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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Novo coronavírus pode ter ficado por até 70 anos em circulação silenciosa entre os morcegos, aponta estudo

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Pesquisadores analisam a 'árvore genealógica' do vírus e indicam três possíveis datas para o 'nascimento' da linhagem causadora da Covid: 1948, 1969 e 1982.  
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Por G1  
31/07/2020 05h01 Atualizado há 4 horas
Postado em 31 de julho de 2020 às 09h05m

            .      Post.N.\9.430     .        
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Pessoas compram morcegos em um mercado em Tomohon, na Indonésia, em foto de arquivo de 2014 — Foto: Michel Gunther/Biosphoto via AFPPessoas compram morcegos em um mercado em Tomohon, na Indonésia, em foto de arquivo de 2014 — Foto: Michel Gunther/Biosphoto via AFP

Uma parceria internacional entre cientistas tenta determinar a origem do novo coronavírus (Sars CoV-2). Divulgado na última edição da revista "Nature Microbiology", um estudo indica que a linhagem causadora da Covid-19 pode estar em circulação entre os morcegos há décadas.

Participaram da pesquisa especialistas dos Estados Unidos, Bélgica, Reino Unido e China. Para chegar ao resultado, o grupo tentou recriar a "árvore genealógica" do vírus.
Como há uma troca fácil de material genético entre os vírus, os cientistas dizem que não é simples descobrir esse caminho. Além disso, "regiões diferentes do genoma do vírus podem ter ancestrais diferentes", segundo Maciej F. Boni, autor principal do estudo e pesquisador pela Universidade Estadual da Pensilvânia.

Para superar esse obstáculo, Boni e seus colegas usaram três técnicas diferentes para identificar partes do genoma do vírus que permaneceram estáveis, que não passaram por essas trocas genéticas.

Após comparar o Sars-CoV-2 com genomas de vírus do mesmo subgênero (sarcovírus), as três técnicas indicam que ele compartilha uma linhagem ancestral com seu parente mais próximo conhecido, catalogado como RaTG13. Cada técnica fornece uma data provável para a separação: 1948, 1969 e 1982.

Os cientistas também alertam que podem ter existido mais linhagens de coronavírus com características apropriadas para infectar humanos. Além disso, como os vírus têm alta capacidade de trocar material genético, "será difícil identificar um com potencial para causar grandes problemas aos humanos antes que os surtos surjam", afirmam os autores.

Eles ressaltam a necessidade da criação de uma "rede global de sistemas de vigilância de doenças humanas em tempo real", como o que identificou os casos incomuns de pneumonia em Wuhan em dezembro de 2019.

O estudo também sugere que o novo coronavírus pode ter sido transmitido diretamente do morcego para o ser humano, embora não descarte a possibilidade de que os pangolins possam ter agido como um hospedeiro intermediário.
"As evidências atuais são consistentes com o vírus ter evoluído em morcegos, dando origem a variantes capazes de se replicar no trato respiratório superior de humanos e pangolins", cita trecho do artigo.
Seleção natural

Imagem colorida artificialmente mostra célula, em azul, infectada pelo Sars CoV-2, em vermelho — Foto: NIAIDImagem colorida artificialmente mostra célula, em azul, infectada pelo Sars CoV-2, em vermelho — Foto: NIAID

Outra pesquisa, ainda não publicada em nenhuma revista científica, aponta que a seleção natural do Sars-CoV-2 nos morcegos é que fez com que o vírus se tornasse "altamente capaz" de infectar humanos.

Os cientistas, de universidades na Escócia, Estados Unidos e Bélgica, chegaram à conclusão depois de comparar o novo coronavírus com vírus semelhantes que infectavam morcegos – do mesmo subgênero que o Sars-CoV-2, dos sarbecovírus.
"Surpreendentemente, o Sars-CoV-2 não precisou de adaptação significativa para humanos desde o início da pandemia de Covid-19", escreveram os pesquisadores.

Os cientistas lembraram que, desde que o genoma do novo coronavírus começou a ser sequenciado, não foram observadas muitas mutações nele em humanos; apesar disso, o vírus pareceu "surgir" dos morcegos já com uma habilidade adaptada para infectar células humanas.

