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terça-feira, 3 de março de 2020

Pesquisadores da UFV realizam estudos há quase 20 anos sobre solos da Antártica e mudanças climáticas

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O G1 conversou com pesquisadores que analisam o permafrost -, o solo congelado do continente - e monitoram as alterações. 
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 Por Amanda Andrade, G1 Zona da Mata  

 Postado em 03 de março de 2020 às 16h00m  
Gipope-Marketing

      Post.N.\9.162  
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Oito anos depois do incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, base brasileira reabre para cientistas e pesquisadores. — Foto: Divulgação Marinha do BrasilOito anos depois do incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, base brasileira reabre para cientistas e pesquisadores. — Foto: Divulgação Marinha do Brasil


Há quase 20 anos, pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) coordenam projetos em um território muito diferente das paisagens da Zona da Mata mineira. Na gelada Antártica, os professores Márcio Francelino e Carlos Schaefer estudam e analisam as mudanças climáticas do continente por meio do solo.

O G1 conversou com Carlos Schaefer, responsável pelo projeto Permaclima e que viajou à Antártica durante 18 anos seguidos. O colega de profissão, Márcio Francelino, embarcou para o continente no início de fevereiro, após a inauguração das novas instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz.

Rede de monitoramento das mudanças climáticas
Gelo da Antártica está derretendo 6 vezes mais rápido do que há 40 anos — Foto: Chris Larsen/Nasa/AFPGelo da Antártica está derretendo 6 vezes mais rápido do que há 40 anos — Foto: Chris Larsen/Nasa/AFP

Em parceria com diversas universidades brasileira, a UFV lidera o projeto na parte de monitoramento das mudanças climáticas por meio de análise dos solos congelados - chamado permafrost.

A análise do que acontece no continente antártico gera informações importantes para a elaboração de possíveis cenários futuros de mudanças climáticas no Brasil.

Se ocorre aquecimento, o permafrost se aprofunda. Se ocorre resfriamento, ele chega mais próximo da superfície. Isso o torna um eficiente sensor das variações do clima e nos permite modelar o que pode acontecer por aqui, analisou o professor Márcio Francelino.

Carlos Schaefer afirmou que as pesquisas são para entender a dimensão ecológica destas mudanças e o impacto que gera na vegetação e evolução do relevo e dos solos.

Para realizar esse trabalho do monitoramento da mudanças e da dinâmica do permafrost, era necessário uma viagem anual de navio até a Antártica para recolher os dados.

Atualmente, o grupo de pesquisadores está realizando automação do envio dos dados e, com isso, a necessidade de viajar até o local mudou de um ano para três anos.

"Nós temos uma rede de monitoramento, que são 23 sítios espalhados por toda a Antártica e esses sítios demandam apoio de navio para deslocamento e para baixar os dados de monitoramento", afirmou o pesquisador.

Os sítios de monitoramento são localizados na Antártica peninsular, em ilhas e em uma parte continental.

Outros estudos do grupo avaliam a emissão de gases de efeito estufa nas áreas livres de gelo, principalmente naquelas que estão recentemente expostas com o recuo das geleiras.

Por conta dos anos de estudo, o grupo brasileiro é um dos maiores em atuação no continente em pesquisas de clima e solo. Com as estruturas novas da estação, a expectativa é de que o apoio para continuar os estudos e permanência na região seja facilitado.

As instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz foram destruída por um incêndio, em 2012, e reinauguradas em janeiro de 2020.

"Com o incêndio, tivemos perda de alguns equipamentos que estavam na estação, mas depois foram repostos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e continuamos realizando os estudos utilizando o navio como base", revelou Schaefer.

Para 2021, os planos são de voltar a trabalhar entorno da estação brasileira e com o foco em pesquisas na Baía do Almirantado, uma área de 8 km de comprimento.

