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domingo, 18 de setembro de 2022

Inflação: compare em gráficos a alta de preços no Brasil e em 5 países da América Latina

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Dos alimentos à gasolina, veja como o aumento de preços nos últimos meses impactou as maiores economias do continente.
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TOPO
Por BBC

Postado em 18 de setembro de 2022 às 17h05m

 #.*Post. - N.\ 10.477*.#

Os preços de itens essenciais já vinham em trajetória de alta em razão dos efeitos causados ​​pela pandemia de covid-19. Mas a guerra na Ucrânia piorou a situação: o início do conflito armado no final de fevereiro gerou uma crise energética e alimentar.

Mais de seis meses se passaram, os bancos centrais se viram obrigados a aumentar as taxas de juros para tentar controlar a espiral inflacionária e o custo de vida atingiu níveis recordes não vistos havia décadas.

Para se ter uma ideia do impacto no bolso das pessoas é usada uma cesta básica de bens e serviços que cada país produz de acordo com o consumo das famílias.

Essa cesta inclui centenas de produtos e serviços que vão desde gastos com saúde, aluguel ou educação, até o preço do combustível e da alimentação.

Inflação anual das 6 maiores economias da América Latina — Foto: BBC
Inflação anual das 6 maiores economias da América Latina — Foto: BBC

Nas 6 maiores economias da América Latina, a inflação em 12 meses (na comparação entre julho de 2021 e julho de 2022) atingiu 71% na Argentina, 10% no Brasil, 13,1% no Chile, 10,2% na Colômbia, 8,1% no México e 5,6% no Peru.

Com a ideia de simplificar a comparação entre os países, a BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, escolheu oito produtos básicos de consumo de massa para mensurar o impacto da inflação sobre alguns itens essenciais.

1-Óleo de cozinha

Alta de preço do óleo de cozinha — Foto: BBC
Alta de preço do óleo de cozinha — Foto: BBC

O óleo de cozinha tem sido um dos produtos com maior aumento de preço nos mercados internacionais.

Além da diminuição da oferta devido a secas e ao aumento do consumo após a pandemia, a guerra na Ucrânia fez com que o preço do produto batesse recordes históricos.

Como ucranianos e russos são os maiores exportadores mundiais de óleo de girassol, a escassez na exportação gerou picos dos preços.

Outro outro complicador foi a alta demanda por óleos vegetais para uso na indústria de biocombustíveis, reduzindo ainda mais a oferta do produto.

2-Farinha

Alta de preço da farinha     — Foto: BBC
Alta de preço da farinha — Foto: BBC

O aumento da farinha de trigo arrastou o preço do pão com ele, enquanto o aumento da farinha de milho elevou o valor de produtos como tortilhas e arepas, muito populares em países como México e Colômbia.

Novamente, a guerra teve um profundo impacto nesse segmento. A Ucrânia produz 16% do milho e 9% do trigo no mundo.

Somou-se a isso o fato de que as remessas de trigo da Rússia — o maior exportador mundial — tiveram queda.

Além de ser utilizado como base da principal farinha de alguns países, o milho é um insumo importante e requisitado na criação de aves para abate, o que pressiona o preço.

3-Leite

Alta de preço do leite              — Foto: BBC
Alta de preço do leite — Foto: BBC

Com o aumento dos custos de produção, produtos lácteos sofreram grandes elevação nos preços.

Em alguns países, as condições climáticas tornaram a criação de gado mais cara e, em meio à onda inflacionária que varre o mundo, toda a cadeia produtiva foi afetada: desde os fertilizantes necessários para alimentar os animais, até o custo do combustível para o transporte o leite.

Muitos produtores têm preferido se desfazer de parte do rebanho, vendendo as vacas menos produtivas para os matadouros.

A alta do preço do leite em países como o Brasil (66% no último ano), gerou todo um mercado de produtos que fingem ser lácteos, mas na verdade são feitos com soro de leite, amido e aditivos químicos, ingredientes mais baratos com baixa densidade de nutrientes.

