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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Os segredos de sucesso do grupo 'Formiga', gigante chinês que quer mudar o mundo financeiro

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O Ant Group, que revolucionou o mercado financeiro chinês, promete abrir o capital nas próximas semanas, sugerindo uma expansão para outros países. 
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TOPO
Por BBC  
23/10/2020 09h24 Atualizado há 7 horas
Postado em 23 de 0utubro de 2020 às 16h35m



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O Grupo Formiga não parou de crescer e a expectativa é de que em breve lance aquele que será o maior IPO da história — Foto: Getty Images
O Grupo Formiga não parou de crescer e a expectativa é de que em breve lance aquele que será o maior IPO da história — Foto: Getty Images

A empresa tem o nome de um inseto, a formiga, mas seu tamanho é gigante.

O Ant Group (grupo formiga), que, com mais de 1 bilhão de usuários ativos em sua plataforma Alipay e um valor de mercado estimado de US$ 316 bilhões, tornou-se o maior conglomerado empresarial de finanças e comércio digital na China.

Esta "formiga" gigante parece estar longe de querer parar. Nas próximas semanas, a empresa realizará o que, previsivelmente, será o maior IPO da história — quando companhias de capital fechado passam a vender suas ações na bolsa de valores.

O Ant Group já revolucionou as transações comerciais na China, tornando-se o primeiro meio de pagamento digital em um país tradicionalmente vinculado ao uso do dinheiro físico, e muitos analistas acreditam que, com sua enorme oferta de ações, o conglomerado busca dar o primeiro passo para sua expansão internacional.

Como tudo começou

Hoje, mais de 80 milhões de fornecedores oferecem seus produtos por meio de alguns dos serviços do grupo, mas os pilares desse sucesso foram estabelecidos há anos.

O empresário Jack Ma havia criado o Alibaba, plataforma de comércio digital, mas se deparou com o problema da falta de meios e garantias de pagamento em um país onde poucos tinham acesso a cartões de crédito e muitos comerciantes não se dispunham a enviar seus produtos ao comprador caso ele não pagasse antecipadamente.

Então, Ma criou o Alipay, o embrião do Ant Group, um serviço de confiança digital que garantia o valor do item comprado até que ele chegasse na casa do comprador.

"Alipay resolveu os problemas de subdesenvolvimento dos serviços financeiros na China", disse Martin Chorzempa, pesquisador do Instituto Peterson de Economia Internacional, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

"O comércio eletrônico foi difícil no início porque poucas pessoas tinham cartões de crédito. A maioria dos bancos era estatal e se concentrava mais em atender outras empresas estatais do que consumidores privados."

Isso significava que não tinham acesso a produtos de crédito ou financiamento.

Ma declarou em 2008: "Se os bancos não mudarem, nós mudaremos os bancos."

É isso que seu grupo parece ter conseguido nesses anos.

Com o tempo, seus serviços se diversificaram e hoje a empresa vende milhões de créditos por meio de sua plataforma. O usuário recebe a resposta ao seu pedido em poucos minutos no smartphone.

O Ant cobra juros mais baixos do que os bancos tradicionais, que na verdade são os que concedem os empréstimos.

As entidades financeiras pagam uma comissão ao Ant Group por ele levar novos clientes aos bancos e por algo muito mais valioso: informações de cadastro sobre solvência e perfil de risco.

"Uma empresa como esta, com centenas de milhões de usuários e uma tonelada de informações sobre eles, pode desempenhar um papel fundamental, pois pode avaliar o risco de qualquer pessoa de um modo que os bancos não podem", diz Chorzempa. Tudo isso de forma mais rápida e barata que um banco tradicional.

Os usuários compram, pagam e solicitam créditos por meio da plataforma, que permite ao Grupo acessar informações pessoais e financeiras que vão além do banco tradicional e facilita a previsão da solvência de um cliente.

