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domingo, 26 de setembro de 2021

IPCA-15: prévia da inflação acelera para 1,14% em setembro, maior taxa para o mês desde o início do Plano Real

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Gasolina e energia elétrica foram, novamente, as 'vilãs' da alta de preços no país. Com o resultado, inflação acumulada em 12 meses passa de dois dígitos e atinge quase o dobro do teto da meta do governo.
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Por Daniel Silveira, g1 — Rio de Janeiro
24/09/2021 09h00 
Postado em 26 de setembro de 2021 às 12h00m


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Preço do litro da gasolina em setembro passa dos R$ 7 em postos de combustíveis no Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução/RBS
Preço do litro da gasolina em setembro passa dos R$ 7 em postos de combustíveis no Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução/RBS

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou de 0,89% em agosto para 1,14% em setembro, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, "trata-se do maior resultado para o mês de setembro desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,63%", além de ser a maior taxa da série histórica do indicador desde fevereiro de 2016, quando ficou em 1,42%.

IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) — Foto: Economia/G1
IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) — Foto: Economia/G1

No ano, o índice acumulou alta de 7,02%. Já no acumulado em 12 meses, o indicador superou os dois dígitos, ficando em 10,05%, quase o dobro do teto da meta estabelecida pelo governo para a inflação deste ano, que é de 5,25%.

O resultado veio pior do que o esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,02% para o período.

Inflação acumulada em 12 meses passa dos dois dígitos em setembro e é quase o dobro do teto da meta do governo para o ano — Foto: Economia/G1
Inflação acumulada em 12 meses passa dos dois dígitos em setembro e é quase o dobro do teto da meta do governo para o ano — Foto: Economia/G1

Gasolina e energia: as vilãs da inflação

De acordo com o IBGE, a gasolina e a energia elétrica foram os itens que exerceram os maiores impactos individuais sobre o IPCA-15 de setembro, de 0,17 ponto percentual cada.

O preço médio da gasolina subiu 2,85% entre agosto e setembro e acumulou alta de 33,37% no ano e de 39,05% nos últimos 12 meses.

Já o preço médio da energia elétrica teve alta de 3,61% em setembro, abaixo da registrada em agosto, que foi de 5%. No ano, a alta acumulada foi de 20,27%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento acumulado foi de 25,26%.

O IBGE destacou que em agosto d vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh.

Quase tudo mais caro

O aumento de preços na passagem de agosto para setembro foi, mais uma vez, generalizado entre os produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para o cálculo do IPCA-15.

Dos 367 itens que compuseram a cesta analisada pelo órgão no mês, 253 registraram alta. Com isso, o índice de difusão da inflação ficou em 68,9%.

Dos nove grupos pesquisados, oito registraram aumento de preços - somente o de educação teve taxa negativa no mês, embora próxima da estabilidade.

Segundo o IBGE, a alta da inflação no mês foi puxada pelo grupo de transportes, cuja variação mensal foi o dobro da registrada na passagem de julho para agosto, resultado influenciado pela alta de 3% nos preços médios dos combustíveis, acima da alta de 2,02% registrada em agosto.

Além do grupo de transportes, outros três registraram variação superior à do mês anterior (alimentação e bebidas, artigos de residência e saúde e cuidados pessoais). Os outros cinco grupos registraram desaceleração da taxa na comparação com agosto.

Veja o resultado do IPCA-15 para cada um dos grupos:

  • Alimentação e bebidas: 1,27%
  • Habitação: 1,55%
  • Artigos de residência: 1,23%
  • Vestuário: 0,54%
  • Transportes: 2,22%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,33%
  • Despesas pessoais: 0,48%
  • Educação: -0,01%
  • Comunicação: 0,02%
Comida cada vez mais cara

A inflação do grupo Alimentação e bebidas acelerou de 1,02% em agosto para 1,27% em setembro. Desde março, a taxa para este grupo acelera a cada mês.

