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domingo, 9 de dezembro de 2018

Conheça 10 formas de colaborar com o combate ao aquecimento global

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Sabemos que o aquecimento global já se tornou realidade - mas há muitas coisas que podemos fazer para ajudar a mitigá-lo. Confira um guia preparado pela BBC com as estratégias mais eficazes.
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Por BBC 

Postado em 09 de dezembro de 2018 às 16h00m 
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Os principais especialistas do mundo em clima fizeram seu aviso mais severo até agora: as ações já implementadas não são suficientes para atingir a meta de aquecimento global de 1,5ºC. Segundo relatório divulgado em setembro, a humanidade precisa se esforçar mais.

Não existe dúvida de que a mudança climática é uma realidade, e há diversos exemplos de como isso nos afeta, desde incêndios na Califórnia a chuvas torrenciais no Brasil.

Mas não devemos nos perguntar se o aquecimento global está acontecendo ou se é potencializado pelos seres humanos. A pergunta mais importante é: o que podemos fazer para freá-lo?
Embarcação navega entre o gelo do mar de Chukchi, no Alasca. O aquecimento global está derretendo o gelo marinho e as geleias, abrindo caminhos nunca acessados antes — Foto: David Goldman/AP PhotoEmbarcação navega entre o gelo do mar de Chukchi, no Alasca. O aquecimento global está derretendo o gelo marinho e as geleias, abrindo caminhos nunca acessados antes — Foto: David Goldman/AP Photo

Confira aqui nosso guia com as estratégias mais eficazes para ajudar a mitigá-lo, que envolvem transporte, alimentação, vestuário, reprodução entre outros temas.

1. Qual é a coisa mais importante que a humanidade deve fazer nos próximos anos - e o que isso significa para mim?
O objetivo número um? Limitar o uso de combustíveis fósseis como petróleo, carvão e gás natural e substituí-los por fontes de energia renováveis e mais limpas, aumentando a eficiência energética.

"Precisamos reduzir as emissões de CO² quase pela metade (45%) até o final da próxima década", diz Kimberly Nicholas, professora associada de Ciência da Sustentabilidade no Centro de Estudos em Sustentabilidade da Universidade de Lund, na Suécia.

O caminho para essa transição inclui decisões diárias ao seu alcance - como dirigir e voar menos, optar (se possível) por um fornecedor de energia "verde" e até mesmo mudar o que você come e compra.

Claro que a mudança climática não será resolvida apenas pelos nossos hábitos de compra ou de transporte, embora muitos especialistas concordem que isso seja importante. Essa postura pode influenciar outras pessoas a mudarem também (leia mais abaixo).
Branqueamento de corais ocorre por aumento de temperatura do oceano e é intensificado pelo aquecimento global.  — Foto: ARC Centre of Excellence for Coral Reef StudiesBranqueamento de corais ocorre por aumento de temperatura do oceano e é intensificado pelo aquecimento global. — Foto: ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies

Na prática, são necessárias mudanças que só podem ser feitas em uma escala maior, como reformular nosso sistema de subsídios para as indústrias de energia e alimentos, que continuam a depender de combustíveis fósseis, ou estabelecer novas regras e incentivos para setores como agricultura, desmatamento e gestão de resíduos.

Um bom exemplo da importância disso diz respeito aos refrigeradores. Um grupo formado por pesquisadores, empresários e ONGs chamado Drawdown descobriu que se livrar de HFCs (produtos químicos usados em geladeiras e ar condicionado) era a medida mais eficaz para reduzir as emissões. Isso porque eles causam 9.000 vezes mais aquecimento na atmosfera do que o CO². A boa notícia é que avançamos nisso, e há dois anos 170 países concordaram em começar a eliminar gradualmente os HFCs a partir de 2019.

Isso é importante porque precisamos de "mudanças sem precedentes em todos os aspectos da sociedade para lidar com o aquecimento global", diz o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). "Todos terão que se envolver", diz Debra Robert, co-presidente dessa organização. 