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Home office ganha adesão no país; veja direitos, cuidados e dicas para produtividade

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Prática exige cuidados por parte dos profissionais, que devem administrar o tempo para não extrapolar jornada; pesquisas revelam aumento de adesão, mas apontam possibilidade de epidemia de solidão e perda de produtividade.
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 Por Marta Cavallini, G1  

 Postado em 03 de março de 2020 às 10h00m  
Gipope-Marketing

      Post.N.\9.161  
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Home office — Foto: Bench Accounting/UnsplashHome office — Foto: Bench Accounting/Unsplash
O número de brasileiros que trabalham em esquema de home office, ou trabalho remoto, vem batendo recorde. A adesão aumentou com a alta do trabalho informal, mas também coincide com a reforma trabalhista, em vigor há dois anos, que regulamentou o trabalho em casa.

A prática, no entanto, exige cuidados por parte dos profissionais, que devem administrar o tempo para que não extrapolem a jornada e transformem sua casa em ambiente de trabalho. E as empresas devem se organizar para evitar problemas com fiscalizações e ações trabalhistas. Além disso, trabalhar à distância, longe do burburinho de colegas em um escritório, pode gerar desânimo e até solidão, justamente por não haver alguém para incentivar, dar opinião ou compartilhar experiências.

Levantamento divulgado em dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2018, 3,8 milhões de brasileiros trabalhavam dentro de casa, o chamado home office. Trata-se do maior contingente de pessoas nesta condição de trabalho já registrado – resultado da alta informalidade no país.

De acordo com o IBGE, o home office correspondia a 5,2% do total de trabalhadores ocupados no pais, excluídos da conta os empregados no setor público e os trabalhadores domésticos. Na comparação com 2012, quando teve início a série histórica da pesquisa, esse contingente teve alta de 44,4%.

Já dados da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) revelam que cresceu 22% a adoção do home office pelas empresas entre 2016 e 2018. Foram consultadas mais de 300 empresas de diferentes segmentos e portes, com capital nacional e internacional, que empregam mais de 1 milhão de pessoas.

A pesquisa mostrou que 45% das empresas participantes praticam home office e 15% estão avaliando a implantação.

Os segmentos onde a modalidade apresenta maior representatividade (44% do total) são TI/telecom (28%) e serviços (16%). E as áreas são tecnologia da informação, recursos humanos marketing, controladoria/finanças e jurídico.

Os principais objetivos para a implantação do home office foram:
  • melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores: 70%
  • mobilidade urbana (rodízio de veículos e diminuição do tempo no trânsito): 63%
  • concessão de benefício para os colaboradores: 47%
  • atração e retenção de talentos: 47%
  • redução de despesas com espaço físico: 36%
  • despesas e aumento de produtividade: 33%
No entanto, o home office é adotado principalmente para níveis de cargos específicos como executivos, diretores, coordenadores e supervisores (52%). Já 25% das empresas adotam para todos os cargos, incluindo os de natureza operacional, e 23% para todos, menos os operacionais.
  • 66% das empresas adotaram o regime parcialmente flexível, com carga horária definida, mas com flexibilidade de horário
  • 22% adotaram a jornada completamente flexível, podendo trabalhar em qualquer horário, já que o trabalho é medido por atividade e resultado
  • 18% adotaram o regime rígido, com hora para começar e terminar
Direitos trabalhistas
De acordo com Bianca Canzi, advogada especialista em direito do trabalho do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, a reforma trabalhista alterou o regimento da modalidade de prestação de serviço, pois agora os empregados não são submetidos ao controle de jornada e não terão direito ao recebimento de horas extras. Contudo, nada impede que o controle de jornada e as horas extras sejam acordados mediante acordo individual.

A nova lei ainda não especificou quem deverá arcar com as despesas relacionadas à aquisição, manutenção e fornecimento dos equipamentos necessários para o trabalho, sejam tecnológicos ou referentes à infraestrutura. Dessa forma, essa responsabilidade deverá estar prevista no contrato de trabalho. Além disso, o empregado segue com todos os direitos trabalhistas previstos, como férias, 13º salário, aviso prévio e as verbas rescisórias previstas pela lei trabalhista.

