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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

James Webb: supertelescópio flagra novas imagens de 'galáxia fantasma'

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Messier 74, também conhecida como NGC 628, é uma galáxia em espiral perfeitamente simétrica a 32 milhões de anos-luz de distância da Terra.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 29 de agosto de 2022 às 13h35m

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A 'galáxia fantasma' M74, flagrada pelo supertelescópio James Webb. — Foto: ESA/Divulgação
A 'galáxia fantasma' M74, flagrada pelo supertelescópio James Webb. — Foto: ESA/Divulgação

O telescópio espacial internacional James Webb capturou novas fotos de uma galáxia curiosa, a Messier 74, também conhecida como NGC 628 ou "galáxia fantasma", apelido dado por causa do fato de que o sistema é bastante díficil de ser observado sem um equipamento profissional.

As imagens foram divulgadas pela ESA, a agência espacial europeia, na manhã desta segunda-feira (29).

Em julho, como mostrou o g1, os mistérios da galáxia em espiral já haviam sido divulgados por um astrônomo espanhol, mas desta vez, o enorme sistema estelar foi visto pelo Webb com uma riqueza ainda maior de detalhes (veja a foto acima).

E, desta vez, duas novas imagens foram reveladas: uma feita apenas com instrumentos do supertelescópio e uma composição de dados tanto do Webb como do seu "primo mais velho", o telescópio Hubble, que mostra a galáxia perfeitamente simétrica a 32 milhões de anos-luz de distância da Terra (veja abaixo a composição).

Segundo a ESA, justamente por causa dessas suas características peculiares, como seus braços espirais bem definidos, a galáxia é um alvo favorito para os astrônomos que estudam a origem e a estrutura dessas formações galácticas.

"A visão nítida do Webb revelou delicados filamentos de gás e poeira nos grandiosos braços espirais da M74, que se estendem para fora do centro da imagem", afirmou a agência.

A agência explica ainda que, ao combinar dados de telescópios, os cientistas podem obter mais informações e detalhes nunca antes vistos sobre objetos astronômicos, aumentando o poder de observação de até mesmo um supertelescópio como o Webb.

Imagem da mesma galáxia feita pelo telescópio Hubble. — Foto: NASA/Divulgação
Imagem da mesma galáxia feita pelo telescópio Hubble. — Foto: NASA/Divulgação

Como a M74 é perfeitamente simétrica, estrelas, gases e toda a poeira que a formam estão alinhados em braços espirais que se espalham para fora desse sistema.

Gabriel Brammer, astrônomo da Universidade de Copenhague, na Dinamarca que divulgou o primeiro flagra da galáxia fantasma com o Webb explicou ao g1 que se pudéssemos observar a nossa própria Via Láctea "de uma espaçonave a milhares de anos-luz da Terra", teríamos uma visão semelhante.

Cores são falsas, mas revelam estruturas nunca vistas

Como também explicou ao g1 o astrofísico brasileiro Rogemar Riffel, que não teve relação com esses trabalhos, todas as imagens astronômicas são de "cor falsa": uma vez que não conseguimos atribuir diretamente um cor para esse tipo de imagem, determinadas colorações são escolhidas para realçar as estruturas de uma foto astronômica.

"E isso aconteceu inclusive nas imagens anteriores do James Webb, ou até mesmo do Hubble. Não é algo que a gente observaria a olho nu. São utilizados filtros que mostram, por exemplo, a emissão de gases, de poeira. Aí depois se criam imagens coloridas, em RGB, por exemplo. Mas a cor é sempre falsa. Lamento decepcionar", conta Riffel, aos risos.

E são justamente esses gases e nuvens de poeiras que aparecem em roxo na imagem abaixo que dão uma característica singular a essa galáxia tão distante de nós.

Composição da galáxia em espiral M74 feita pelo astrônomo Gabriel Brammer com dados do James Webb. — Foto: Composição a cores: Gabriel Brammer (Cosmic Dawn Center, Instituto Niels Bohr, Universidade de Copenhague); dados brutos: Janice Lee et al. and the PHANGS-JWST collaboration.
Composição da galáxia em espiral M74 feita pelo astrônomo Gabriel Brammer com dados do James Webb. — Foto: Composição a cores: Gabriel Brammer (Cosmic Dawn Center, Instituto Niels Bohr, Universidade de Copenhague); dados brutos: Janice Lee et al. and the PHANGS-JWST collaboration.

Mas como toda essa poeira é um problema para telescópios que observam a luz visível [como na imagem do Hubble], a novidade que essas imagens do Webb trazem é que agora conseguimos observar regiões mais empoeiradas e todas as estruturas escondidas dentro dessas nuvens cósmicas.

