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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Missões para Marte: por que 3 países chegarão ao planeta vermelho quase ao mesmo tempo

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A chegada da missão Hope, dos Emirados Árabes Unidos, será seguida pela Tianwen-1, da China, nesta quarta-feira; e pela Perseverance, da Nasa, em 18 de fevereiro. 
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TOPO
Por BBC

Postado em 10 de fevereiro de 2021 às 13h00m


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A Hope, missão enviada pelos Emirados Árabes Unidos, entrou na órbita de Marte na última terça-feira — Foto: MBRSC via BBC
A Hope, missão enviada pelos Emirados Árabes Unidos, entrou na órbita de Marte na última terça-feira — Foto: MBRSC via BBC

Fevereiro será um mês decisivo para a exploração de Marte.

Pouco depois das 4h15 (no fuso do meridiano de Greenwich) da última terça-feira (09/01), a missão Hope enviada pelos Emirados Árabes Unidos, a primeira de um país árabe, entrou na órbita do planeta vermelho.

A sonda alcançou o feito depois de realizar uma manobra complexa para ser capturada pela gravidade do planeta.

E nos próximos dias, mais duas sondas espaciais devem chegar a Marte para estudar sua geologia, atmosfera e procurar possíveis sinais de vida, como bactérias.

A próxima será a missão Tianwen-1 da China, com chegada prevista para esta quarta-feira; e a Perseverance, da Nasa, agência espacial americana, pousará em 18 de fevereiro.

A proximidade das datas se deve ao fato de que as três missões aproveitaram uma "janela" que se abre de tempos em tempos, na qual a distância entre Marte e a Terra é menor.

A distância entre os dois planetas muda constantemente devido às diferentes velocidades em que orbitam ao redor do Sol, então o melhor momento para lançar missões que requerem a menor quantidade possível de combustível ocorre uma vez a cada 26 meses.

Mas, como em qualquer missão a Marte, todas as três espaçonaves enfrentam grandes desafios, incluindo os infames "sete minutos de terror", tempo que leva para uma espaçonave descer da parte superior da atmosfera do planeta até o solo.

Metade de todas as missões anteriores ao planeta vermelho terminou em fracasso.

Então, como os cientistas esperam conseguir desta vez? E o que pretendem investigar?

Três missões espaciais chegam a Marte nos próximos dias
Três missões espaciais chegam a Marte nos próximos dias

Missão bem-sucedida

A primeira missão histórica dos Emirados Árabes Unidos a Marte foi lançada do Japão em julho do ano passado.

E o sucesso da manobra para entrar em sua órbita foi anunciado ao vivo pela televisão e nas redes sociais pelo diretor de projeto da missão, Omran Sharaf, da sala de operações do Centro Espacial Mohamed bin Rashid, em Dubai.

A sonda vai explorar a atmosfera do planeta vermelho, algo que não foi feito em nenhuma missão anterior a Marte.

Em particular, os cientistas acreditam que ela pode contribuir para nossa compreensão de como o planeta perdeu grande parte do seu ar e, com ele, grande parte de sua água.

Ao contrário das missões chinesa e americana, a Hope não pousará em Marte — em vez disso, ficará na órbita do planeta por pelo menos um ano marciano (687 dias).

A expectativa é de que seus dados comecem a chegar à Terra em setembro.

O jornalista Jonathan Amos, correspondente de ciência da BBC, descreveu a missão Hope como um "esforço científico".

A Hope vai orbitar o planeta por pelo menos um ano marciano — ou seja, 687 dias — Foto: PA MEDIA
A Hope vai orbitar o planeta por pelo menos um ano marciano — ou seja, 687 dias — Foto: PA MEDIA 

"[É] considerada em grande medida como fonte de inspiração, algo que atrairá mais jovens nos Emirados Árabes e em todo o mundo árabe para estudar ciências na escola e no ensino superior", afirma.

Apenas os Estados Unidos, a Índia, a antiga União Soviética e a Agência Espacial Europeia chegaram a Marte antes com sucesso.

O feito da Hope coincide com o aniversário de 50 anos da formação dos Emirados Árabes Unidos.

Os arranha-céus e pontos turísticos do país foram iluminados de vermelho à noite, as contas do governo postaram hashtags e imagens alusivas e, no grande dia, o Burj Khalifa de Dubai, a torre mais alta do mundo, será palco de um show comemorativo.

