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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Número de soldados de Israel mortos passa de 40 e mostra desafios da incursão terrestre em Gaza; veja infográfico

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Total de militares mortos em duas semanas de incursão chegou a 41, similar ao da guerra em 2014; especialistas destacam mudança de objetivos entre os dois conflitos
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Por O Globo
 
Postado em 10 de novembro de 2023 às 07h35m

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WhatsappMilitares carregam caixão de soldado morto na Faixa de Gaza
Militares carregam caixão de soldado morto na Faixa de Gaza — Foto: Fadel Senna / AFP

O Exército de Israel confirmou, nesta sexta-feira, a morte do 41º militar desde o início da incursão terrestre à Faixa de Gaza, no dia 27 de outubro. Em duas semanas de uma operação que diz ter dividido ao meio o território, e que tem como objetivo principal destruir o Hamas, o número de mortos retrata a dificuldade de se combater um inimigo que conhece o terreno, e que tem à disposição uma ampla rede de túneis e um ambiente urbano hostil a forças externas.
Antes mesmo da ofensiva terrestre, as autoridades israelenses já alertavam que o conflito seria longo e violento. Yoav Gallant, ministro da Defesa, disse pouco antes do início da invasão, que "levaria algum tempo" até que a ampla rede de túneis do Hamas fosse desmantelada e que os "bolsões de resistência" fossem destroçados. Um exemplo disso aconteceu na quinta-feira, quando as forças israelenses travaram, por dez horas, uma batalha nos arredores do campo de refugiados de Jabalya e do hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, apontado por Israel como "base operacional" do Hamas.
Guerra Israel X HamasAcompanhe a cobertura completa
Túneis, reféns, drones-bomba e armadilhas: Os desafios de Israel em uma guerra urbana em Gaza


A última grande incursão israelense no território palestino ocorreu em 2014, durante uma violenta guerra que se estendeu por pouco mais de um mês. O roteiro foi parecido com o que se desenrolou na Faixa de Gaza desde os ataques de 7 de outubro: lançamentos de foguetes por parte do Hamas contra cidades israelenses, ataques brutais da aviação e, por fim, uma operação terrestre, iniciada em 17 de julho daquele ano, e que tinha como alvos principais os túneis do Hamas. Como no atual conflito, todas as dificuldades do combate em ambiente urbano se revelaram rapidamente.
— Era como lutar com fantasmas. Você não os vê — disse ao Times of Israel Ariel Bernstein, um veterano da guerra de 2014 em Gaza. Segundo ele, o ambiente encontrado na região Norte do território, hoje também foco das operações israelenses, era um conjunto de "emboscadas, armadilhas, esconderijos e atiradores de elite".

Mortes de militares israelenses nos conflitos de Gaza em 2023 e em 2014 — Foto: Editoria de ArteMortes de militares israelenses nos conflitos de Gaza em 2023 e em 2014 — Foto: Editoria de Arte

Dados da Magen David Adom, equivalente israelense da Cruz Vermelha, apontam que dos 67 militares que morreram na guerra de 2014, pelo menos seis foram vítimas de explosivos escondidos em casas, escritórios e locais que aparentavam ser instalações médicas. Disparos dos atiradores de elite deixaram pelo menos dois mortos, sem contar os ataques com mísseis anti-tanque, uma arma preferencial e amplamente disponível para os combatentes do Hamas. Pelo menos dois militares morreram dessa forma.

— Um fato militar básico é que invadir áreas urbanas é sempre muito difícil — disse à Voice of America David Silbey, professor de História Militar na Universidade Cornell. — Cidades são perfeitas para quem se defende. Há muitos lugares para se esconder, não apenas os túneis que o Hamas tem construído, mas também prédios, casas e todos os tipos de lugares.


