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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Gráfico da ômicron mostra forte alta: especialistas veem risco, mas citam baixa vacinação na África do Sul

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África do Sul tem apenas 24% das pessoas vacinadas. Epidemiologistas e médicos ouvidos pelo g1 apontam que gráfico sobre a transmissão da variante mostra alta velocidade de transmissão, mas lembram que isso ocorre em um país com baixo índice de vacinação e não é possível dizer que o mesmo se repetirá no mundo.
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Por Carolina Dantas, g1

Postado em 26 de novembro de 2021 às 23h15m

Post.- N.\ 10.100

Gráfico de plataforma do jornal Financial Times ganhou destaque após países vetarem voos da África do Sul e a OMS declarar variante de preocupação. — Foto: Reprodução
Gráfico de plataforma do jornal Financial Times ganhou destaque após países vetarem voos da África do Sul e a OMS declarar variante de preocupação. — Foto: Reprodução

Um gráfico do jornal "Financial Times" que compara a velocidade de transmissão da variante ômicron com outras já conhecidas aponta um pico da presença desta nova versão do Sars-Cov-2 nos casos de Covid-19 registrados na África do Sul.

O comparativo considera o percentual de prevalência da nova variante entre os casos no país que, depois de testados, passaram por sequenciamento genético.

A imagem do gráfico ganhou espaço nas redes sociais desde que países da Europa começaram a restringir voos que deixam locais onde a cepa circula e, sobretudo, depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar que a versão é considerada uma "variante de preocupação".

Mas o gráfico mostra que isso se repetirá pelo mundo? A curva indica que a nova variante pode frear a reabertura em diversos países, inclusive no Brasil?

Especialistas ouvidos pelo g1 apontam duas informações relevantes para a leitura do gráfico:

  • ele mostra que o ritmo de transmissão da variante é superior ao de outras, inclusive as já famosas, como a delta;
  • mas, ao mesmo tempo, os dados se referem exclusivamente à África do Sul, onde é baixo o percentual de pessoas vacinadas.

Por isso, não é possível extrapolar a análise e dizer que o mesmo vai se repetir em países com outras taxas de vacinação e de pessoas que já tiveram a Covid-19.

Atualmente a África do Sul tem 14,2 milhões de pessoas com o esquema vacinal completo. O número equivale a 24% dos 59 milhões de habitantes do país.

Subida como a de um foguete

Ao analisar o gráfico, o epidemiologista Pedro Hallal diz que as curvas são preocupantes, embora elas ocorrram em um país com déficit na imunização.

"Essa é a curva de contaminação em uma população muito pouco vacinada como a da África do Sul. Talvez em uma população mais vacinada a variante não conseguisse fazer essa curva que parece o lançamento de um foguete. Mas, sinceramente, é preocupante sim" - Pedro Hallal, epidemiologista

Pedro Hallal sobre nova variante: 'Parece ser muito mais transmissível'
Pedro Hallal sobre nova variante: 'Parece ser muito mais transmissível'

Opinião semelhante tem Ethel Maciel, professora da Ufes e doutora em epidemiologia.

Ela explica que o gráfico mostra apenas a velocidade de transmissão, que parece bem maior do que as outras variantes como a delta.

"O tempo que se demorou para ela ficar dominante na África do Sul foi mais rápido. Então, significa que ela consegue transmitir para mais pessoas. Mas a gente tem que lembrar que neste local em que ela está transmitindo tem um percentual pequeno de pessoas vacinadas. Por isso que ela está sendo colocada pela OMS como uma variante de preocupação porque, ao que parece, ela é mais transmissível, mas nós ainda não sabemos o impacto dela na gravidade da doença", disse Ethel.

O ex-presidente da Anvisa, Gonzalo Vecina, resume com uma análise cronológica. Quão veloz ela se mostrou na África?