"Por isso, a imagem é tão diferente da anterior, feita com o Hubble. Como o Hubble opera com luz visível, o que mais aparece são as estrelas. E a poeira são as faixas mais escuras nos braços da galáxia, porque a poeira absorve a luz visível", explica Marina Bianchin, doutoranda em Física pela Universidade Federal de Santa Maria. 
Imagem da M74 feita pelo telescópio Spitzer. — Foto: NASA/JPL-Caltech/B.E.K. Sugerman (STScI)
Imagem da M74 feita pelo telescópio Spitzer. — Foto: NASA/JPL-Caltech/B.E.K. Sugerman (STScI)

"A gente consegue ver uma riqueza de detalhes na imagem do Webb. Uma assinatura dos braços espirais muito bem definida. E são justamente nesses braços onde as estrelas se formam", diz Riffel.

Riffel explica ainda que embora o Webb não tenha sido o primeiro observatório espacial da Nasa que conseguiu enxergar em infravermelho essa galáxia em específico, visto que o Spitzer, aposentado em janeiro do ano passado também fez um registro (veja imagem acima), o supertelescópio vai ser muito útil para a ciência entender como as estrelas se formam em regiões do Universo escondidas por essas camadas de poeira.

"E entender como as estrelas se formam, implica também em entender como o nosso próprio sistema planetário e o nosso próprio Sol se formou", diz.

Como o Webb consegue enxergar o passado? Veja no infográfico abaixo

Por que enxergamos o passado quando olhamos para as estrelas? — Foto: Arte g1
Por que enxergamos o passado quando olhamos para as estrelas? — Foto: Arte g1

(VÍDEO: Veja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James Webb.)

Veja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James WebbVeja as primeiras fotos divulgadas pelo supertelescópio James Webb

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EUA, Europa e Ásia enfrentam secas recordes; qual a gravidade do cenário e as suas causas?

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Na Europa, dois terços do território estão sob alerta: seca é considerada a pior em 500 anos. Influência do La Ninã e dos ventos do Saara estão entre as causas: aquecimento global torna eventos extremos mais frequentes.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 29 de agosto de 2022 às 08h05m

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Pessoas caminhando na parte seca do rio Poyang, na China — Foto: Thomas Peter/REUTERS
Pessoas caminhando na parte seca do rio Poyang, na China — Foto: Thomas Peter/REUTERS

A pior seca em 500 anos na Europa e a pior onda de calor da história recente na China: o verão de 2022 no Hemisfério Norte deixa evidente no solo seco de rios e de lagos o impacto de eventos climáticos extremos. Qual o papel do La Niña, dos ventos do Saara e do aumento da temperatura nesta crise que afeta a saúde de milhões de pessoas e coloca em risco a agricultura e a economia global?

Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que, embora a seca e o calor também pudessem ter origem em ciclos naturais na Terra (entenda mais abaixo), esses eventos extremos não são uma surpresa diante do atual cenário e seriam muito mais raros se a humanidade não estivesse provocando o aquecimento progressivo do planeta.

Abaixo, nesta reportagem, você vai entender quais são as explicações dos cientistas do clima e ver a gravidade do cenário em fotos de satélite que mostram o "antes e depois" em nove rios e lagos pelo planeta.

Drone mostra o maior lago de água doce da China em seu nível mais baixo na estação chuvosaDrone mostra o maior lago de água doce da China em seu nível mais baixo na estação chuvosa

Um fenômeno com várias causas

Em entrevista ao g1, o cientista climático Richard Seager, do centro de pesquisa Lamont Doherty Earth Observatory da Universidade de Columbia, explica que as mudanças do clima são apenas um dos fatores em jogo nessa crise que ele descreve como severa.

  • La Ninã

Em primeiro lugar, Seager explica que temos um La Niña em curso, um fenômeno chave no sistema climático da Terra.

Durante a época do La Niña, há um resfriamento das águas do Oceano Pacífico e isso faz com que os chamados ventos alísios (ventos que sopram de leste a oeste no Equador) se intensifiquem. Com essa intensificação, uma mudança na circulação do ar atmosférico acontece e a distribuição de chuvas muda (veja infográfico abaixo).

Efeitos do La Niña — Foto: Arte/g1
Efeitos do La Niña — Foto: Arte/g1

O especialista em secas e mudanças hidroclimáticas destaca, porém, que geralmente o La Niña resulta em zonas de alta pressão em latitudes médias, que causam menos precipitações entre junho e agosto principalmente em uma grande área ao sul do Pacífico. Mas às vezes - e este é o caso deste ano - essas zonas circulam pelo globo.

