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sábado, 30 de maio de 2020

Como a peste bubônica fez surgir as duas instituições de pesquisa mais importantes do Brasil

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Há 120 anos, necessidade de produzir soro para a doença, que havia chegado a Santos, deu origem ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz.   
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Por BBC  
30/05/2020 17h09  Atualizado há 3 horas  
Postado em 30 de maio de 2020 às 20h15m  
 
      Post.N.\9.309  
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O Castelo da Fiocruz foi erguido na fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, na periferia da antiga capital federal — Foto: Acervo da Casa de Oswaldo Cruz
O Castelo da Fiocruz foi erguido na fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, na periferia da antiga capital federal — Foto: Acervo da Casa de Oswaldo Cruz
O telegrama anunciava que a cidade do Porto passava por um surto de peste bubônica. A informação, além de surpreendente, visto que havia mais de um século não se tinha registro de surtos da doença na Europa, era alarmante.
No dia 14 de agosto de 1899, uma notícia telegrafada de Portugal chegou ao gabinete de Nuno de Andrade, diretor-geral de Saúde Pública de um Brasil recém transformado em república.

O Brasil mantinha relações comerciais estreitas com Portugal, e, se providências não fossem tomadas, era só uma questão de tempo até que a peste chegasse ao país.

Nuno de Andrade considerou necessário adotar estratégias severas, apoiadas pelo então ministro de Justiça e Negócios Interiores, Epitácio Pessoa: todos os navios vindos de Portugal estariam sujeitos à quarentena de 20 dias, e a medida se estenderia aos navios espanhóis. Também ficaria proibida a entrada de mercadorias como couros e peles, mobílias, roupas e acessórios, frutas e laticínios, e retalhos de tecido.

As medidas foram duramente criticadas, especialmente pelo diretor de Higiene e Assistência Pública do Estado do Rio de Janeiro, o médico Jorge Alberto Leite Pinto.
Nome do instituto paulista veio da Fazenda Butantan, que em tupi-guarani significa 'terra muito dura' — Foto: Instituto Butantan
Nome do instituto paulista veio da Fazenda Butantan, que em tupi-guarani significa 'terra muito dura' — Foto: Instituto Butantan

Em cartas publicadas no Jornal do Comércio, ele considerou a decisão descabida. Seus principais argumentos eram que, dois anos antes, a Conferência Sanitária Internacional havia estabelecido o período máximo de 10 dias de quarentena para navios saídos de portos infectados, ainda que o Brasil não fosse signatário da convenção.

Ele também acreditava que o prejuízo econômico pelas restrições seria grande, porque o tempo parado no porto elevaria o preço dos produtos. E sustentava que a doença era facilmente dominável e tratável.

O mundo em 1899 era bem diferente do de 1720, quando Marselha registrou o surto anterior de peste na Europa e perdeu 50 mil habitantes. Era mais diferente ainda de 1346, quando a peste causara causou morte de 75 a 200 milhões de pessoas. Considerada a pandemia mais devastadora da história da humanidade, foi apelidada de Peste Negra.

Em 1894, o cientista franco-suíço Alexandre Yersin e o japonês Shibasaburo Kitasato finalmente identificaram o bacilo da doença. Dois anos mais tarde, o russo Waldemar Haffkine criou uma vacina contra a peste, e, em 1898, Yersin usou os primeiros soros antipestosos em seres vivos. No período, o francês Paul Louis Simond descobriu que a doença era transmitida aos homens pelas pulgas dos ratos.

Mas os novos conhecimentos e as providências adotadas (após quase um mês de debates públicos, Nuno de Andrade manteve sua decisão) não impediram a chegada e a disseminação da peste no Brasil. No dia 18 de outubro de 1899, foi oficialmente admitido que havia uma epidemia de peste bubônica em Santos, no litoral de São Paulo.

Investigação detalhada
O processo de reconhecimento da epidemia não foi nada simples, justamente pelo contexto econômico da época. "No início, os governos tentaram esconder, por causa do comércio de café e dos imigrantes", diz a historiadora Olga Fabergé Alves, pesquisadora do Centro de Memória do Butantan.

Santos era o segundo maior porto do país, de onde escoava a produção de café — em 1894, superou o Rio de Janeiro e se tornou o maior centro exportador de café do mundo. Por ele, também chegavam imigrantes para trabalhar na lavoura. Segundo os anuários estatísticos do Estado de São Paulo, 16.764 estrangeiros desembarcaram em terras paulistas em 1899.

