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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Copom faz novo corte, e juro básico cai para 2,25% ao ano

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Taxa estava em 3% ao ano desde o dia 6 de maio. Próxima reunião do comitê está marcada para os dias 4 e 5 de agosto. 
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Por Laís Lis, G1 — Brasília  
17/06/2020 18h06  Atualizado há 3 horas
Postado em 17 de junho de 2020 às 

                     Post.N.\9.346                
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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu nesta quarta-feira (17) a taxa básica de juros da economia brasileira de 3% para 2,25% ao ano. Esta foi a oitava redução consecutiva. A decisão foi unânime.

O corte renovou o menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.
A decisão do Copom foi tomada em um momento de forte redução do nível de atividade da economia mundial em razão da pandemia do coronavírus, o que tem impactado os índices de inflação.

A evolução da Taxa Selic
Desde 2017, em % ao ano
Fonte: Banco Central

Em comunicado, o comitê afirmou que o momento exige estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconheceu também que "o espaço remanescente para utilização da política monetária é incerto e deve ser pequeno.

O Copom também informou que que os cortes na Selic já implementados parecem compatíveis com os impactos da pandemia da Covid-19, e queum eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual.

Na última reunião, os membros do comitê já haviam afirmado que consideravam um último corte para esta reunião.

O governo brasileiro já admite um tombo de 4,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, enquanto os economistas do mercado financeiro estimam um recuo de 6,5% em 2020.
No comunicado, o Copom destaca que a divulgação do PIB do primeiro trimestre confirmou a maior queda desde 2015, refletindo os efeitos iniciais da pandemia. E, que indicadores sugerem que a contração no segundo trimestre será ainda maior.

Com a forte queda da atividade econômica, os preços têm caído. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,38%. Foi o segundo mês consecutivo de queda nos preços e o menor índice desde agosto de 1998.

O mercado financeiro prevê que o IPCA ficará em 1,60% neste ano, isto é, abaixo do piso de 2,5% previsto pelo sistema de metas.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Banco Mundial projeta queda de 8% no PIB do Brasil em 2020
Banco Mundial projeta queda de 8% no PIB do Brasil em 2020

Aplicações renderão menos
A redução da Selic também afeta aplicações financeiras como a caderneta de poupança e os investimentos em renda fixa.

No caso da poupança, a regra atual de remuneração prevê que os rendimentos estão atrelados aos juros básicos sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano.

Nesse cenário, a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo Banco Central. A norma vale apenas para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012.

Com o juro da economia em 2,25% ao ano, a correção da poupança será de 70% desse valor – o equivalente a 1,575% ao ano, mais a Taxa Referencial.

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Com pandemia, setor de serviços tem queda recorde de 11,7% em abril

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Setor passa a acumular perda de 18,7% em 3 meses seguidos de retração, mostra IBGE. Serviços prestados às famílias registram tombo de 44,1% no mês. 
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1  
17/06/2020 09h00  Atualizado há 2 horas
Postado em 17 de 17 de junho de 2020 às 11h10m  

                     Post.N.\9.345                
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Vista do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em maio, em meio à pandemia do coronavírus (COVID-19) — Foto: Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo
Vista do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em maio, em meio à pandemia do coronavírus (COVID-19) — Foto: Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo

O volume de serviços prestados no Brasil teve queda recorde de 11,7% em abril, na comparação com março, com perdas generalizadas em todas as as atividades, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse é o terceiro recuo consecutivo e o mais intenso da série histórica, iniciada em janeiro de 2011", destacou o IBGE.
Na comparação com abril do ano passado, a queda foi ainda maior, de 17,2% – a segunda taxa negativa nesta base de comparação.

Esta foi a primeira vez que a pesquisa refletiu um mês inteiro sob o quadro de isolamento social e de restrições impostas pela pandemia de coronavírus, que começaram a ser implementadas no país na segunda quinzena de março.
Volume de serviços mês a mês — Foto: Economia G1
Volume de serviços mês a mês — Foto: Economia G1

Com o tombo recorde em abril, o setor, que possui o maior peso na composição do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, passou a acumular perda de 18,7% em 3 meses.
Com os resultados de abril, o setor de serviços atingiu o patamar mais baixo da série histórica da pesquisa. Ele ficou 27% abaixo do pico mais alto, registrado em novembro de 2014, e bem abaixo do piso até então alcançado, em maio de 2018, quando ficou 15,7% abaixo do pico.
Os números de abril vieram piores do que as expectativas do mercado. Pesquisa da Reuters com analistas apontava contração de 10,5% no mês e de 15,8% no ano.