Comparando as linhagens, eles perceberam que o vírus antecessor mais próximo do Sars-CoV-2, que infectava os morcegos, já tinha mudanças na proteína usada para infectar as células hospedeiras. Essas mudanças, apesar de serem aleatórias, acabaram sendo benéficas para o vírus.

Os vírus de RNA, como o novo coronavírus, são muito competentes em "trocar" de espécie hospedeira, explicam os cientistas, passando por adaptações, por seleção natural, que permite que eles infectem novas células hospedeiras de maneira eficiente.

A pesquisa ainda precisa passar pela revisão de outros cientistas (a chamada "revisão por pares" ou, em inglês, "peer review") para ser validada e publicada em revista científica.
China confina quase meio milhão perto de Pequim por novo surto de Covid-19
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OMS vai mandar equipe à China para pesquisar origem do novo coronavírus
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CORONAVÍRUS

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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Estudo investiga por que algumas pessoas têm defesa contra a Covid mesmo sem terem sido infectadas

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Pesquisadores avaliaram a presença de linfócitos T reativos ao Sars-Cov-2 em um pequeno grupo de pacientes que não tiveram contato com o vírus; descoberta pode explicar por que a doença atua de forma diferente em cada pessoa.  
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Por G1  
30/07/2020 15h10 Atualizado há 3 horas
Postado em 30 de julho de 2020 às 18h20m

            .      Post.N.\9.429     .        
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'Imunidade de rebanho': o que é e quais os riscos de deixar a pandemia correr seu curso
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Alguns indivíduos que não foram infectados pelo novo coronavírus podem estar protegidos mesmo sem uma vacina. É o que sugere um estudo publicado na quarta-feira (29) pela revista "Nature", que analisou a formação de células T reativas em pacientes saudáveis.

Esse mecanismo de defesa, em alguns pacientes, apresentou familiaridade com o vírus Sars-Cov-2. Isso sugere que o sistema imunológico de algumas pessoas estaria mais preparado para combater a infecção pelo agente causador da Covid-19 que o de outras.

A publicação do artigo foi aprovada de forma rápida pela revista (accelerated article preview) por conta da sua importância, mas passou pela avaliação de outros cientistas e editores da publicação – é a chamada peer review (revisão por pares). O trabalho (SARS-CoV-2-reactive T cells in healthy donors and patients with COVID-19) deve entrar na próxima edição da "Nature", em agosto, mas já está disponível para consulta on-line.
Os cientistas analisaram amostras de sangue de 68 voluntários na Alemanha. Eles não tinham sido expostos anteriormente ao vírus. Ao menos 35% dos participantes possuíam, em seu organismo, células T reativas ao coronavírus.

É assim que são chamadas as células capazes de reconhecer e combater este invasor. Segundo os pesquisadores, essas células teriam adquirido uma "memória" para o vírus a partir de infecções anteriores – é o que eles chamam de "imunização cruzada".
Foto microscópica mostra célula humana sendo infectada pelo Sars Cov-2, o novo coronavírus — Foto: NIAID/Nasa/ArquivoFoto microscópica mostra célula humana sendo infectada pelo Sars Cov-2, o novo coronavírus — Foto: NIAID/Nasa/Arquivo

Memória de defesa

As células T – ou linfócitos T – são um tipo de célula que tem como principal objetivo identificar e matar patógenos ou células infectadas. Elas fazem isso usando proteínas em sua superfície que se ligam a proteínas na superfície dos invasores.

Cada um desses linfócitos é altamente específico e existem trilhões de versões possíveis dessas proteínas na superfície, que podem reconhecer alvos diferentes.

Como as células T podem permanecer no sangue por anos após uma infecção, elas também contribuem para a chamada "memória de longo prazo" do sistema imunológico e permitem uma resposta mais rápida e eficaz quando há nova exposição a um antigo inimigo.