O primeiro a levantar a suspeita da peste foi o médico santista Guilherme Álvaro, chamado para atender um suposto caso de febre amarela no início de outubro de 1899.

Ele estranhou a evolução da doença e o aspecto do cadáver, que não era amarelado como as vítimas da febre. Ao aprofundar a investigação, encontrou ratos mortos nas redondezas da casa da vítima, que ficava perto de um armazém que guardava as bagagens dos passageiros marítimos.

"Ele achou que era a peste e que deveria ter quarentena, mas os empresários ficaram abalados e pediram uma revisão do diagnóstico", conta o historiador Luiz Antônio Teixeira, da Casa Oswaldo Cruz.
A diretoria geral do serviço sanitário pediu que o Instituto Bacteriológico do Estado de São Paulo enviasse alguém a Santos avaliar a situação.

Foi então que "o mais novo e obscuro dos ajudantes do instituto", Vital Brazil, "foi o designado para tal incumbência", conforme escreveu o próprio no relatório que redigiu sobre a peste. No dia 9 de outubro, ele partiu para Santos para integrar a comissão sanitária liderada pelo médico Eduardo Lopes.

A investigação se concentrou na casa da família Milone, que teve sete doentes e dois mortos, e mais tarde foi identificada como foco da peste. Inicialmente, Brazil acreditou que se tratava de tifo, até observar nas autópsias bacilos como os da peste.

"A característica epidemiológica, a observação clínica e a prova bacteriológica nos levam a concluir que a moléstia que estudamos em Santos é, sem dúvida alguma, a peste bubônica", concluiu o pesquisador em seu relatório. No 23º dia de pesquisas, ele próprio foi acometido pela doença.

"Nos lembraremos sempre do que vimos no prédio nº 39 da Rua 15 de Novembro", escreveu Álvaro no livro A campanha sanitária de Santos - Suas causas e seus efeitos, lançado em 1919.

"Ao abrirmos as portas do armazém onde funcionara o bar, deparamos com mais de 40 ratões mortos espalhados pelo solo, muitos já em decomposição, jazendo alguns sobre os balcões. No andar superior ainda havia ratos mortos, vários existindo na cozinha e na pequena despensa ao lado. Fizemos incinerar logo para mais de 60 ratos encontrados em todo o prédio, e dada a presença de pulgas que nos atacaram e aos desinfectadores, não compreendemos ainda hoje por que não fomos vitimados pela doença, que na véspera havia prostrado o doutor Vital Brazil, no Hospital de Isolamento, onde trabalhava."

Apesar da declaração de situação epidêmica, o governo insistiu em mais confirmações. Foram chamados, então, os médicos cariocas Oswaldo Cruz e Eduardo Chapot Prévost, que mais uma vez atestaram que se tratava da peste.
O diretor-geral de saúde pública pediu demissão por se considerar incapaz de evitar a chegada da doença ao país. O ministro da Justiça, entretanto, não aceitou o pedido, e Nuno de Andrade permaneceu no cargo até 1903. 

Saneamento e pesquisa
Se era tarde demais para conter a disseminação da peste, que de fato chegou ao Rio de Janeiro no verão de 1900 e se espalhou por outras cidades como São Luís, Porto Alegre e Recife, a estratégia se voltou para as medidas de enfrentamento. O principal objetivo era trazer da Europa o soro para o tratamento dos doentes.

"O problema é que o estoque estava muito baixo, por causa dos surtos em outras cidades, como no próprio Porto e na Ásia", diz a historiadora Dilene Raimundo do Nascimento, da Casa Oswaldo Cruz. "Oswaldo se propôs então a criar institutos soroterápicos para produzir o soro no Brasil."

As autoridades sanitárias concordaram e encarregaram os pesquisadores que trabalharam na investigação da missão de fundar os institutos. "A ideia de impedir as quarentenas é que acabou gerando a criação de duas das maiores instituições de pesquisa do Brasil, para tentar impedir novas epidemias", diz Teixeira.

Nas duas cidades, os institutos foram instalados em locais afastados por causa do medo da população em relação aos experimentos lá desempenhados.

