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terça-feira, 16 de novembro de 2021

A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC

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País está se aquecendo em um ritmo duas vezes mais rápido do que o resto do mundo, segundo o governo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 16 de novembro de 2021 às 19h25m

Post.- N.\ 10.085

A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC — Foto: Reprodução/BBC
A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC — Foto: Reprodução/BBC

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou durante a COP 26, a conferência climática das Nações Unidas, que o país está se aquecendo em um ritmo duas vezes mais rápido do que o resto do mundo.

Esse aumento de temperaturas foi duramente sentido na cidade de Lytton, no sul do país.

Em junho de 2021, os termômetros locais atingiram 49,6ºC, a maior temperatura já registrada em um lugar tão ao norte do planeta.

Um dia depois de atingir essa marca, o pequeno município foi engolido por chamas.

A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC — Foto: Reprodução/BBC
A cidade do Canadá destruída em horas por fogo após registrar 49,6ºC — Foto: Reprodução/BBC

Meu senso de pertencimento a um lugar desapareceu numa nuvem de fumaça em 30 de junho, diz Patrick Michell, líder da comunidade indígena Kanaka Bar, que vive no local.

Após perder sua casa no incêndio, ele teve que se mudar para um motor home com a esposa. A filha dele, Serena, estava grávida de oito meses no dia do incêndio e teve que fugir levando apenas algumas roupas.

Os desabrigados de Lytton agora buscam respostas e responsáveis pelo incidente.

Existe a suspeita de que uma faísca vinda da estrada de ferro local tenha dado origem às chamas, mas uma investigação não encontrou ligação entre a linha de trem e o incêndio.

Neste vídeo da série Vida a 50ºC, a BBC foi até a cidade canadense destruída pelo fogo, onde alguns moradores planejam construir novas casas de forma mais sustentável.

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O polêmico teste de míssil russo que forçou astronautas a buscar refúgio

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EUA afirmam que Rússia destruiu satélite "imprudentemente", colocando astronautas no espaço em perigo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 16 de novembro de 2021 às 15h20m

Post.- N.\ 10.084

Rússia testa míssil e coloca em risco a tripulação da Estação Espacial Internacional
Rússia testa míssil e coloca em risco a tripulação da Estação Espacial Internacional 

O governo dos Estados Unidos criticou a Rússia por conduzir um teste de míssil "perigoso e irresponsável" que, segundo eles, colocou em perigo a tripulação a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

O teste explodiu um dos próprios satélites da Rússia, criando destroços que forçaram a tripulação da ISS a se abrigar em cápsulas.

A estação tem atualmente sete tripulantes a bordo — quatro americanos, um alemão e dois russos.

A estação espacial orbita a uma altitude de cerca de 420 km (260 milhas).

Como é morar na ISS?

"Hoje cedo, a Federação Russa conduziu imprudentemente um teste de satélite destrutivo de um míssil anti-satélite de ascensão direta contra um de seus próprios satélites", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, em uma entrevista a jornalistas.

"O teste gerou até agora mais de 1,5 mil fragmentos orbitais rastreáveis e centenas de milhares de fragmentos orbitais menores que agora ameaçam os interesses de todas as nações."

O administrador da Nasa, Bill Nelson, disse que ficou indignado com o incidente.

"Com sua longa e célebre história em voos espaciais humanos, é impensável que a Rússia coloque em risco não apenas os astronautas americanos e internacionais parceiros da ISS, mas também seus próprios cosmonautas", bem como "taikonautas" (astronautas chineses) a bordo da estação espacial da China, disse ele em um comunicado.

A agência espacial russa Roscosmos minimizou o incidente.

"A órbita do objeto, que forçou a tripulação hoje a se deslocar para a espaçonave de acordo com os procedimentos padrão, se afastou da órbita da ISS. A estação está na zona verde", escreveu a agência no Twitter.

A origem dos destroços, que não causaram maiores danos, está agora sob os holofotes.

