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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Sapos com falta de dedos e até sem olhos são identificados em Noronha, dizem cientistas

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Pesquisadores da Unicap e Unicamp informaram que população desse animais é superior ao que é considerado normal. 
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Por Ana Clara Marinho, g1 PE

Postado em 15 de dezembro de 2022 às 20h00

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Professor da Unicamp, Felipe Toledo, realiza estudo dos sapos de Noronha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
Professor da Unicamp, Felipe Toledo, realiza estudo dos sapos de Noronha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Fernando de Noronha conta com uma quantidade de sapos superior ao que é considerado normal. Cerca de 50% dos animais têm problemas de formação. Pesquisadores identificaram bichos com falta de dedos nas mãos e pés. Alguns têm apenas um ou nenhum olho.

A situação chamou atenção de pesquisadores da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e da Universidade de Campinas (Unicamp). Eles realizam um estudo para saber motivos das anomalias e formas de controle da superpopulação.

Foram identificadas má formação dos sapos, com a falta de olhos — Foto: Felipe Toledo/Acervo pessoal
Foram identificadas má formação dos sapos, com a falta de olhos — Foto: Felipe Toledo/Acervo pessoal

Os sapos, conhecidos como cururus, têm nome científico Rhinella diptycha. O projeto de cooperação técnica para os estudos é um trabalho novo entre as duas instituições de ensino.

A bióloga Roberta Pinto, professora da Unicap, fez a primeira visita a Noronha para a coleta de material.

Foi bastante preocupante o estado das populações de anfíbios. Chamou atenção o índice de má-formação e a expansão dos sapos. Em todos os campos noturnos que realizamos, encontramos muitos animais, disse a professora.

Pesquisadores realizam coleta de dados na ilha  — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
Pesquisadores realizam coleta de dados na ilha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Professor da Unicamp, Felipe Toledo também considerou muito grande a quantidade de sapos na ilha e ressaltou os problemas dos animais.

Metade dos sapos tem algum problema, algum defeito. Geralmente, nas mãos ou nos pés. Outros têm problemas nos olhos. Em Noronha, existem bilhões de sapos. Uma fêmea pode colocar 40 mil ovos, que pode representar 40 mil girinos. Eles não têm predadores na ilha. Por isso, a população é imensa, declarou Toledo.

A estudiosa Roberta Pinto afirmou que o monitoramento está sendo realizado para avaliar os cururus da ilha.

Vamos analisar o ambiente. Fizemos coletas de água e vamos avaliar o índice de metais pesados. Vamos coletar sedimentos, que podem estar na areia e nos locais que os animais são encontrados, falou.

Alguns sapos têm dedos curtos  — Foto: Felipe Toledo/Acervo pessoal
Alguns sapos têm dedos curtos — Foto: Felipe Toledo/Acervo pessoal

Algumas hipóteses para os problemas são estudadas. Existem evidências da proximidade dos animais com a urbanização e o alto índice de má-formação. Isso pode ser um indicativo de que tem uma relação com a degradação ambiental, disse Felipe Toledo.

A professora Roberta Pinto declarou que o cruzamento de animais com problemas pode ter gerado a transmissão genética para os filhotes.

Os estudiosos devem indicar ao Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) um controle desses dos sapos.

Nós trabalhamos para indicar projetos para o Plano de Conservação da Biodiversidade Terrestre de Noronha. Vamos apresentar uma proposta de controle ao ICMBio, informou a pesquisadora Roberta Pinto.

Os estudiosos coletaram dados antes de partir da ilha e devem retornar a Fernando de Noronha no período de chuvas, quando esperam identificar uma quantidade maior de animais e informações complementares.

Lagarto

Além do estudo dos sapos, os pesquisadores da Unicap e da Unicamp realizam análise de uma nova espécie invasora de lagarto na ilha. Os estudiosos avaliam a invasão do Tropidurus, animal que pode causar um desequilíbrio ecológico.Fernando de Noronha

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