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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Dólar opera em queda e vai a R$ 5,75, com recuo de 'tarifaço' de Trump e ata do Copom no radar; Ibovespa cai

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No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,38%, cotada a R$ 5,8153. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 0,13%, aos 125.971 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 04 de Fevereiro de 2.025 às 11h00m

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Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters

O dólar passou a operar em queda nesta terça-feira (4), conforme investidores repercutiam o enfraquecimento do "tarifaço" proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos últimos dias. O cenário de juros brasileiro também seguia no radar.

O destaque fica com o novo anúncio da China, que respondeu às tarifas impostas pela maior economia do mundo. Nesta terça-feira, o gigante asiático anunciou novas tarifas de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis. As taxas passam a valer na próxima segunda-feira (10).

A decisão acontece apenas um dia depois de Donald Trump fazer acordos com o México e o Canadá — outros dois países que haviam sofrido a ameaça do "tarifaço" por parte do presidente norte-americano. (Entenda mais abaixo)

Já no cenário doméstico, as atenções ficam voltadas para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que aconteceu na semana passada e terminou com o aumento de 1 ponto percentual da Selic, taxa básica de juros, agora em 13,25% ao ano.

No documento, divulgado nesta terça, a instituição informa que projeta uma inflação acima da meta pelo menos até junho deste ano e destaca a preocupação com a alta dos preços dos alimentos, que deve "se propagar para o médio prazo".

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também opera em baixa.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar acumula alta de quase 28% em 2024

Dólar

Às 12h30, o dólar caía 0,81%, cotado a R$ 5,7685. Na mínima do dia, chegou a $ 5,7590. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,38%, cotada a R$ 5,8153.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,38% na semana e no mês;
  • recuo de 5,90% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,32%, aos 125.563 pontos.

Na véspera, o índice fechou em queda de 0,13%%, aos 125.971 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,13% na semana e no mês;
  • ganho de 4,73% no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

Os desdobramentos do "tarifaço" imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuam a fazer preço nos mercados pelo mundo.

Nesta terça-feira (4), a China impôs novas tarifas sobre importações dos EUA, em retaliação às taxações norte-americanas. O gigante asiático determinou um imposto de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis. As taxas passam a valer na próxima segunda-feira (10).

A decisão do gigante asiático é mais um passo na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, e coloca a atenção dos mercados sobre a efetividade da ameaça tarifária dos Estados Unidos — estratégia antiga usada pelo país para favorecimento próprio.

Desde sexta-feira (31), quando anunciou novas tarifas para três de seus principais parceiros comerciais, Trump já fez acordo com o México e com o Canadá. Em ambos os casos, o tratado determinou a pausa das tarifas durante um mês, além de medidas de ambos os países para controlar o que passa por suas fronteiras.

Por outro lado, no entanto, a briga tarifária entre EUA e China segue na mira dos investidores, em meio a temores de que a taxação possa aumentar a inflação no país norte-americano, por conta da alta nos preços de produtos e matérias-primas.

Esse cenário, caso se concretize, pode colocar ainda mais pressão no Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, em um momento em que a instituição tenta controlar os preços no país. Se a inflação subir demais, a instituição pode precisar aumentar os juros novamente.

Juros mais altos tornam o crédito mais caro para a população e empresas, reduzindo o consumo e, consequentemente, a pressão inflacionária. Mas também elevam a rentabilidade dos títulos públicos dos EUA, considerados os ativos financeiros mais seguros do mundo.

Nesse caso, há uma maior atração de investidores para os Estados Unidos, o que pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas, como o real. Caso isso se concretize, há um impacto global dos preços, já que muitos contratos de importação e exportação são feitos na moeda norte-americana.

Isso pode acelerar a inflação em mais países, especialmente aqueles que têm os EUA como principais parceiros comerciais

De olho nos juros

Já no cenário doméstico, as atenções ficam voltadas para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aconteceu na semana passada. O encontro terminou na decisão, por parte do colegiado, de mais um aumento da taxa básica de juros (Selic), em 1 ponto percentual.

No documento divulgado hoje, o comitê disse que as expectativas de inflação elevaram-se de forma significativa nos últimos meses – para o curto, médio e longo prazo. As projeções da instituição apontam para uma inflação acima da meta pelos próximos seis meses consecutivos.

A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é de uma inflação de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.

No regime de meta contínua, porém, se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Dessa forma, se as projeções se concretizarem, 2025 terá um novo estouro da meta de inflação.