Eles parecem pertencer a um satélite espião russo desativado há muitos anos, o Kosmos-1408, pesando mais de uma tonelada e lançado em 1982.

LeoLabs, uma empresa de rastreamento de detritos espaciais, disse que sua instalação de radar na Nova Zelândia detectou vários objetos onde a nave espacial extinta deveria estar.

Astronautas da ISS estão cada vez mais tendo que tomar medidas de precaução quando fragmentos de velhos satélites e foguetes se aproximam. — Foto: Reuters via BBC
Astronautas da ISS estão cada vez mais tendo que tomar medidas de precaução quando fragmentos de velhos satélites e foguetes se aproximam. — Foto: Reuters via BBC

Price descreveu a ação russa como "perigosa e irresponsável" e disse que isso demonstra que as "alegações do país de se opor ao armamento do espaço são falsas e hipócritas".

"Os EUA trabalharão com nossos parceiros e aliados para responder a seu ato irresponsável", disse ele.

E o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse que o teste "mostra um desprezo total pela segurança, proteção e sustentabilidade do espaço".

"Os destroços resultantes deste teste permanecerão em órbita, colocando satélites e voos espaciais humanos em risco por muitos anos", acrescentou. 
Análise por Jonathan Amos, correspondente de Ciências da BBC

É difícil não ver os testes de mísseis anti-satélite como uma forma de loucura.

É impossível controlar o campo de destroços que resulta de um impacto de alta velocidade. Milhares de fragmentos são produzidos. Alguns serão lançados para baixo em direção à Terra e fora de perigo, mas muitos também irão para altitudes mais elevadas, onde vão pertubar missões operacionais por anos no futuro - incluindo aquelas do estado-nação que realizou o teste.

O que os cosmonautas russos na estação espacial pensaram quando se abrigaram em sua cápsula Soyuz na manhã de segunda-feira, devido ao risco de que os fragmentos deste teste atingissem onde estavam?

O lixo espacial é uma situação que piora rapidamente. Sessenta e quatro anos de atividade acima de nossas cabeças resultaram em cerca de 1 milhão de objetos viajando descontrolados por lá na faixa de tamanho de 1 cm (0,4 pol.) a 10 cm.

Um impacto de qualquer um desses poderia ser o fim da missão de um satélite de clima ou telecomunicações vital. As nações precisam limpar o ambiente espacial, não poluí-lo ainda mais.

Vários países têm a capacidade de lançar satélites ao espaço, incluindo os EUA, Rússia, China e Índia.

O teste de tais mísseis é raro, mas sempre atrai ampla condenação sempre que ocorre, porque polui o ambiente espacial para todos.

Quando a China destruiu um de seus satélites meteorológicos aposentados em 2007, ela criou mais de 2 mil fragmentos rastreáveis. Este material representava um perigo contínuo para as missões espaciais operacionais, principalmente as da própria China.

Brian Weeden, um especialista em consciência situacional do espaço, disse anteriormente que, se fosse confirmado que a Rússia havia conduzido um teste que colocava a ISS em perigo, a conduta teria sido "além de irresponsável".

A estação espacial ocupa uma concha orbital que outros operadores tentam manter longe de satélites, estejam funcionando ou aposentados.

No entanto, os astronautas estão cada vez mais tendo que tomar medidas de precaução quando fragmentos de velhos satélites e foguetes se aproximam.

A velocidade com que esse material se move significa que ele pode facilmente perfurar as paredes dos módulos da estação.

A precaução costuma envolver o fechamento de escotilhas entre os módulos e, como aconteceu na segunda-feira, a escalada nas cápsulas que levaram os astronautas até a estação. Esses veículos ficam presos à ISS durante todo o período de serviço das tripulações, caso haja a necessidade de uma fuga rápida por "barco salva-vidas".