4-Carne bovina

Alta de preço da carne bovina — Foto: BBC
Alta de preço da carne bovina — Foto: BBC

Diante do aumento do preço da carne bovina, muitas famílias buscaram outras proteínas ou, no caso das mais vulneráveis, ficaram sem elas.

A variação dos preços depende, entre outros fatores, se o país é produtor ou importador de carne bovina (o Brasil direciona 65% de sua produção para o mercado interno, por exemplo), de como as diferentes partes da cadeia produtiva impactam no custo final ou se há algum tipo de controle de preços.

Em países como Argentina, Colômbia e Chile, os consumidores registraram aumentos em 12 meses de 61,7%, 27,1% e 26,3%, respectivamente, em julho.

5-Gasolina

Alta de preço da gasolina                      — Foto: BBC
Alta de preço da gasolina — Foto: BBC

Nos meses que se seguiram à guerra, o preço do petróleo e da gasolina atingiu níveis historicamente altos em meio à incerteza internacional causada pelo conflito.

Embora mais recentemente os preços tenham desacelerado a alta, o custo para as famílias continua alto.

Para mitigar os efeitos do aumento do custo da gasolina e do diesel, os governos intervêm por meio de mecanismos como subsídios diretos, redução de impostos ou gestão de preços por meio de empresas estatais.

Chile, Colômbia e Peru têm um fundo de estabilização de preços que busca suavizar as flutuações.

O Brasil influencia os preços por meio de reduções de impostos, a Argentina por meio de impostos indiretos e congelamento de preços e o México por meio de subsídios diretos.

6-Açúcar

Alta de preço do açúcar — Foto: BBC
Alta de preço do açúcar — Foto: BBC

O preço do açúcar desacelerou sua alta nos últimos cinco meses embora ainda represente um peso para muitas famílias na América Latina.

No ano passado, a Argentina registrou um aumento de 136% e o Peru, de 43,6%.

No Brasil, o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, respondendo por mais de 30% do mercado global, o item teve alta destacada no ano passado devido à falta de chuvas.

Na América Latina, outros produtores de destaque são o México e a Colômbia.

7-Frango

Alta de preço do frango — Foto: BBC
Alta de preço do frango — Foto: BBC

O aumento do valor da ração de frango tem sido um dos fatores determinantes para a alta do produto. Alimento para aves (especialmente milho e soja) responde por cerca de 70% da cadeia produtiva avícola.

A troca da carne bovina, também inflacionada, por frango também representou um elemento de pressão.

Os grãos são alguns dos produtos cujo valor sofreu um dos maiores aumentos devido à guerra na Ucrânia, país que ficou conhecido como "o celeiro da Europa".

8-Ovo

Alta de preço do ovo — Foto: BBC
Alta de preço do ovo — Foto: BBC

Graves surtos de gripe aviária nos Estados Unidos e na França reduziram a oferta mundial de ovos, enquanto a guerra na Ucrânia interrompeu as exportações para a Europa e o Oriente Médio.

O valor do produto também foi influenciado pela escassez de fertilizantes (usados para plantar os grãos que servem de ração das aves) e pelo alto preço do combustível.

E a isso se soma a situação dos mercados locais. No Peru, por exemplo, o aumento do custo do produto teria sido impulsionado pela queda na produção nacional de milho duro, principal alimento das galinhas.

O aumento do preço dos ovos está atingindo mais fortemente as famílias mais vulneráveis ​​que dependem deles como substituto da carne e única fonte de proteína de baixo custo.

(*Gráficos elaborados por Cecilia Tombesi).