2. Mudar como as indústrias são administradas ou subsidiadas não parece algo em que eu possa influenciar...ou eu posso?
Você pode. "Os indivíduos precisam exercer seus direitos tanto como cidadãos quanto como consumidores", dizem Debra Robert, do IPCC, e outros especialistas, "pressionando governos e empresas a fazerem as mudanças necessárias em todo o sistema".

Outra forma, cada vez mais adotada por universidades, grupos religiosos e recentemente até mesmo a nível nacional, é "alienar" recursos de atividades poluidoras - como evitar estoques de combustíveis fósseis ou bancos que investem em indústrias de alta emissão. Ao se livrar de instrumentos financeiros relacionados à indústria de combustíveis fósseis, as organizações podem tomar medidas climáticas e colher benefícios econômicos.

3. Fora isso, qual seria a melhor ação a tomar no meu dia a dia?
Um estudo de 2017, da Universidade de Lund (Suécia), listou 148 ações individuais sobre mudanças climáticas de acordo com seu impacto. Abdicar dos carros era a ação mais eficaz que um indivíduo poderia tomar (exceto não ter filhos - leia mais sobre isso abaixo). Os carros são mais poluentes em comparação com outros meios de transporte, como transporte público, bicicleta e seguir a pé.

Em países industrializados, deixar de usar o carro pode reduzir 2,5 toneladas de CO² - cerca de um quarto das emissões anuais médias (9,2 toneladas) por cada pessoa em países desenvolvidos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

"Devemos optar por veículos mais eficientes e, sempre que possível, pelos elétricos", diz Maria Virginia Vilarino, uma das especialistas que participaram da elaboração do último relatório do IPCC.

4. Mas a energia renovável não é muito cara?
Na verdade, as energias renováveis, como a eólica e a solar, estão se tornando cada vez mais baratas em todo o mundo (embora os custos finais dependam de circunstâncias locais)

O último relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) descobriu que várias das fontes de energias renováveis mais usadas, como solar, geotérmica, bioenergia, energia hidrelétrica e eólica em terra, vão custar o mesmo ou serão até mais baratas do que os combustíveis fósseis até 2020. Algumas já são mais econômicas.
Placas de energia solar — Foto: AES Tietê/DivulgaçãoPlacas de energia solar — Foto: AES Tietê/Divulgação

O custo dos painéis solares caiu 73% desde 2010, por exemplo, tornando a energia solar a fonte de eletricidade mais barata para muitos lares na América Latina, Ásia e África. No Reino Unido, as energias solar e eólica em terra são mais competitivas do que o gás e, até 2025, serão a fonte mais barata de geração de eletricidade.

Alguns críticos argumentam que esses preços desconsideram o valor da integração de energias renováveis no sistema elétrico - mas evidências recentes sugerem que esses custos são "modestos" e gerenciáveis para a rede.

5. Eu poderia fazer diferença mudando minha dieta?
Essa é mudança de comportamento muito importante. De fato, depois dos combustíveis fósseis, a indústria de alimentos - e, em particular, o setor de carnes e laticínios - é um dos que mais colaboram para a mudança climática. Se o gado fosse um país, seria o terceiro maior emissor mundial de gases de efeito estufa, depois da China e dos EUA.

A indústria da carne contribui para o aquecimento global de três grandes formas. Em primeiro lugar, o arroto das vacas libera muito metano, um gás de efeito estufa. Em segundo lugar, alimentamos o gado com outras fontes potenciais de alimentos, como milho e soja, o que gera ineficiência de processos. E, finalmente, esse tipo de atividade também exige grandes quantidades de água, fertilizantes que podem liberar gases de efeito estufa e terra - que acaba vindo de florestas desmatadas, outra fonte de emissões de carbono.

Você não precisa se tornar vegetariano ou vegano para fazer a diferença: reduza gradualmente e torne-se um 'flexitariano'. Ao reduzir seu consumo de proteína animal pela metade, você pode reduzir a pegada de carbono da sua dieta em mais de 40%.

