Total de visualizações de página

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Pessoas recebem sangue criado em laboratório em teste inédito

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


A expectativa é de que possa revolucionar o atendimento a pacientes com grupos sanguíneos raros e que precisam de transfusões regulares.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por James Gallagher, BBC

Postado em 08 de novembro de 2022 às 12h20m

 #.*Post. - N.\ 10.547*.#

O sangue criado em laboratório está sendo mantido em Bristol, no Reino Unido — Foto: BBC/NHSBT
O sangue criado em laboratório está sendo mantido em Bristol, no Reino Unido — Foto: BBC/NHSBT

Voluntários receberam transfusões de sangue criado em laboratório, no primeiro ensaio clínico do tipo no mundo, realizado por pesquisadores do Reino Unido.

Pequenas quantidades estão sendo testadas para ver como o sangue de laboratório se comporta dentro do corpo.

O objetivo desse teste não é substituir as doações de sangue por completo — a maior parte das transfusões de sangue vai sempre depender de doadores voluntários. A meta do experimento é fabricar sangue para grupos sanguíneos ultrarraros, difíceis de se obter com doadores.

É o caso de pacientes que dependem de transfusões de sangue regulares para condições como anemia falciforme.

Se o sangue não for exatamente compatível, o corpo começa a rejeitá-lo, e o tratamento não funciona. Este nível de compatibilidade de tecidos vai além dos conhecidos grupos sanguíneos A, B, AB e O.

A professora Ashley Toye, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, afirma que alguns grupos são "muito, muito raros" — e "pode ​​haver apenas 10 pessoas no país" capazes de doar.

No momento, existem apenas três unidades do grupo sanguíneo "Bombay" — identificado pela primeira vez na Índia — em estoque em todo o Reino Unido, por exemplo.

Um glóbulo vermelho cultivado em laboratório, que transporta oxigênio e dióxido de carbono ao redor do corpo — Foto: NHSBT/BBC
Um glóbulo vermelho cultivado em laboratório, que transporta oxigênio e dióxido de carbono ao redor do corpo — Foto: NHSBT/BBC

Como o sangue é criado?

O projeto de pesquisa é conduzido por equipes de Bristol, Cambridge, Londres e do NHS Blood and Transplant, órgão do sistema público de saúde do Reino Unido. Ele se concentra nos glóbulos vermelhos que transportam oxigênio dos pulmões para o resto do corpo.

É assim que funciona:

  • O teste começa com uma doação normal de cerca de 470 ml de sangue;
  • Esferas magnéticas são usadas para "pescar" células-tronco flexíveis que são capazes de se tornar um glóbulo vermelho;
  • Essas células-tronco são incentivadas a crescer em grande número nos laboratórios;
  • Depois, elas são direcionadas a se tornar glóbulos vermelhos.

O processo leva cerca de três semanas e uma reserva inicial de cerca de meio milhão de células-tronco resulta em 50 bilhões de glóbulos vermelhos.

Estes são então filtrados para se obter cerca de 15 bilhões de glóbulos vermelhos que estão no estágio certo de desenvolvimento para transplante.

"Queremos produzir o máximo de sangue possível no futuro, então vejo na minha cabeça uma sala cheia de máquinas produzindo continuamente a partir de uma doação de sangue normal", conta Toye.

— Foto: NHSBT/BBC
— Foto: NHSBT/BBC

Duas pessoas já participaram do ensaio, que visa testar o sangue em pelo menos 10 voluntários saudáveis. Eles vão receber duas transfusões de 5 a 10 ml com pelo menos quatro meses de intervalo — uma de sangue normal e outra de sangue criado em laboratório.

O sangue foi marcado com uma substância radioativa, frequentemente usada em procedimentos médicos, para que os cientistas possam ver quanto tempo dura no corpo.

Espera-se que o sangue cultivado em laboratório seja mais potente que o normal.

Os glóbulos vermelhos duram normalmente cerca de 120 dias antes de precisarem ser substituídos. Uma doação de sangue típica contém uma mistura de glóbulos vermelhos jovens e velhos, enquanto o sangue cultivado em laboratório é feito na hora, então deve durar os 120 dias completos.

Os pesquisadores suspeitam que isso poderá permitir doações menores e menos frequentes no futuro.

