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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Dólar fecha abaixo dos R$ 5,70 pela primeira vez desde novembro, com Trump e Datafolha no radar

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Moeda norte-americana caiu 1,26%, cotada a R$ 5,6956. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, opera em alta.
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Por Redação g1 — São Paulo
14/02/2025 09h00 
Postado em 14 de Fevereiro de 2.025 às 10h00m

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Trump assina memorando sobre reciprocidade tarifária — Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Trump assina memorando sobre reciprocidade tarifária — Foto: Kevin Lamarque/Reuters

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (14), ficando abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez desde novembro. No dia 7, a moeda americana terminou o dia cotada a R$ 5,6752

O mercado financeiro vinha de certo alívio com o memorando de tarifas recíprocas para todas as importações que chegam aos Estados Unidos, determinado pelo presidente Donald Trump.

Na prática, a medida visa igualar as tarifas cobradas pelos EUA para receber produtos de outros países às tarifas que esses países cobram para importar produtos dos americanos.

Essas tarifas só devem começar a valer em 1° de abril, o que reduziu a pressão sobre o dólar neste pregão. No entanto, investidores e economistas estão preocupados que o tarifaço possa pressionar a inflação norte-americana.

No Brasil, a queda do dólar se acentuou após a pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" que aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula (PT) e que 41% reprovam.

É o pior nível de aprovação em todos os três mandatos do presidente Lula, e a reprovação também é recorde. O mercado financeiro interpreta que os resultados reduzem as chances do presidente em uma tentativa de reeleição.

Além disso, foram divulgados novos dados do mercado de trabalho. A taxa anual de desemprego foi a menor da história em 14 estados brasileiros em 2024, segundo a PNAD Contínua Trimestral, publicada pelo IBGE.

Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3 opera em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Dólar

O dólar fechou em queda de 1,26%, cotado a R$ 5,6956. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 1,68% na semana;
  • recuo de 2,43% no mês; e
  • perdas de 7,83% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,10%, cotada a R$ 5,7684.

Ibovespa

O Ibovespa opera em alta de 2,62%, aos 128.122 pontos.

Na véspera, o índice teve alta de 0,38%, aos 124.850 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,19% na semana;
  • perdas de 1,02% no mês;
  • ganho de 3,80% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O 'tarifaço' de Trump continua a repercutir entre investidores do mundo todo. Na quinta-feira, o presidente americano anunciou a criação de tarifas recíprocas para os países que cobram taxas de importação sobre seus produtos.

O memorando, assinado durante a tarde, não especificou tarifas para países específicos, mas estabeleceu uma orientação geral de reciprocidade para os países que impõem dificuldades ao comércio dos EUA.

"Os outros países podem reduzir ou eliminar suas tarifas. Queremos um sistema nivelado", disse Trump, em coletiva de imprensa na Casa Branca

Entre os exemplos para a nova política de tarifas, o governo norte-americano citou o etanol brasileiro:

"A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil."

As taxações anunciadas por Trump voltam a acender um alerta entre investidores e economistas pelo mundo. Isso porque os preços dos produtos que chegam aos EUA, ou que dependem de insumos importados para serem produzidos, tendem a ficar mais caros com o aumento das tarifas de importação.

Isso não apenas pressionaria a inflação norte-americana e poderia impossibilitar novos cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), como também pode acabar impactando os preços pelo mundo, trazendo o risco de uma elevação global da inflação.

Além disso, juros elevados nos EUA também aumentam o rendimento dos títulos públicos norte-americanos, considerados os mais seguros do mundo. Isso tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e a fortalecer o dólar em relação a outras moedas.

Dólar mais caro também impacta a inflação em todo o mundo, já que essa é a principal moeda para as negociações comerciais. Isso também pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.

Para o Brasil, os impactos ainda são mais setoriais, segundo Stefânia Ladeira, especialista em comércio exterior e Partner na Saygo Comex. Ela explica que, embora o Brasil possa se beneficiar de retaliações comerciais contra os EUA, é preciso cautela.

"O aumento das tarifas pode diminuir significativamente o volume de exportações brasileiras para o mercado americano, afetando setores que dependem desse destino. O desafio será equilibrar as perdas potenciais com a busca por novos mercados e parcerias comerciais".

No Brasil, o principal destaque foi o resultado da pesquisa Datafolha, que mostra o pior nível de aprovação em todos os três mandatos do presidente Lula. O mercado interpreta que as chances do petista em uma tentativa de reeleição diminuíram.

Veja os números:

  • Ótimo/bom: 24% (eram 35% em dezembro);
  • Regular: 32% (eram 29% em dezembro);
  • Ruim/péssimo: 41% (eram 34% em dezembro);
  • Não sabem: 2% (era 1% em dezembro).

De acordo com o levantamento, no mesmo período do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha uma reprovação semelhante: 40% consideravam seu governo ruim ou péssimo e 31% achavam ótimo ou bom.

A aprovação do governo Lula também teve queda tanto entre homens quanto em mulheres, sendo que 24% dos dois gêneros aprovam o presidente (eram 38% das mulheres e 33% dos homens em dezembro).

