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quinta-feira, 20 de julho de 2023

Anuário: Veja lista com as 50 cidades mais violentas do Brasil

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Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica as taxas de mortes violentas intencionais. Lista leva em consideração os municípios com 100 mil habitantes ou mais.
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Por Arthur Stabile, Deslange Paiva e Gustavo Honório, g1 SP — São Paulo

Postado em 20 de julho de 2023 às 12h25m

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Operação policial na Bahia, estado com os quatro municípios mais violentos do país — Foto: Divulgação/Ascom-SSP
Operação policial na Bahia, estado com os quatro municípios mais violentos do país — Foto: Divulgação/Ascom-SSP

Dados do Anuário divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram quais são as 50 cidades mais violentas do Brasil com população acima de 100 mil habitantes no ano de 2022.

A lista tem como referência as taxas de mortes violentas intencionais, chamadas de MVIs no nome técnico, divulgadas pelas secretarias de segurança pública de cada estado.

A Bahia lidera a lista e tem os quatro municípios mais violentos do país: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari (veja na lista abaixo).

Veja, após a tabela, mais destaques do anuário.

As mortes violentas intencionais levam em conta os crimes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio).

Lista das 50 cidades mais violentas do Brasil (população acima de 100 mil habitantes)

Município Estado Taxa de Mortes Violentas Intencionais (2022)
1 Jequié BA 88,8
2 Santo Antônio de Jesus BA 88,3
3 Simões Filho BA 87,4
4 Camaçari BA 82,1
5 Cabo de Santo Agostinho PE 81,2
6 Sorriso MT 70,5
7 Altamira PA 70,5
8 Macapá AP 70,0
9 Feira de Santana BA 68,5
10  Juazeiro BA 68,3
11  Teixeira de Freitas BA 66,8
12  Salvador BA 66,0
13  Mossoró RN 63,5
14  Ilhéus BA 62,1
15  Itaituba PA 61,6
16  Itaguaí RJ 61,6
17  Queimados RJ 61,2
18 Luís Eduardo Magalhães BA 56,5
19  Eunápolis BA 56,3
20  Santa Rita PB 56,0
21  Maracanaú CE 55,9
22  Angra dos Reis RJ 55,5
23  Manaus AM 53,4
24  Rio Grande RS 53,2
25  Alagoinhas BA 53,0
26  Marabá PA 51,8
27 Vitória de Santo Antão PE 51,5
28  Itabaiana SE 51,2
29  Caucaia CE 51,2
30 São Lourenço da Mata PE 50,3
31  Santana AP 49,4
32  Paragominas PA 49,3
33  Patos PB 47,5
34  Paranaguá PR 47,3
35  Parauapebas PA 46,9
36  Macaé RJ 46,7
37  Caxias MA 46,5
38  Parnaíba PI 46,3
39  Garanhuns PE 44,9
40 São Gonçalo do Amarante RN 44,9
41  Alvorada RS 44,8
42 Jaboatão dos Guararapes PE 44,6
43  Duque de Caxias RJ 44,3
44  Almirante Tamandaré PR 44,2
45  Castanhal PA 44,2
46   Campo Largo PR 43,3
47  Porto Velho RO 42,1
48  Ji-Paraná RO 41,8
49  Belford Roxo RJ 41,8
50  Marituba PA 41,6

Ao todo, o Brasil registrou queda de 2,4% nas mortes violentas intencionais de 2022 para 2021: de 48,4 mil para 47,5 mil (veja o histórico por estado na arte abaixo).

Os crimes de homicídio doloso (-1,7%) e latrocínio (-15,3%) apresentaram diminuição de 2021 para 2022, enquanto as lesões corporais seguidas de morte (18%) e os assassinatos de policiais (30%) cresceram no mesmo período.

Das cinco regiões do país, três tiveram alta nas mortes violentas intencionais: Sul (3,4%), Norte (2,7%) e Centro-Oeste (0,8%). As quedas ocorreram no Nordeste (-4,5%) e no Sudeste (-2%), o que puxou a redução geral dos números em todo o país.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou nesta quinta-feira (20) em rede social uma lista de ações planejadas pelo governo para lidar com o aumento de crimes violentos, como o estupro, e de casos de estelionato e racismo. Dino fala em "plano específico para a Amazônia" e controle de armas para combater alta da violência.

Veja no mapa:

Entram nas estatísticas os dados envolvendo a atuação policial, tanto a letalidade (quando as polícias matam), quanto a mortalidade (quando agentes de segurança pública são mortos).

As polícias do Brasil mataram um total de 6.430 pessoas durante o serviço ou em horário de folga em 2022. O número representa 17 vítimas de policiais por dia.

A estatística indica tendência de estabilidade ao ser comparada com os registros feitos em 2021, quando agentes de segurança pública mataram 6.524 pessoas - redução de 1,4% em 12 meses.