Entre os pontos de pressão para a inflação, o Copom destaca a alta dos preços dos alimentos, a pressão do dólar sobre a economia e as perspectivas mais cautelosas sobre a capacidade do governo de equilibrar as contas públicas.

Com esses fatores no radar, a instituição já indicou um novo aumento de 1 ponto percentual em sua próxima reunião, o que deve levar a taxa Selic a 14,25% ao ano. Outras altas ainda devem vir pela frente e o mercado projeta os juros a 15% ao ano ao fim de 2025.

Juros maiores por aqui atraem mais investidores, porque os títulos públicos passam a entregar rentabilidades mais atrativas também. Isso pode ajudar a reduzir a pressão do dólar.

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Real tem segunda maior valorização frente ao dólar entre moedas de 27 países em janeiro

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No primeiro pregão de janeiro, a moeda americana era cotada a R$ 6,1624. No, último dia do mês, a cotação era de R$ 5,8372, uma diferença de mais de 30 centavos. Valorização foi de 6,41%.
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Por Bruna Miato, g1

Postado em 04 de Fevereiro de 2.025 às 07h15m

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Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters

O real foi a moeda com a segunda maior valorização frente ao dólar entre as moedas de 27 economias globais em janeiro de 2025, segundo levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria.

No primeiro mês do ano, a moeda brasileira registrou um avanço de 6,41% em relação ao dólar. No primeiro pregão de janeiro, a moeda americana era cotada a R$ 6,1624. Já na última sexta-feira (31), último dia do mês, a cotação era de R$ 5,8372, uma diferença de mais de 30 centavos.

O real só não se valorizou mais frente ao dólar do que o rublo russo, que disparou 12,09% em janeiro.

Outros países que se destacaram no mês foram Colômbia e China, com valorizações de 5,09% e 1,53% de suas moedas em relação ao dólar.

Veja o desempenho das moedas de 27 países em relação ao dólar em janeiro de 2025:

Desempenho das moedas em relação ao dólar em janeiro de 2025

País Moeda Variação
Rússia Rublo Russo 12,09%
Brasil Real 6,41%
Colômbia Peso Colombiano 5,09%
Israel Novo Shekel Israelense 2,24%
China Yuan 1,53%
Japão Iene 1,41%Sol
Peru Sol 1,35%
Coreia do Sul Won 1,06%
México Peso Mexicano 0,87%
África do Sul Rand Sul-Africano 0,75%
Chile Peso Chileno 0,41%
Noruega Coroa Norueguesa 0,18%
Arábia Saudita Rial Saudita 0,16%
Austrália Dólar Australiano 0,00%
Suíça Franco Suíço 0,00%
Zona do Euro Euro 0,00%
Dinamarca Coroa Dinamarquesa -0,28%
Hong Kong Dólar de Hong Kong -0,39%
Suécia Coroa Sueca -0,54%
Taiwan Dólar Tawianês -0,67%
Canadá Dólar Canadense -0,69%
Indonésia Rupia Indonésia -1,02%
Filipinas Peso Filipino -1,14%
Inglaterra Libra Esterlina -1,23%
Índia Rúpia Indiana -1,41%
Turquia Lira Turca -1,42%
Argentina Peso Argentino -1,99%

Segundo Rivero, os números revelam "uma tendência de fortalecimento de moedas de mercados emergentes, em um contexto de ajustes monetários globais e recomposição de fluxos de capital".

No Brasil, especificamente, a valorização do real está relacionada ao aumento do diferencial de juros entre o país e os Estados Unidos, destaca o especialista.

Na última semana de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do banco Central do Brasil (BC) elevou mais uma vez a Selic, taxa básica de juros. A alta foi de 1 ponto percentual, que levou a taxa Selic ao patamar de 13,25% ao ano. A instituição ainda indicou que novos aumentos devem acontecer nos próximos meses.

Já nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) optou por manter seus juros inalterados entre 4,25% e 4,50% ao ano.

Essa diferença entre os juros pode atrair mais investidores para o Brasil, na busca por investimentos com retornos maiores que os oferecidos nos EUA.

"A valorização do real pode trazer efeitos importantes para a economia brasileira. Em primeiro lugar, um câmbio mais forte tende a reduzir a pressão inflacionária ao baratear importações, especialmente de insumos e commodities estratégicas. No entanto, um real apreciado pode reduzir a competitividade de exportadores brasileiros, impactando setores como o agronegócio e a indústria", comenta Rivero.

 Banco Central do Brasil

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