6. Quão prejudicial é viajar de avião?
Os aviões funcionam a partir de combustíveis fósseis e ainda não foi descoberta uma alternativa à altura. Embora alguns dos primeiros esforços para usar painéis solares para alimentar aeronaves ao redor do mundo tenham tido êxito, ainda estamos a décadas de distância de voos comerciais movidos a energia solar.

Um voo transatlântico normal de ida e volta transatlântico pode liberar cerca de 1,6 toneladas de CO², de acordo com o estudo de Nicholas - quase tanto quanto as emissões anuais médias de uma pessoa na Índia. Isso também destaca a desigualdade da mudança climática: enquanto todos serão afetados, apenas uma minoria de humanos voará e menos pessoas farão vôos com frequência.

Há aqueles que decidiram desistir de voar ou voar menos. Reuniões virtuais, férias em destinos locais ou usar trens em vez de aviões são maneiras de reduzir seu impacto no aquecimento global.

Quer saber quanto sua viagem contribui para a mudança climática? Meça suas emissões de carbono nesta calculadora por pesquisadores da Universidade Berkeley, na Califórnia.

7. Eu deveria fazer compras de forma diferente?
Provavelmente. Tudo o que compramos tem uma pegada de carbono, seja na forma como é produzido ou na forma como é transportado.

Por exemplo, o setor de vestuário representa cerca de 3% das emissões globais de CO² da produção mundial, principalmente devido ao uso de energia para produzir roupas. O ritmo frenético da fast fashion contribui para isso, pois as roupas são descartadas ou se desfazem após curtos períodos.

O transporte internacional, incluindo o marítimo e o aéreo, também gera impacto. Os produtos enviados do Chile e da Austrália para a Europa, ou vice-versa, têm mais "milhas alimentares" e geralmente uma pegada de carbono maior do que a produção local. Mas esse nem sempre é o caso, já que alguns países cultivam plantações fora da estação em estufas com uso intensivo de energia - então a melhor coisa a fazer é comer alimentos cultivados localmente e sazonais.

Mesmo assim, tornar-se vegetariano ainda é melhor para o meio ambiente do que comprar alimentos locais.

8. Devo pensar em quantos filhos terei (ou não terei)?
O estudo de Nicholas concluiu que ter menos filhos é a melhor maneira de reduzir sua contribuição às mudanças climáticas, com quase 60 toneladas de CO² a menos por ano. Mas esse resultado é polêmico - e leva a outras questões.

Uma delas é se você se torna responsável pelas emissões climáticas dos seus filhos. A outra é onde esses bebês nascem.

Se você é responsável pelas emissões de seus filhos, seus pais seriam responsáveis pelas suas? E se você não for, como deveríamos considerar o fato de que mais pessoas provavelmente vão gerar mais emissões de carbono? Também poderíamos perguntar se ter descendentes é um direito humano indiscutível.

E poderíamos questionar se ter filhos é necessariamente uma coisa ruim para resolver a mudança climática: talvez precisaremos de mais pessoas para solucionar os problemas das gerações futuras, e não menos.

Essas são questões filosóficas difíceis - e não vamos tentar respondê-las aqui.
O que sabemos é que cada pessoa gera emissões de CO² diferentes. Embora a média humana seja de 5 toneladas por ano, isso varia de acordo com o país: nações desenvolvidas como os Estados Unidos e a Coreia do Sul têm médias nacionais mais altas (16,5 toneladas e 11,5 toneladas por pessoa, respectivamente) do que países em desenvolvimento, como Paquistão e Filipinas (cerca de 1 tonelada cada). Mesmo dentro de um mesmo país, pessoas mais ricas têm emissões mais altas do que aquelas com menos acesso a bens e serviços. Então, se você decidir levar essa questão em conta, tem que lembrar que não se trata apenas de quantos filhos você tem, mas sim de onde e quem você é.

9. Que diferença comer menos carne ou viajar menos de avião pode realmente fazer para o mundo?
Na verdade, não é só você. Sociólogos descobriram que, quando uma pessoa toma uma decisão rumo à sustentabilidade, outras pessoas também o fazem.