'Granadas de fumaça e bomba-esponja': Infográfico explica ofensiva de Israel contra o Hamas em Gaza

Hoje, duas semanas depois do início da incursão em Gaza, os números são parecidos com os da operação terrestre de 2014, que durou 17 dias: naquela ocasião, cerca de 40 militares israelenses morreram em combates dentro do território palestino, contra 41 mortos até o momento — as demais baixas naquele ano ocorreram em ataques do Hamas dentro de Israel ou em incidentes de "fogo amigo", quando um combatente atinge, por acidente, algum integrante das próprias forças.
Há que se considerar, sob a fria análise dos números, que as mortes de militares israelenses são bem menores do que a dos mortos entre os combatentes do Hamas, que não dispoem do mesmo treinamento, planejamento e equipamentos — segundo representantes do Exército de Israel, "dezenas" de forças dos grupos armados palestinos morreram nos combates nos arredores do hospital Al Shifa. As autoridades em Gaza não comentaram essa alegação.
Ofensiva ampliada
Mas ao mesmo tempo em que há semelhanças entre as duas guerras, também há diferenças. A começar pelo próprio objetivo da invasão: a destruição do Hamas, responsável pelos ataques de 7 de outubro, que deixaram mais de 1,2 mil mortos em Israel — nesta sexta-feira, o governo israelense revisou o número, que anteriormente era de 1,4 mil. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que também luta pela própria sobrevivência política (cada vez mais improvável) tem usado um tom carregado no belicismo, e tem ignorado sistematicamente pedidos para evitar o uso excessivo de força contra civis. Segundo as autoridades palestinas, o número de mortos passa de 10 mil, e o governo de Netanyahu tem sido acusado de promover uma "punição coletiva" à população de Gaza.
— Naquela época [2014], havia um reconhecimento geral de que Gaza com o Hamas era útil para Israel. Mostrava que Israel não tinha ninguém com quem negociar — disse à Voz da América Paul Scham, pesquisador do Middle East Institute. — O cálculo agora é diferente, porque os ataques horrendos (do Hamas) significam que o público israelense quer sangue, de forma literal.


Imagens aéreas mostram prédios destruídos no distrito de al-Zahra, no sul da Cidade de Gaza

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IPCA sobe 0,24% em outubro, com nova alta de preços das passagens aéreas

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País passa a ter uma inflação acumulada de 4,82% na janela de 12 meses. Gasolina cai, mas alimentos voltam a subir depois de quatro meses de quedas.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 10 de novembro de 2023 às 10h00m

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IPCA sobe 0,24% em outubro, com nova alta de preços das passagens aéreasIPCA sobe 0,24% em outubro, com nova alta de preços das passagens aéreas

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,24% em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Neste mês, o maior impacto veio dos preços de passagens aéreas, que acumularam alta de 23,7% contra o setembro. Ainda assim, o índice geral teve leve desaceleração em relação ao mês anterior, quando havia fechado com alta de 0,26%. Em outubro de 2022, o IPCA fechou em alta de 0,59%.

Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,82% na janela de 12 meses. No ano, acumula alta de 3,75%.

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperava alta de 0,29% no mês. Em 12 meses, o indicador permanece fora do intervalo das metas de inflação perseguidas pelo Banco Central. A meta é de 3,25%, com tolerância entre 1,75% e 4,75%.

Dos nove grupos que compõem o IPCA, oito tiveram alta no mês. O principal destaque negativo é a alta nos preços de Alimentação e bebidas, revertendo quatro quedas seguidas do grupo. A Alimentação no domicílio, que mede os preços de produtos básicos e in natura, voltou a ter alta no mês passado, de 0,27%.

Por outro lado, houve alívio no grupo Transportes. Houve a alta puxada pelas passagens aéreas, mas os combustíveis tiveram queda no mês, de 1,39%.

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

  • Alimentação e bebidas: 0,31%;
  • Habitação: 0,02%;
  • Artigos de residência: 0,46%;
  • Vestuário: 0,45%;
  • Transportes: 0,35%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,32%;
  • Despesas pessoais: 0,27%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: -0,19%.