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Expedições em busca das árvores gigantes da Amazônia estudam impacto das espécies na natureza

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Espécies de angelim-vermelho e castanheiras entre 80 e 90 metros atuam diretamente na sobrevivência das demais árvores ao redor.
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Por Laura Machado, g1 AP — Macapá

Postado em 16 de novembro de 2021 às 13h15m

Post.- N.\ 10.083

Viagem mostra do alto a dimensão das árvores gigantes da Amazônia, no Amapá
Viagem mostra do alto a dimensão das árvores gigantes da Amazônia, no Amapá

Encontradas e estudadas a partir de 2019, as "árvores gigantes da Amazônia" - espécies de angelim-vermelho e castanheiras, com altura entre 80 e 90 metros - impactam muito mais no ambiente ao redor do que os cientistas imaginavam. Os exemplares foram identificados e mapeados ao longo de quatro expedições em unidades de conservação nas regiões central e sul do Amapá.

Até então desconhecidas como sendo tão altas, as árvores foram identificadas na região a partir de um estudo sobre impactos no solo. Usando tecnologia de ponta foram identificados os aglomerados de árvores gigantes.

O projeto começou quando eu estava em um grupo de pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em São José dos Campos. Nosso objetivo era fazer um mapa de biomassa da Amazônia e, dentro desse objetivo, fizemos uma coleta intensa de dados utilizando um avião e um equipamento inovador que funciona como um laser, explicou Eric Gorgens, professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e coordenador das expedições.

Pesquisadores catalogando as espécies de árvores gigantes — Foto: Rafael Aleixo/Governo do Amapá
Pesquisadores catalogando as espécies de árvores gigantes — Foto: Rafael Aleixo/Governo do Amapá

A tecnologia de captação de dados utilizada é conhecida como LiDAR (Light Detection and Ranging), um laser capaz de detectar uma superfície e fazer uma modelação tridimensional, o que possibilita detalhar a altura precisa da vegetação.

Os cientistas conseguiram constatar que apenas uma árvore gigante é responsável por mais de 60% de toda a biomassa das outras árvores ao redor dela.

A biomassa compreende a quantidade de carbono, matéria e elemento madeira existente na natureza. O mapa de biomassa ajuda a entender a quantidade de carbono emitida por um desmatamento ou o volume captado pela regeneração dessas vegetações.

Expedições contaram com pesquisadores nacionais e internacionais — Foto: Rafael Aleixo/Governo do Amapá
Expedições contaram com pesquisadores nacionais e internacionais — Foto: Rafael Aleixo/Governo do Amapá

Desde o início, o projeto das expedições teve a participação de representantes de instituições nacionais e internacionais. A última visita contou com a colaboração da pesquisadora da Universidade de Swansea, no Reino Unido, Jacqueline Rosette.

Localmente, atuaram o Instituto Federal do Amapá (Ifap) e a Universidade do Estado do Amapá (Ueap). O projeto é financiado pelo Fundo Natura para Desenvolvimento Sustentável das Comunidades (Fundo Iratapuru).

Árvores gigantes estão localizadas em áreas de reserva e preservação ambiental no Pará e Amapá — Foto: Reprodução
Árvores gigantes estão localizadas em áreas de reserva e preservação ambiental no Pará e Amapá — Foto: Reprodução

Empoderamento comunitário

Os moradores das comunidades próximas às árvores também são parte importante na construção da pesquisa. A população é responsável por ajudar os cientistas a levantar orçamentos de custos, já que conhecem melhor a região.

Além da iniciativa estatal, as pesquisas podem ser financiadas pela iniciativa privada, o que pode agilizar e viabilizar novas visitas à campo, já que as despesas costumam ser muito altas e demandam uma equipe e maquinários específicos.