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Peixe 'gigante' é flagrado por mergulhadores de Taiwan e vídeo viraliza

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Espécie é comumente confundida com o peixe-remo e tem até lenda urbana que relaciona sua aparição à ocorrência de terremotos. Conheça o animal e veja suas principais características.
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Por g1 — São Paulo

Postado em 20 de julho de 2023 às 06h35m

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Peixe 'gigante' é filmado por mergulhadores de Taiwan e vídeo viralizaPeixe 'gigante' é filmado por mergulhadores de Taiwan e vídeo viraliza

O registro de um peixe diferentão avistado em Taiwan viralizou nas redes sociais nos últimos dias. As imagens foram gravadas por mergulhadores em junho e mostram uma espécie quase do tamanho de uma pessoa adulta, sem nadadeiras laterais, com escamas lisas e reflexivas e olhos grandes.

A cena deixou os internautas se perguntando: "afinal, que peixe é esse?"

Há quem diga que se trata do peixe-remo, mas especialistas consultados pelo g1 explicam que se trata de uma espécie da família Trachipteridae, do gênero Trachipterus. Segundo o biólogo Pedro Henrique Tunes, a espécie das filmagens é o peixe-fita.

Peixe-fita. — Foto: Reprodução/@_aclassic_/@chengruwang
Peixe-fita. — Foto: Reprodução/@_aclassic_/@chengruwang

Entre as principais características da espécie, estão:

  • Corpo alongado, mas achatado lateralmente.
  • Inexistência de nadadeira na parte inferior.
  • Olhos grandes, distantes da boca.
  • Parte inferior afinada.
  • Escamas lisas e muito próximas, que causam um efeito reflexivo.
"O peixe-remo também é bem achatado e comprido, mas a principal característica da espécie, que dá seu nome, são justamente nadadeiras em formato de remo que ficam na frente de seu corpo. Além disso, na cabeça, o peixe-remo tem uma nadadeira em vermelho-vivo, diferente do peixe-fita."
— Pedro Henrique Tunes, biólogo e divulgador científico.

Mas as espécies têm outra similaridade, que é o tamanho massivo. Enquanto o peixe-remo pode passar dos 3 metros, o peixe-fita é um pouco mais discreto, podendo medir de 1 metro a 3 metros. Em casos raros, a espécie pode chegar aos 4 metros de comprimento.

Buracos no corpo

O peixe flagrado pelos mergulhadores chamou a atenção ainda por outro motivo. Em um lado de seu corpo, é possível ver dois buracos, que também geraram curiosidade.

Pedro Henrique Tunes explica, no entanto, que não existe um grande mistério sobre essa característica.

"Esses buracos são bastante comuns em animais marinhos grandes. Eles são causados pelo tubarão charuto, uma espécie que já foi encontrada aqui no Brasil e é conhecida por se alimentar de pequenos pedaços de suas presas."

— Pedro Henrique Tunes, biólogo e pesquisador.

Diferente de outras espécies de tubarão, que matam e se alimentam de todas as partes possíveis de seus alvos, o tubarão charuto dá mordidas e nem sempre mata sua presa. Aqueles que sobrevivem ficam com as cicatrizes em formas de buraco.

Espécie, gênero e família

Os especialistas ouvidos pela reportagem concordam que o animal do vídeo é do gênero Trachipterus e da família dos Trachipteridae. Mas não há consenso sobre a espécie.

"É difícil de dizer porque a taxonomia do gênero é um pouco incerta hoje", explica Mario César Cardoso de Pinna, ictiólogo e professor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.

Já Pedro Henrique Tunes arrisca e sugere se tratar da espécie Fukuzaki.

"Esse gênero de peixes é encontrado no mundo todo, e essa espécie vive no Oceano Pacífico. Mas como são animais que vivem em águas relativamente profundas, a cerca de 500 metros de profundidade, em média, é difícil fazer o rastreamento e, eventualmente, aparecem em outros lugares."

— Pedro Henrique Tunes, biólogo e pesquisador.

Raridade de avistamento e lendas urbanas

Apesar de serem raras as aparições do peixe-fita e de não se saber qual é sua população atual, ele não está classificado como espécie ameaçada de extinção.

A maioria dos peixes da ordem Lampriformes, à qual pertence Trachipterus, são peixes raramente avistados. Isso não quer dizer que sejam realmente raros ou ameaçados. São simplesmente de um habitat profundo ao qual não se tem muito acesso.

— Mario César Cardoso de Pinna, ictiólogo e professor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.

E justamente por ser um animal pouco observado, surgiram lendas urbanas sobre as rasas ocasiões em que a espécie foi vista.

"Existe uma lenda muito comum na região do Japão, Taiwan e nas Coreias de que o peixe-fita é visto sempre que tem um terremoto chegando."

— Pedro Henrique Tunes, biólogo e pesquisador.

Isso, no entanto, não passa de uma crendice. "Por muito tempo, houve essa teoria de que, por ele viver em águas relativamente mais fundas, seria sensível e iria perceber alguma vibração que indicasse terremoto, e subiria para a superfície por causa disso", explica o biólogo.

No entanto, nenhuma pesquisa encontrou correlação entre os avistamentos do peixe e a ocorrência de terremotos. Para o pesquisador, a lenda teve origem de outro desastre natural, os tsunamis.

Depois de tsunamis, que são frequentes na área, aparecem muitos peixes nas praias e, de vez em quando, aparecia o peixe-fita, que as pessoas não conheciam. Por isso, tanto o peixe-fita quanto o peixe-remo passaram a ser associados a terremotos, conclui Pedro Henrique Tunes.

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