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62758791

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Morte da rainha levará cerca de 800 marcas a mudar os rótulos; entenda

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Com o falecimento da rainha Elizabeth II, a garantia para usar o brasão real nos rótulos foi cancelada.
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Por g1

Postado em 18 de setembro de 2022 às 16h05m

 #.*Post. - N.\ 10.476*.#

O mandado real que traz o brasão da família real é concedido como reconhecimento a pessoas ou empresas que forneceram regularmente bens ou serviços à família real — Foto: Divulgação
O mandado real que traz o brasão da família real é concedido como reconhecimento a pessoas ou empresas que forneceram regularmente bens ou serviços à família real — Foto: Divulgação

Cerca de 800 marcas de alimentos e bebidas terão que retirar seus certificados reais dos produtos. Elas perderão o direito ao Royal Warrant, documento que autoriza usar o brasão real nos rótulos para que possam ser fornecidos à realeza britânica. Com o falecimento da rainha Elizabeth II, a garantia para usar o brasão real foi cancelada.

Entre as marcas estão Heinz, Twinings, Bollinger, Cadbury, Marmite, além da Coca-Cola, Tanqueray Gordon & Co, Martini e Johnnie Walker. Elas terão de retirar dos rótulos e embalagens o brasão da rainha Elizabeth II após a sua morte.

Gin Tanqeray é um dos produtos que trazem o brasão da rainha — Foto: Divulgação
Gin Tanqeray é um dos produtos que trazem o brasão da rainha — Foto: Divulgação

O brasão real traz o leão da Inglaterra, o unicórnio da Escócia e um escudo dividido em quatro seguidos pelas palavras por compromisso para Sua Majestade, a Rainha.

As marcas deverão agora provar ao rei Charles III que a família real usa regularmente seus produtos se quiserem ter a distinção novamente em suas embalagens. Cerca de 30 Royal Warrants são concedidos e 30 são excluídos todos os anos.

De acordo com a Royal Warrant Holders Association (RWHA), "os candidatos também devem demonstrar que possuem uma política e um plano de ação ambiental e de sustentabilidade apropriados.

Cerca de 620 empresas, incluindo Bentley, Jaguar Land Rover, Barbour, Burberry, Boots, Clarins, Molton Brown, Hunter e Mappin & Webb, que receberam permissão da rainha Elizabeth II, têm dois anos para retirar o brasão real dos produtos.

A Royal Warrant Holders Association informou que essas empresas poderão se candidatar novamente, desta vez ao rei Charles, mas deverão provar que fornecem produtos ou serviços de forma regular e contínua às famílias reais por pelo menos cinco anos dos últimos sete.

Catchup Heinz é outro produto que terá de tirar o brasão da rainha — Foto: Divulgação
Catchup Heinz é outro produto que terá de tirar o brasão da rainha — Foto: Divulgação

Entenda os Royal Warrants

Para obter o selo de aprovação da rainha, a empresa deve estar fazendo negócios com a família real há pelo menos cinco anos. Outros negócios possuem o brasão, como ourives e joalheiros, empresas vendedoras de vinho, fabricantes de rodas, de armas e de luvas, além de alfaiatarias.

Praticamente todos os tipos de bens e serviços são cobertos pelos Royal Warrants, de pasta de dente a carvão, latão a biscoitos, perfume a controle de pragas. Existem fabricantes e fornecedores de tintas e papéis de parede, decoradores e restauradores para o Crown Estate.

Há também empresas de tecnologia, grifes de moda, especialistas em segurança cibernética e marcas de carros de luxo.

As garantias reais não cobrem apenas o que a família real necessita, mas também o que uma empresa precisa, por isso, existem fornecedores de serviços agrícolas e de engenharia, bem como a tecnologia que dá suporte a um grande negócio.

Outros produtos que receberam o selo real britânico — Foto: Divulgação/Sainsbury
Outros produtos que receberam o selo real britânico — Foto: Divulgação/Sainsbury

Essas empresas foram reconhecidas com o selo real desde a Idade Média - inicialmente na forma de uma carta régia, a mais antiga foi concedida por Henrique II à Companhia dos Tecelões em 1155.

Um dos primeiros destinatários de um mandado real foi o primeiro impressor da Inglaterra, William Caxton, em 1476, mas foi durante o reinado da rainha Vitória - e a revolução industrial - que eles floresceram. Mais de 1.000 foram concedidos ao longo de 64 anos.

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