"O que basicamente as curvas falam é isso: a ômicron fez em 25 dias o que as outras fizeram em 100 dias. O que diz isso? Que ela tem um capacidade logarítmica de infectar e dar origem a novos casos. Ela é muito mais rápida do que a beta e a delta", disse Vecina. 
Em breve, 100%

O professor Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação, na África do Sul, é um dos pesquisadores que rastrearam o aumento da prevalência da nova variante entre os casos no país.

"Esta nova variante, B.1.1.529, parece se espalhar muito rápido! Em menos de duas semanas domina todas as infecções após uma onda devastadora da delta na África do Sul", afirmou Túlio, apontando que a nova variante, (no gráfico abaixo em azul) já respondia por 75% dos últimos genomas sequenciados.

"Em breve atingirá 100%", disse o pesquisador.

Gráfico utilizado pelo pesquisador Túlio de Oliveira para divulgar a circulação da B.1.1.529 na África do Sul. — Foto: Reprodução/Twitter
Gráfico utilizado pelo pesquisador Túlio de Oliveira para divulgar a circulação da B.1.1.529 na África do Sul. — Foto: Reprodução/Twitter

Mundo em alerta com a ômicron: OMS classifica nova cepa como ‘variante de preocupação’
Mundo em alerta com a ômicron: OMS classifica nova cepa como ‘variante de preocupação’

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Manakin-de-coroa-branca: ave comum na Amazônia é alvo de estudo que revela biodiversidade ignorada

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Antes de estudo recém-publicado, ave era tida como uma única espécie. Agora, pesquisadores já sabem que o manakin na verdade é um grupo composto por ao menos 8 e talvez até 17 espécies distintas.
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Por Laís Modelli, g1

Postado em 26 de novembro de 2021 às 14h45m

Post.- N.\ 10.099

Espécie de ave Manakin, de nome científico Pseudopipra pipra, pode ser, na verdade, 17 espécies diferentes.  — Foto: Tomaz Nascimento de Melo
Espécie de ave Manakin, de nome científico Pseudopipra pipra, pode ser, na verdade, 17 espécies diferentes. — Foto: Tomaz Nascimento de Melo

Uma das espécies de aves mais frequentes na América do Sul, a Pseudopipra pipra, pode ser, na verdade, um grupo formado por até 17 espécies diferentes, de acordo com um estudo internacional publicado este mês na revista científica "Molecular Phylogenetics and Evolution", que sugere existir muito mais espécies de pássaros na região do que se imagina.

Conhecida popularmente como Manakin-de-coroa-branca, a Pseudopipra pipra provavelmente surgiu nas florestas altas dos Andes, no norte do Peru, mas, ao longo de séculos, migrou para outras regiões do continente, descreve o artigo.

"Atualmente, essa ave também é encontrada em toda a Bacia Amazônica, em demais florestas do Brasil [Mata Atlântica], no Peru e em muitos outros países, incluindo partes da América Central", explica o autor principal do estudo, Jacob Berv, pesquisador da Universidade de Michigan.

Considerando que a América do Sul e Central abriga diversos biomas com paisagens diferentes, os pesquisadores sugerem que algumas das populações ancestrais de Pseudopipra pipra que migraram dos Andes ficaram isoladas em outras regiões por barreiras físicas - como montanhas, clima, rios e cânions.

Com o passar dos séculos, essas populações evoluíram independentemente e se tornaram diferentes umas das outras, de modo que devem agora ser reconhecidas como espécies separadas.

Assim, o que hoje é chamado de maneira generalizada de Pseudopipra pipra é, na realidade, "um complexo de espécies composto de pelo menos 8, e talvez até 17 espécies distintas que surgiram nos últimos 2,5 mil anos", diz trecho do estudo.