Nave enviada pelos Emirados Árabes Unidos chega à órbita de Marte
Nave enviada pelos Emirados Árabes Unidos chega à órbita de Marte

China também quer chegar a Marte

A primeira missão de exploração de Marte da China, chamada "Perguntas ao Céu", na realidade não pousará dentro dos próximos três meses.

Isso permitirá que os engenheiros avaliem as condições atmosféricas do planeta antes de tentar o que será uma descida perigosa.

Para pousar em Marte, os cientistas devem enfrentar o desafio de reduzir a velocidade de entrada, que é de 20.000 km/h, para praticamente a velocidade com que um ser humano caminha, na hora de "baixar as rodas".

A China espera aterrissar seu dispositivo de 240 kg em uma planície dentro da bacia de impacto Utopia em maio.

O robô, movido por painéis solares, estudará a geologia da região — na superfície e logo abaixo dela.

Um mastro alto estará equipado com câmeras para tirar fotos e facilitar a navegação. Cinco instrumentos adicionais ajudarão a avaliar a mineralogia das rochas locais e a procurar gelo de água.

Os cientistas chineses gostariam que o robô ficasse em operação por pelo menos 90 dias. Até agora, apenas os americanos conseguiram realizar operações de longa duração em Marte (as missões soviéticas Mars-3 e Beagle-2 da Europa tiveram vida curta).

O robô chinês, movido por painéis solares, estudará a geologia do planeta vermelho — Foto: Getty Images via BBC
O robô chinês, movido por painéis solares, estudará a geologia do planeta vermelho — Foto: Getty Images via BB

A Tianwen-1 já enviou sua primeira imagem de Marte à Terra: uma foto em preto e branco que mostra características geológicas como a cratera Schiaparelli e o vale Marineris, uma vasta faixa de cânions na superfície do planeta.

A imagem foi tirada de uma distância de 2,2 milhões de quilômetros de Marte.

A Tianwen-1 não é a primeira tentativa da China de chegar a Marte. Uma missão anterior com a Rússia, em 2011, terminou prematuramente quando o lançamento falhou.

Mas o país está confiante após ter enviado duas missões à Lua.

Com a segunda, no ano passado, a China se tornou o primeiro país a fazer um pouso bem-sucedido no "lado oculto" do satélite.

Nasa volta a Marte

A Perseverance, da Nasa, vai procurar evidências de vida microbiana antiga em Marte.

Ela vai coletar amostras de rochas que podem fornecer pistas valiosas sobre se alguma vez existiu vida no planeta vermelho.

A expectativa é de que o maior e mais sofisticado veículo já enviado para aterrissar em outro planeta pouse em Marte pouco antes das 21h (GMT) de 18 de fevereiro, em uma cratera quase equatorial chamada Jezero.

"Quando os cientistas olham para nosso local de pouso, a cratera de Jezero, eles veem a promessa científica de tudo isso: os restos de um antigo rio que flui para dentro e para fora desta cratera e acreditam que é o lugar para procurar por sinais de vida passada", diz Allen Chen, o engenheiro que lidera o processo de entrada (na atmosfera), descida e aterrissagem (EDL, na sigla em inglês) da Perseverance.

No entanto, o especialista também vê certos riscos.

"Há perigo em todos os lugares. Há um penhasco de 60-80 metros de altura passando pelo centro do nosso local de pouso. Se você olhar para oeste, há crateras das quais o robô não consegue sair, mesmo se pousarmos com êxito em uma delas. E se você olhar a leste, há grandes rochas pelas quais não poderia se mover", explica ele à BBC.

Por sorte, a Perseverance conta com algumas tecnologias comprovadas que devem garantir que chegue a um ponto seguro na superfície.

O dispositivo tem quase o mesmo tamanho de um pequeno SUV (veículo utilitário esportivo) e pesa uma tonelada.

O veículo espacial Perseverance, da Nasa, tem quase o mesmo tamanho de um pequeno SUV e pesa uma tonelada — Foto: EPA/Nasa/JPL-Caltech
O veículo espacial Perseverance, da Nasa, tem quase o mesmo tamanho de um pequeno SUV e pesa uma tonelada — Foto: EPA/Nasa/JPL-Caltech

O rover pode se mover de forma autônoma 200 metros por dia, e está equipado com 19 câmeras e dois microfones, com os quais os cientistas esperam gravar os primeiros sons de Marte.

A missão também tentará pilotar um drone que pesa 1,8 kg pela primeira vez em outro mundo.

Apesar das promessas, só descobriremos o verdadeiro alcance das descobertas da Perseverance quando as amostras coletadas no planeta vermelho retornarem à Terra.

