Total de visualizações de página

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Ausência de furacão no Atlântico em agosto pela 1ª vez em 25 anos intriga cientistas

<<<===+===.=.=.= =---____---------   ----------____---- -----____::____   ____= =..= = =..= =..= = =___   ____::____------ -----_____----------   ---------____---.=.=.=.= +====>>>


O primeiro furacão da temporada, Danielle, só se formou em setembro, o que é incomum para esses eventos climáticos.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por BBC

Postado em 07 de setembro de 2022 às 09h45m

 #.*Post. - N.\ 10.463*.#

A temporada de furacões tradicionalmente começa em junho — Foto: GETTY IMAGES/BBC
A temporada de furacões tradicionalmente começa em junho — Foto: GETTY IMAGES/BBC

Agosto é a temporada de furacões no Atlântico.

Nos últimos tempos, alguns dos furacões mais devastadores chegaram nesse mês: Katrina, de 23 a 25 de agosto de 2005, ou Andrew, de 16 a 28 de agosto de 1992, entre outros.

No entanto, o mês acabou e, de acordo com os registros meteorológicos, nenhum furacão foi nomeado durante esse período e apenas três tempestades receberam um nome.

É algo incomum para especialistas: é a primeira vez que isso acontece desde 1997.

E é ainda mais inesperado depois que 2021 foi um ano recorde para a formação de furacões (em uma semana, quatro dessas tempestades foram registradas ao mesmo tempo).

Tudo isso contrasta com o que os observatórios meteorológicos haviam previsto: que a temporada de furacões seria muito semelhante à do ano anterior.

Para Jim Dale, meteorologista do British Weather Services, a razão técnica para isso tem a ver com uma combinação de fatores: ar seco e estável, com a presença de poeira do deserto do Saara, que impede a formação de tempestades, e ventos hostis que suprimiram a geração de furacões.

Furacões que causaram sérios danos, como Katrina ou Andrew, ocorreram no mês de agosto — Foto: GETTY IMAGES/BBC
Furacões que causaram sérios danos, como Katrina ou Andrew, ocorreram no mês de agosto — Foto: GETTY IMAGES/BBC

"No entanto, não há uma explicação convincente sobre por que o primeiro furacão da temporada, que começou em 1º de junho, só apareceu em setembro. Há uma espécie de caos, o que significa que em 2021 tivemos cinco eventos climáticos ao mesmo tempo e este ano, em mais de um mês, não vimos nada sério", disse Dale à BBC Mundo.

Para Dale é claro que a mudança climática está relacionada a esse tipo de comportamento climático, mas não é a única explicação.

"Uma coisa deve ficar clara: não há uma resposta única para esse fenômeno. O que vemos aqui é a soma de muitos fatores que coincidem neste momento. Mas deixemos bem claro que a temporada não acabou", diz o meteorologista.

O primeiro furacão: também incomum

Depois do final de agosto, os furacões começaram a aparecer.

O primeiro da temporada foi nomeado Danielle e tem se mostrado incomum: é o mais tardio primeiro furacão da temporada no Atlântico desde 2013.

Além disso, "se forma na latitude 38 norte, um local incomum para esses fenômenos", diz Dale.

Image
Image
Twitter Web App

Ele acrescenta que, para os furacões ganharem força, é necessário o impulso de uma corrente quente.

"Esta é uma evidência de como as mudanças climáticas estão afetando a presença desses fenômenos. Cada vez mais ao norte encontramos correntes quentes, que continuarão a provocar o aparecimento de furacões nesta região do planeta", acrescenta.

O especialista em furacões da WPLG, afiliada da Miami TV, Michael Lowry, escreveu em sua conta no Twitter que a temperatura da superfície do mar perto de onde Danielle se formou excedeu 26ºC pela primeira vez desde o início do registro de satélites.

"A essa temperatura, eles estão competindo com as águas quentes do Caribe", acrescenta Lowry.

No entanto, tanto Dale quanto outros especialistas apontam que esse início "lento" de temporada não significa que não haverá furacões que possam causar sérios danos.