Estudos e vacinas

Outro estudo publicado na revista "Cell" apresentou a hipótese de que o fato de uma pessoa ter superado outros vírus anteriores da família coronavírus pode ter deixado como legado alguma imunidade no corpo – a partir da imunidade cruzada.

Se um indivíduo já teve contato com outro coronavírus no passado, é grande a possibilidade de as células T terem criado uma memória – e isso seria útil caso ele fosse infectado agora pelo Sars-CoV-2.

As células T fazem parte da imunidade adaptativa, ou seja, criam memória de outros corpos estranhos que já teve contato no passado e, assim, saberá como combatê-lo em um próximo momento.

No mundo, diversas vacinas estão sendo desenvolvidas com o uso de células T. A brasileira – executada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e pelo Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor) – é um exemplo.

Nos Estados Unidos, a vacina da Inovio – chamada de INO-4800 – teve resultados preliminares positivos e tem em sua composição estimulantes para aumentar a ação das células T.
‘Uma gota de esperança em um grande oceano’, diz infectologista sobre vacina de Oxford
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VACINA CONTRA A COVID-19


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Robô da Nasa parte em missão para Marte em busca de vida em local que já foi um lago há bilhões de anos

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Robô Perseverance, da Mars 2020, deve aterrissar no Planeta Vermelho em 18 de fevereiro do ano que vem. Ele vai coletar amostras em uma cratera de 45 km de largura na parte norte do planeta, em um depósito de sedimentos, e, depois, enviá-las de volta à Terra.  
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Por Carolina Dantas, G1  
30/07/2020 08h50 Atualizado há 2 horas
Postado em 30 de julho de 2020 às 10h50m

            .      Post.N.\9.428     .        
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Veículo espacial americano é lançado rumo a Marte para buscar sinais de vida no planeta Veículo espacial americano é lançado rumo a Marte para buscar sinais de vida no planeta


O robô Perseverance, da Nasa, partiu da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, às 8h50 da manhã desta quinta-feira(30), rumo a Marte, em busca de vida em um local que já foi um lago há bilhões de anos.

A previsão de pouso no Planeta Vermelho é em 18 de fevereiro do ano que vem.
O robô Perseverance carrega instrumentos para, além de coletar amostras, observar a geologia e transformar dióxido de carbono em oxigênio para viabilizar uma missão com humanos no planeta.
Robô Perseverance, da Nasa, é lançado da Estação da Força Aérea em Cabo Carnaveral, na Flórida, rumo a Marte, nesta quinta-feira (30). O robô deve aterrissar no Planeta Vermelho em 18 de fevereiro de 2021. — Foto: ReutersRobô Perseverance, da Nasa, é lançado da Estação da Força Aérea em Cabo Carnaveral, na Flórida, rumo a Marte, nesta quinta-feira (30). O robô deve aterrissar no Planeta Vermelho em 18 de fevereiro de 2021. — Foto: Reuters
"Estamos todos emocionados. É fantástico", declarou o diretor de ciências planetárias da Nasa, Bobby Braun, minutos após o lançamento.

Ele explicou que o foguete está "quase na rota de Marte". Ainda será necessária outra "queima de motor" para, então, o foguete sair da sombra da Terra, encontrar o Sol e os cientistas poderem fazer contato com a nave.
"Uma vez que fizermos isso, estaremos, de fato, a caminho de Marte", explicou Braun.

Entenda a Mars 2020

Os cientistas acreditam que Marte tinha, entre 3 e 4 bilhões de anos atrás, um lago onde hoje existe uma cratera. É lá que irá aterrissar a nova missão da agência espacial americana (Nasa), a Mars 2020, para coletar amostras em busca de vida. O local tem sedimentos similares aos encontrados na Terra que podem conter vestígios de organismos.
Localização da cratera de Marte onde irá aterrissar a missão em fevereiro de 2021 — Foto: JPL-Caltech/USGS/University of Arizona/NasaLocalização da cratera de Marte onde irá aterrissar a missão em fevereiro de 2021 — Foto: JPL-Caltech/USGS/University of Arizona/Nasa

'Perseverance'