Nas palavras de Chorzempa: "A formiga aplicou tecnologia para resolver problemas e conseguiu quebrar as barreiras das instituições financeiras existentes para abrir o mercado."

Um de seus serviços mais populares é o Yu e Bao (o tesouro excedente, em português), com o qual qualquer pessoa pode se tornar um investidor a partir do valor equivalente a US$ 0,15 (R$ 84) e obter seu dinheiro de volta a qualquer momento com apenas alguns cliques no telefone.

Estratégias como essa permitiram à companhia atrair uma multidão de trabalhadores de baixa renda e donos de pequenos negócios.

O Grupo Hormiga sabe quem é o cliente, onde ele vive, quanto ganha, quanto ele deve, como gosta de gastar e se paga em dia. É por isso que a empresa vale tanto nesse momento.

Essa estratégia também permitiu à empresa oferecer apólices de seguro (570 milhões entre junho de 2019 e junho de 2020) e produtos de investimento para pequenos poupadores até então negligenciados pelos bancos chineses.

Para onde vai a Formiga?

A ascensão desse colosso dos negócios reflete o crescimento do comércio digital na China e suas grandes "fintech", como as empresas de tecnologia financeira foram batizadas no mundo anglo-saxão.

E parece que essa idade de ouro vai durar muito tempo.

Em relatório elaborado antes do iminente IPO, a consultoria financeira Morning Star indicou que o Grupo Ant manterá sua posição de liderança no mercado por pelo menos 20 anos e destacou que o crescimento do uso da internet e pagamentos eletrônicos na China, ainda abaixo dos países desenvolvidos, vai continuar a aumentar nos próximos anos.

Quando as empresas decidem abrir o capital, geralmente o fazem em busca de investimentos para realizar novos projetos, como o desenvolvimento de novas tecnologias ou planos de expansão.

A escala sem precedentes da IPO do Grupo Ant leva muitos analistas a acreditar que a empresa planeja estender suas redes aos mercados ocidentais, que até agora resistiram à penetração dos gigantes chineses das fintech.

O Alipay é aceito como meio de pagamento em muitas partes do mundo porque é o que os turistas chineses usam, mas nenhuma plataforma conseguiu atrair muitos usuários ocidentais.

Zennon Kapron, fundador da consultoria Kapronasia, afirma que "no mundo dos negócios há muito se fala que o Ant Group abriria o capital; é um passo natural, porque o mercado chinês é muito competitivo, com outras plataformas fortes, como o Wechat, da Tencent, mas provavelmente também buscam capital com o qual possam ser mais agressivos em sua expansão internacional ."

Se o Ant Group embarcar nesta aventura, terá que superar obstáculos importantes.

Chorzempa prevê que o Ant "não teria tanto espaço nos países ocidentais porque não há muito espaço para melhorias no setor financeiro, que contam com sistemas maduros, bem desenvolvidos e sofisticados. Nos Estados Unidos, muitas pessoas têm cartão de crédito e podem usá-lo sem grandes dificuldades".

Também não ajuda o fato de muitos líderes ocidentais desconfiarem de uma empresa chinesa capaz de acessar os dados pessoais e financeiros de centenas de milhares de europeus ou americanos, como mostraram os problemas recentes com o aplicativo Tik Tok nos Estados Unidos — o presidente Donald Trump segue uma política cada vez mais hostil em relação às grandes empresas chinesas.

Na verdade, o Ant já viu alguns de seus planos frustrados no passado. Em 2018, as autoridades dos EUA impediram a empresa de assumir o controle do gigante das remessas Moneygram.

Assim, não é de se estranhar que, embora o Alibaba tenha escolhido Nova York como cenário para seu IPO em 2014, as ações do Ant Group agora estarão à venda apenas em Pequim, Xangai e Hong Kong. "O clima mudou muito desde então", diz Chorzempa.

Não está claro se concorrentes da companhia ou da China como a Tencent acabarão crescendo no Ocidente, mas eles já estabeleceram uma tendência que muitos especialistas consideram impossível de deter.