Aqui estão quatro exemplos:
Os especialistas dizem acreditar que isso ocorre porque estamos constantemente avaliando o que pessoas do nosso entorno estão fazendo, ajustando nossas crenças e ações de acordo com isso.

Quando as pessoas veem seus vizinhos tomando ações ambientais, como a conservação de energia, inferem que pessoas como elas também valorizam a sustentabilidade e se sentem mais compelidas a agir.

10. E se eu simplesmente não puder evitar viagens de avião ou reduzir minha locomoção por meio de carros?
Se você simplesmente não puder fazer todas as mudanças necessárias, considere a possibilidade de compensar suas emissões a partir de um projeto verde confiável - não um "cheque em branco", mas outro recurso para compensar o inevitável vôo ou viagem de carro.

A Convenção do Clima da ONU mantém um portfólio de dezenas de projetos em todo o mundo para os quais você pode contribuir. Para descobrir quantas emissões você precisa para 'comprar' de volta o que gastou, use essa calculadora de pegada de carbono.

Independentemente de onde você viva, já deve ter observado como a mudança climática impacta sua vida. Mas o oposto também é verdade: suas ações influenciarão o planeta nas próximas décadas - para melhor ou para pior.
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Brasil tem 5,2 milhões de crianças na extrema pobreza e 18,2 milhões na pobreza

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Crianças e jovens são os mais afetados pela pobreza no Brasil, segundo o IBGE.
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Por Daniel Silveira e Luiz Guilherme Gerbelli, G1 

Postado em 09 de dezembro de 2018 às 15h00m 
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Pesquisa do IBGE mostrou que todas as faixas de pobreza tiveram aumento no Brasil na passagem de 2016 para 2017 — Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilPesquisa do IBGE mostrou que todas as faixas de pobreza tiveram aumento no Brasil na passagem de 2016 para 2017 — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Os indicadores sociais revelam uma realidade perversa para crianças e jovens no Brasil. No ano passado, 12,5% da população brasileira de 0 a 14 anos vivia na extrema pobreza e 43,4% na pobreza, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta semana.

Em números absolutos, são 5,2 milhões de brasileiros de 0 a 14 anos na extrema pobreza – o equivalente a quase toda a população da Dinamarca – e 18,2 milhões na pobreza – pouco mais do que o número de habitantes do Chile.
A pesquisa mostrou um outro dado alarmante: entre todos os grupos etários, o porcentual de pobreza por contingente populacional tem maior concentração nas crianças e jovens.

Segundo o IBGE, é considerado em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivale a aproximadamente R$ 140 por mês. Já a linha de pobreza é de rendimento inferior a US$ 5,5 por dia, o que corresponde a cerca de R$ 406 por mês. Essas linhas foram definidas pelo Banco Mundial para acompanhar a pobreza global.
Futuro ameaçado — Foto: Arte/G1Futuro ameaçado — Foto: Arte/G1

"A criança pobre tem obviamente menos oportunidade do que a criança não pobre, tem muito menos acesso ao investimento em capital humano", afirma o economista e professor da PUC do Rio de Janeiro José Marcio Camargo.
Em relação a 2016, houve uma ligeira piora. Há dois anos, 11,4% dos brasileiros entre 0 e 14 anos estavam na extrema pobreza e 42,9% na pobreza.

Historicamente, o Brasil sempre foi um país com pobreza concentrada em crianças e jovens. E, apesar do retrocesso recente, as condições destes grupos até melhoraram nas últimas décadas com a implementação de programas sociais, como o Bolsa Escola, nos anos 90, depois incorporado ao Bolsa Família.

A dificuldade de uma mudança estrutural, segundo analistas, se dá pela escolha do Brasil de priorizar o gasto público nos mais velhos, sobretudo com o modelo atual do sistema previdenciário.

O sistema de aposentadoria do Brasil é considerado um ponto fora da curva quando comparado com o de outros países. O Brasil tem 8,5% da população com mais de 65 anos e gasta 13% do Produto Interno Bruto (PIB) com Previdência. No Japão, um terço da população é composta por idosos, mas a despesa previdenciária é de 10%.

