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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Ford F-150: veja o que há de novo na picape de meio milhão de reais e motor de Mustang

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Utilitário que custa o valor de um apartamento e tem motor V8 é o mais vendido dos Estados Unidos e quer mostrar ao consumidor brasileiro que, apesar dos quase 6 metros de comprimento, pode ser um bom carro para o dia a dia.
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Por Vinicius Montoia, g1

Postado em 27 de agosto de 2024 às 16h00m

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Ford F-150 2024 passa a ter somente uma versão e parte de R$ 519.990 — Foto: Divulgação | Ford
Ford F-150 2024 passa a ter somente uma versão e parte de R$ 519.990 — Foto: Divulgação | Ford

A Ford apresentou nesta segunda-feira (26) a nova geração da sua picape topo de gama no Brasil, a F-150. Em sua 14ª geração, as mudanças são poucas, mas servem para que o modelo daqui fique alinhado às tendências internacionais e acompanhar o mercado norte-americano.

Por lá, a picape é vendida em sete versões e é uma absoluta líder de vendas. No segmento de picapes, ela puxa o ranking há 47 anos. E a F-150 é o veículo mais vendido dos Estados Unidos há 42 anos.

A título de comparação, o veículo mais vendido do Brasil é a Honda CG, há 48 anos.


Ford F-150 2024: cinco coisas mais legais da picape

A F-150 será vendida em apenas uma versão, mas com duas opções de acabamento. A F-150 de 2023 era vendida na versão Lariat (R$ 479.990) e na mais equipada Platinum (R$ 519.990). Agora, a versão topo de linha Titainum sai de linha e ficará apenas a Lariat pelos mesmos R$ 519.990.

Mas é importante ressaltar que todos os equipamentos (que vamos citar adiante) migraram da Platinum 2023 para a Lariat 2024.

A gama da Ford tem ainda outras picapes, como Ranger, Ranger Raptor e Maverick.



— Foto 1: Ford F-150 de 2023, na versão Platinum (à esquerda), e o modelo 2024 na versão Lariat tradicional, hostentando seus cromados na dianteira (à direita) — Foto 2: Divulgação | Ford

F-150 Lariat e Lariat Black

Apesar de terem o mesmo preço, o acabamento externo é bem diferente da Lariat tradicioal para a Lariat Black. Como o próprio nome sugera, a segunda opção tem acabamento em preto brilhante de rodas, grade, e até o logo da Ford é preto (ao invés do tradicional oval azul). Na picape escurecida, as maçanetas e os para-choques são na cor do veículo.

Em compensação, na Lariat, todos os itens citados acima são cromados. Na traseira, o grande diferencial da Lariat Black e deixar à mostra as duas saídas de escape, que dão uma pitada mais esportiva para a picape.


— Foto 1: Apesar de discretas, a traseira também recebeu mudanças do modelo 2023 (à esquerda) para o de 2024 (à direita) — Foto 2: Divulgação | Ford

No geral, da geração anterior para a atual, as mudanças se concentram no formato dos faróis, que agora carregam uma assinatura de LED num formato mais claro do "F" de Ford. A grade ganhou contornos mais robustos e menos trapezoidais, adotando um estilo mais sóbrio.

O para-choque passa a ter um formato reto, substituindo o que anteriormente avançava sobre a grade.


— Foto 1: Saída simples na Lariat, enquanto a Lariat Black possui dois escapamentos — Foto 2: Divulgação | Ford

Já na cabine, pouca mudança da F-150 de 2023 para 2024. Tanto a central multimídia quanto o painel de instrumentos são telas de 12 polegadas, com conectividade para Android Auto e Apple CarPlay sem fio.

No painel, dá para acessar diversas informações do carro, do computador de bordo e escolher um dos sete modos de condução da picape. Esses modos mexem nas calibrações e comportamentos de suspensão, motor, transmissão e tração para se adequarem a cada terreno.

Entre as funções, estão: normal, eco, esportivo, escorregadio, lama/terra, rocha e função "rebocar trailer".