A principal influência do aumento em setembro, segundo o IBGE, partiu da alimentação no domicílio, que acelerou de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro.

As carnes tiveram reajuste de 1,10% e foram as principais responsáveis pelo resultado, com impacto de 0,03 p.p.

Todavia, os alimentos que registraram os maiores aumentos de preços no mês foram a batata-inglesa (10,41%), o café moído (7,80%), o frango em pedaços (4,70%), as frutas (2,81%) e o leite longa vida (2,01%).

No lado oposto, de queda de preços, os destaques ficaram com o arroz (-1,03%), que registrou a oitava deflação mensal consecutiva, a cebola (-7,51%), a sexta taxa negativa seguida.

A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de agosto para setembro, passando de 0,35% para 0,69%.

No entanto, observaram-se movimentos distintos nos dois principais componentes desse subgrupo: enquanto a refeição subiu 1,31%, frente à alta de 0,10% no mês anterior, o lanche registrou recuo de 0,46%, após alta de 0,75% em agosto, destacou o IBGE.

Passagens aéreas voltam a subir

Os preços médios das passagens aéreas subiram 28,76% em setembro, após terem registrado queda de 10,90% em agosto.

No acumulado do ano, as passagens aéreas continuaram registrando deflação. Mas a alta mensal fez com que essa queda acumulada fosse reduzida em mais da metade - passou de -34,52% em agosto para -15,70% em setembro.

Já o indicador acumulado em 12 meses quase dobrou, passando de 29,03% para 56,68%.

Alta em todas as regiões pesquisadas

A alta do IPCA-15 foi registrada em todas as 11 áreas regionais do país em que o IBGE realiza a pesquisa de preços para calcular o indicador.

Fortaleza registrou a menor taxa, influenciada pela queda nos preços do tomate, das carnes e dos produtos farmacêuticos. Já a maior variação foi registrada em Curitiba, onde pesaram as altas da gasolina e da energia elétrica.
Alta de preços foi registrada em todas as áreas pesquisadas pelo IBGE para cálculo da prévia da inflação — Foto: Economia/G1
Alta de preços foi registrada em todas as áreas pesquisadas pelo IBGE para cálculo da prévia da inflação — Foto: Economia/G1

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de agosto e 14 de setembro de 2021 e comparados com aqueles vigentes entre 14 de julho a 13 de agosto. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos

Inflação persistente e acima da meta

A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Na última quarta-feira (22), a entidade monetária decidiu aumentar a Selic de 5,25% para 6,25%. Foi a quinta alta consecutiva da taxa, que atingiu o maior patamar desde julho de 2019.

Na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central dois dias antes do aumento da Selic, os analistas do mercado financeiro aumentaram de 8% para 8,35% a expectativa para a inflação de 2021.

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,03% para 4,10% a estimativa de inflação - foi a nona alta seguida no indicador.

No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

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Cientistas dizem ter descoberto a 'fórmula matemática da forma dos ovos'

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Os ovos das aves despertam há muito tempo a atenção de cientistas de todo o mundo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 26 de setembro de 2021 às 10h10m


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Não é a primeira vez que os cientistas tentam estabelecer a fórmula do ovo — Foto: Pixabay
Não é a primeira vez que os cientistas tentam estabelecer a fórmula do ovo — Foto: Pixabay

Os ovos das aves despertam há muito tempo a atenção de cientistas ao redor do mundo.

E, agora, um grupo de pesquisadores afirma ter descoberto a fórmula matemática que pode descrever a forma dos ovos de qualquer espécie de ave. Caso seja confirmada, seria uma descoberta almejada por muitos durante décadas.

Especialistas — da Universidade de Kent, no Reino Unido; do Instituto de Pesquisa para Tratamento Ambiental, na Ucrânia; e da empresa Vita-Market — dizem ter resolvido o enigma que intrigava matemáticos, engenheiros e biólogos interessados ​​em entender um objeto, o ovo, grande o suficiente para conter e incubar um embrião e pequeno o bastante para ser expelido pelo corpo das aves sem rolar em seguida.

