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sábado, 15 de outubro de 2022

Micróbios subterrâneos podem ter infestado Marte no passado, sugere estudo

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Pesquisadores utilizaram modelos climáticos teóricos para a análise; vestígios conclusivos de que o planeta vermelho de fato abrigou vida em algum momento de sua história até hoje não foram encontrados pela ciência.
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TOPO
Por Associated Press, g1

Postado em 15 de outubro de 2022 às 13h00m

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Marte, o planeta vermelho, em foto de fevereiro de 2021 feita sonda "Amal" (ou Esperança) dos Emirados Árabes Unidos. — Foto: Mohammed bin Rashid Space Center/UAE Space Agency, via AP, Fil
Marte, o planeta vermelho, em foto de fevereiro de 2021 feita sonda "Amal" (ou Esperança) dos Emirados Árabes Unidos. — Foto: Mohammed bin Rashid Space Center/UAE Space Agency, via AP, Fil

Um mundo subterrâneo repleto de organismos microscópicos pode ter existido em Marte no passado. Isso é o que revela um novo estudo publicado por cientistas franceses nesta última segunda-feira (10).

Apesar da descoberta animadora, os pesquisadores acreditam que, se essas formas de vida simples de fato existiram, elas teriam alterado a atmosfera do planeta vermelho tão profundamente que uma "Idade do Gelo" em Marte teria entrado em curso que, consequentemente, teria levado a extinção desses seres.

A vida – mesmo a vida simples como micróbios – pode realmente causar sua própria morte, disse o principal autor do estudo, Boris Sauterey, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Sorbonne.

Os resultados são um pouco sombrios, mas acho que também são muito estimulantes, disse ele em uma entrevista por e-mail à Associated Press. Eles nos desafiam a repensar a maneira como a biosfera e seu planeta interagem.

Usando modelos climáticos e de terreno, Sauterey e sua equipe avaliaram a chamada habitabilidade da crosta marciana há cerca de 4 bilhões de anos, quando se pensava que o planeta era mais hospitaleiro e cheio de água.

Os pesquisadores argumentam que essas bactérias produtoras de metano e devoradoras de hidrogênio poderiam ter prosperado sob a superfície marciana naquela época, cercadas por várias dezenas de centímetros de sujeira que as protegiam da forte radiação recebida.

Como na Terra primitiva, qualquer área de Marte sem gelo poderia estar repleta desses organismos, de acordo com Sauterey.

O clima presumivelmente úmido e quente do início de Marte, no entanto, teria sido prejudicado por tanto hidrogênio sugado da atmosfera fina e rica em dióxido de carbono do planeta vermelho, ainda de acordo com o pesquisador.

À medida que as temperaturas caíram quase 200 graus Celsius negativos, qualquer organismo na superfície ou perto dela provavelmente teria se enterrado mais fundo na tentativa de sobreviver.

Por outro lado, os micróbios na Terra podem ter ajudado a manter as condições de temperatura por aqui, dada a atmosfera dominada pelo nitrogênio, disseram os pesquisadores.

Kaveh Pahlevan, do Instituto SETI, uma organização que estuda a origem da vida no universo, disse que futuros modelos climáticos de Marte precisam considerar essa pesquisa.

De acordo com um outro estudo liderado por ele, Marte era um planeta úmido, com oceanos quentes durante milhões de anos.

Rover Perseverance trabalha em torno de um afloramento rochoso chamado "Skinner Ridge", na cratera Jezero de Marte. — Foto: Nasa/Divulgação
Rover Perseverance trabalha em torno de um afloramento rochoso chamado "Skinner Ridge", na cratera Jezero de Marte. — Foto: Nasa/Divulgação

Durante esse período, a atmosfera teria sido densa e rica em hidrogênio, fazendo com que retivesse o calor e eventualmente o perdesse para o espaço como um gás de efeito estufa.

Já o estudo francês investigou os efeitos climáticos de possíveis micróbios quando a atmosfera de Marte era dominada pelo dióxido de carbono e, portanto, não é aplicável aos tempos anteriores, disse Pahlevan.

O que o estudo deles deixa claro, no entanto, é que se [essa] vida estivesse presente em Marte durante esse período, ela teriam uma grande influência no clima, acrescentou o especialista em um e-mail.