Chorzempa conclui que"o modelo 'fintech' chinês, que reúne comércio digital, redes sociais e serviços financeiros, é extremamente poderoso, e os bancos ocidentais correm risco ao ignorá-lo".

"Existem dificuldades que levam a dúvidas de que essas empresas acabarão dominando os serviços financeiros globais, mas o fato de o Facebook e outras empresas de tecnologia estarem tentando imitá-los revela que eles são o modelo do futuro."

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Sem verba para supercomputador, Inpe pretende trocar equipamento por máquinas de menor porte

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Novo diretor diz que pretende adquirir duas máquinas de menor porte até que seja possível adquirir novo supercomputador. Máquina é a principal responsável pela previsão do tempo.  
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Por Poliana Casemiro, G1 Vale do Paraíba e Região  
23/10/2020 07h20 Atualizado há 6 horas
Postado em 23 de outubro de 2020 às 13h30m



         .      Post.N.\9.508    .           
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Supercomputador do Inpe, usado para a previsão do tempo — Foto: Divulgação/Inpe
Supercomputador do Inpe, usado para a previsão do tempo — Foto: Divulgação/Inpe

Sem verba para adquirir um novo supercomputador e com a máquina com vida útil próxima do fim, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) planeja substituir o equipamento por dois computadores de menor porte. O supercomputador é o principal responsável pelos dados de previsão do tempo.

Segundo o novo diretor do Inpe, Clezio de Nardin, o equipamento tem mais um ano de funcionamento e a medida é uma alternativa provisória até conseguir a compra de um novo supercomputador.

O Tupã opera desde 2010, quando foi comprado por US$ 23 milhões, e já foi o mais rápido da América Latina. Ele foi adquirido para o avanço na previsão do tempo e nas pesquisas e avanços nos modelos numéricos de previsão, que tornariam os dados do Inpe mais eficazes.

Com o passar do anos, a máquina ficou obsoleta e chegou a parar de funcionar em 2017. De forma emergencial, o instituto conseguiu uma atualização que gerou 'sobrevida' à máquina, mas que novamente se aproxima do vencimento.

Desde a gestão de Ricardo Galvão, diretor exonerado, o Inpe tenta a compra de uma nova máquina, mas os cortes recorrentes de orçamento impossibilitaram a atualização.

Em entrevista ao G1 após a posse, Clezio de Nardin explicou que levou ao Ministério da Ciência e Tecnologia uma nova possibilidade, que traria atualização, mas com custo menor.

"Propus o trabalho com máquinas menores. A gente teria que mudar o código para a leitura para ocupar mais espaço, mas eles teriam a mesma eficiência. Isso bastaria porque a supermáquina é mais cara, mas você também tem o custo de infraestrutura para receber, além de consumo de energia", conta.
Alternativa provisória

Clézio reconheceu que a decisão da compra de máquinas de porte menor é por falta de orçamento, mas alega que seria possível que, ainda que sendo máquinas de menor potencial, atendessem a demanda do instituto.

"Essas máquinas têm vida útil de cinco anos e aí até 2025 temos prazo para criar condições para um supercomputador novo. Pode ser que duas máquinas menores atendam a demanda. Mas uma coisa é atender as demandas de hoje por cinco anos, outra é a atualização dos nossos modelos de monitoramento. Vamos ver se ela atende essa expansão", completou.

A expectativa do novo diretor é de que a compra seja feita até o final do ano, para a troca em 2021. Apesar disso, não havia ainda uma resposta do ministério com relação ao investimento. O G1 procurou o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e aguardava retorno até a publicação da reportagem.

Cptec usa máquina para definir a previsão do tempo — Foto: André Luís Rosa/TV Vanguarda
Cptec usa máquina para definir a previsão do tempo — Foto: André Luís Rosa/TV Vanguarda

Aquisição seria nova "sobrevida"

O coordenador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), Gilvan Sampaio, explica que a medida é uma nova 'sobrevida'. De acordo com Gilvan a supermáquina hoje opera em duas frentes: a previsão do tempo e a pesquisa.

