animal.

O g1 consultou alguns especialistas que identificaram o peixe como Protocheirodon pi, mais conhecido como Crystal Tetra — um gênero bem recente e pouco conhecido por estudiosos do mundo marinho.

Fernando Dagosta, especialista em diversidade e biogeografia de peixes de água doce e professor na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), listou algumas das curiosidades conhecidas até o momento sobre o pequeno animal transparente. Confira:

Peixe transparente tem a bexiga no formato da letra grega Pi — Foto: João Cordeiro/Arquivo pessoal
Peixe transparente tem a bexiga no formato da letra grega Pi — Foto: João Cordeiro/Arquivo pessoal

De onde veio o nome ?

O corpo translúcido do Crystal Tetra é uma das características que chamam mais atenção. Porém, há outro detalhe bem interessante em seu corpo, que, inclusive, deu a ele o nome que possui: uma bexiga natatória que tem um formato semelhante à letra grega Pi (π).

"Isso é uma característica única, nenhum outro tem. Geralmente, os peixes têm essa bexiga natatória estendida no corpo. Nesse bicho, ela é dobrada. E aí os pesquisadores pensaram: 'olha parece a letra Pi'", explicou Fernando.

Peixe tem bexiga no formato da letra grega Pi  — Foto: Arte g1
Peixe tem bexiga no formato da letra grega Pi — Foto: Arte g1

O Protocheirodon pi é um peixe bem pequeno, podendo chegar a aproximadamente 4 centímetros, no máximo. Segundo pesquisadores, apesar de o peixe que João Cordeiro mostra no vídeo ser do tamanho da ponta de seu dedo, o animal já está em sua fase adulta.

Ele se alimenta principalmente de insetos e sementes que caem no rio. Outro aspecto interessante da espécie é que os machos e as fêmeas são idênticos. Por esse motivo, só é possível identificá-los através da dissecação.

Peixe como Protocheirodon pi, mais conhecido como “Crystal Tetra” — Foto:  Martin e Peter Hoffmann/ Reprodução
Peixe como Protocheirodon pi, mais conhecido como “Crystal Tetra” — Foto: Martin e Peter Hoffmann/ Reprodução

Onde eles podem ser encontrados?

Um estudo publicado em 2016 pelos pesquisadores Richard Vari, Bruno Melo e Claudio Oliveira mapeia os lugares onde o Protocheirodon pi é encontrado. Os principais ficam nas partes central e oeste da bacia amazônica, como os rios Amazonas, Solimões, Purus, Madeira e Ucayali.

Mapa mostrando a distribuição de Protocheirodon pi  — Foto: Arte g1
Mapa mostrando a distribuição de Protocheirodon pi — Foto: Arte g1

O pesquisador ressalta que eles vivem nesses locais porque são típicos de "água branca", aquelas com presença de sedimentos. Ele é um peixe que vive mais nas margens dos rios.

"É um peixe típico dessa água e, provavelmente, esse corpo transparente que ele tem seja útil para viver numa água como essa: uma água escura, onde ele possa passar despercebido dos predadores".

Por ser bem distribuído pela Amazônia, tanto no Brasil como em outros países como Peru e Colômbia, não há registros de que o Protocheirodon pi corra risco de extinção.

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