— Foto 1: Divulgação | Ford — Foto 2: Divulgação | Ford

No habitáculo, espaço de sobra para cinco ocupantes. Mas não seria para menos: com 5,88 metros de comprimento, 3,69 m de distância entre os eixos, 2,08 m de largura e 1,96 m de altura, além de ter um bom volume na caçamba (1.495 litros), a F-150 também deveria oferecer um espaço generoso para os viajantes.

Para deixar o dia a dia do dono de uma picape de meio milhão de reais mais fácil, a Ford trouxe uma solução já apresentada aqui pela Fiat Toro. A abertura da caçamba possui duas formas: a tradicional, de abrir e abaixar a tampa até o limite. E a segunda, lateralmente.

A capacidade de carga da picape não é tão impressionante: são apenas 834 kg. Sua irmã menor, a Ford Ranger, consegue arrastar até 1.023 kg de bagagem na caçamba, mesmo com motor 3.0 V6. Mas há distinção que precisa ser ressaltada: o motor da Ranger é movido a diesel, enquanto o da F-150 bebe apenas gasolina.

E na caçamba da picape é possível encontrar diversas soluções. Além de iluminação suficiente para clarear todo o espaço (e um pouco mais), há ainda uma tomada de 110V. É um equipamento que facilita bastante a vida de quem tem que trabalhar em locais onde a energia elétrica não chega.

Ford F-150 2024 tem sensor de carga e indicação aparece na lanterna — Foto: Divulgação | Ford
Ford F-150 2024 tem sensor de carga e indicação aparece na lanterna — Foto: Divulgação | Ford

Como dito, a picape tem um limite de carga na caçamba. Mas nem sempre é fácil calcular esse peso. No vídeo acima, mostramos como ele funciona: basta ligar o carro e, na central multimídia, selecionar a opção para mostrar o peso no indicador da lanterna.

Essa indicação é feita por meio de quatro lâmpadas de LED que acendem conforme o peso aumenta. Mas essa informação também está disponível na central multimídia — inclusive de forma mais didática. O único revés é ter de deixar o motor ligado para a "balança" funcionar, com um V8 bebendo gasolina e que pode deixar a viagem mais cara.

V8 do Mustang

Sim, a Ford F-150 carrega o mesmo coração de um dos esportivos mais desejados do mundo, o Ford Mustang GT. O propulsor dos dois carros é o 5.0 V8 Coyote.

Contudo, a calibração os distingue. Enquanto o cupê é empurrado por 488 cv de potência e 57,5 kgfm de torque, a picape dispõe de 405 cv e 56,7 kgfm. De qualquer forma, isso já rende o título de picape mais potente do Brasil.

Motor Coyote 5.0 V8 disponibiliza 405 cv de potência e 56 kgfm de torque — Foto: Divulgação | Ford
Motor Coyote 5.0 V8 disponibiliza 405 cv de potência e 56 kgfm de torque — Foto: Divulgação | Ford

Atrelado ao motor está um câmbio automático de 10 velocidades, que também equipa o Mustang GT e o seu principal concorrente, o Chevrolet Camaro. A parceria entre a Ford e a GM fez com que a Chevrolet também optasse por essa transmissão para o seu esportivo.

Pensando no consumidor que vive longe dos centros urbanos e na falta de comodidade que é ter que parar no posto de combustível para abastecer, o tanque de combustível da F-150 é o maior do seu segmento. São 136 litros de capacidade.

Considerando que o consumo da cidade é de 6,3 km/l e o rodoviário tem médias oficiais de 8,6 km/l, a autonomia da picape pode chegar a 1.169 km.

Equipamentos

Além dos equipamentos necessários e obrigatórios por lei, como airbags e freios com ABS, a Ford F-150 é equipada com tudo que um carro de meio milhão de reais deve ter:

  • Piloto automático adaptativo;
  • Frenagem automática de emergência;
  • Aviso de colisão frontal;
  • Sistema de leitura de faixa e placa;
  • Ar-condicionado de três zonas;
  • Bancos dianteiros com ajuste elétrico;
  • Teto-solar;
  • Central multimídia;
  • 14 alto-falantes e muitos mais.