Espécie Manakin-de-coroa-branca é encontrada na América do Sul. — Foto: Phillip Edwards, Macaulay Library e Cornell Lab of ornithology
Espécie Manakin-de-coroa-branca é encontrada na América do Sul. — Foto: Phillip Edwards, Macaulay Library e Cornell Lab of ornithology

'Conhecemos pouco sobre a Amazônia'

No início da pesquisa, há quase dez anos, o americano Berv quis compreender como as populações de Pseudopipra pipra variavam ao longo de sua distribuição, em especial na Amazônia - uma vasta região que abriga mais da metade da área de todas as florestas tropicais remanescentes do planeta, mas que é considerada um único bioma.

Para isso, Berv pediu ajuda ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Outros pesquisadores que participaram do estudo foram os da Cornell University, da Universidade da Cidade de Nova York, de Yale e do Inpa descreveram e compararam as variações genéticas e físicas do Manakin-de-coroa-branca ao longo da América do Sul.

Os pesquisadores do Inpa analisaram variações de plumagem e de canto da espécie em diferentes regiões da Amazônia. Para isso, eles gravaram o som de 200 Manakin-de-coroa-branca. Para a sua surpresa, eles identificaram 14 tipos diferentes de cantos apenas dentro do bioma.

"O canto é algo muito importante para as aves se encontrarem e se reconhecerem dentro de um bosque. Um pássaro não costuma acasalar com outro que não tenha o mesmo canto que o seu", explica a coordenadora de Biodiversidade do Inpa, Camila Ribas, única brasileira que assina o artigo.

O estudo lembra que, uma vez que a definição de espécie é "uma população de indivíduos que cruzam entre si", se for comprovado que as populações de Manakin-de-coroa-branca da Amazônia com canto diferente entre si não se cruzam, mais espécies desta ave poderão ser descobertas por aqui.

"O Manakin-de-coroa-branca é um exemplo de fenômeno que provavelmente é mais regra do que exceção na Amazônia: a diversidade na floresta é amplamente subestimada pela taxonomia atual", diz Ribas

"Ainda conhecemos pouco sobre a diversidade da Amazônia", alerta a pesquisadora do Inpa.

Estima-se que a Amazônia abrigue 10% da biodiversidade do mundo, tendo sido identificada cerca de 1.300 espécies de aves no bioma. "Mas esse número deve ser muito maior", diz Ribas.

A pesquisadora explica que, quando parte da floresta é devastada, seja por desmatamento, queimada ou qualquer outra atividade, o impacto ambiental é medido pelo número de espécies que vivem naquela região.

"Se não sabemos quantas espécies vivem em cada região da Amazônia, não sabemos até o momento o impacto do desmatamento que temos visto nos últimos anos", completa.

"A Amazônia não é uma coisa só, como costumamos pensar, ela é regionalizada. Diferentes partes da Amazônia abriga diferentes espécies. Por isso, não adianta estar preservando aqui perto de Manaus, por exemplo, se lá perto de Belém não tem mais floresta", afirma Ribas.

Com base em que se conhece atualmente na Amazônia, um estudo internacional com a participação de cientistas brasileiros publicado em setembro na "Nature" revelou que os incêndios que atingiram a Amazônia desde 2001 podem ter afetado 95,5% das espécies de plantas e animais vertebrados conhecidos no bioma.

Série Biodiversidade na Amazônia
Série Biodiversidade na Amazônia

Como se forma uma espécie

Uma nova espécie costuma surgir a partir de dois principais tipos de seleção: a natural e a sexual.

  • Seleção natural: quando parte da população de uma espécie fica isolada em uma região por causa de barreiras geográficas, como montanhas, cânions, rios etc , e não consegue mais ter contato com o restante da espécie.
  • Seleção sexual: quando parte da população de determinada espécie passa a acasalar somente entre eles.

"Quando determinada espécie está distribuída por uma grande área entrecortada por barreiras geográficas, pode significar que, na realidade, a espécie ainda é mal compreendida - e provavelmente não é uma coisa só em toda a sua distribuição", explica a pesquisadora do Inpa.