Os cientistas publicaram sua descoberta na Annals of the New York Academy of Sciences, revista científica editado pela Academia de Ciências de Nova York, nos Estados Unidos.

O ovo é, na verdade, uma maravilha da natureza com a composição estrutural adequada para suportar o peso necessário e ser o início da vida para 10.500 espécies de aves que sobreviveram desde a época dos dinossauros.

Não é à toa que o ovo foi descrito como "a forma perfeita".

Citado pelo site especializado em ciência Eurekalert!, Darren Griffin, professor de genética da Universidade de Kent e um dos responsáveis ​​pela descoberta, disse que "processos de evolução biológica como a formação de um ovo devem ser investigados para se conseguir uma descrição matemática como base para a pesquisa em biologia evolutiva".

Griffin acredita que a nova "fórmula universal pode ser usada em diferentes disciplinas-chave, especialmente na indústria de alimentos e avícola, e servirá como estímulo para pesquisas futuras baseadas no ovo como objeto de estudo."

Até agora, todas as análises da forma do ovo haviam sido baseadas em quatro figuras geométricas: esférica, elipsoide, ovoide e piriforme (em forma de pêra).

Os cientistas de Kent introduziram uma função adicional à piriforme, desenvolvendo assim um modelo matemático adequado para uma forma geométrica completamente nova, caracterizada como a última fase da evolução esférico-elipsoidal, que é aplicável à geometria de todos os ovos.

A nova fórmula matemática para a forma dos ovos é baseada em quatro parâmetros: comprimento do ovo, largura máxima, deslocamento de seu eixo vertical e o diâmetro na altura de um quarto do comprimento do ovo.

Buscada durante anos, a nova fórmula representa um avanço significativo na compreensão da forma do ovo em si, mas também de como e por que evoluiu — o que se espera que possibilite uma ampla variedade de aplicações biológicas e tecnológicas.

As pesquisas de alimentos, a engenharia mecânica, a agricultura, a biologia, a arquitetura e a aeronáutica já utilizavam descrições matemáticas de todas as formas básicas do ovo e são algumas das áreas em que a nova fórmula poderia ter mais impacto.

Múltiplas possibilidades

A nova fórmula representa um importante avanço com possíveis aplicações em diferentes setores.

Agora que a forma de um ovo pode ser descrita com uma fórmula matemática, os trabalhos de sistematização biológica e otimização de processos, como incubação e seleção de aves, vão ficar mais fáceis.

As características externas de um ovo são vitais para pesquisadores e engenheiros que desenvolvem tecnologias para incubação, armazenamento e seleção de ovos.

É preciso simplificar o processo de identificação usando apenas o volume, raio, superfície ou curvatura do ovo — e a fórmula recém-desenvolvida oferece uma solução a este respeito.

Sem contar as possibilidades para a arquitetura e a engenharia. O ovo é um sistema natural estudado para o desenvolvimento de tecnologias de ponta.

Na arquitetura, as formas ovoides são comuns, como é o caso da sede da prefeitura de Londres e outros prédios ao redor do mundo, pois sua adoção permite suportar cargas máximas com consumo mínimo de material. A nova fórmula do ovo também deve ajudar nessa área.

A sede da prefeitura de Londres é um dos exemplos do uso da forma ovoide na arquitetura. — Foto: Domínio público/via Wikipedia
A sede da prefeitura de Londres é um dos exemplos do uso da forma ovoide na arquitetura. — Foto: Domínio público/via Wikipedia

Michael Romanov, pesquisador-visitante da Universidade de Kent, argumenta que "esta equação matemática ressalta nossa compreensão e apreciação por uma certa harmonia filosófica entre matemática e biologia, e para uma maior compreensão de nosso universo a partir delas, claramente compreendido na forma de um ovo".

"Este estudo inovador revela porque a pesquisa colaborativa de diferentes disciplinas é essencial", conclui Valeriy Narushin, que também esteve envolvido no projeto.

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