Entre os que ganham até dois salários mínimos, o Datafolha aponta que a aprovação caiu de 44% para 29% de dezembro de 2024 para fevereiro. A margem de erro deste grupo é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Já entre os que ganham acima de dez salários mínimos a aprovação passou de 32% para 18%. A variação fica dentro da margem de erro, que é de 12 pontos percentuais para mais ou para menos.

Veja os resultados da pesquisa aqui: Datafolha: 24% aprovam o governo Lula e 41% reprovam
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Desemprego é o menor da história em 14 estados em 2024, diz IBGE

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Brasil encerrou o ano passado com a menor taxa média de desocupação desde que o IBGE começou a calcular esse índice, em 2012.
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Por Júlia Nunes, g1 — São Paulo

Postado em 14 de Fevereiro de 2.025 às 10h00m

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Entenda como o desemprego é calculado no Brasil

A taxa anual de desemprego foi a menor da história em 14 estados brasileiros em 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, publicada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE.

São eles: Acre (6,4%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Tocantins (5,5%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Rio Grande do Norte (8,5%), Alagoas (7,6%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), São Paulo (6,2%), Santa Catarina (2,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%) e Mato Grosso (2,6%).

O instituto já havia divulgado no último dia 31 que o país encerrou o ano passado com a menor taxa média de desemprego (6,6%) desde o início da série histórica, em 2012. Agora, trouxe o recorte por estado.

Em 2024, o índice anual caiu em todas as unidades da federação (UFs), com exceção de Roraima, onde a taxa aumentou de 6,6% para 7,5%, e de Rondônia, que teve estabilidade. (veja o gráfico abaixo)

As maiores taxas médias de desocupação foram registradas na Bahia, Pernambuco (ambos com 10,8%), Distrito Federal (9,6%) e Rio de Janeiro (9,3). Já as menores foram em Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).

Seguindo o padrão internacional, o IBGE classifica como desocupadas pessoas que não trabalham, mas que estão ativamente em busca de uma oportunidade.

Quem não está procurando emprego é calculado em outro índice, das “pessoas fora da força de trabalho”, que também vem caindo nos últimos anos, depois da pandemia de Covid-19. (entenda mais no vídeo acima)

Nível da ocupação

Em todo o Brasil, as pessoas ocupadas equivalem a 58,6% da população de 14 anos ou mais — percentual chamado de “nível da ocupação”, que também foi o maior da série histórica.

No recorte por estado, os maiores percentuais para este indicador foram apresentados por Mato Grosso (68,4%), Santa Catarina (67,0%) e Goiás (65,3%) e os menores, por Maranhão (47,3%), Acre e Ceará (ambos com 48,7%) e Alagoas (48,8%).

Os números incluem pessoas com qualquer tipo de ocupação, como empregados no setor privado, funcionários públicos, empreendedores e autônomos. Veja abaixo alguns destaques:

  • Empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentaram 2,7%. Registraram queda o Ceará (-6,2%) e Rondônia (-5%).
  • Empregados sem carteira assinada no setor privado aumentaram 6%. Oito estados registraram queda, sendo as maiores em Rondônia (-11,5%) e Mato Grosso do Sul (-10,5).
  • Trabalhadores por conta própria tiveram alta de 1,9%. Seis UFs tiveram queda, com destaque para o Distrito Federal e o Acre, ambos com -9%, e a Bahia (-6,9%).
Informalidade

Os trabalhadores informais somaram 40,3 milhões em 2024, também na média anual. O grupo representa 39% do total de pessoas ocupadas (taxa de informalidade), contra 39,2% no ano anterior.

Entre os estados com maior taxa, estavam Pará (58,1%), Piauí, (56,6%) e Maranhão (55,3%). Já os menores percentuais foram de Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).

Força de trabalho ‘desperdiçada’

A “taxa de subutilização” — que, na prática, representa a força de trabalho desperdiçada no país — é formada por pessoas que têm potencial para trabalhar, mas não estão ocupadas ou não trabalham horas o suficiente.

Em 2024, 19 milhões de pessoas estavam nessa situação no Brasil, na média anual, um recuo de 8,9% frente a 2023. Esse grupo representa 16,2% da força de trabalho ampliada do país, uma queda de 1,8 p.p. em relação a 2023 (18%).

Entre os estados, Piauí (32,7%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (28,9%) e Alagoas (26,4%), enquanto as menores taxas anuais foram de Santa Catarina (5,5%), Rondônia (7%) e Mato Grosso (7,7%).

Números do 4º trimestre

Além dos dados anuais, o IBGE também divulgou os índices do 4º trimestre de 2024. No período, a taxa de desocupação caiu em três unidades da federação -- Paraná (0,7 p.p.), Minas Gerais (0,7 p.p.) e Rio Grande do Sul (0,6 p.p.) -- e ficou estável nas demais, em relação ao trimestre anterior.

No ranking do desemprego, Pernambuco foi o estado que teve o pior índice. Enquanto o Mato Grosso teve o melhor. Veja abaixo os resultados de todas as UFs.

Desemprego cai em três estados no 4º trimestre de 2024 — Foto: IBGE
Desemprego cai em três estados no 4º trimestre de 2024 — Foto: IBGE

Desemprego é o menor da história em 14 estados brasileiros — Foto: Arte g1

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