Em São Paulo, o lugar escolhido foi a Fazenda Butantan (nome que em tupi-guarani significa "terra muito dura"), uma antiga chácara com 400 hectares comprada pelo governo que ficava a 8 km do centro da capital e a 6 km do hospital de isolamento, atual Instituto Emílio Ribas.

Inicialmente, foi considerado um laboratório do Instituto Bacteriológico, até virar uma instituição autônoma em 1901, sob direção de Vital Brazil. O prédio central, hoje batizado em homenagem ao primeiro diretor, foi inaugurado em 1914.

No Rio de Janeiro, a área escolhida foi a fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, na periferia da antiga capital federal. "Aquilo tudo era mangue, chegavam lá de barco e depois de charrete", conta Nascimento. Um dos discípulos de Oswaldo Cruz, Ezequiel Caetano Dias, descreveu: "Foi aí, nestas toscas e velhas construções, que se começou a fazer medicina experimental."

No dia 25 de maio de 1900, foi oficialmente inaugurado o Instituto Soroterápico Federal, atual Fundação Oswaldo Cruz. O prédio principal, conhecido como Castelo de Manguinhos, e os prédios adjacentes — cavalariça, quinino, pavilhão da peste, aquário, hospital e biotério —, começaram a ser construídos em 1903 e ficaram prontos em 1918.

Mesmo com a produção nacional de soro, só no primeiro ano de epidemia a capital federal registrou cerca de 500 mortes. Em 1903, com o número de casos aumentando, Oswaldo Cruz foi nomeado diretor da Diretoria Geral de Saúde Pública pelo novo presidente Rodrigues Alves, que tinha como principal meta a modernização do Rio de Janeiro.

A missão de Oswaldo Cruz era acabar com as epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica. "A presença da peste não gerava somente entraves econômicos, impedindo que navios brasileiros aportassem no exterior sem quarentenas ou fazendo navios estrangeiros se recusarem a parar no porto do Rio, mas havia um estigma associado à doença, ligada ao mundo medieval europeu e aos horrores produzidos por ela", diz Nascimento.

Evolução da pesquisa nacional
Como diretor-geral, Oswaldo Cruz estabeleceu novas estratégias para eliminar a peste da capital. Entre elas, a fim de engajar a população na captura e extermínio dos vetores, criou um sistema de compra de ratos. As pessoas os entregavam aos agentes sanitários, apelidados de "ratoeiros", em troca de uma pequena quantia.
Algumas medidas de Oswaldo Cruz foram estopim para revoltas populares — Foto: Reprodução
Algumas medidas de Oswaldo Cruz foram estopim para revoltas populares — Foto: Reprodução

Ao contrário de outras medidas de Oswaldo Cruz, consideradas draconianas e estopim para revoltas populares (a mais famosa é a Revolta da Vacina, de 1904), essa teve adesão, embora um pouco às avessas. Uma das lendas urbanas mais conhecidas do período é a de Amaral, um morador que criava ratos com o único propósito de vendê-los e acabou preso pelos atos ilícitos.

Na capital paulista, medida parecida foi aplicada, com o valor de 300 réis por animal abatido. Diferentemente do Rio de Janeiro, cabia à população a caça e a venda dos animais ao desinfectório central. Em 1904, porém, a estratégia foi reformulada, e os animais passaram a ser exterminados por envenenamento com gases tóxicos.

A epidemia de peste bubônica no Brasil perdurou até 1907, mas o último registro em seres humanos só ocorreu em 2005 — e ela continua circulando entre os roedores.

Apesar disso, estima-se que haveria muito mais vítimas sem os sistemas de contenção e as pesquisas dos novos institutos. Embora tenham sido criados com essa finalidade, eles foram rápidos em ampliar as atividades para outras moléstias que acometiam o país.

"Os institutos foram criados para resolver um problema específico, uma demanda urgente, mas foi interessante porque aproveitaram a oportunidade para criar outras coisas, sempre usando como argumento a vantagem econômica de se evitar acidentes ou novas epidemias e quarentenas", diz a historiadora do Butantan.

No Butantan, Vital Brazil se dedicou à criação de soros contra a picada de cobras, muito comuns no interior ainda inexplorado. Na Fiocruz, foram desenvolvidos soros e vacinas para enfermidades como a febre amarela e a varíola, e descobertas novas doenças, como a de Chagas, descrita pelo diretor do instituto Carlos Chagas em 1909.
Hoje, o Butantan é o principal responsável pela produção de vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A Fiocruz, além da central no Rio de Janeiro, está presente em 7 cidades brasileiras e na capital de Moçambique, Maputo.