Para a previsão, a máquina roda um modelo numérico a cada seis horas. Enquanto isso, ela também opera a pesquisa, que são códigos para melhorar a capacidade desses dados, como um modelo que aumente a resolução de imagem.

Atualmente, as operações de pesquisa são feitas na máquina de 2010 e as de previsão na atualização de 2018, que tem dois anos de vida ativa ainda. A importância de uma supermáquina, segundo Sampaio, é manter a capacidade de pesquisa, que é o que faz com que os dados produzidos pelo Cptec sejam competitivos.

"Não é como se tivéssemos uma supermáquina. Com isso, o desenvolvimento é feito com menor rapidez, em função da capacidade da máquina", explica.

Gilvan ainda reforçou que a medida tem prazo determinado até a aquisição, de fato, de um supercomputador. "A ideia é que isso possa dar uma sobrevida. A expectativa é de três anos e aí com calma a gente vai reformulando a nossa estrutura para poder ter esse novo supercomputador de novo".

Remendo

Para Maria Assunção Faus da Silva Dias, que foi coordenadora do Cptec à época da aquisição do supercomputador, o "remendo" é um retrocesso.

"Previsão é um produto e se o seu não é bom, as pessoas procuram outro. Para entrar na corrida você precisa de um salto de qualidade. O investimento que precisa ser feito é para sermos competitivo internacionalmente", comenta.

Ela conta que hoje dá consultoria sobre meteorologia para empresas do setor privado e que elas já têm escolhido por dados internacionais, como do Centro Europeu. E a aquisição de uma "máquina modesta" é perder a chance de retomar o pioneirismo que o Brasil já teve.

"Uma máquina de segunda geração não consegue rodar a previsão como os outros centros. Você ainda está vendo se vai chover e aí já choveu. A previsão tem uma janela de tempo para ser rodada para ser útil e uma máquina desatualizada, faz com que ela não seja útil".

Assunção foi coordenadora do Cptec por seis anos. Ela define o caminho para aquisição da máquina como uma batalha.

"O governo não pensa a longo prazo, já contando que vai precisar atualizar porque a tecnologia muda e se atualiza. O coordenador tem que se desdobrar para explicar o porquê precisa de uma nova máquina. Você gasta 80% do seu tempo como gestor para conseguir o próximo supercomputador", conta.

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IPCA-15: prévia da inflação oficial acelera a 0,94% em outubro, maior alta para o mês em 25 anos

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Alta foi pressionada pelo aumento dos preços de carnes (4,83%), arroz (18,48%) e óleo de soja (22,34%). No ano, indicador acumula alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%.  
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Por Darlan Alvarenga, G1  
23/10/2020 09h00 Atualizado há 2 horas
Postado em 23 de outubro de 2020 às 11h00m


         .      Post.N.\9.507    .           
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Pressionado pelos preços dos alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), acelerou a 0,94% em outubro, segundo divulgou nesta sexta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa para o mês desde 1995 e da maior alta mensal desde dezembro do ano passado.

O indicador – que é considerado uma prévia da inflação oficial do país – mostrou forte aceleração em relação ao índice de setembro, quando ficou em 0,45%.

No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%, acima dos 2,65% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores mas ainda abaixo do centro da meta para o ano, que é de 4%.

IPCA-15: prévia da inflação oficial acelera a 0,94% em outubro — Foto: Economia G1
IPCA-15: prévia da inflação oficial acelera a 0,94% em outubro — Foto: Economia G1

O resultado do IPCA-15 de outubro veio acima do esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,81% para o período.

A maior pressão de alta em outubro veio dos alimentos, que representaram praticamente metade da variação do IPCA-15 no mês.