Mas quais são os melhores lugares para procurar vestígios desta vida passada?

Os pesquisadores franceses sugerem uma região específica: a inexplorada Hellas Planita, uma planície localizada no hemisfério sul do planeta, e a Cratera Jezero, onde atualmente o rover Perseverance da Nasa está coletando rochas que retornarão à Terra daqui a alguns anos.

Sauterey aposta nisso para investigar se ainda existe vida no nosso planeta vizinho.

Poderia Marte ainda ser habitado hoje por micro-organismos descendentes desta biosfera primitiva? ele disse. Se sim, onde?.

*Com informações da Associated Press.

Setor de serviços cresce 0,7% em agosto

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Volume de serviços prestados no país cresceu pelo quarto mês consecutivo. Com este resultado, setor supera em 10,1% o patamar em que operava antes da pandemia, em fevereiro de 2020, e fica a menos de 1% do nível recorde.
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Por Daniel Silveira, g1 — Rio de Janeiro

Postado em 15 de outubro de 2022 às 09h30m

 #.*Post. - N.\ 10.506*.#

Corretora financeira analisa gráfico enquanto orienta investidor ao telefone;  — Foto: Freepik
Corretora financeira analisa gráfico enquanto orienta investidor ao telefone; — Foto: Freepik

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em agosto, na comparação com julho, aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da quarta alta seguida, com ganho acumulado de 3,3% no período.

Na comparação interanual, o setor registrou a 18ª taxa positiva consecutiva - o volume de serviços prestados cresceu 8% em relação a agosto de 2021.

O desempenho do setor em agosto veio acima do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,2% na comparação mensal e de 6,9% na interanual.

Com o resultado de agosto, o indicador acumulado do ano chegou a 8,4%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses desacelerou de 9,6% para 8,9%, mantendo trajetória descendente iniciada em abril, quando estava em 12,8%.

Com isso, o setor opera 10,1% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e fica apenas 0,9% abaixo do maior patamar da série histórica, alcançado em novembro de 2014.

O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e foi o mais atingido pela pandemia, sobretudo as atividades de caráter de atendimento mais presencial, como os serviços prestados às famílias.

Serviços financeiros puxam alta no mês

Dentre os cinco segmentos de atividades do setor de serviços, três tiveram alta na passagem de julho para a agosto, uma ficou estável e uma registrou queda. O principal destaque foi o de Outros Serviços, cuja alta de 6,7% eliminou a queda de 5% registrada em julho.

"Esse resultado positivo vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior, destacou o analista da pesquisa, Luiz Almeida.

Segundo Almeida, os serviços financeiros auxiliares representam cerca de 40% do segmento de outros serviços, por isso representaram o principal impacto sobre a taxa positiva do setor como um todo. Eles abarcam corretoras de títulos, consultoria de investimentos e gestão de bolsas de mercado de balcão organizado.

Veja o resultado de cada segmento e respectivas atividades principais em agosto ante julho:

  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -0,2%
  • Transporte terrestre -0,7%
  • Transporte aquaviário 1%
  • Transporte aéreo 0,3%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,7%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 0,0%
  • Serviços técnico-profissionais 1%
  • Serviços administrativos e complementares
  • -0,5%
  • Serviços de informação e comunicação: 0,6%
  • Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC2%
  • Telecomunicações 1,5%
  • Serviços de tecnologia da informação 0,8%
  • Serviços audiovisuais -2,4%
  • Serviços prestados às famílias: 1,0%
  • Serviços de alojamento e alimentação 1,8%
  • Outros serviços prestados às famílias -4,4%
  • Outros serviços: 6,7%

O segundo maior impacto no resultado mensal partiu do segmento de informação e comunicação, que teve a segunda alta mensal consecutiva, acumulando ganho de 1,8% no bimestre. Segundo Almeida, com este resultado o segmento "atingiu o ponto mais alto da série, chegando ao mesmo nível registrado em dezembro de 2021".

"Esse resultado se deve especialmente ao segmento de tecnologia da informação, que é muito dinâmico e também alcançou o pico da sua série nesse mês. É um dos setores que cresceram a despeito da pandemia, principalmente por conta do home office e da digitalização dos serviços, destacou o pesquisador.

