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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Coronavírus: aumento das infecções na Alemanha e Coreia do Sul põe em dúvida volta à normalidade pós-isolamento

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Novos casos também foram registrados na França e no Irã; autoridades temem segunda onda de infecções.
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 Por BBC  

 Postado em 11 de maio de 2020  às 14h00m  
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Médicos usando roupa protetora e equipamento realizam testes de Covid-19 em laboratório em sistema drive-in em Berlim, na Alemanha, em foto de 23 de março — Foto: John MacDougall/AFP Médicos usando roupa protetora e equipamento realizam testes de Covid-19 em laboratório em sistema drive-in em Berlim, na Alemanha, em foto de 23 de março — Foto: John MacDougall/AFP

Novos surtos de coronavírus começam a pôr em dúvida o retorno à normalidade em países que recentemente flexibilizaram as medidas de isolamento social, como Alemanha e Coreia do Sul, levantando temores sobre uma segunda onda de infecções.

Já Wuhan, cidade chinesa onde a pandemia teve origem, informou que registrou o primeiro caso em semanas.

Na França, onde o confinamento começaria a ser flexibilizado a partir desta segunda-feira (11 de maio), as autoridades anunciaram a descoberta de pelo menos nove casos relacionados a um funeral em Dordogne, no sudoeste do país.
Países da Europa relaxam medidas de isolamento e iniciam processo de volta à normalidade
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E no Irã, uma província voltou a decretar o confinamento de sua população após registrar um aumento acentuado no número de pacientes com o vírus.

Os novos casos ilustram as dificuldades que governos de todo o mundo devem enfrentar nos próximos meses.

'Infecções em alta'
Na Alemanha, segundo o Instituto Robert Koch (RKI), a taxa de reprodução — o número estimado de pessoas um caso confirmado de coronavírus pode infectar — voltou a superar 1.
Isso significa que o número de infecções está aumentando no país.
O relatório foi divulgado quando milhares de alemães protestavam, no último sábado, pedindo o fim das duras medidas de isolamento social.

Poucos dias antes, na quarta-feira (6 de maio), a chanceler Angela Merkel anunciou uma ampla flexibilização das restrições nacionais, após conversas com os líderes dos 16 Estados da Alemanha.

Lojas vão poder reabrir, alunos voltarão gradualmente às aulas e a Bundesliga — a principal liga de futebol da Alemanha — será reiniciada neste próximo fim de semana.
Mas houve protestos em todo o país, com muitos manifestantes pedindo que medidas fossem suspensas ainda mais rapidamente.

A Alemanha tem o sétimo maior número de casos confirmados no mundo. São 169.218 casos confirmados e um número de mortes superior a 7 mil.
Chanceler alemã Angela Merkel chega para entrevista coletiva sobre reunião virtual que manteve com governadores nesta quarte-feira (6), em que foram acertados detalhes sobre medidas de relaxamento do confinamento devido à pandemia de coronavírus — Foto: Reuters/Michael SohnChanceler alemã Angela Merkel chega para entrevista coletiva sobre reunião virtual que manteve com governadores nesta quarte-feira (6), em que foram acertados detalhes sobre medidas de relaxamento do confinamento devido à pandemia de coronavírus — Foto: Reuters/Michael Sohn

Incerteza
O número de reprodução é uma maneira de avaliar o grau de contágio de uma doença. Não é um número fixo porque varia à medida que nosso comportamento muda ou à medida que a imunidade de uma população se desenvolve.

Trata-se de uma das três medidas importantes para monitorar um surto, sendo as demais a gravidade dos sintomas e o número de casos.
O relatório da agência de saúde pública do país, divulgado no sábado, informou que o número de reprodução foi estimado em 1,1. No domingo, essa taxa subiu para 1,13. O número havia ficado abaixo de 1 na maior parte das últimas três semanas.

A agência disse que essa estimativa envolve "um certo grau de incerteza", e a taxa deve ser observada de perto nos próximos dias.

Ainda não foi possível avaliar "se a tendência decrescente no número de casos de incidentes observados nas últimas semanas continuará ou se os números de casos aumentarão novamente", acrescentou.

A Alemanha ganhou elogios por sua resposta ao surto. Testes em massa e restrições efetivas à circulação de pessoas ajudaram a manter o número de mortos muito menor do que em outros países europeus.

Mas alguns criticaram a decisão de Merkel de relaxar essas medidas depois de falar com os chefes dos Estados na quarta-feira.

A chanceler impôs um "freio de emergência", exigindo que as autoridades locais restabelecessem restrições se os casos ultrapassarem o limite de 50 por 100 mil pessoas.

Foi o que aconteceu nos Estados da Renânia do Norte-Vestfália e de Schleswig-Holstein, que registraram surtos em fábricas de processamento de carne.

E um distrito no Estado da Turíngia registrou mais de 80 infecções por 100 mil pessoas — que se acredita estarem ligadas a surtos em unidades de saúde.

Enquanto alguns temem que o país esteja abrandando suas restrições muito cedo, outros protestam contra a continuidade do isolamento social.