Há, no entanto, desafios financeiros e tecnológicos consideráveis.

A doação de sangue comum custa ao NHS cerca de 130 libras (R$ 750). O cultivo de sangue custará muito mais, embora a equipe não diga quanto.

Outro desafio é que as células-tronco colhidas acabam se exaurindo, o que limita a quantidade de sangue a ser fabricado. Serão necessárias mais pesquisas para produzir os volumes que seriam necessários clinicamente.

"Esta pesquisa líder a nível mundial estabelece as bases para a fabricação de glóbulos vermelhos que podem ser usados ​​​​com segurança para fazer transfusão em pessoas com distúrbios como anemia falciforme", afirma Farrukh Shah, diretor médico de transfusão do NHS Blood and Transplant.

"O potencial deste estudo para beneficiar pacientes com dificuldade para fazer transfusão é muito significativo."

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

O misterioso roubo de US$ 3 bi em bitcoins desvendado com achado em lata de pipoca

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Autoridades dos EUA dizem que a apreensão é a segunda maior da história.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Joe Tidy, BBC

Postado em 08 de novembro de 2022 às 10h25m

 #.*Post. - N.\ 10.546*.#

O Bitcoin roubado foi encontrado em cartões de memória e em dispositivos físicos de Bitcoin — Foto: US DOJ via BBC
O Bitcoin roubado foi encontrado em cartões de memória e em dispositivos físicos de Bitcoin — Foto: US DOJ via BBC

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que apreendeu US$ 3,36 bilhões (R$ 17 bilhões) em bitcoins no ano passado, que foi roubado de um site da darkweb.

O estoque de 50.676 bitcoins foi encontrado escondido em vários dispositivos na casa de um hacker em um cofre embaixo do piso e dentro de uma lata de pipoca. A darkweb é uma parte da internet que só pode ser acessada usando software especializado.

James Zhong se declarou culpado de hackear os bitcoins em 2012 do mercado ilegal Silk Road. A batida policial na casa de Zhong, na Geórgia, foi realizada há um ano, mas só foi revelada agora.

Autoridades dos EUA dizem que a apreensão é a segunda maior da história. Ela ocorreu quando o valor do bitcoin estava no seu auge — os fundos apreendidos agora valeriam cerca de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões).

Autoridades dizem que encontraram o bitcoin espalhado pela casa em discos rígidos e outros dispositivos de armazenamento em um cofre no piso e em um pequeno computador escondido dentro de uma lata de pipoca em um armário do banheiro.

A polícia diz que Zhong conseguiu roubar os fundos do Silk Road aproveitando uma falha no sistema de pagamento do site.

Em setembro de 2012, ele abriu várias contas no mercado da darkweb e depositou uma pequena quantia de bitcoin em suas carteiras digitais. Ele então encontrou uma maneira de sacar quantias muito maiores rapidamente para não levantar suspeitas.

O Silk Road foi o primeiro mercado da darknet, que operou aproximadamente de 2011 a 2013. Foi usado por traficantes e outros vendedores ilegais para distribuir grandes quantidades de drogas ilegais e outros bens e serviços ilícitos para muitos compradores.

Em 2015, o fundador do Silk Road, Ross Ulbricht, foi condenado por unanimidade por um júri e sentenciado à prisão perpétua.

Zhong se declarou culpado em 4 de novembro de hackear o site e teve confiscados pela polícia o valor em bitcoin e ativos enquanto aguarda a sentença.

Ele pode pegar até 20 anos de prisão.

O advogado Damian Williams disse que a polícia usou técnicas de rastreamento de criptomoedas para localizar o bitcoin.

"Por quase 10 anos, o paradeiro desse enorme pedaço de bitcoin desaparecido se transformou em um mistério de mais de US$ 3,3 bilhões", disse. "Este caso mostra que não vamos parar de seguir o dinheiro, não importa o quão habilmente escondido, mesmo para uma placa de circuito escondida no fundo de uma lata de pipoca."

Na época, essa foi a maior apreensão de criptomoedas na história dos EUA, mas foi posteriormente superada em fevereiro, quando mais de US$ 4 bilhões em bitcoin roubado do hack da Bitfinex em 2016 foi confiscado.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-63554729

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++-----