Isso acontecerá depois que a missão terminar, daqui a dois anos.

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Vendas no varejo caem 6,1% em dezembro, mas crescem em 2020 pelo 4º ano seguido

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Queda foi a maior já registrada para um mês de dezembro de toda a série histórica do IBGE. No ano, setor fechou com alta de 1,2%, mas vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos e material de construção, caíram 1,5%.  
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1 — São Paulo e Rio de Janeiro  
10/02/2021 09h00 Atualizado há 2 horas
Postado em 10 de fevereiro de 2021 às 11h05m


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Vendas fecham pelo quarto ano seguido em alta de 1,2%, mostra IBGE
Vendas fecham pelo quarto ano seguido em alta de 1,2%, mostra IBGE

As vendas do comércio varejista fecharam 2020 acumulando um crescimento de 1,2% na comparação com o ano anterior, segundo divulgou nesta quarta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi a quarta alta anual consecutiva do setor, mas a taxa mais fraca dos últimos 4 anos.

Em dezembro, houve queda de 6,1% na comparação com novembro, o segundo recuo mensal consecutivo. Foi o maior tombo para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000. Já no confronto com dezembro de 2019, houve alta de 1,2%, a sexta taxa positiva consecutiva nesta base de análise.

"Com o recuo de dezembro, as vendas do varejo se igualaram ao patamar de fevereiro, período pré-pandemia", informou o IBGE. O nível de atividade do setor encerrou o ano 6,2% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em outubro de 2020.

Comércio varejista fecha 2020 com alta; foi o quarto crescimento seguido, mas o menos intenso desse período — Foto: Economia/G1
Comércio varejista fecha 2020 com alta; foi o quarto crescimento seguido, mas o menos intenso desse período — Foto: Economia/G1

O resultado de dezembro veio bem abaixo do esperado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,5% na comparação mensal e de avanço de 6% sobre um ano antes.

Apesar da perda de fôlego na reta final de 2020, o comércio se mostrou um dos destaques da retomada da economia brasileira, após a pandemia de Covid-19 ter derrubado a economia global. A produção industrial brasileira, por exemplo, encerrou 2020 com um tombo de 4,5%. Já os dados do setor de serviços, o mais afetado pela crise do coronavírus, serão divulgados nesta quinta-feira (11).

Queda de 0,2% no 4º trimestre

O balanço positivo no acumulado de 2020 veio após um primeiro semestre de queda (-3,2%) e um segundo semestre de alta (5,1%).

A análise trimestral aponta, porém, que o comércio fechou o quarto trimestre com queda de 0,2% na comparação com o terceiro trimestre. Foi a terceira taxa negativa do ano. A única alta foi registrada no terceiro trimestre (15,5%). No segundo trimestre, a queda havia sido de 8,5%, enquanto no primeiro, de -1,3%.

Ao fechar o levantamento do setor para o ano de 2020, o IBGE revisou os resultados mensais, na comparação com o mês imediatamente anterior, de janeiro a outubro. As revisões mais expressivas foram dos meses de abril, que passou de uma queda de 16,6% para -17,2%, de maio, cuja alta passou de 12% para 13,3%, e de junho, cujo crescimento passou de 8,4% para 7,9%.

Comércio registra de 6,1% nas vendas na passagem de novembro para dezembro — Foto: Economia/G1
Comércio registra de 6,1% nas vendas na passagem de novembro para dezembro — Foto: Economia/G1

Impacto da inflação e da redução do auxílio emergencial

Segundo o IBGE, além da redução do auxílio emergencial, outro fator que pesou no desempenho do comércio nos últimos meses do ano foi a inflação dos alimentos.

O que acontece nos mercados influencia bastante a pesquisa. E, por conta dos resultados recentes do IPCA, o volume de vendas acabou sendo afetado, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destacando que as vendas de supermercados representam quase a metade do resultado total do indicador geral de vendas do comércio.

Em dezembro, todas as atividades do comércio registraram queda na comparação com novembro. Os maiores tombos foram nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,8%), tecidos, vestuário e calçados (-13,3%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,8%). Nos hipermercados e supermercados, o recuo foi de 0,3%.

Para Lisandra Barbero, economista da XP, também contribuiu para o tombo histórico em dezembro a "antecipação do consumo de bens semiduráveis e duráveis ​​durante a pandemia, que reduziu as compras típicas de final de ano".