Porém, o que acha mais atenção é o que a diferencia das demais, como a iluminação 360º. Esse sistema acende todas as luzes externas do carro e da caçamba, iluminando toda área ao redor. Isso é bastante útil para quem gosta de acampar.

O ajuste eletrônico dos pedais, para frente ou para trás, é outra facilidade que ajuda a encontrar a melhor posição para dirigir. E vale registrar a mesinha (superfície de apoio) que fica acoplada ao console central, um bom auxílio para encaixar um notebook para trabalhar dentro da picape.

Mesinha do console central da Ford F-150 — Foto: Divulgação | Ford
Mesinha do console central da Ford F-150 — Foto: Divulgação | Ford

Lembrando que essas são soluções práticas de um carro popular... lá nos Estados Unidos. A Ford vendeu 1.200 unidades da F-150 lançada em março do ano passado, e as expectativas para o próximo ano giram em torno desta marca.

A pré-venda da picape começa nesta segunda-feira (26) e as primeiras unidades chegam aos consumidores no final de outubro, informou a montadora. A picape passa a ter cinco anos de garantia (antes eram somente três) e está disponível em seis cores: vermelho, dois tons de cinza, preto, branco e azul.

Foco no desempenho

No início de agosto, a divisão de Performance da Ford, com foco em alto desempenho e competição, chegou ao Brasil. E o primeiro modelo desenvolvido pela Ford Performance a ser ofertado no mercado nacional é a Ranger Raptor.

A picape é simplesmente o modelo mais rápido do mercado nessa categoria, com aceleração de 0 a 100 km/h feita em apenas 5,8 segundos. Para se ter noção, um esportivo da Porsche, o 718 Cayman, cumpre a prova citada em 4,9 segundos.

Ela só consegue esse feito por ser carregada por um motor 3.0 V6 biturbo movido a diesel que entrega 397 cv de potência e 59 kgfm de torque. A intenção da marca é ampliar o portfólio oferecido no Brasil, que conta com carros à combustão, híbridos, elétricos e, agora, especialmente preparados para entregar mais desempenho.

Um veículo dessa divisão que pudemos ver de perto, mas que só é vendido na Argentina, Chile, Colômbia e Peru, é a F-150 Ford Performance. A unidade estava no Festival Interlagos e você pode conferir mais detalhes dela no vídeo abaixo:

Ford apresenta a F-150 Performance, divisão esportiva da marca

A Ford F-150 da divisão esportiva disponibiliza 700 cv de potência e 95 kgfm de torque, o que é praticamente o dobro da versão mais comedida, que tem apenas 405 cv de potência e 56,7 kgfm de torque.

Apesar de carregarem o mesmo motor 5.0 V8, a F-150 "preparada" tem todo sistema de turbinas e injeção recalibrados para extrair o máximo dos oito cilindros.

Problemas com elétricos

Apesar das novidades para o Brasil e América do Sul, a Ford dos Estados Unidos anunciou, na quarta-feira (21), que está mudando seus planos de investimento para produção de veículos totalmente elétricos e que vai priorizar o desenvolvimento de híbridos.

O anúncio evidencia o momento de dificuldade das fabricantes norte-americanas em aumentar as vendas de elétricos, tecnologia que foi apontada como a grande solução para os problemas climáticos causados pelos gases emitidos pelos automóveis a combustão.

Outros fatores que aprofundam os desafios dos carros elétricos de montadoras tradicionais são a competitividade e escala das fabricantes chinesas, além da logística da cadeia de suprimentos para produzir baterias e outros componentes.

De acordo com o comunicado, a Ford está tirando da estratégia um SUV de sete lugares com propulsão puramente a eletricidade, e a sua despesa anual com o desenvolvimento desse tipo de propulsão vai reduzir de 40% para 30% do montante reservado para investimentos. Outros modelos também deixarão de ser produzidos.