Além da variedade de cantos e plumagens, a análise do DNA mostrou que a maioria dos pontos de diferenciação genética identificados entre as populações de Manakins coincide com as barreiras físicas ao longo da América do Sul.

Ou seja, além das barreiras geográficas, as diferentes populações de Manakin-de-cabeça-branca possivelmente passaram por uma seleção sexual em sua história evolutiva, o que resultou nas novas espécies.

"Diversos autores já tinham descrito variações da Pseudopipra pipra entre uma região e outra, mas ninguém nunca tinha feito um trabalho que comparasse a ave em toda a sua distribuição. E foi o que nós fizemos", afirma Ribas.

Para a pesquisadora, é urgente que mais pesquisas como esta seja feitas com outras espécies da região tropical.

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6 mitos sobre dinossauros que ainda confundem as pessoas

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Muitas ideias errôneas sobre as criaturas foram espalhadas pela forma como eles são retratados em filmes de Hollywood.
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TOPO
Por Fernando Duarte, BBC

Postado em 26 de novembro de 2021 às 12h35m

Post.- N.\ 10.098
Paleontólogos até hoje ainda estão tentando dissipar os mitos sobre os sauros — Foto: Getty Images via BBC
Paleontólogos até hoje ainda estão tentando dissipar os mitos sobre os sauros — Foto: Getty Images via BBC

Nosso conhecimento sobre os dinossauros já percorreu um longo caminho desde que eles foram descritos pela primeira na literatura científica no século 19.

Mas os paleontólogos até hoje ainda estão tentando dissipar os mitos sobre esses seres que se espalhavam pelo planeta há milhões de anos.

A tarefa é dificultada por representações imprecisas de dinossauros na cultura popular – incluindo a franquia de filmes Jurassic Park, de grande sucesso.

Aqui estão alguns dos mitos que ainda persistem.

Todos os dinossauros foram mortos pelo impacto de um meteoro na Terra?

Há cerca de 66 milhões de anos, os dinossauros tiveram um dia péssimo: um grande meteorito, estimado em cerca de 10 km de diâmetro, acertou em cheio a Terra. É isso que aponta a enorme cratera deixada na península mexicana de Yucatán.

O impacto causou um evento de extinção em massa, onde 75% dos animais do planeta morreram.

Entre os 25% sobreviventes, no entanto, havia alguns dinossauros.

"Embora muitos dinossauros tenham morrido com o impacto, um grupo importante de dinossauros super pequenos e com penas continuaram e ainda os vemos hoje", diz à BBC o professor Paul Barrett, paleontólogo do Museu de História Natural (NHM) de Londres.

"Os pássaros são membros do mesmo grupo ao qual os dinossauros pertenciam. Eles são dinossauros vivos e em termos do número de espécies de pássaros vivos, existem mais espécies de dinossauros hoje do que há 66 milhões de anos atrás."
Você poderia se esconder de um 'Tyrannosaurus rex' ficando parado?

O Tyrannosaurus rex é a atração principal do primeiro filme da franquia Jurassic Park, lançado em 1993.

Mas o filme retratou o T-Rex como uma fera de visão fraca que só poderia detectar uma presa em potencial se ela se movesse.

Na natureza, essa característica existe em alguns animais, como anfíbios, mas Barrett diz que esse não era o caso dos grandes predadores cretáceos – diferentemente do que o nome indica, os T-Rex existiram durante o período cretáceo (entre cerca de 145 milhões a 66 milhões de anos atrás) e não no período jurássico (entre 200 milhões e 1,45 bilhões de anos atrás).

"Os dinossauros provavelmente tinham muito mais acuidade visual. Um estudo de 15 anos atrás sugeriu que o T-Rex provavelmente tinha uma visão melhor do que a de qualquer animal que já viveu", afirma Barrett. "Ficar parado na frente de um T-Rex provavelmente seria uma das coisas mais estúpidas que você poderia fazer."

Um 'Tyrannosaurus rex' poderia correr mais rápido que um veículo em movimento?