A advogada ressalta que a lei deixa clara a responsabilidade do empregador de instruir os trabalhadores sobre as precauções que devem ser tomadas para evitar doenças ocupacionais e acidentes, o que deve ser feito de maneira expressa e ostensiva. O trabalhador deverá assinar um termo de responsabilidade, comprometendo-se a seguir as instruções repassadas.

As empresas devem buscar a transição entre antigos e novos modelos, não apenas do ponto de vista tecnológico, mas de cultura interna para prevenir possíveis problemas na Justiça do Trabalho. Muitas têm buscado conciliar tanto o trabalho tradicional como o home office, ao permitir que empregados trabalhem em casa em alguns dias da semana ou apenas às sextas-feiras, por exemplo, diz a advogada.

Gestão do home office
Para Renato Grinberg, diretor geral da Tiger Consulting, a gestão de funcionários deve envolver métricas e mecanismos para checar se as metas estão evoluindo conforme planejado, além de desenvolver alto grau de confiança entre líderes e funcionários e ter algum tipo de contato presencial de tempos em tempos para evitar uma desconexão com quem está trabalhando de casa.

Grinberg alerta que, para quem faz home office, além do risco de perder a disciplina e se tornar menos produtivo, existe outro risco que é o de transformar qualquer período em horário de trabalho.

Nesses casos, o home office acaba se tornando um office at home, ou seja, a casa do profissional se torna a empresa e isso acaba tirando os potenciais benefícios da modalidade.
Para que isso não aconteçam a questão fundamental é manter disciplina com os horários. Exceções podem obviamente ocorrer, contanto que a exceção não vire a regra. Para aqueles que são mais quantitativos, a minha métrica é permitir até duas exceções por semana. Se ocorrer mais do que isso, cuidado. Talvez você não esteja trabalhando de casa e sim transformando sua casa em um ambiente de trabalho, aponta.  
Dicas para ser produtivo
No home office, é preciso desconsiderar opções como o sofá da sala ou a cama do quarto, já que eles podem acabar com qualquer desejo de cumprir com as demandas de trabalho — Foto: Dillon Shook/UnsplashNo home office, é preciso desconsiderar opções como o sofá da sala ou a cama do quarto, já que eles podem acabar com qualquer desejo de cumprir com as demandas de trabalho — Foto: Dillon Shook/Unsplash

Os profissionais que trabalham em casa precisam evitar uma série de distrações a fim de não perder o ritmo do escritório. Pensando nisso, Paulo Marchetti, CEO da Compara, marketplace de seguros e produtos financeiros que já investe na modalidade de trabalho fora do escritório, listou abaixo 5 dicas de produtividade para quem faz home office.

Crie a própria agenda, com horários pré-definidos
Fazer home office não significa, exatamente, trabalhar no horário de sua preferência. É importante alinhar um horário com a sua equipe, em que todos estarão online.

Geralmente, as empresas respeitam as escalas de um dia normal de trabalho. Ter um comprometimento com uma hora para começar e terminar vai ajudar a estabelecer uma disciplina, além de evitar distrações como a TV ou pendências pessoais.

Reserve um local tranquilo e confortável para trabalhar em casa
É importante ter um lugar apropriado para trabalhar em casa, um espaço que seja cômodo, organizado e silencioso para que você se dedique às tarefas do dia a dia. Por isso, desconsidere opções como o sofá da sala ou a cama do quarto, já que eles podem acabar com qualquer desejo de cumprir com as demandas de trabalho. Monte uma escrivaninha ou crie um escritório na sala mesmo – e negocie com familiares para que a sua presença em casa não seja um sinônimo de disponibilidade para momentos de lazer ou tarefas domésticas.

Esqueça as distrações como TV e redes sociais
Estar em casa durante uma tarde inteira pode ser uma tentação se você é fã de séries ou ama um programa de auditório na TV. Caso você não trabalhe nessa área, é importante evitar essas distrações. Outro fator que pode dispersar no home office são as redes sociais. Se a vontade de entrar nelas for grande, estabeleça pausas periódicas no trabalho para fazer isso.