Veja o desempenho de cada um dos segmentos em dezembro:

  • Combustíveis e lubrificantes: -1,5%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,3%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -13,3%
  • Móveis e eletrodomésticos: -3,7%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -1,6%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -2,7%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -6,8%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -13,8%
  • Veículos, motos, partes e peças: -2,6% (varejo ampliado)
  • Material de construção: -1,8% (varejo ampliado)
  • 5 das 10 atividades fecham o ano em queda

Entre as atividades do comércio varejista ampliado, 5 tiveram alta, com destaque para material de construção (10,8%), móveis e eletrodomésticos (10,6%), artigos farmacêuticos (8,3%) e supermercados (4,8%) – todas elas beneficiadas pelo maior número de pessoas em casa e mudanças no padrão de consumo.

Do lado das quedas, os maiores tombos foram nas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-30,6%) e de tecidos, vestuário e calçados (-22,7%), impactadas pela menor circulação de pessoas após a pandemia, fechamento de lojas físicas e substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

Metade das 10 atividades do comércio ampliado fecharam 2020 no campo negativo, aponta IBGE — Foto: Economia/G1
Metade das 10 atividades do comércio ampliado fecharam 2020 no campo negativo, aponta IBGE — Foto: Economia/G1

Comércio varejista ampliado tem 1ª queda em 4 anos

No comércio varejista ampliado, que inclui "Veículos, motos, partes e peças" e de "Material de construção", o volume de vendas caiu 3,7% em dezembro – a primeira taxa negativa em 8 meses – e fechou o ano em queda de 1,5%. Foi o primeiro recuo anual desde 2016, quando caiu 8,7%.

Ainda para o varejo ampliado, o volume de vendas caiu 3,7% em relação a novembro, descontando parte de sete meses consecutivos de acréscimos. Já em relação a dezembro de 2019, o varejo ampliado cresceu 2,6%, sexta taxa positiva consecutiva.

Perspectivas para 2021

Apesar da perspectiva de retomada da economia em 2021, analistas têm destacado que uma reação mais forte depende do controle da pandemia e também de uma recuperação consistente do mercado de trabalho.

Os dados mais recentes divulgados pelo IBGE mostram que o desemprego teve queda no país por dois meses seguidos, mas ainda atinge mais de 14 milhões de brasileiro.

Indicadores antecedentes têm apontado também uma desaceleração da atividade econômica neste começo de ano em meio ao término das medidas de auxílio governamental. O índice que mede a confiança do comércio da Fundação Getulio Vargas caiu em janeiro pela quarta vez seguida.

"Entendemos que o setor deve continuar perdendo fôlego, em meio à alta da inflação de alimentos e principalmente à redução dos incentivos fiscais. No entanto, sinais de aumento da poupança circunstancial por parte das famílias mais ricas e condições de crédito positivas podem ajudar a preencher parcialmente essa lacuna", avaliou Barbero.

Para 2021, o mercado financeiro reduziu de 3,50% para 3,47% a previsão para a alta do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo da média mundial, em meio a persistentes preocupações com a situação fiscal do país, que limita os investimentos públicos e o espaço no orçamento para estímulos econômicos.

Vendas no comércio caíram em janeiro; lojistas da capital reclamam da fase vermelha
Vendas no comércio caíram em janeiro; lojistas da capital reclamam da fase vermelha

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ES teve maior recuo na indústria em 2020; setor de veículos de SP puxou queda nacional

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Somente Pernambuco, Rio de Janeiro e Goiás registraram crescimento na comparação com 2019.  
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Por G1 — Rio de Janeiro  
09/02/2021 09h01 Atualizado há 6 horas
Postado em 10 de fevereiro de 2021 às 10h00m


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Indústria automotiva, sobretudo de São Paulo, puxou tombo da indústria nacional em 2020, segundo o IBGE — Foto: Shutterstock
Indústria automotiva, sobretudo de São Paulo, puxou tombo da indústria nacional em 2020, segundo o IBGE — Foto: Shutterstock

A produção industrial brasileira fechou o ano de 2020 com queda em 12 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam os dados divulgados nesta terça-feira (9).

De acordo com o IBGE, dos 12 locais com queda na produção, em sete o recuo foi mais intenso que o total da indústria. A maior queda foi registrada no Espírito Santo, de 13,9% - mais do dobro da registrada no Ceará, que registrou o segundo maior recuo, de 6,1%.

Somente Pernambuco, Rio de Janeiro e Goiás registraram crescimento da indústria na comparação com 2019.