Setor passa para o vermelho no acumulado em 12 meses
No acumulado do ano, a queda é de 4,5% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, passou de uma alta de 0,7% em março para retração de 0,6% em abril, evidenciando quão expressiva foi a queda do setor em 2020 diante da pandemia.

O acumulado em 12 meses é um indicador mais demorado, de trajetória de longo prazo. Até mesmo por isso, perder 1,3 ponto percentual de um mês para o outro é muito expressivo, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
A recuperação, quando ocorrer, vai ser de forma bastante devagar e paulatina, não rápida como vimos com a greve dos caminhoneiros, que foi imediata, avalia Lobo.
Setor de serviços cai 11,7% em abril
Setor de serviços cai 11,7% em abril

Quedas recordes em todas as 5 atividades
Este foi o segundo mês seguido em que os cinco grandes ramos de atividade do setor tiveram queda, com forte impacto da pandemia nos setores de transportes e nas operações de hotéis e restaurantes.

O tombo em abril foi recorde em todas as atividades, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-17,8%) e serviços prestados às famílias (-44,1%). Em 2 meses, esses dois setores acumulam quedas de 24,9% e 61,6%, respectivamente.

Os demais resultados negativos vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-8,6%), de informação e comunicação (-3,6%) e de outros serviços (-7,4%).

Considerando todos os subgrupos, os tombos mais expressivos foram registrados no transporte aéreo (-73,8%), nos serviços de alojamento e alimentação (-46,5%) e nos outros serviços prestados às famílias, incluindo salões de beleza, academias e reparos (-33,3%).

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, antes da pandemia a última vez que se observou queda disseminada entre todos os cinco ramos foi em maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros.

Veja a variação do volume de serviços em abril, por atividade e subgrupos:
  • Serviços prestados às famílias: -44,1%
  • Serviços de alojamento e alimentação: -46,5%
  • Outros serviços prestados às famílias (salões de beleza, academias, reparos, etc): -33,3%
  • Serviços de informação e comunicação: -3,6%
  • Serviços de tecnologia da informação e comunicação: -1,1%
  • Telecomunicações: 0,1%
  • Serviços de tecnologia da informação: -2,4%
  • Serviços audiovisuais: -22,7%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -8,6%
  • Serviços técnico-profissionais: -3,5%
  • Serviços administrativos e complementares: -9,9%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -17,8%
  • Transporte terrestre: -20,6%
  • Transporte aquaviário: -0,1%
  • Transporte aéreo: -73,8%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -5,8%
  • Outros serviços: -7,4%
Índice de atividades turísticas tem queda recorde de 54,5%
O índice de atividades turísticas também teve forte recorde, com um tombo de 54,5% em abril, após queda de 30% em março.

Regionalmente, todas as 12 unidades da federação acompanharam este movimento de retração observado no Brasil, com destaque para São Paulo (-52,0%), seguido por Rio de Janeiro (-52,7%), Minas Gerais (-49,4%) e Bahia (-63,1%).

Na comparação com abril de 2019, houve retração de 67,3%. No acumulado no ano, a queda ficou em 20,9% frente a igual período do ano passado, pressionada, sobretudo, pelos ramos de restaurantes; hotéis; transporte aéreo e rodoviário coletivo (ambos de passageiros); e catering, bufê e outros serviços de comida preparada.
Com a crise, as atividades turísticas perderam participação no setor de serviços. Antes da pandemia, representava 13% de todo o setor. Em março, essa participação passou para 9,5%, caindo quase pela metade em abril, quando ficou em 4,86%

Serviços caíram em 26 das 27 Unidades da Federação
Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação tiveram recuos entre marco e abril, com destaque para São Paulo (-11,6%) e Rio de Janeiro (-12,7%), que sofreram pressão negativa, principalmente, dos segmentos de alojamento e alimentação.