O grupo alimentos e bebidas subiu 2,24%, com impacto de 0,45 ponto percentual no índice de outubro. O item que mais pesou individualmente foi carnes (aumento de 4,83% no mês e impacto de 0,13 p.p.). Após a quinta alta consecutiva, os preços da carne acumulam no ano avanço de 11,4%.

O índice também foi puxado pelo aumentos dos preços do óleo de soja (22,34%), do arroz (18,48%), do tomate (14,25%) e do leite longa vida (4,26%).

Os alimentos para consumo fora do domicílio registraram alta (0,54%), com destaque para a refeição, que acelerou de 0,09% em setembro para 0,93% em outubro.

Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-9,95%) e da batata-inglesa (-4,39%).

Preço da carne subiu 4,83% em outubro, segundo o IBGE — Foto: Divulgação
Preço da carne subiu 4,83% em outubro, segundo o IBGE — Foto: Divulgação

O grupo dos transportes teve a segunda maior variação entre os 9 grupos pesquisados (1,34%), puxado pelas passagens aéreas, que subiram 39,90% e responderam por 0,13 p.p. do IPCA-15 de outubro. O segundo maior impacto veio da gasolina, que subiu 0,85%, sua quarta alta consecutiva, embora menos intensa que no mês anterior (3,19%). Já os preços do seguro voluntário de veículo subiram 2,46%, após sete meses consecutivos de quedas.

Os artigos de residência subiram 1,41%, com destaque para as altas no mobiliário (1,75%) e TV, som e informática (1,68%).

O único grupo a apresentar queda em outubro foi educação (-0,02%).

Veja o resultado para cada um dos 9 grupos pesquisados pelo IBGE

  • Alimentação e bebidas: 2,24%
  • Habitação: 0,40%
  • Artigos de residência: 1,41%
  • Vestuário: 0,84%
  • Transportes: 1,34%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,28%
  • Despesas pessoais: 0,14%
  • Educação: -0,02%
  • Comunicação: 0,23%
Preços das carnes disparam e consumidor têm dificuldade para comprar produto no Sul do ES
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Em outubro, o IPCA-15 subiu em todas as regiões pesquisadas pelo IBGE. A maior inflação foi registrada na região metropolitana de Fortaleza (1,35%). Já a menor variação foi a da região metropolitana de Salvador (0,43%).

"Nos chama atenção que a difusão tem subido de maneira geral ao longo do ano, o que é esperado uma vez que o choque pós pandemia deprimiu muitos produtos, mas começa a chegar a patamares elevados", avaliou o economista-chefe da Necton, André Perfeito. "Temos que observar com atenção a evolução da difusão para ver se o choque do câmbio que bateu em alimentos não se espalha para o resto".

Inflação no supermercado é a maior em 26 anos
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Perspectivas e meta de inflação

Apesar da aceleração dos preços nos últimos meses, a expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central do governo para o IPCA, de 4%. Segundo o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, os analistas do mercado financeiro estimam uma inflação de 2,65% em 2020.

Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica. O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa do mercado é que a Selic vá a 2,5% ao ano.

Para Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco digital Modalmais, o resultado do IPCA-15 de outubro reforça a perspectiva de aceleração da inflação na reta final do ano. "O avanço nos serviços subjacentes foi um pouco mais forte do que o que supúnhamos. Mantemos nossa projeção de IPCA inalterada para 2020 (3%) e 2021 (3.15%), o risco central no curto prazo permanece do lado fiscal", afirmou.

Embora o risco fiscal e a inflação de curto prazo mais alta façam com que a curva de juros precifique níveis bastante elevados para a Selic no fim de 2021, analistas mantêm a avaliação de que as pressões inflacionárias devem ter pouca influência na decisão do Copom na próxima semana, destaca o Valor Online.

Entenda o IPCA-15

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 12 de setembro a 13 de outubro e comparados com aqueles vigentes entre 14 de agosto e 11 de setembro.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, índice oficial da variação média de preços no país. O que muda é apenas o período da coleta e a abrangência geográfica.

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