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terça-feira, 21 de março de 2023

IPCC: ações urgentes contra mudanças climáticas ainda podem garantir ‘futuro habitável’ na Terra

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Em novo relatório publicado nesta segunda-feira (20), painel da ONU faz um resumo final do consenso científico dos últimos anos sobre o aquecimento do planeta, mas alerta que ritmo atual das ações globais é ‘insuficiente’.
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 21 de março de 2023 às 09h00m

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Manifestação do 'Fridays For Future' em Berlim, Alemanha, em alerta às mudanças climáticas na Terra. — Foto: AP Photo/Michael Sohn, File
Manifestação do 'Fridays For Future' em Berlim, Alemanha, em alerta às mudanças climáticas na Terra. — Foto: AP Photo/Michael Sohn, File

Após uma semana de negociações, o IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, divulgou nesta segunda-feira (20) o relatório síntese do seu atual ciclo de avaliações sobre o aquecimento global provocado pelo homem - o próximo só deve ser publicado no final desta década.

O documento não traz novos estudos, mas sim um resumo final do conteúdo dos seis últimos relatórios elaborados pelo painel, reconhecido mundialmente como a fonte mais confiável de informações sobre as mudanças do clima.

Nele, os cientistas alertam que ainda há esperança para a ação global frente à estabilização da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, embora muito ainda precise ser feito para evitar o colapso climático do nosso planeta.

Este Relatório Síntese ressalta a urgência de tomar medidas mais ambiciosas e mostra que, se agirmos agora, ainda podemos garantir um futuro sustentável habitável para todos, disse o presidente do IPCC, Hoesung Lee.

A integração de ações climáticas efetivas e equitativas não apenas reduzirá perdas e danos à natureza e às pessoas, mas também proporcionará benefícios mais amplos.

Entre suas principais conclusões, o relatório que tem 93 autores também pontua que existem várias opções viáveis e eficazes para nos adaptarmos às mudanças climáticas e reduzirmos globalmente as emissões de poluentes.

Apesar disso, o IPCC também relembra que esse desafio continua cada vez maior, já que as demandas vistas como fundamentais para que o aquecimento do planeta não ultrapasse o limite de 1,5°C até o fim do século vêm sendo implementadas num ritmo considerado insuficiente pelos membros do painel.

Para chegar lá, segundo os atuais cálculos do IPCC, precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050.

A humanidade está num gelo fino – e esse gelo está derretendo rapidamente, disse o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres.

Nosso mundo precisa de ação climática em todas as frentes – tudo, em todos os lugares, ao mesmo tempo", acrescentou. 

Principais conclusões do relatório síntese
  • O uso de combustíveis fósseis está impulsionando de forma esmagadora o aquecimento global;
  • A temperatura global da superfície aumentou mais rapidamente desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos durante os últimos 2000 anos;
  • Para manter o aquecimento em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas de forma profunda, rápida e sustentável em todos os setores;
  • Para chegar lá, segundo os atuais cálculos do IPCC, precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050;
  • Os atuais níveis de financiamento para o clima são altamente inadequados, e ainda pesadamente ofuscados pelos fluxos financeiros para as energias fósseis;
  • A mudança climática reduziu a segurança alimentar e afetou a segurança da água, e os eventos de calor extremo estão aumentando as taxas de mortalidade e doenças;
  • Apesar da crescente conscientização e criação de políticas, o planejamento e a implementação da adaptação estão ficando aquém do necessário;
  • Para que o nosso mundo seja sustentável e igualitário, precisamos tomar as medidas certas agora;
  • Um futuro resiliente e habitável ainda está disponível para nós, mas as ações tomadas nesta década para produzir cortes de emissões profundos, rápidos e sustentados representam uma janela rapidamente estreita para a humanidade limitar o aquecimento a 1,5°C com mínimo ou nenhum excesso.
Correndo contra o tempo

Na última conferência do clima da ONU, a COP27, o documento final assinado pelos mais de 200 países-membros contemplou pela primeira vez na história uma resolução sobre um tipo de financiamento climático a países vulneráveis à crise do clima.

Chamado de perdas e danos, esse fundo era uma das questões-chave da cúpula do ano passado e uma demanda antiga de países em desenvolvimento.

Apesar de essa ser uma grande conquista apontada por especialistas, a COP 27 de Sharm El-Sheikh também foi tida como muito insuficiente em outros aspectos.

O texto final da Conferência das Partes da ONU, por exemplo, não trouxe avanços sobre o uso dos poluentes combustíveis fósseis nem colocou um limiar no pico de emissões globais de gases de efeito estufa até 2025, duas demandas vistas como fundamentais para que o aquecimento do planeta não ultrapasse o limite de 1,5°C.

Aumento da temperatura global — Foto: Arte/G1
Aumento da temperatura global — Foto: Arte/G1

Esse é o limiar de aumento da taxa média de temperatura global que temos que atingir até o final do século para evitar as consequências da crise climática. A taxa é medida em referência aos níveis pré-industriais, a partir de quando as emissões de poluentes passar a afetar significativamente o clima global.