A única alta foi registrada em Mato Grosso (9%), cuja expansão é explicada não só pela baixa base de comparação, já que em março os serviços haviam recuado 12,6%, mas também pelo bom desempenho do transporte de cargas.

Cenário de recessão e perspectivas
A atividade de serviços sofreu contração de 1,56% no 1º trimestre, o que teve forte influência na queda de 1,5% do PIB nos três primeiros meses do ano, já que exerce forte peso sobre a atividade.

Na véspera, o IBGE mostrou que as vendas do comércio varejista registraram tombo recorde de 16,8% em abril. Na produção industrial, a queda também foi recorde em abril, com recuo de 18,8% na comparação com março.

Apesar do afrouxamento das medidas de isolamento no país e da reabertura de boa parte das atividades, os economistas do mercado financeiro continuam piorando as estimativas para o PIB do Brasil em 2020 em meio a incertezas sobre a recuperação da economia, tensões políticas e aumento do desemprego.
IBGE mostra que um milhão de brasileiros ficaram desempregados em maio
IBGE mostra que um milhão de brasileiros ficaram desempregados em maio

A projeção do mercado passou de queda de 6,48% para um tombo de 6,51% do PIB em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central divulgado na segunda-feira (15). Caso a expectativa se confirme, será o pior desempenho anual desde 1901, pelo menos.

Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que a retração do PIB do Brasil poderá chegar a 9,1% em caso de segunda onda da pandemia e necessidade de regresso aos confinamentos.
OCDE afirma que economia mundial vai ter a maior queda da história em tempos de paz
OCDE afirma que economia mundial vai ter a maior queda da história em tempos de paz

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Entenda como 15 países em cinco continentes dominaram a pandemia

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Empresa alemã de análise de dados lista os casos de sucesso de recuperação desde que o novo coronavírus tornou-se ameaça ao planeta.
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Por Sandra Cohen
Especializada em temas internacionais, foi repórter, correspondente e editora de Mundo em 'O Globo'
17/06/2020 05h01  Atualizado há uma hora
Postado em 17 de junho de 2020 às 10h00m  
      Post.N.\9.344  
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Pessoas se sentam em café ao ar livre em Nelson, na Nova Zelândia, no primeiro dia após o fim das regulamentações depois de o país ser declarado livre do coronavírus, na terça-feira (9) — Foto: Reuters/Tatsiana Chypsanava
Pessoas se sentam em café ao ar livre em Nelson, na Nova Zelândia, no primeiro dia após o fim das regulamentações depois de o país ser declarado livre do coronavírus, na terça-feira (9) — Foto: Reuters/Tatsiana Chypsanava

Quinze países, em cinco continentes, destacam-se por terem dominado a pandemia do novo coronavírus. São casos identificados pela empresa alemã Iunera, de análise de dados, como um caminho bem-sucedido de recuperação".

Desde que o Sars-Cov-2 deu os primeiros sinais, há sete meses, a doença imprimiu uma nova rotação ao planeta, com 8 milhões de infectados e 440 mil mortos.

A grande maioria adotou bloqueios rígidos ou recorreu a toques de recolher para achatar a curva da doença, sem sobrecarregar o sistema de saúde.
Leia abaixo como os 15 se livraram do novo coronavírus e estão encaram a pós-pandemia.

ÁFRICA — Tunísia, Marrocos e Chade
Clientes em mercado de Túnis, capital da Tunísia, em 4 de maio de 2020 — Foto: Fethi Belaid / AFP
Clientes em mercado de Túnis, capital da Tunísia, em 4 de maio de 2020 — Foto: Fethi Belaid / AFP

Após enfrentar três meses de toque de recolher, a Tunísia planeja reabrir suas fronteiras dentro de dez dias. Lojas, empresas, mesquitas, cafés e hotéis, que sustentam a vocação turística do país, equivalente a 10% do PIB, já funcionam normalmente.