Mas essas mudanças de estratégia não são simples e também exigem dinheiro extra para concretizar. Será necessário gastar mais US$ 1,9 bilhão para redesenhar os carros que, anteriormente, haviam sido pensados para a propulsão elétrica.

Segundo executivos da marca, essa alteração também se deve às preferências dos consumidores, que ainda apontam preocupação com a falta de infraestrutura e carros elétricos com preços mais acessíveis.

Aqui no Brasil, a empresa segue a mesma linha. De acordo com gerente de marketing da Ford América do Sul, Dennis Rossini, "países que possuem distâncias muito grandes tendem a apresentar maior preocupação com relação ao alcance dos carros elétricos".

O executivo afirmou que, apesar dos receios, a rede de recarga de carro elétrico nos Estados Unidos é muito maior que a brasileira, e que lá esse assunto já é mais maduro.

"O grande drama da eletrificação é a preocupação com a autonomia. Até que isso mude para atender uma massa maior de consumidores, o veículo híbrido será a melhor solução porque ele tem a vantagem do baixo consumo e o consumidor fica livre para abastercer em qualquer local", disse.

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'Previsão do futuro': por que o Pacífico mais quente é um alerta para o mundo sobre o risco do avanço dos oceanos

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Relatório mostra que mar avançou 15 centímetros em 30 anos no Pacífico, volume maior que a média global. No entanto, mar também está avançando, mas em outras intensidades, ao redor do mundo.
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Por Poliana Casemiro, g1

Postado em 27 de agosto de 2024 às 13h45m

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Tuvalu é formada por um conjunto de ilhas que podem desaparecer nas próximas décadas — Foto: Getty Images
Tuvalu é formada por um conjunto de ilhas que podem desaparecer nas próximas décadas — Foto: Getty Images

Berço de paisagens paradisíacas, as ilhas do Oceano Pacífico estão em risco. Elas podem ser completamente engolidas pelo avanço do mar, que vem subindo ano a ano, reflexo das mudanças climáticas.

➡️ Nesta terça-feira (27), a ONU disse que a crise local é uma "catastrofe mundial", e o g1 conversou com especialistas que explicam que isso é porque o que está acontecendo com elas é uma previsão do que pode acontecer com todo o mundo.

Eles são vítimas das emissões do mundo todo e são a previsão do futuro para nós. Se não conseguirmos reverter essa situação, o futuro das demais comunidades em litorais pelo mundo é também serem engolidas pelo avanço do mar.
— Regina Rodrigues, oceanógrafa e especialista em clima e membro do IPCC.

Como isso está acontecendo?

Ilhas como Maldivas, Tuvalu, Ilhas Marshall, Nauru e Kiribati estão na lista dos lugares na Terra que podem desaparecer, reflexo da ação humana. Com muita natureza preservada e sem muitas indústrias, essa área é responsável por apenas 0,02% das emissões globais anuais de CO2, mas estão sendo vítimas das emissões do mundo todo.

O excesso de gases que causam o efeito estufa está tornando a Terra mais quente. Eles são liberados com a queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo. Na atmosfera, esses gases aprisionam o calor, fazendo com que a temperatura fique cada vez mais alta.

Apesar das ilhas no Pacífico terem pouca participação nesta emissão, a atmosfera é única. Ou seja, tudo que é emitido e chega a essa camada afeta a todos de forma global.

Nos últimos anos, as concentrações desses gases têm se tornado cada vez maiores ano a ano. (Veja o gráfico abaixo)

E você pode se perguntar: qual a relação entre as emissões e o aquecimento dos oceanos?

➡️ A Terra está ficando mais quente e os oceanos têm papel fundamental para reduzir os impactos desse aumento da temperatura porque eles absorvem 90% de todo esse excesso.