Quarta expedição encontrou novo exemplar de árvore gigante em Mazagão — Foto: Rafael Aleixo/Governo do Amapá
Quarta expedição encontrou novo exemplar de árvore gigante em Mazagão — Foto: Rafael Aleixo/Governo do Amapá 

É um ganho mútuo. Existem várias instituições do estado que começaram a perceber potenciais e isso para a gente é muito importante, porque expedições como essas são muito caras. Na primeira mobilizamos 30 pessoas, na última apenas 14, pois é uma logística que demanda um preparo muito intenso, afirmou Gorgens.

As capacitações com moradores visam o "empoderamento" e a autonomia da comunidade, para que posteriormente eles possam identificar essas espécimes por conta própria.

Árvores gigantes são responsáveis por grande parte da biomassa do bioma local no Amapá — Foto: Rafael Aleixo/Acervo Pessoal
Árvores gigantes são responsáveis por grande parte da biomassa do bioma local no Amapá — Foto: Rafael Aleixo/Acervo Pessoal

Base de ecologia tropical

Em expedições futuras, os pesquisadores visam implementar uma base de ecologia tropical em São Francisco do Iratapuru, comunidade no município de Laranjal do Jari, ao sul do Amapá.

Para isso, é necessário o investimento financeiro para custear toda a infraestrutura necessária, além de outros itens como combustível e alimentação da equipe.

"Até as comunidades têm dificuldade em mapear esses recursos. Sentamos com eles para tentar entender onde vamos colocar cada coisa, porque lá eles só possuem energia de 18h às 22h. O investimento vai desde maquinário até o tipo de barco. A ciência tem muito disso, da conversa (...) e pode ser uma aliada forte no desenvolvimento comunitário", completou o coordenador.

Expedições anteriores

Expedição localiza a maior árvore do Amapá e a segunda maior da Amazônia, de 85,4 metros
Expedição localiza a maior árvore do Amapá e a segunda maior da Amazônia, de 85,4 metros

A terceira expedição do projeto que mapeia as gigantes na Amazônia encontrou a árvore mais alta do Amapá, que é a segunda maior da região a ser registrada cientificamente. A notável é da espécie angelim-vermelho, tendo 85,44 metros de altura, 9,45 metros de circunferência 3 metros de diâmetro. O achado é um marco e empolgou pesquisadores que a localizaram (assista no vídeo acima).

Em 2019 foi descoberta a árvore mais alta da Amazônia, de 88 metros, na divisa entre o Amapá e o Pará. Com a ajuda dela, os pesquisadores deram início a uma saga para descobrir outras "gigantes" na região a partir de um projeto do Instituto Federal do Amapá (Ifap). Em janeiro, foi descoberto um novo santuário no sul do estado.

Antes dessa, as maiores árvores registradas no Amapá eram uma castanheira de 66 metros e um angelim-vermelho de 79,19 metros, mapeados no início do ano. Só para ter uma comparação, a média de altura das árvores da Amazônia fica entre 40 e 50 metros.

Árvore mais alta já mapeada no Amapá tem 85,44 metros de altura — Foto: Ifap/Divulgação
Árvore mais alta já mapeada no Amapá tem 85,44 metros de altura — Foto: Ifap/Divulgação

O grupo saiu da sede de Porto Grande, município a 102 quilômetros de Macapá, no dia 24 de setembro. Com ajuda de satélites e outros equipamentos, os pesquisadores chegaram à gigante após 3 dias de caminhada, na região do Rio Cupixi, nos limites da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru.

Após 3 dias de expedição, a equipe encontrou a maior árvore gigante do Amapá. Trata-se do Angelim Vermelho, o que consolida a espécie como a maior em altura da Amazônia, explica o coordenador do projeto Árvores Gigantes e professor do Ifap, Diego Armando.

Foi durante a quarta expedição e mais recente expedição da saga em busca das árvores gigantes, que os pesquisadores encontraram mais uma árvore despontando no meio da floresta, um angelim de 83 metros de altura fincado no meio da mata da região do Camaipi, município de Mazagão, mais de 40 quilômetros da capital Macapá.

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