O país recebeu elogios da OMS por implementar rastreamento e quarentena, quando o número de casos era inferior a 100. Ainda assim, com 1.125 doentes de Covid-19 e 49 mortos, o governo custou a declarar vitória sobre o coronavírus. O premiê Elyes Fakhfakh só o fez neste domingo, quando já não havia novos casos registrados.
O marroquino Daoui Mohammed, presidente da associação comunitária Anwal, posa para uma foto em Sale, no Marrocos. Daoui contribui e ajuda as autoridades a aumentar a conscientização sobre a nova pandemia de coronavírus entre os moradores — Foto:  Fadel Senna/AFP
O marroquino Daoui Mohammed, presidente da associação comunitária Anwal, posa para uma foto em Sale, no Marrocos. Daoui contribui e ajuda as autoridades a aumentar a conscientização sobre a nova pandemia de coronavírus entre os moradores — Foto: Fadel Senna/AFP

No Marrocos, o governo precisou combater o fluxo inverso da migração, barrando a entrada de quem voltava da Espanha, país duramente castigado pelo novo coronavírus. Embora criticada por organizações de direitos humanos, esta abordagem agressiva, que impediu a repatriação de seus cidadãos, permitiu ao país conter a propagação do vírus e manter-se com cerca de 9 mil casos e 200 mortos.

O fechamento prematuro das fronteiras marroquinas levou também em conta o sistema de saúde pública precário do país, que no ano passado enfrentou a demissão de mais de 300 médicos. A mais alta entidade religiosa do Marrocos, o Conselho Supremo de Ulemás, emitiu um decreto encerrando cultos em todas as mesquitas. Os marroquinos entraram em quarentena em 20 de março, submetidos a um toque de recolher entre 19h e 5h.

Outro exemplo listado é o do Chade, no centro-norte do continente, que conseguiu conter a propagação da pandemia, com 850 casos e 73 mortos. As restrições se assemelharam às dos vizinhos: declaração de estado de emergência sanitária, fechamento de fronteiras, toque de recolher, restrições de viagens internas e encerramento de comércio e escolas.

AMÉRICAS — Dominica, Barbados e Uruguai
Dominica não registrou mortos entre os 18 casos do novo coronavírus na população de 72 mil habitantes. Afetada há três anos pelo Furacão Maria, a pequena ilha do Caribe superou outro desafio. Foi declarada livre do Covid-19 por seu primeiro-ministro, Roosevelt Skerrit.

No Caribe Oriental, Barbados ainda tem poucos casos isolados, de um total de 96 infectados e sete mortos. As empresas reabriram nesta segunda-feira, seguidas por atividades esportivas, parques e praias. Eventos podem ter até 250 pessoas, mas o toque de recolher ainda vigora de sexta-feira a domingo, entre 22h e 5h.
Homem e menina passeiam pela Rambla, o calçadão da orla de Montevidéu — Foto: Eitan Abramovich/AFP
Homem e menina passeiam pela Rambla, o calçadão da orla de Montevidéu — Foto: Eitan Abramovich/AFP

Com apenas 848 doentes e 23 mortos, o Uruguai é apontado como modelo entre os países da América do Sul. Optou pela quarentena, mas sem impô-la de forma obrigatória a seus 3,5 milhões de habitantes.

A ameaça da pandemia pairou de imediato sobre o recém-empossado presidente conservador Luis Lacalle Pou. Ele apelou para o senso de responsabilidade dos uruguaios, suspendendo aulas e fechando fronteiras. Saía para trabalhar quem realmente precisava. Atualmente, o maior risco para o país vem do Brasil.

ÁSIA — Camboja, Tailândia e Japão
Pessoas fazem fila para entrar no shopping Siam Paragon, em Bangcoc, na Tailândia — Foto:  Mladen Antonov / AFP
Pessoas fazem fila para entrar no shopping Siam Paragon, em Bangcoc, na Tailândia — Foto: Mladen Antonov / AFP

O país foi incluído na lista da Iunera por ter agido com rapidez para conter a doença, que afetou 128 pessoas, todas recuperadas. Não houve quarentena obrigatória, mas as escolas permaneceram fechadas, assim como as fronteiras, internas e externas, causando impacto econômico ao país de 16 milhões de habitantes.

