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sábado, 7 de agosto de 2021

Estudantes brasileiros conquistam medalhas nas Olimpíadas Internacionais do Conhecimento

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Dedicação dos atletas do ensino é semelhante a dos atletas que disputam Olimpíadas em Tóquio, no Japão. G1 conversou com o ouro em Economia e o bronze em biologia.
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Por Tatiana Santiago, G1 SP — São Paulo

Postado em 07 de agosto de 2021 às 09h00m


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Estudante Nícolas Goulart, de 17 anos, conquistou uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Economia — Foto: Divulgação
Estudante Nícolas Goulart, de 17 anos, conquistou uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Economia — Foto: Divulgação

Bem longe de Tóquio, no Japão, onde ocorrem as Olimpíadas deste ano, o Brasil ganhou novos medalhistas.

Estudantes brasileiros levaram medalhas nas Olimpíadas Internacionais de Conhecimento 2021. Cada matéria, como Biologia, Física, Matemática e Química, é sediada em um país.

O estudante Nícolas Goulart, de 17 anos, é um deles. Ele conquistou uma medalha de ouro individual na Olimpíada Internacional de Economia (IEO), sediada na Letônia, mas que ocorreu de forma virtual. Foram mais de 250 participantes, de 44 países.

Integrante da delegação brasileira, o aluno contribuiu para o tricampeonato do país.

Foram dois meses de muita preparação até semana passada, estudando 12 horas por dia. Fizemos as provas e o importante é que nós conseguimos conquistar muitas medalhas de ouro e o troféu de melhor país, passando o Canadá e os Estados Unidos, disse.

Nícolas, aluno do Colégio Objetivo Integrado de São Paulo, já tinha conquistado uma medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Economia em junho deste ano e foi selecionado para integrar a equipe que representa o país.

O estudante está tentando uma vaga para estudar Economia em alguma universidade americana. Para aprimorar seus conhecimentos, ele participa de Olimpíadas, como de matemática e física, desde os 11 anos.

A rotina desses estudantes que disputaram competições internacionais e trouxeram medalhas para o país não é diferente da dos atletas que estão no Japão.

Assim como os atletas esportivos, o jovem teve que se dedicar para conquistar a vitória e fazer alguns malabarismos Eu praticamente não tive férias, tive que manter minha rotina de acordar cedo e parar de estudar à noite todos os dias, tive que aproveitar minhas férias para me preparar, disse Nícolas.

Ele também vê semelhanças na sua rotina com a dos atletas que estão em Tóquio.

Há uma semelhança, é uma competição, você quer treinar e ao mesmo tempo é uma coisa que você gosta de fazer, sente prazer.

Para o especialista em educação e presidente do Instituto Singularidades, Alexandre Schneider, as medalhas conquistadas nas Olímpiadas incentivam outros alunos e ressaltam o avanço na qualidade de ensino no país.

"Para além do nosso orgulho com a vitória de nossos estudantes, as medalhas conquistadas são o reconhecimento da qualidade do ensino brasileiro e um incentivo a outras gerações para que se dediquem à pesquisa no Brasil", afirmou.

Érico de Carvalho Leitão Pimentel, de 16 anos, foi medalhista de bronze na Olimpíada Internacional de Biologia. Na foto de 2020, mostra quando ganhou ouro na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) de 2020 — Foto: Divulgação
Érico de Carvalho Leitão Pimentel, de 16 anos, foi medalhista de bronze na Olimpíada Internacional de Biologia. Na foto de 2020, mostra quando ganhou ouro na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) de 2020 — Foto: Divulgação

Futuro médico

O aluno do 2º Ano do Ensino Médio, Érico de Carvalho Leitão Pimentel, de 16 anos, representou o Brasil e foi medalhista de bronze na Olimpíada Internacional de Biologia (IBO, International Biology Olympiad), sediada em Portugal. A fase final do campeonato ocorreu em julho, de forma virtual, e contou com a participação de 304 estudantes de 76 países.

Ele ficou surpreso em ter conquistado a terceira colocação de melhor do mundo. Aluno do Colégio Augusto Laranja, em Moema, na Zona Sul da capital paulista, ele passava o dia todo estudando.

Eu não esperava, fiquei bem surpreso. A experiência de fazer as provas foi meio estressante, não esperava que ia conseguir um resultado bom porque tinha muitas questões e pouco tempo.

Apaixonado por biológicas, Érico diz que despertou ainda mais seu interesse pela disciplina durante a pandemia para entender como o vírus da Covid-19 age no corpo humano. O estudante, que sonha em ser médico, terá como próximo desafio passar no vestibular de uma universidade pública.

O aluno teve apoio do Instituto Butantan, maior produtor de soros e vacinas no Brasil, durante a preparação do campeonato internacional.

Quando eu passei pelas seletivas internacionais recebi o material com videoaulas e apostilas desenvolvidas pelo Butantan. E também tive algumas aulas com pesquisadores, contou.

Essa foi a segunda conquista do estudante no período de um mês. Em junho ele recebeu a medalha de ouro na 17º edição da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), evento realizado desde 2005 pelo Instituto Butantan com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e do Ministério da Educação.

Érico coleciona uma série de vitórias durante sua vida escolar. Ele foi medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) de 2020 e na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) por três anos consecutivos (2019, 2020 e 2021). O estudante também ganhou medalhas de bronze em 2019, quando estava no 9º Ano, na Olimpíada Brasileira de Física (OBF), na Olimpíada Brasileira de Química Júnior. (OBQJr) e na Olimpíada de Matemática (WMTC international) realizada na China.

Jovem   Érico estuda para obter medalha — Foto: Arquivo Pessoal
Jovem Érico estuda para obter medalha — Foto: Arquivo Pessoal

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