Durante o El Niño, por exemplo, que aumenta a temperatura dos oceanos, os mapas mostraram um aquecimento acima da média pelo mundo. (Veja o mapa abaixo)

Todo esse calor é o que causa o aumento do nível do mar e isso acontece em dois processos:

  • 🔥 Quando a temperatura das águas aumenta, seu volume também aumenta. Ou seja, ele se expande, elevando o nível. Essa reação representa 40% da causa do aumento do nível do mar.
  • 🔥 Isso se soma ao derretimento das calotas polares. Mais quente, o oceano faz com que a camada de gelo se derreta se transformando em mais água e, portanto, aumentando o nível dos mares.

Conheça Tuvalu, país que pode ser engolido pelo mar e tenta sobreviver como nação digital

Por que o Pacífico?

É importante saber que esse processo afeta todos os oceanos, mas a situação no Pacífico é que ele é mais vulnerável por dois motivos:

  • ➡️ Por ser mais quente por natureza e seu calor se soma ao gerado pela ação humana
  • ➡️ Por envolver ilhas onde, em caso de um colapso, não há recuo ou maneira de permanecer no país.

Para se ter uma ideia, o relatório que a ONU usa para dizer que a situação é uma catástrofe mostra que em grande parte do Pacífico, o nível do mar subiu cerca de 15 centímetros, o que é quase o dobro da taxa global medida desde 1993.

As pessoas pensam que são centímetros inofensivos, mas quando a gente pensa no avanço desse volume em uma costa, chegamos a uma extensão maior, que pode chegar a metros perdidos no território", explica Regina.

O Pacífico envolve várias ilhas que têm elevação média de apenas um a dois metros acima do nível do mar. Cerca de 90% da população vive a apenas 5 quilômetros da costa e metade da infraestrutura está a 500 metros do mar.

Os efeitos já vêm sendo sentidos na região. Segundo o relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), no ano passado mais de 200 pessoas morreram e outras 25 milhões de pessoas foram afetadas por chuvas e tempestades na região do Pacífico.

O especialista em desastres naturais, Pedro Camarinha, explica que antes que essas regiões atinjam um colapso, elas vão ser cada vez mais vítimas de desastres climáticos.

Essas ilhas são vulneráveis não só pelo avanço do mar, mas para os efeitos combinados. Como o oceano está mais dentro do continente, tempestades e ressacas são muito mais intensas e atingem regiões que antes de todo esse avanço do mar eram seguras, podendo causar desastres climáticos, explica Camarinha.

Juliana Rosa: Empresários dizem que Brasil está tímido com meta de zerar emissões de gases em 2060

Qual o risco para o mundo e o que é preciso fazer?

O processo que afeta o Pacífico também age sobre os demais oceanos e coloca em risco as comunidades costeiras pelo mundo. Ainda não se sabe, exatamente, quando ou em que proporção, mas o que os especialistas apontam é que o futuro das ilhas é uma previsão do que pode acontecer com o mundo.

➡️ A estimativa da ONU é de que a população costeira mundial seja de um bilhão de pessoas.

As ilhas são como um projeto piloto do que vai acontecer com o mundo quando os oceanos avançarem sem que a gente faça nada. Uma amostra do que vai acontecer com todas as regiões costeiras ao redor do mundo, explica Regina Rodrigues.

➡️ No Brasil, por exemplo, banhado pelo Atlântico, pesquisadores descobriram que na Paraíba, Nordeste do país, o mar avançou quase dez metros em 40 anos.

➡️ Outras regiões litorâneas, como Florianópolis, em Santa Catarina, estão tendo que investir milhões para aumentar a faixa de areia que vem se perdendo, também, como consequência do avanço do mar.

No anúncio da ONU, o secretário-geral, António Guterres, reforçou que a ameaça é global e que a ação necessária para impedir que o cenário seja catastrófico é a redução das emissões dos gases do efeito estufa.

O Brasil é o sexto maior emissor de gases estufa e tem um compromisso de zerar as emissões em pouco mais de 50% até 2050. O que a especialista aponta é que a necessidade é mais urgente porque há previsões que mostram que se as emissões forem zeradas agora, o nível dos oceanos ainda demoraria mais de 200 anos para voltar ao seu volume natural.

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