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terça-feira, 16 de setembro de 2025

Desemprego recua para 5,6% no trimestre terminado em julho, menor nível da série histórica do IBGE

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Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo instituto nesta terça-feira (16)
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Por Micaela Santos, g1 — São Paulo

Postado em 16 de Setembro de 2.025 às 09h35m
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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse foi o menor nível da série histórica, iniciada em 2012, e representa queda em relação ao trimestre anterior, encerrado em abril, quando a taxa estava em 6,6%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o desemprego era de 6,9%, a queda foi de 1,2 p.p.

O total de desempregados chegou a 6,118 milhões de pessoas, o menor número desde o fim de 2013, quando 6,100 milhões estavam sem trabalho. Em relação ao período anterior, a queda no número de desempregados foi de 14,2% (menos 1 milhão de pessoas) e 16,0% no ano (menos 1,2 milhão).

A população ocupada — trabalhadores na população em idade ativa — chegou ao recorde de 102,4 milhões de pessoas entre maio e julho (58,8%). Desse total, o número de empregados com carteira assinada também foi o mais alto já registrado, somando 39,1 milhões.

Segundo o IBGE, esse aumento no número de trabalhadores com carteira puxou o recuo da desocupação no país. Desse contingente, os setores quem mais contrataram foram:

  1. Administração pública, saúde, educação e serviços sociais (+522 mil);
  2. Serviços ligados a informação, comunicação, finanças e administração (+260 mil);
  3. Agropecuária e atividades relacionadas (+206 mil pessoas).
Na comparação com o mesmo período de 2024, cinco setores se destacaram:

  1. Administração pública, saúde, educação e serviços sociais (+677 mil).
  2. Indústria (+580 mil);
  3. Serviços de informação, comunicação, finanças e administração (+480 mil);
  4. Comércio (+398 mil);
  5. Transporte e correio (+360 mil);

Para William Kratochwill, analista do IBGE, esses números sustentam o bom momento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado de trabalho mais ativo.

A força de trabalho, que inclui ocupados e desocupados, atingiu 108,6 milhões de pessoas entre maio e julho — novo recorde da série, de acordo com o IBGE. O número permaneceu estável frente ao trimestre anterior, mas avançou 1,1% (mais 1,2 milhão) em relação ao mesmo período de 2024.

A população fora da força de trabalho somou 65,6 milhões, mantendo estabilidade nas duas comparações.

🔎A população ocupada inclui todas as pessoas que estão trabalhando, formal ou informalmente. Já a força de trabalho reúne os ocupados e os desocupados, ou seja, quem está empregado e quem busca emprego. Quem não trabalha nem procura trabalho integra a população fora da força de trabalho.

A população desalentada (pessoas na força de trabalho que estão desempregadas), que chegou a 2,7 milhões de pessoas, caiu 11% no trimestre (menos 332 mil) e 15% no ano (menos 475 mil). A taxa de desalento recuou 0,3 ponto percentual no período e 0,4 ponto percentual no ano, chegando a 2,4%.

O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também atingiu patamar recorde na série histórica (39,1 milhões), segundo o IBGE, representando uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e de 3,5% frente ao mesmo período de 2024.

Já a taxa composta de subutilização, que representa a força de trabalho "desperdiçada" no país, ficou em 14,1%. Segundo o IBGE, essa também foi a mais baixa da série, representando também uma queda de 1,3 p.p. em relação ao trimestre anterior (15,4%) e de 2,1 p.p. na comparação anual.

"Os dados mostram que quem saiu da desocupação não está abandonando a força de trabalho nem entrando no desalento, mas sim se inserindo de fato no mercado, o que é confirmado pelo recorde de ocupação, afirma Kratochwill.

Veja os destaques da pesquisa
  • Taxa de desocupação: 5,6%
  • População desocupada: 6,118 milhões de pessoas
  • População ocupada: 102,4 milhões
  • População fora da força de trabalho: 65,6 milhões
  • População desalentada: 2,7 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,1 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,8 milhões

Informalidade cai para 37,8%, mas total de trabalhadores informais aumenta
De maio a julho, a taxa de informalidade foi de 37,8%, abaixo do trimestre anterior (38%) e do mesmo período de 2024 (38,7%).

Mesmo assim, o número de trabalhadores sem carteira ou vínculo formal chegou a 38,8 milhões, levemente acima do período anterior de três meses (38,5 milhões) e de um ano antes (38,7 milhões).

Segundo William, o avanço da informalidade foi pequeno e sem relevância estatística, mas a formalização continuou a crescer, o que reduziu o indicador.

O trabalho por conta própria também atingiu o maior nível da série, com 25,9 milhões, alta de 1,9% no trimestre (mais 492 mil) e de 4,2% no ano (mais 1 milhão). Já o total de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,5 milhões) ficou estável nas duas comparações.

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) — Foto: Divulgação/Agência Brasil
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) — Foto: Divulgação/Agência Brasil

Entenda como o desemprego é calculado no Brasil
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