"Isso vem acontecendo durante todo o ano de 2022 e essas zonas de alta pressão de latitude média desviam os fluxos de jatos e as trilhas de tempestade em direção aos polos da Terra e trazem condições secas para, por exemplo, a América do Norte, Europa, o Mediterrâneo e o Oriente Médio", detalha.

Em julho, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que a seca em curso no Chifre da África, como é conhecido o nordeste africano, carregou neste ano justamente as influências desse atual La Niña.

"Os La Niña dos últimos invernos provavelmente tiverem o maior efeito sobre a atual seca no sudoeste dos Estados Unidos", diz ao g1 o climatologista americano Benjamin Cook.

Ela conta que as tempestades de inverno que trazem grande parte da umidade para esta região são deslocadas para o norte por causa do fenômeno e, por isso, a região enfrenta secas.

Agravando esse cenário, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos prevê que esse atual La Niña persistirá durante o outono e o início do inverno no Hemisfério Norte.

Se isso acontecer de fato, esse seria o terceiro La Niña consecutivo que se tem registro - um fenômeno raro visto apenas duas vezes no século passado e que pode agravar episódios climáticos extremos.

  • Ventos do Saara

Na Europa, em julho, temperaturas sem precedentes foram registradas durante uma onda de calor generalizada e duradoura que causou não apenas secas, como incêndios florestais e mortes.

No mesmo mês, o g1 mostrou que a principal causa desse fenômeno, que pode ter resultado provavelmente na pior seca em 500 anos no continente, foi justamente um sistema de alta pressão atmosférica bastante intenso que diminuiu as chances de chuva e a umidade do ar.

Associado a esse evento, veio também a influência de ventos do Norte da África, do Deserto do Saara, que tornam o ar cada vez mais seco e quente.

Onda de calor na Europa: impactos de ventos do Saara — Foto: g1
Onda de calor na Europa: impactos de ventos do Saara — Foto: g1

"Secas como as que estamos vendo nessas regiões são normalmente causadas por pelo menos vários meses de chuvas baixas ou ausentes. No entanto, elas também podem ser amplificadas por essas temperaturas mais altas, que aumentam a evaporação e a perda de água da superfície, tornando as coisas ainda mais secas", pontua Cook.

  • Mudanças climáticas

Apesar desses ciclos naturais, a OMM destaca que todos esses eventos climáticos estão sendo atualmente agravados pela mudança climática induzida pelo ser humano, "que aumenta a temperatura global, deixa o clima mais extremo e impacta os padrões sazonais de precipitação e temperatura".

A série de ondas de calor europeias neste verão foi causada por padrões climáticos específicos, mas as temperaturas experimentadas foram mais quentes do que seriam por causa das mudanças climáticas afirmou Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia.

O climatologista Richard Seager também põe em evidência esse ponto e acrescenta que as secas atuais no Hemisfério Norte mostram quão severas as condições podem ser devido à essa combinação de ciclos climáticos naturais (como o La Niña) e o aquecimento global em curso, que está aumentando a quantidade de umidade que a atmosfera pode reter e sugando a água dos solos, vegetação e córregos.

"É isso que está piorando a situação em termos de seca, caso tivéssemos apenas o La Niña", diz.

Já Cook, que também contribui em estudos do clima para a Nasa, acredita que ainda é muito cedo para afirmarmos com precisão que as mudanças climáticas estão afetando de fato esses eventos, mas ressalta que os cientistas já esperavam um aumento da gravidade da seca e do risco de aquecimento excessivo nessas regiões da Europa, Estados Unidos e Ásia.

O fato é que o planeta está aquecendo e que as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos levaram a um aumento de 1,07ºC na temperatura do planeta, algo que, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), causou mudanças recentes no clima sem precedentes.

"Portanto, independentemente de como as mudanças climáticas estão afetando essas secas específicas, esses são os tipos de eventos para os quais devemos nos preparar à medida que continuamos nos movendo para um futuro mais quente", destaca o cientista. 
Fotos de satélite

Análise de imagens de satélite de áreas afetadas por essas estiagens extremas mostram o impacto desse evento climático em diversas regiões do globo. A comparação do antes e depois desses locais foi divulgada pela Nasa e ESA, as agências espaciais dos Estados Unidos e Europa, respectivamente e pelo serviço Copernicus da União Europeia. Veja abaixo a análise das imagens.

Europa

  • Rio Pó, Placência, Itália

Na primeira comparação de imagens de satélite, é possível ver o antes e depois do Rio Pó, na cidade italiana de Placência (veja mapa abaixo).

O rio é o maior da Itália e atingiu níveis recordes de baixa após meses sem chuvas. Com a estiagem, o rio Pó, que era normalmente uma grande extensão de água, secou e grandes faixas de areia foram expostas.