"Os números da fotografia da pobreza mostram que o tratamento dado para os vários grupos é diferente. E isso fica evidente porque, de alguma forma, crianças e jovens estão em condições de menor igualdade em relação às gerações mais velhas", diz o diretor da FGV Social, Marcelo Neri.

Um levantamento conduzido pelo pesquisador também ajuda a revelar como a estrutura atual do país deixa os mais jovens desprotegidos. No biênio de 2016 e 2017, a probabilidade de uma criança entrar no campo da pobreza era de 8,9%. Entre os idosos, ficou em 1,6%.

E, de fato, os próprios números do IBGE reforçam que os indicadores sociais são muito melhores para os que têm 60 anos ou mais. Em 2017, 1,7% eram extremamente pobres e 8,1% eram pobres.

Programas ajudaram no combate à pobreza
Os programas sociais criados nas últimas décadas ajudaram a mitigar a pobreza entre os mais jovens porque passaram a fazer uma espécie de concorrência com o mercado de trabalho ao exigirem a matrícula de crianças em escola para o pagamento de benefícios.

Nos anos 90, por exemplo, uma criança de uma família que estava entre as 20% mais pobres da população, podia contribuir com até 30% da renda per capita familiar, por meio do trabalho.

"Isso significava que, se essa criança saísse do mercado de trabalho e fosse para a escola para estudar, a família perderia 30% da renda per capita", afirma Marcio Camargo. "Para uma família pobre, é muito dinheiro."
Bolsa Família  — Foto: Assessoria/Prefeitura de Porto VelhoBolsa Família — Foto: Assessoria/Prefeitura de Porto Velho

Uma análise detalha do impacto do Bolsa Família por faixa etária também mostra como o programa é eficiente para reduzir a pobreza entre os mais jovens. Em 2017, de acordo com Neri, entre as famílias contempladas pelo programa, as crianças de 0 a 4 anos eram beneficiadas com uma valor do benefícios oito vezes superior ao dos idosos.

"Os programas como Bolsa Escola e Bolsa Família tiveram as crianças como grandes beneficiárias. Não foram suficientes para reverter a tendência como um todo, mas ajudaram a nivelar o campo de jogo", diz Neri. 

País deve enfrentar encruzilhada
O Brasil deve enfrentar uma encruzilhada para definir o rumo do gasto público no futuro diante de uma provável combinação de milhões de crianças e jovens na pobreza em uma sociedade que será cada vez mais velha e que deve demandar mais gastos do governo - não apenas em Previdência, mas em saúde.

"Os dois extremos vão precisar do Estado, mas o país não pode abrir mão de políticas públicas ativas para a infância e juventude", afirma o superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques. "Será preciso reorganizar a política e ela não poder ser punitiva para os mais pobres."

Neste mês, o IBGE divulgou que a expectativa de vida ao nascer no Brasil era de 76 anos em 2017, um aumento de três meses e onze dias em relação ao ano anterior. A expectativa da FGV é que a proporção de idosos entre a população total do país cresça 488% nos próximos 50 anos.

Expectativa de vida do brasileiro ao nascer (1940 - 2017)
Brasileiro nascido em 2017 vive em média dois meses a mais que os que nasceram há dois anos
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Fonte: IBGE

"Um gasto público com educação costuma favorecer mais a criança, o gasto com saúde beneficia mais o idoso", diz Neri. "O país vai ter de enfrentar uma série de ajustes nas políticas públicas, com faixas mais e menos impactadas pelas tomadas de decisão."

Por ora, segundo o pesquisador da FGV, as pesquisas indicam que o retorno do investimento social nos mais jovens tem sido melhor do que em faixas etárias superiores porque as crianças têm mais anos para se beneficiar dos investimentos e, portanto, a possibilidade de transformação social deste grupo é maior.

"A política social brasileira deixa a pessoa viver uma vida miserável e, no fim da vida, ela ganha um bilhete premiado e passa a ter uma renda maior", diz Neri. "Não que essa renda seja suficiente. Mas é algo que não faz sentido para o ciclo de vida de uma pessoa."
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