Ainda segundo Almeida, as atividades de telecomunicações, que fazem parte do segmento de informação e comunicação, passaram de uma queda de 1,8% em julho para uma alta de 1,5% em agosto, se mantendo ainda 20,7% abaixo do maior patamar da série histórica. "Mas, com o avanço de agosto, ele é um dos responsáveis pelo crescimento de informação e comunicação, ressaltou.

Serviços prestados às famílias tem 6ª alta

Os serviços às famílias completam o trio de segmentos com alta no volume prestado em agosto em relação a julho. Foi a sexta taxa positiva consecutiva, gerando um ganho acumulado de 10,7% no período.

Apesar da trajetória ascendente evidenciar o ganho de fôlego destas atividades, o segmento de serviços prestados às famílias ainda está 4,8% abaixo do período pré-pandemia. Segundo o IBGE, a lenta recuperação se deve ao intenso prejuízo destas atividades, majoritariamente de atendimento presencial, que foram as mais prejudicadas pelas medidas de distanciamento social.

Com o retorno das atividades presenciais, a queda das restrições e a diminuição do desemprego, ele vem reduzindo as perdas, mas ainda não chegou ao nível de fevereiro de 2020. Durante a pandemia, o setor chegou a ficar cerca de 67% abaixo do seu patamar recorde, atingido em maio de 2014, ponderou o analista da pesquisa.

Queda nos transportes interrompe sequência de altas

Após crescer por três meses consecutivos, o segmento de transportes teve ligeiro recuo em agosto, puxado tanto pelo transporte de passageiros (-0,5%) quanto pelo de cargas (-0,3%).

O setor de transportes tinha um aumento acumulado de 4,0% entre maio e julho e está 20% acima do nível pré-pandemia e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série, que foi justamente no mês anterior. Essa leve queda parece mais uma acomodação do setor, avaliou Almeida

O pesquisador destacou haver efeito sazonal sobre que queda nos transportes de passageiros, já que em julho ela havia crescido 4,1%. "Era um mês de férias, com as pessoas mais dispostas a viajar, ponderou.

Já o transporte de cargas acumulava ganho de 19,1% entre setembro do ano passado e julho desse ano e a queda de agosto não provoca grandes prejuízos ao segmento, que opera 31,3% acima do patamar pré-pandemia.

O transporte de cargas teve um aumento considerável com as mudanças das cadeias logísticas, por conta das entregas online durante a pandemia, e também pela safra recorde, que gerou um aumento do transporte de insumos para a produção agrícola e o próprio escoamento da safra, avaliou o pesquisador do IBGE.

Alta na maior parte do país

De acordo com o levantamento, 18 das 27 unidades da federação registraram aumento no volume de serviços prestados em agosto. Os maiores impactos partiram de São Paulo (1,6%), Distrito Federal (5,0%), Minas Gerais (1,0%) e Rio de Janeiro (0,5%).

Dentre as nove UFs com queda no indicador, destaca-se o Paraná (-7,1%) como a principal influência negativa no resultado geral do país, seguido por Goiás (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).

Alta de 1,2% nas atividades turísticas

Pelo segundo mês seguido houve crescimento do índice de atividades turísticas, que teve alta de 1,2% em agosto na comparação com julho. Com o avanço, o segmento turístico opera 0,1% acima do patamar pré-pandemia. Entre janeiro e agosto, o agregado especial de atividades turísticas acumula expansão de 39,1%

O IBGE destacou que apenas três dos 12 locais pesquisados para a composição desse indicador tiveram alta entre julho e agosto: Minas Gerais (3,9%), São Paulo (0,6%) e Pernambuco (0,8%). Dentre os nove com taxas negativas, destacam-se Rio Grande do Sul (-6,0%) e Santa Catarina (-6,0%).

Já na comparação interanual, todas as 12 UFs registraram crescimento em relação a agosto do ano passado, levando o segmento a uma alta de 22,8% no período. Esse resultado reflete o bom desempenho de restaurantes, hotéis, locação de automóveis, transporte aéreo, serviços de bufê, e rodoviário coletivo de passageiros.

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