O filme também inclui uma cena em que um T-Rex ultrapassa um veículo em movimento.

De fato, alguns estudos iniciais apontavam que o predador poderia correr com velocidade de até 50km/h. No entanto, simulações mais recentes e mais avançadas sugerem uma velocidade mais lenta, de 20 a 29 km/h.

"Também é importante ter em mente que uma coisa é a velocidade máxima que você pode alcançar e outra é uma velocidade confortável na qual você pode correr por mais tempo", diz Mariana Di Giacomo, conservadora-restauradora do Museu Peabody de História Nacional da Universidade de Yale.

"Os corredores de maratona não correm tão rápido quanto os atletas de velocidade. Inclusive as distâncias das corridas de maior velocidade são curtas, porque manter um ritmo tão alto por períodos mais longos é difícil para nossos corpos."

"Talvez o T-Rex pudesse correr rápido em trechos curtos, mas isso não teria sido suficiente para correr mais do que um carro em movimento", acrescenta Di Giacomo. 
Podemos clonar um dinossauro?

Os dinossauros foram extintos dezenas de milhões de anos antes do surgimento da nossa espécie. E recriá-los, ao menos com o conhecimento e a tecnologia que temos hoje, é impossível.

O maior motivo é que o DNA é uma molécula que não envelhece bem.

"Não sobrevive muito tempo, pelo que sabemos", explica o professor Barrett. "O DNA mais antigo do qual temos registro fóssil tem cerca de dois milhões de anos. E esse DNA são fragmentos de bactérias, solo, fungos e coisas assim."

Para os animais, os dados genéticos mais antigos disponíveis são de criaturas que morreram no máximo há 50 mil anos.

"Portanto, estou bastante cético quanto a isso (a possibilidade de clonar dinossauros)", conclui.

Dii Giacomo concorda, dizendo que mesmo um avanço científico em termos de entender a parte genética dos dinossauros não significa sucesso na clonagem.

"A clonagem de espécies que estão tão distantes de nós no tempo geológico é muito complexa porque existem muitas variáveis ​​desconhecidas."

Ela também levanta possíveis questões éticas.

"Filmes como Jurassic Park e Jurassic World nos mostram todos os motivos para não fazê-lo, que se concentram principalmente nos humanos que sofrem as consequências, diz ela. "Mas pouco se fala sobre a crueldade de trazer esses animais para um mundo que não se parece em nada com o que eles teriam visto em seu tempo."

Os dinossauros eram "criaturas burras"?

Di Giacomo explica que os avanços tecnológicos proporcionaram aos cientistas mais recursos para entender como os dinossauros viviam e se comportavam.

"Nem todos os dinossauros eram super brilhantes e nem todos os dinossauros careciam de inteligência", diz a especialista. "Eles eram tão inteligentes quanto precisavam ser para o mundo em que viviam."

O professor Barrett acrescenta que alguns dinossauros eram "na verdade muito inteligentes", ou seja, "alguns deles provavelmente eram noturnos para evitar a competição com animais maiores. Nesse caso, obviamente eles precisariam de um cérebro maior para lidar com as informações extras necessárias para serem noturnos, bem como melhores sentidos de audição, visão e olfato."

Os dinossauros eram péssimos pais?

Por mais de um século, os dinossauros foram considerados animais solitários que não se mantinham perto dos filhotes depois do nascimento.

Nas décadas de 1970 e 1980, novas descobertas revelaram um comportamento social mais complexo.

Um dinossauro herbívoro que se acredita ter vivido 77 milhões de anos atrás até foi nomeado de Maiasaura – que significa "lagarto boa mãe" em grego e latim.

Um estudo mais recente, publicado na revista Scientific Reports em outubro passado, foi ainda mais longe e sugeriu que os dinossauros que viveram 193 milhões de anos atrás já se organizavam em rebanhos e alimentavam seus filhotes.