Vista-se de forma apropriada
A forma como você se veste diz muito sobre como enfrenta os desafios do trabalho e que tipo de mensagem gostaria de compartilhar com o time. Quando estiver em home office, mantenha o dress code de um dia normal no escritório. Vista-se de maneira apropriada, como se fosse ter uma reunião com um dos seus líderes na empresa. E, certamente, numa ocasião como essa, você não iria de pijama.

Respeite o fim do expediente
Se você tem um horário para começar a trabalhar, é também importante estabelecer um fim para seu expediente. Apesar de você estar em casa, não trabalhe até altas horas da noite. Respeite seu horário e concentre-se para realizar todas as tarefas dentro dele. Ao fim do dia, desligue seu computador e aproveite o tempo livre para se dedicar a compromissos pessoais.

Solidão
O home office pode ajudar a desencadear epidemia de solidão e perda de produtividade nas empresas, tornando-se o vilão da saúde mental nas organizações, aponta recente estudo realizado pela consultoria global de gestão estratégica A.T. Kearney.

A análise revela a tendência a uma epidemia de solidão entre os trabalhadores nos próximos cinco anos, e ela deve ter como gatilho, entre outros fatores, o uso indiscriminado do trabalho remoto. O estudo revela ainda que a geração mais jovem é a que se sente mais só e sugere políticas corporativas para gerar senso de pertencimento nos colaboradores.

Segundo a análise, fatores como as mudanças de padrões e comportamento nos ambientes mais modernos de trabalho e o uso excessivo das redes sociais, entre outros, darão a essa tendência de solidão o status de epidemia. E, além do impacto na saúde física e mental, ela também acarretará a perda de produtividade nas empresas.

De acordo com o estudo, a solidão e o reduzido senso de pertencimento no ambiente de trabalho devem impactar o ambiente corporativo como um todo. A análise indica ainda que o número de trabalhadores remotos cresceu 115% entre 2008 e 2018 em nível global, e são justamente esses colaboradores os mais propensos a desistir do trabalho por causa da solidão.

"É fundamental promover ações de socialização, como happy hours, reuniões e treinamentos presenciais para despertar nos colaboradores o sentimento de que eles são parte do grupo e importantes para a empresa", sugere Sandra Strongren, gestora da área de Recursos Humanos da A.T. Kearney no Brasil.

"Outra boa prática é a adoção de programas de mentores. O colaborador escolhe alguém mais sênior para que seja uma espécie de tutor dentro da companhia. É para essa pessoa que ele pedirá conselhos sobre sua vida profissional", diz Sandra, lembrando que esse tipo de política ajuda a desenvolver no funcionário os sensos de direcionamento, inclusão e propósito.

O estudo da A.T. Kearney aponta ainda que ter amigos no trabalho importa, especialmente para os profissionais mais novos. Segundo o levantamento, 74% da Geração Z (nascidos a partir de 1995) e 69% dos Millenials (1980 - 1994) dizem que tendem a ficar numa companhia quando têm mais amigos ali. Os índices caem para 59% dos trabalhadores da Geração X (1965 - 1979) para e 40% entre os Baby Boomers (1945 - 1964).

Impacto positivo
Pesquisa divulgada pela Catho revela que 25% dos entrevistados trabalham em casa pelo menos uma vez por semana. Veja abaixo:
  • uma vez por semana (9%)
  • de uma a duas vezes por semana (6%)
  • de duas a três vezes por semana (3%)
  • mais de três vezes por semana (7,5%)
Ainda de acordo com o estudo, a produtividade se destacou entre os profissionais que trabalham em home office. Para 72% os impactos são positivos, enquanto para 24,5% são neutros.

Para Maiara Tortorette, gerente da Catho, para um futuro próximo, o conceito de confiança será cada vez mais presente. A relação será construída por meio de resultados e entregas, sem ter como base as tradicionais 44 horas semanais dentro de um escritório.

"A inserção desse modelo de trabalho será inevitável, principalmente com a expansão dos negócios ligados à área de tecnologia. Na Catho, por exemplo, já incorporamos o trabalho remoto até três vezes por semana e, alguns times, já são formados remotamente, se interligando de diferentes locais do Brasil com um único propósito", afirma.

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