Para chegar lá, segundo os atuais cálculos do IPCC, precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050, algo que somente é possível se atingirmos um pico antes de 2025.

O presidente do IPCC, Hoesung Lee, durante a COP 27, a cúpula do clima da ONU de 2022. — Foto: AP Photo/Peter Dejong
O presidente do IPCC, Hoesung Lee, durante a COP 27, a cúpula do clima da ONU de 2022. — Foto: AP Photo/Peter Dejong

Por isso, diversas reivindicações permanecem em aberto e devem ser discutidas até a próxima cúpula da ONU este ano, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

E o relatório síntese terá um papel fundamental na cúpula, já que esta será a primeira conferência a analisar os esforços globais para reduzir as emissões desde o acordo de Paris, e incluirá petições de países mais pobres que pedem por mais ajuda.

(VÍDEO: IPCC: três próximos anos são cruciais pra manter o aquecimento do planeta dentro da meta do Acordo de Paris.)

IPCC: três próximos anos são cruciais pra manter o aquecimento do planeta dentro da meta do Acordo de ParisIPCC: três próximos anos são cruciais pra manter o aquecimento do planeta dentro da meta do Acordo de Paris
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Por que cientistas discutem criação de fuso horário na Lua

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A Agência Espacial Europeia (ESA) argumentou que combinar um fuso horário para a Lua não apenas tornará mais fácil para diferentes agências espaciais trabalharem juntas, mas também pode ajudar a ter orientação e navegação mais precisas na superfície lunar.
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TOPO
Por BBC

Postado em 21 de março de 2023 às 07h30m

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Relógios correm mais rápido na Lua do que na Terra — Foto: Getty Images via BBC
Relógios correm mais rápido na Lua do que na Terra — Foto: Getty Images via BBC

Que horas são na Lua? No momento, ninguém tem certeza.

O tempo na órbita da Terra geralmente é o mesmo que na região correspondente do planeta, mas como diferentes países planejam viajar e trabalhar na superfície lunar nos próximos anos, há um debate sobre se não seria uma boa ideia ter um horário lunar oficial.

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) argumentou que combinar um fuso horário para a Lua não apenas tornará mais fácil para diferentes agências espaciais de todo o mundo trabalharem juntas, mas também pode ajudar a ter orientação e navegação mais precisas na superfície lunar.

Agentes espaciais europeus dizem que uma única agência espacial teria que ser a responsável por estabelecer qual deveria ser o horário lunar.

Também seria necessário tomar uma decisão sobre se deveríamos seguir o fuso horário de um país aqui na Terra ou se deveríamos ter um horário específico para a Lua.

A cronometragem do tempo na Lua pode ser complicada pois os relógios funcionam um pouco mais rápido na superfície lunar - um dia de 24h em um relógio lunar tem 56 microssegundos a menos do que na Terra. Pode parecer pouco, mas é uma diferença que vai se acumulando. Isso acontece porque a Lua tem uma gravidade mais fraca do que a Terra.

Normalmente, as missões de curto prazo para a Lua usam antenas de rádio para tentar manter o equipamento sincronizado com o tempo na Terra, mas especialistas da ESA dizem que esse método pode não ser adequado a longo prazo conforme os humanos comecem a manter uma permanência maior no satélite natural da Terra.

Bernhard Hufenbach, da ESA, diz que estabelecer um fuso horário na Lua significará que o mesmo pode ser feito para futuras visitas a outros locais no espaço, como Marte.

Ele disse ainda que é preciso pensar na praticidade para os astronautas trabalhando na superfície lunar. Ele também listou certos desafios, como áreas da Lua onde um dia dura quase um mês terrestre e noites geladas que duram duas semanas (devido a diferença no tempo de rotação do astro).

Os EUA, a Índia, a Rússia e o Japão planejam missões à Lua neste ano.

A primeira visita humana à Lua em mais de 50 anos está programada para 2025, com a missão Artemis, da Nasa, que levará a primeira mulher e o próximo homem à superfície lunar.

O que é um fuso horário?

O tempo é dividido ao redor do globo em fusos horários usando linhas imaginárias chamadas meridianos. Eles vão do Pólo Norte ao Pólo Sul.

Uma dessas linhas imaginárias passa por Greenwich, em Londres, que estabelece o Greenwich Mean Time, ou GMT.

Países que estão à leste do Reino Unido (como o Japão) estão à frente desse horário base e países que estão à oeste (como o Brasil) estão atrasados.

O Brasil tem mais de um fuso, mas o que é seguido na maior parte do país é o fuso horário de Brasília, que é equivalente a menos 3 horas do horário em Greenwich, ou seja, é -3 GMT.

Isso significa que quando são 8h da manhã no Brasil, é 11h da manhã em Londres (a não ser que seja horário de verão em algum dos países).

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0363yk190jo

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