"Hoje em dia, temos uma compreensão melhor dos dinossauros e sabemos que pelo menos alguns deles foram bons pais", disse o professor Barrett. "Sim, havia outros que não eram, no sentido humano do termo."

Di Giacomo menciona outros casos de dinossauros que "cuidavam dos filhotes".

"Existem outras espécies identificadas como tendo um lado paternal, e isso inclui predadores como o Allosaurus", diz ela.

A especialista explica que existe até um dinossauro, o Citipati osmolskae, que recebeu o apelido de "Big Mama" porque foi encontrado em uma posição protetora sobre seus ovos."

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Raro 'monstro' do fundo do mar surge em praia da Califórnia; veja FOTOS

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Animal, conhecido nos EUA como peixe-futebol do Pacífico, foi flagrado no fim de semana; Pesquisadores foram alertados, mas quando chegaram ao local, o peixe já havia desaparecido.
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Por g1

Postado em 26 de novembro de 2021 às 12h05m

Post.- N.\ 10.097
Peixe 'Himantolophus sagamius', conhecido nos EUA como peixe-futebol do Pacífico, foi flagrado em praia de San Diego em 20 de novembro de 2021 — Foto: Reprodução/Jay Beiler
Peixe 'Himantolophus sagamius', conhecido nos EUA como peixe-futebol do Pacífico, foi flagrado em praia de San Diego em 20 de novembro de 2021 — Foto: Reprodução/Jay Beiler

Um peixe bastante raro, facilmente confundido com um "monstro" do fundo do mar, foi registrado em uma praia da Califórnia, nos Estados Unidos, durante o fim de semana.

O Himantolophus sagamius, conhecido nos EUA como peixe-futebol do Pacífico, foi fotografado em San Diego no sábado (20). As imagens foram divulgadas na terça-feira (23) pela imprensa local.

Jay Beiler, que encontrou o animal, enviou as imagens para a emissora NBC dias depois do registro. Os pesquisadores foram alertados, mas quando chegaram ao local, o peixe já havia desaparecido.

Ben Frabel, zoologista especializado em peixes do Instituto Oceanográfico Scripps, disse em uma rede social que este era "um registro de grande valor", mas lamentou a demora para avisar a descoberta.

Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia dos EUA em 20 de novembro de 2021 — Foto: Reprodução/Jay Beiler
Peixe-futebol do Pacífico encontrado em praia dos EUA em 20 de novembro de 2021 — Foto: Reprodução/Jay Beiler

"Infelizmente, ninguém coletou [o peixe], ou alertou as autoridades, então quando chegamos ele já havia sumido", escreveu Frabel.

O Himantolophus sagamius é um peixe da ordem dos Lophiiformes – peixes ósseos, carnívoros e que ocupam principalmente as áreas mais profundas dos oceanos.

O peixe-futebol do Pacífico é normalmente encontrado nadando a uma profundidade de 300 a 1,200 metros abaixo do nível do mar.

Espécime de 'Himantolophus sagamius' é flagrada em praia dos EUA em 20 de novembro de 2021 — Foto: Reprodução/Jay Beiler
Espécime de 'Himantolophus sagamius' é flagrada em praia dos EUA em 20 de novembro de 2021 — Foto: Reprodução/Jay Beiler

Além dos dentes assustadores, o peixe-futebol também tem "espinhos" na lateral do corpo, o que o protege de predadores.

Frabel afirmou que não é possível dizer, com certeza, como o animal foi parar na praia de San Diego, mas disse que a topografia da região pode ter facilitado o encontro.

O animal vive em "desfiladeiros" do fundo do mar que recebem sedimentos constantemente, o que acaba "empurrando" o animal para cima, e ele pode se perder na margem.

‘Peixes monstruosos’: veja casos de animais enormes ou de formas assustadoras encontrados
‘Peixes monstruosos’: veja casos de animais enormes ou de formas assustadoras encontrados

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