Na atual pandemia do novo coronavírus, pesquisadores da instituição paulista estão desenvolvendo um composto de anticorpos para combater a covid-19 e comandam a busca por uma vacina, enquanto a Fiocruz integra uma coalizão mundial para acelerar as pesquisas sobre o vírus. Um dos laboratórios cariocas foi também nomeado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) referência para covid-19 nas Américas.

"Não é exagero dizer que se trata das instituições de ciência e pesquisa científica mais respeitadas no Brasil e no mundo", opina Nascimento.
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Porsche 718 Boxster GTS: primeiras impressões

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Para os mais conservadores, um esportivo que se preze deve ter motor grande e, de preferência, câmbio manual. Este Porsche contraria tudo isso. 
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Por Guilherme Fontana, G1  
30/05/2020 07h00  Atualizado há uma hora  
Postado em 30 de maio de 2020 às 1h15m  

      Post.N.\9.308  
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Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1
Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1

Para os mais conservadores, um esportivo que se preze deve ter motor grande e, de preferência, câmbio manual. O 718 Boxster GTS contraria tudo isso e carrega ainda o peso de ser um Porsche, uma das fabricantes de esportivos mais tradicionais do planeta.

O G1 andou no modelo, que parte de R$ 485 mil, para tirar a prova se o esportivo de Stuttgart também pode ocupar a garagem dos puristas.

Em sua nova geração, ele ganhou motor turbinado de apenas 4 cilindros. No Brasil, ele é oferecido ainda somente com câmbio automático - o eficiente PDK de 7 marchas, que fique claro.
Principais concorrentes do Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Arte G1
Principais concorrentes do Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Arte G1

(Quase) nada é de graça
Não tem como falar de um carro tão chamativo sem começar por valores. Além de custar R$ 485 mil, a unidade avaliada pelo G1 era dotada de inúmeros opcionais.

A Porsche não divulga o valor final do exemplar. Uma configuração feita no site da marca com a maioria dos itens da unidade testada alcança os R$ 553.210, sendo R$ 68.210 só de opcionais (alguns dos selecionados acrescentam outros automaticamente). Veja a lista:
  • Carroceria pintada no azul Miami Blue: R$ 13.587;
  • Bancos com inscrições GTS contrastantes: R$ 10.173;
  • Faróis full-LED: R$ 6.415;
  • Lavadores dos faróis pintados na cor do veículo: R$ 1.171;
  • Barras anticapotagem pintadas de preto brilhante: R$ 2.931;
  • Aerofólio móvel pintado em preto brilhante: R$ 2.001;
  • Pacote de iluminação ambiente: R$ 1.725;
  • Câmera de ré e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros: R$ 3.793;
  • Sistema de som Bose: R$ 6.827.
Vale dizer que as opções de personalização são muito detalhadas e podem escapar aos nossos olhos. Ou seja, a conta deve ser ainda maior.
Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1
Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1

'Só' 4 cilindros?
Cuidado ao subestimar o motor 2.5 de quatro cilindros do 718 Boxster GTS. São 365 cavalos de potência e 43,9 kgfm de torque combinados ao câmbio automático PDK de 7 marchas e a tração traseira.

Indo além dos números, também é sempre válido lembrar que se trata de um legítimo Porsche. Ou seja, nem se passa pela cabeça de quem está ao volante que logo atrás (o motor é central-traseiro) não há um "motorzão" de ao menos seis ou oito cilindros.
O resultado disso é um 0 a 100 km/h em 4,1 segundos e uma velocidade máxima de 290 km/h.
Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1
Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1

As acelerações são prazerosas, tanto pela força entregue, quanto pelo ronco grave - um botão pode tornar o som ainda mais encorpado. As reduções de marcha dão direito até a "pipocos" no escapamento.
A direção obedece ao motorista de forma milimetricamente precisa e a suspensão não passa tantas "pancadas" aos ocupantes, apesar de sua natural rigidez. Assim como no escape, a suspensão também tem um botão dedicado para ficar mais firme ou macia.