De acordo com a empresa de dados alemã, a Tailândia é atualmente um dos melhores países em recuperação da pandemia em todo o mundo e o primeiro na Ásia. O toque de recolher foi suspenso nesta segunda-feira, depois de 21 dias sem registrar casos. Máscaras são obrigatórias desde janeiro.

Escolas que têm até 120 alunos, cinemas, shows, museus e parques de diversão foram reabertos na Tailândia, que registrou 3.135 casos e 58 mortes. Em breve, o país retomará viagens para China, Japão, Laos, Mianmar, Camboja e Coreia do Sul entre outros.
Pessoas bebem em um ‘izakaya’, bar em estilo informal, no distrito Shinbashi, em Tóquio, no Japão, em 10 de junho — Foto: Charly Triballeau/AFP
Pessoas bebem em um ‘izakaya’, bar em estilo informal, no distrito Shinbashi, em Tóquio, no Japão, em 10 de junho — Foto: Charly Triballeau/AFP

Já o Japão — que teve 17.587 contaminados e 927 mortos — conseguiu controlar a doença e já se encontra na terceira e última fase da reabertura da economia. No início, o panorama parecia sombrio, mas o sistema de saúde, o rastreamento de doentes e hábitos de higiene já enraizados na população funcionaram de forma eficaz e ajudaram a conter o vírus no estágio inicial do surto.

EUROPA — Montenegro, Islândia e Croácia
Com 315 dos 326 infectados já recuperados, Montenegro suspendeu a exigência do uso de máscaras e autorizou a entrada de estrangeiros no país, que declarou-se livre da Covid-19 em 24 de maio, antes dos demais vizinhos do continente europeu.

A Islândia foi, desde o início da pandemia, uma história de sucesso, registrou apenas 10 mortos. O país insular, de 360 mil habitantes, manteve o surto sob controle, sem necessidade de bloqueio rigoroso. Mas imprimiu velocidade na detecção da doença, com alto índice de testagens.
O país já recebe visitantes, há dez cabines de testes instaladas no aeroporto de Keflavik, o maior da Islândia, onde chegam diariamente oito voos da Europa.
Não se pode dizer que a doença foi erradicada no país — ainda há quatro casos ativos. A Croácia, por sua vez, aproxima-se rapidamente desta realidade. Atualmente, o país tem dois doentes internados e um total de 2.137 recuperados, com 107 vítimas.

OCEANIA — Fiji, Nova Zelândia e Austrália
Foto de 17 de abril de 2020 - Equipe médica em uma estação de testes de Covid-19 em Christchurch, na Nova Zelândia — Foto: AP Photo/Mark Baker, File
Foto de 17 de abril de 2020 - Equipe médica em uma estação de testes de Covid-19 em Christchurch, na Nova Zelândia — Foto: AP Photo/Mark Baker, File

A Nova Zelândia é considerada outro modelo bem-sucedido. O governo da primeira-ministra trabalhista Jacinda Ardern impôs três meses de fortes restrições aos cinco milhões de habitantes. A flexibilização se deu em cinco fases — a última anunciada recentemente pela primeira-ministra. As fronteiras ainda estão fechadas a estrangeiros, mas o distanciamento social já não é necessário.

Apesar do pânico entre a população de 930 mil habitantes, o arquipélago de Fiji reafirmou sua condição paradisíaca na pandemia: 18 infectados, todos curados. No último dia 4, o país zerou os casos de Covid, conforme o premiê Frank Bainimarama anunciou pelas redes sociais, após 45 dias sem registrar doentes. A fórmula, segundo ele, combinou orações respondidas, trabalho duro e afirmação da ciência.

Desde o primeiro caso confirmado, no início de março, os australianos entraram em quarentena. Quem saía acompanhado era sujeito à multas. A saúde da população foi prioritária em relação à economia. Funcionou.
Exemplo de combate à Covid, Nova Zelândia retoma jogos da liga de rugby, com direito à torcida
Exemplo de combate à Covid, Nova Zelândia retoma jogos da liga de rugby, com direito à torcida

CORONAVÍRUS

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