Sete dos 12 locais com queda na produção industrial em 2020 tiveram recuo mais intenso que a média nacional  — Foto: Economia/G1
Sete dos 12 locais com queda na produção industrial em 2020 tiveram recuo mais intenso que a média nacional — Foto: Economia/G1

De acordo com o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o baixo desempenho capixaba é explicado pelos segmentos extrativo e metalúrgico.

"O setor extrativo tem uma boa concentração na indústria capixaba, então qualquer movimento dele impacta o setor como um todo. Esse resultado se deu, principalmente, pela queda na produção de minério de ferro. Temos também o setor metalúrgico, complementar ao extrativo, que também teve baixo desempenho na indústria local, puxado pela produção de produtos siderúrgicos", apontou. 
Setor de veículos de SP puxa queda nacional

Ao apresentar os dados da indústria nacional, o IBGE já havia adiantado que o maior impacto na queda do setor partiu do segmento de veículos automotores. Ao divulgar os dados regionalizados, o instituto enfatizou que foi de São Paulo, o maior parque industrial do país, a principal influência negativa na produção de veículos.

Mesmo vindo de oito meses seguidos de resultados positivos, logo após as paralisações que aconteceram devido às medidas mais restritivas de isolamento social, o setor de veículos paulista fecha o ano no campo negativo. Isso é atribuído à baixa produção de automóveis, autopeças e, também, caminhões, apontou o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.

A indústria paulista representa, segundo o IBGE, São Paulo, 34% da produção nacional. Por isso, embora não tenha registrado a maior queda entre os 15 locais pesquisados, ela acaba tendo a maior influência no baixo desempenho do setor como um todo.

O IBGE enfatizou, ainda, que não foi somente a atividade de veículos que teve resultado negativo em São Paulo ao longo de 2020.

O estado também teve queda na produção de máquinas e equipamentos, principalmente na produção de máquinas para trabalhar matéria-prima na fabricação de pasta de celulose, e também retração na produção de rolamentos para equipamentos industriais, destacou Almeida.

O IBGE ressaltou que o segundo local que mais influenciou a queda no acumulado do ano na produção industrial foi o Rio Grande Sul, também por causa da retração no setor de veículos automotores, com queda na produção de automóveis, autopeças e carrocerias para ônibus. Mas o segmento de couro, relevante na indústria gaúcha, também teve baixo desempenho no ano.

Dentro da indústria gaúcha, temos também o setor de produtos de couro, artigos de viagens e calçados, que é bastante atuante dentro da indústria gaúcha e teve queda na produção de calçados femininos de couro e de material sintético, apontou o analista da pesquisa. 
Alimentos puxa alta da indústria pernambucana

Dos três locais que fecharam 2020 com saldo positivo, o grande destaque ficou com Pernambuco. Segundo o IBGE, o bom desempenho foi pressionado, sobretudo, pelas atividades de produtos alimentícios.

Houve aumento na produção de açúcar cristal, açúcar VHP e também de açúcar refinado de cana. Já um setor secundário nesse crescimento é o de produção de bebidas, que teve aumento na produção de cervejas e chopes, refrigerantes e aguardente de cana-de-açúcar, explicou o analista da pesquisa Bernardo Almeida.

Os outros dois locais com resultado positivo no acumulado do ano foram Rio de Janeiro e Goiás. Na indústria fluminense, o destaque foi a indústria extrativa. Já na goiana, o bom desempenho também foi puxado pela indústria alimentícia.

A indústria fluminense acaba fechando o ano com um crescimento bem tímido, sendo impulsionado, principalmente, pelo setor extrativo, devido ao aumento na extração de óleos brutos de petróleo e gás natural. Em segundo plano, temos a indústria farmacêutica, com aumento na produção de medicamentos, apontou o pesquisador.

Entre novembro e dezembro, 11 locais tiveram alta

Na passagem de novembro para dezembro, a indústria nacional avançou 0,9%, sendo o oitavo mês seguido de alta. Nesta base de comparação, 11 dos 15 locais pesquisados registraram alta da produção.

Segundo o IBGE, o resultado positivo disseminado entre as regiões pesquisadas refletiu "em grande medida, a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após a adoção de medidas de combate à pandemia de Covid-19".

Maioria das regiões tiveram alta da produção industrial na passagem de novembro para dezembro — Foto: Economia/G1
Maioria das regiões tiveram alta da produção industrial na passagem de novembro para dezembro — Foto: Economia/G1

Espírito Santo e Ceará foram os locais com os melhores resultados na passagem de novembro para dezembro, seguidos por Pará, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.

Já Bahia, Amazonas, Pernambuco e Goiás foram os quatro locais com recuo na produção.

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