Transporte em alívio

O grupo de Transportes desacelerou em relação ao mês de setembro, quando havia subido 1,40%. Boa parte do alívio tem relação com uma deflação do preço dos combustíveis no mês.

A gasolina ainda tem alta relevante, de 14,4% em 2023, e contribuição de 0,67 p.p. na inflação do ano. Mas o combustível teve também o maior peso para baixo no IPCA de outubro, retirando 0,08 ponto percentual do índice geral. Em comparação ao mês anterior, houve queda percentual de 1,53%.

Já no fim do mês de outubro, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,12 no preço do litro da gasolina na venda para as distribuidoras. No mesmo dia, foi informado que o diesel teria aumento de R$ 0,25 por litro nas refinarias. Como resultado, o óleo diesel teve alta de 0,33% no IPCA do mês.

Ainda dentro do grupo de combustíveis, o etanol (-0,96%) e o gás veicular também registraram quedas (-1,23%).

As passagens aéreas, porém, tiveram o maior peso positivo do IPCA do mês, de 0,14 p.p. no índice geral, em sua segunda alta seguida. Segundo André Almeida, gerente da pesquisa, a alta pode estar relacionada ao aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano.

Vista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo (SP). — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo (SP). — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Alimentação e bebidas voltam a subir

Depois de uma sequência de quatro quedas, o grupo de Alimentação e bebidas voltou a subir no IPCA. Nesse período de deflações até setembro, o grupo como um todo havia tido uma queda acumulada de 2,65%. Agora, o recuo do grupo é de 0,70% neste ano.

Houve reversão neste mês do subgrupo Alimentação no domicílio, que teve alta de 0,27% em outubro, também após quatro quedas sucessivas e que haviam acumulado queda de 4,01% até setembro. O IBGE destaca altas da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).

"O comportamento do preço dos alimentos — tanto as quedas, como as altas nesse período todo — vieram de questões de oferta. Safras boas reduzem os preços, quebras fazem subir. Também as exportações em bom ritmo reduzem a oferta interna de alimentos", diz Almeida, do IBGE.

A alimentação fora do domicílio continua em alta (0,42%) e acelerou em relação ao mês anterior (0,12%). A refeição subiu 0,48% e o lanche, 0,19%.

Alívio no preço dos monitorados

Os preços de itens monitorados, itens cujos preços são definidos pelo setor público ou por contratos, continuam sendo os destaques do IPCA deste ano. Os cinco principais subitens são gasolina, emplacamento e licença, plano de saúde, energia elétrica residencial e taxa de água e esgoto.

Como a gasolina se reduziu neste mês, o grupo passou a acumular alta de 9,98% na janela de 12 meses. É uma desaceleração em relação a setembro, quando marcava alta de 10,21%.

Já a inflação de serviços, um dos principais núcleos olhados pelo Banco Central (BC) para a condução da taxa básica de juros, também desacelerou: de 5,54% para 5,45% na janela de 12 meses.

"Tivemos uma surpresa bastante significativa nos núcleos de inflação. A parte de bens industriais e serviços subjacentes trazem uma confirmação de uma desinflação significativa. É um excelente resultado", diz Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital.

A economista para Brasil do BNP Paribas, Laiz Carvalho, também vê o resultado como positivo, mas ressalta que o balanço de riscos ainda demanda algum cuidado na discussão sobre o ritmo de quedas na taxa básica de juros.

"De uma maneira geral, a composição do IPCA foi bastante positiva. Como o número veio em linha com a nossa projeção, não altera a nossa expectativa até o final do ano. Por outro lado, ainda temos alguns riscos, cenário global de condições financeiras, o cenário fiscal local que acabam trazendo um viés mais parcimonioso", diz.

INPC tem alta de 0,12% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,12% em outubro. Em setembro, houve alta de 0,11%.

Assim, o INPC acumula alta de 3,04% no ano e de 4,14% nos últimos 12 meses. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,47%.

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