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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

No ano, inflação da baixa renda é quase 3 vezes a dos mais ricos, mostra Ipea

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Alta dos alimentos pressionou o custo de vida da população mais pobre.  
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Por G1  
11/12/2020 16h10 Atualizado há 3 horas
Postado em 11 de dezembro de 2020 às 19h25m


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Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta — Foto: Reprodução/TV Diário
Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta — Foto: Reprodução/TV Diário

A forte alta dos preços dos alimentos pressionou o custo de vida da fatia mais pobre da população. Como resultado, a inflação para a classe de renda muito baixa, no acumulado do ano até novembro, foi quase três vezes a registrada entre a classe renda alta: 4,56%, ante 1,68%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Em novembro, a alta de preços também pressionou mais os mais pobres: a inflação para essa faixa de renda foi estimada em 1%, enquanto para os mais ricos, ficou em 0,63%.

"O forte aumento dos preços dos alimentos no domicílio foi o maior foco de pressão inflacionária nos segmentos de renda mais baixa", apontou o Ipea.

Inflação por faixa de renda — Foto: Economia G1
Inflação por faixa de renda — Foto: Economia G1

De fato, alimentos e bebidas foram responsáveis por 75% da inflação dos mais pobres no mês passado, com altas importantes nos preços do arroz (6,3%), batata (29,7%), frango (5,2%), óleo de soja (9,2%) e carnes (6,5%) no último mês.

Segundo o Ipea, o gasto com itens de alimentação e bebidas compromete em média 28% do orçamento das famílias mais pobres. Com isso, os reajustes acumulados em 2020 de itens como arroz (69,5%), feijão (40,8%), carnes (13,9%), frango (14%), leite (25%) e óleo de soja (94,1%) contribuíram para uma alta inflacionária bem mais intensa do que a observada no segmento mais rico, em que o peso desse grupo nas despesas mensais é de 13%.

Por outro lado, as famílias com renda alta foram as únicas com desaceleração inflacionária no último mês, com 0,63%, contra 0,82% em outubro. Para esta classe, os focos foram os aumentos nos transportes por aplicativos (7,7%), a gasolina (1,6%) e o etanol (9,2%).

"Neste ano, o cenário inflacionário combinou forte aceleração de preços de alimentos com uma alta desaceleração da inflação de serviços, o que explica o diferencial da inflação entre as faixas de renda mais baixa e mais alta", apontou o Ipea em nota. 
Veja na tabela as faixa de renda consideradas pelo Ipea:

Ipea - faixas de renda — Foto: Reprodução
Ipea - faixas de renda — Foto: Reprodução

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