Em julho, durante a pior seca em 70 anos, a Itália declarou estado de emergência em cinco regiões do norte do país ao redor do rio.

Rio Pó, Placência, Itália — Foto: Arte/g1
Rio Pó, Placência, Itália — Foto: Arte/g1

  • Rio Reno, Colônia, Alemanha

O rio Reno é o segundo maior rio da Europa e uma importante rota para produtos comerciais no continente.

Na última semana, de acordo com um comunicado do governo alemão, o Reno, que flui dos Alpes suíços até o Mar do Norte, viu seus níveis de água caírem abaixo de 40 centímetros em algumas partes do seu leito.

Segundo a ESA, normalmente, os níveis de água mais baixos são observados em setembro ou outubro no rio, mas esses níveis de agora estão surgindo mais cedo do que o normal. Na imagem acima, é possível ver uma porção do rio que cruza a cidade alemã de Colônia.

Rio Reno, Colônia, Alemanha — Foto: Arte/g1
Rio Reno, Colônia, Alemanha — Foto: Arte/g1

  • Barragem do Alto Lindoso, Portugal

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), choveu quase metade do que seria esperado de outubro do ano passado a agosto deste ano no país.

Fora isso, o governo estima que a maior parte do território de Portugal continental se encontra em uma seca severa (55,2%) ou extrema (44,8%), com destaque para a região sul e parte do norte do país, como nas próximidades da imagem acima, na Barragem do Alto Lindoso, que em julho registrou apenas 15% de sua capacidade.

Barragem do Alto Lindoso, Portugal — Foto: Arte/g1
Barragem do Alto Lindoso, Portugal — Foto: Arte/g1

  • Rio Danúbio, Silistra, Bulgária

Com cerca de 2.800 km de extensão, o Rio Danúbio é o segundo rio mais longo da Europa e serve de rota para o fluxo de embarcações no continente.

Nesta imagem acima divulgada pelo programa Copernicus, o destaque é para um ponto do rio na cidade de Silistra, na Bulgária.

Embora nesse local alguns bancos de areia já estejam aparentes, esse trecho permanece navegável, diferentemente de outras rotas do rio.

No começo de agosto, o nível da água em Tulcea, na Romênia, estava em 51 cm, 6 cm abaixo do valor mínimo para navegação.

Rio Danúbio — Foto: Arte/g1
Rio Danúbio — Foto: Arte/g1

  • Consequências na França e no Reino Unido

As imagens de satélite divulgadas pelo Copernicus também revelam que não foi apenas a paisagem dos rios europeus que mudou por causa dessa seca, a vegetação também sofreu bastante.

Na comparação acima, vemos que boa parte do território francês não está mais tão verde como em julho de 2021, situação bastante semelhante da registrada pelos satélites do programa nos arredores de Cambridge, no Reino Unido (veja abaixo).

"Em todo o Hemisfério Norte, este verão é bastante excepcional em comparação com os anos anteriores, em termos da área total afetada pela seca e da gravidade de muitas dessas secas. Estes são eventos quase recordes ou recordes", afirma Cook.

Estados Unidos

  • Lago Mead, sudoeste do país

O Lago Mead é o maior reservatório de água dos Estados Unidos. Ele abastece milhões de pessoas em mais de sete estados americanos e até algumas regiões do norte do México.

Na imagem acima é possível ver como seus níveis de água estão baixos. Com cerca de 27% da sua capacidade total, o reservatório está em seu ponto mais baixo em 85 anos, quando o lago foi abastecido pela primeira vez.

Lago Mead — Foto: Arte/g1
Lago Mead — Foto: Arte/g1

  • Lago Powell, Utah

No Lago Powell, a segunda maior reserva dos Estados Unidos, a situação também não é muito diferente.

O reservatório está com cerca de 26% de sua capacidade, seu menor nível desde 1967.

Lago Powell, Utah — Foto: Arte/g1
Lago Powell, Utah — Foto: Arte/g1

China

  • Rio Yangtze, Chongqing

O maior rio da China, o Yangtze, também está sofrendo os efeitos de uma forte seca.

Na imagem acima, a ESA fotografou, em dois períodos diferentes, o leito do rio próximo à cidade de Chongqing, um município relativamente grande no sudoeste do país. Na imagem de 2022, é possível ver bancos de areias expostos.

De acordo com o Ministério de Recursos Hídricos da China, a bacia do rio Yangtze registrou sua menor precipitação para um verão desde 1961.

Rio Yangtze, Chongqing, China — Foto: Arte/g1
Rio Yangtze, Chongqing, China — Foto: Arte/g1

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