O nome do robô foi escolhido por um estudante da sétima série do estado da Virgínia, anunciado em março deste ano. Alexander Mather teve a sugestão escolhida entre 28 mil inscrições feitas por alunos do ensino fundamental e médio dos Estados Unidos.
Alexander Mather, estudante americano que batizou o robô Perseverance — Foto: Joseph RebelloAlexander Mather, estudante americano que batizou o robô Perseverance — Foto: Joseph Rebello

O Perseverance é o mais recente robô da linha de enviados a Marte. O primeiro foi o Sojourner, em 1997, seguido por Spirit e Opportunity, que desembarcaram no planeta em 2004. O último foi o Curiosity, que está no planeta desde 2012. Todos eles tiveram os nomes escolhidos em concursos nacionais.

De acordo com a agência espacial americana, o Perseverance é um "cientista robô" que pesa pouco mais de 1 tonelada. Ele conta com uma série de instrumentos: câmeras de engenharia, equipamentos nos braços, uma broca, uma estação meteorológica, instrumento de laser, câmeras para fazer panoramas coloridos, entre outros.

Pouso

O local da chegada a Marte foi escolhido especialmente por ter mais chance de encontrar indícios de vida. A cratera Jezero foi um lago bilhões de anos atrás, e contém um depósito rico em argila. O nome significa, inclusive, "lago" em diferentes línguas, como tcheco e esloveno.

As amostras coletadas em solo retornarão, no entanto, em uma missão futura. Os instrumentos irão empacotar as rochas em pedaços do tamanho de um giz e colocá-los em tubos. Uma parceria da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA) trará o material de volta para análise dos cientistas na Terra, com equipamentos de maior capacidade para investigação científica.

Geologia e oxigênio

Os instrumentos enviados também precisam abrir espaço para a chegada do homem ao planeta vermelho. Será acoplado o Ingenuity junto ao Perseverance, um helicóptero de 1,8 kg com hélices que giram cerca de 8 vezes mais rápido do que um helicóptero comum.

O terreno será fotografado como nunca no planeta -- são 19 câmeras -- para trazer informações sobre o clima e a geologia de Marte. O instrumento MOXIE deverá produzir oxigênio com base na atmosfera de dióxido de carbono. Essa conversão será um dos passos para conseguir levar astronautas em uma missão tripulada no futuro. Além disso, outras missões para a Lua deverão "preparar o caminho" para conseguir chegar lá.

Cientista brasileiro participa da missão

Daniel Nunes é brasileiro e participa da missão Mars 2020 — Foto: Embaixada dos EUA no BrasilDaniel Nunes é brasileiro e participa da missão Mars 2020 — Foto: Embaixada dos EUA no Brasil

Daniel Nunes, um astrônomo e físico brasileiro, garantiu os ajustes finais da missão Mars 2020 em casa, de quarentena. O carioca trabalha na Nasa desde 2014 e é responsável pela produção de um radar de penetração do solo do planeta vermelho. Ele disse que tudo é possível com "muito trabalho e dedicação", mas que é um ambiente "bem competitivo" e "as coisas raramente vêm na primeira vez".

"Eu tenho duas funções. A primeira é a de investigador científico do instrumento, um radar de penetração do solo, e representar os interesses da missão durante o desenvolvimento. Também sou um co-investigador que deve acompanhar os dados desse instrumento", disse Nunes.

De acordo com o brasileiro, a Mars 2020 será uma missão de muitas "primeiras vezes". Será a primeira vez que uma sonda irá investigar a geologia de Marte em solo. Também será a primeira vez que irão converter dióxido de carbono em oxigênio. E a primeira vez que vão até uma cratera com sedimentos em Marte com chance de encontrar vestígios de vida anterior.
"Qualquer um desses resultado vai ser histórico. Já tivemos dois radares voando na órbita de Marte, mas a resolução era baixa. Esse é o primeiro radar na superfície.", explicou Nunes.

O Perseverance, o novo robô que a Nasa enviará rumo a Marte  — Foto: NasaO Perseverance, o novo robô que a Nasa enviará rumo a Marte — Foto: Nasa

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