"Estamos olhando para uma temporada abaixo da média, mas não podemos esquecer que as previsões são de que esta será uma temporada acima da média e falta ver como isso terminará", disse Dale.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62819147

------++-====-----------------------------------------------------------------------========...=========--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

'Tarântula cósmica': James Webb flagra milhares de estrelas nunca antes vistas em 'berçário' celeste

<<<===+===.=.=.= =---____---------   ----------____---- -----____::____   ____= =..= = =..= =..= = =___   ____::____------ -----_____----------   ---------____---.=.=.=.= +====>>>


As fotos foram capturadas pelo supertelescópio espacial e destacam as características da 'Nebulosa de Tarântula', uma região de formação de estrelas a 161 mil anos-luz de distância da Terra.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1

Postado em 07 de setembro de 2022 às 06h25m

 #.*Post. - N.\ 10.462*.#

Superzoom na Nebulosa da TarântulaSuperzoom na Nebulosa da Tarântula

A 161 mil anos-luz de distância da Terra está a "Nebulosa de Tarântula", uma região de formação de estrelas repleta de gás e poeira e "vizinha" da nossa Via Láctea.

Considerada uma "queridinha" dos astrônomos que estudam estes "berçários estelares", essa foi a estrutura cósmica escolhida para o mais recente flagra do supertelescópio James Webb, o maior e mais poderoso telescópio espacial já construído.

A Nebulosa da Tarântula, uma região de formação de estrelas a 161.000 anos-luz de distância da Terra. No centro, em azul-claro, um aglomerado de estrelas é visível. — Foto: NASA, ESA, CSA, and STScI/Divulgação
A Nebulosa da Tarântula, uma região de formação de estrelas a 161.000 anos-luz de distância da Terra. No centro, em azul-claro, um aglomerado de estrelas é visível. — Foto: NASA, ESA, CSA, and STScI/Divulgação

As fotos (veja acima e mais abaixo), um mosaico de imagens super detalhadas, revelam não apenas as caracterísitcas dessa região empoeirada e carregada de ventos quentes e poderosos, como também mostram algumas galáxias ao fundo e dezenas de milhares de estrelas jovens nunca antes vistas (a poeira da Tarântula "escondia" essas estruturas de outros telescópios).

As duas imagens foram divulgadas pela Nasa e pela ESA, as agências espaciais dos EUA e Europa, na manhã desta quinta-feira (1º).

A Nasa explica que a Nebulosa tem esse apelido curioso por causa de seus filamentos, que se estendem pela imagem como pernas de uma aranha.

A estrutura cósmica é a maior e mais brilhante região de formação estelar do Grupo Local, que são as galáxias mais próximas da nossa Via Láctea.

Ainda segundo a agência espacial, esse berçario cósmico é o lar das estrelas mais quentes e massivas conhecidas pela ciência.

"Um dos motivos pelo qual a Nebulosa da Tarântula é interessante para os astrônomos é que ela tem um tipo de composição química semelhante às regiões gigantes de formação de estrelas vistas ao 'meio-dia cósmico' do Universo, quando o cosmos tinha apenas algumas estrelas, bilhões de anos e a formação estelar estava no seu auge", explica a Nasa.

Uma outra visão da Nebulosa de Tarântula pelo supertelescópio James Webb. — Foto: NASA, ESA, CSA, and STScI
Uma outra visão da Nebulosa de Tarântula pelo supertelescópio James Webb. — Foto: NASA, ESA, CSA, and STScI

Segundo a ESA, esses mesmos "berçários estelares" da nossa Via Láctea não produzem estrelas na mesma velocidade frenética que a Nebulosa da Tarântula e têm uma composição química diferente. Por isso, essa tarântula espacial é o exemplo mais próximo (ou seja, o mais fácil de ver em detalhes) do que estava acontecendo quando o nosso universo se aproximava desse brilhante "meio-dia cósmico".

Apesar dos milhares de anos de observação de estrelas da humanidade, o processo de formação de estrelas ainda guarda muitos mistérios – muitos deles devido à nossa incapacidade anterior de obter imagens nítidas do que estava acontecendo por trás das espessas nuvens de berçários estelares", afirmou a agência europeia.

Os cientistas têm alguns objetivos ambiciosos para o James Webb. Segundo a Nasa, o supertelescópio de US$ 10 bilhões ajudará a resolver mistérios em nosso sistema solar, irá olhar para mundos extremamente distantes, investigará as origens do nosso universo e poderá até mesmo explorar o potencial de vida em sistemas planetários remotos.

"[O James Webb] já começou a revelar um universo nunca antes visto e está apenas começando a reescrever a história da criação estelar", complementou a agência.

(VÍDEO: Veja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James Webb.)

Veja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James Webb.Veja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James Webb.
------++-====-----------------------------------------------------------------------========...=========--------------------------------------------------------------------------------====-++-----