Há 4 modos diferentes de condução: individual, normal, sport e sport+. O último é indicado para situações de pista por tornar o carro extremamente arisco, enquanto o individual pode reunir o melhor do que o motorista deseja entre ajustes de suspensão, câmbio, motor e direção.
Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1
Porsche 718 Boxster GTS — Foto: Celso Tavares/G1

Fácil convivência
Apesar de ser um esportivo de quase R$ 500 mil e 400 cv, o 718 Boxster GTS também pode oferecer uma convivência amigável no dia a dia.
A suspensão, que pode ser confortável, a direção leve e o porte do modelo o tornam fácil de dirigir.
Com 4,38 metros de comprimento e 1,80 m de largura, ele tem dimensões próximas de um Volkswagen Golf GTI.

O consumo também é um fator que facilita o convívio. De acordo com o Inmetro, o GTS alcança médias de 7,9 km/l na cidade e 10,3 na rodovia. Os números são próximos dos de um Jeep Renegade 1.8 automático abastecido com gasolina, que faz 9,4 e 11 km/l, respectivamente.
Interior mescla acabamentos de fibra de carbono, alcantara e couro — Foto: Celso Tavares/G1
Interior mescla acabamentos de fibra de carbono, alcantara e couro — Foto: Celso Tavares/G1

Tudo isso pode ser aproveitado de um jeito mais intimista, com o carro todo fechado, ou ainda com os cabelos ao vento, abrindo a capota. Ela leva 9 segundos para se abrir ou fechar.

Talvez o único "perrengue chique" para quem nunca teve contato com um Porsche será ligar o carro. Como tradição da marca em competições, a partida sempre é dada do lado esquerdo do volante.

Equipamentos 'básicos'
A lista de itens de série não é o principal chamariz do modelo, que tem equipamentos "básicos" como ar-condicionado digital de duas zonas, sistema start-stop, mostrador digital no quadro de instrumentos, monitoramento de pressão dos pneus e freio de estacionamento eletrônico.
Volante do esportivo reúne comandos como o seletor de modos de condução, à direita — Foto: Celso Tavares/G1
Volante do esportivo reúne comandos como o seletor de modos de condução, à direita — Foto: Celso Tavares/G1

Apesar do sistema de som Bose (opcional) com 505 watts, 10 alto-falantes e subwoofer, a central multimídia não conta com as plataformas Android Auto e Apple CarPlay. Porém, há bluetooth para chamadas e streaming de áudio, com uma complicada operação de pareamento.

Os sensores de estacionamento e a câmera de ré também são opcionais, assim como os faróis full-LED. Apesar da bela chave, que replica o formato e a cor do carro, ela não é presencial para partida do motor.
No console central, comandos de ESP, ajuste de suspensão, nível do ronco, subida/descida do aerofólio e, ao centro, de abertura/fechamento da capota — Foto: Celso Tavares/G1
No console central, comandos de ESP, ajuste de suspensão, nível do ronco, subida/descida do aerofólio e, ao centro, de abertura/fechamento da capota — Foto: Celso Tavares/G1

Tem, mas acabou
Em janeiro deste ano, a Porsche atendeu aos pedidos dos mais puristas e passou a equipar o 718 GTS com motor 4.0 aspirado de seis cilindros com 400 cv de potência (35 a mais do que o turbo). Com o "coração" novo e câmbio manual, o modelo passa a ir de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos.

A nova motorização ainda não chegou ao Brasil, o que deve acontecer até o final de 2020, assim que a versão com câmbio automático PDK for lançada.

Ainda que em um número mais limitado de unidades, o modelo também deverá ser vendido com câmbio manual por aqui.
Sobre os exemplares do 718 GTS equipados com o 2.5 turbo, a Porsche diz que todos destinados ao mercado brasileiro já foram vendidos. Mesmo assim, ele ainda aparece no site da marca.
Como é tradição entre os modelos da marca, chave repete o desenho e a cor da unidade — Foto: Celso Tavares/G1
Como é tradição entre os modelos da marca, chave repete o desenho e a cor da unidade — Foto: Celso Tavares/G1

Conclusão
Fácil de guiar, com ótimo desempenho, excelente dirigibilidade e ainda com o status de um Porsche, o 718 Boxster GTS pode até não ser o mais potente em sua faixa de preço, mas é o melhor entre eles. Além disso, ele prova que sim, um esportivo de verdade também pode ter só quatro cilindros.

Porém, se a sua intenção era a de comprar um zero quilômetro, há duas opções: buscar por um seminovo logo mais ou esperar pelo 4.0.
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