No último sábado, milhares de pessoas se reuniram em importantes cidades do país — incluindo Berlim, Frankfurt, Munique e Stuttgart, para reivindicar a flexibilização das medidas.

Autoridades de Berlim prenderam cerca de 30 pessoas do lado de fora do Parlamento por não obedecerem às medidas de distanciamento social. Alguns manifestantes jogaram garrafas em direção à polícia.

Grupos de direita e teóricos da conspiração também participaram de alguns dos protestos.
Manifestante usa saco de papel com a mensagem 'Sou burro e acredito em tudo!' durante protesto em Hamburgo, na Alemanha — Foto: Fabian Bimmer/ReutersManifestante usa saco de papel com a mensagem 'Sou burro e acredito em tudo!' durante protesto em Hamburgo, na Alemanha — Foto: Fabian Bimmer/Reuters

Contágio em casas noturnas
Na Coreia do Sul, 34 novos casos de coronavírus foram confirmados, o maior número diário em um mês, muitos dos quais ligados a um homem que visitou várias casas noturnas em uma só noite.

Desses novos casos, anunciados no domingo, 26 foram infecções transmitidas internamente e oito foram importados, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC).

Foi o número mais alto registrado em um só dia desde 9 de abril. Depois de ter sido o primeiro país a combater a pandemia fora da China, a Coreia do Sul registrou zero ou muito poucos casos domésticos nos últimos 10 dias, com a contagem diária pairando em torno de 10 ou menos nas últimas semanas.

O ressurgimento ocorreu após um homem em torno de 20 anos ter visitado várias casas noturnas antes de ser diagnosticado com o coronavírus.

O surto levou a cidade de Seul a impor uma paralisação temporária imediata de todas as instalações de entretenimento noturno no sábado. As autoridades disseram que estão buscando localizar 1,5 mil pessoas que foram às boates. Pediram também que qualquer que tenha ido a esses locais se isolasse por 14 dias e realizasse um teste para confirmar seu diagnóstico.
Segurança controla temperatura de jornalistas na entrada da fábrica da Ford em Colônia, na Alemanha. Montadora norte-americana reinicia a produção nesta segunda-feira (4)  — Foto: Martin Meissner/AP Segurança controla temperatura de jornalistas na entrada da fábrica da Ford em Colônia, na Alemanha. Montadora norte-americana reinicia a produção nesta segunda-feira (4) — Foto: Martin Meissner/AP

Os novos casos ocorrem em um momento em que a Coreia do Sul começava a flexibilizar algumas restrições de isolamento social, buscando reabrir totalmente escolas e empresas.

O presidente Moon Jae-in alertou para uma segunda onda da epidemia no final deste ano, dizendo que o novo surto evidencia os riscos de que o vírus possa se espalhar amplamente a qualquer momento.

"Não acabou até acabar. Nunca devemos baixar nossa guarda em relação à prevenção de epidemias", disse ele em um pronunciamento na TV marcando o terceiro aniversário de sua posse.

"Estamos em uma guerra prolongada. Peço a todos que cumpram as precauções e regras de segurança até que a situação termine, mesmo depois de retomar a vida cotidiana."

Testes em massa e rastreamento de contatos de pacientes infectados ajudaram a quarta maior economia da Ásia a conter a epidemia em grande parte sem recorrer ao confinamento generalizado de sua população.

Violação das regras
25 de abril: mulheres com máscaras e equipamento de proteção contra a Covid-19 fazem compras em Teerã, no Irã. — Foto: Atta Kenare/AFP25 de abril: mulheres com máscaras e equipamento de proteção contra a Covid-19 fazem compras em Teerã, no Irã. — Foto: Atta Kenare/AFP

No Irã, a província do Cuzistão teve que confinar novamente sua população, segundo a agência de notícias Tasnim.

De acordo com o governador da província, Gholamreza Shariati, as pessoas não estavam praticando o isolamento social após a flexibilização das medidas.

"Por causa disso, o número de pacientes com coronavírus triplicou e a internação de pacientes aumentou 60%", disse Shariati.

O Irã, um dos países do Oriente Médio mais atingido pela covid-19, começou a retomar a normalidade para tentar reavivar sua economia, já duramente afetadas pelas sanções dos EUA.

CORONAVÍRUS

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Economistas do mercado financeiro passam a estimar tombo de 4,11% para o PIB em 2020

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Analistas das instituições financeiras, ouvidos pelo Banco Central na semana passada, também reduziram de 1,97% para 1,76% previsão de inflação para este ano. 
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 Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  

 Postado em 11 de maio de 2020 às 09h35m  

      Post.N.\9.265  
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Os analistas das instituições financeiras reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e também a estimativa para a inflação.

As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o PIB de 2020, a expectativa de redução passou de 3,76% para 4,11%. Essa foi a 13ª semana seguida de revisão para baixo do indicador.

PREVISÕES DO MERCADO PARA O PIB DE 2020
(EM %)
Fonte: BANCO CENTRAL

Apesar da nova queda, a previsão do mercado para a contração do PIB brasileiro em 2020 ainda está abaixo da divulgada pelo Banco Mundial, que estima um tombo de 5%, e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê queda de 5,3%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A nova redução da expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão.

Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.
Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) continuou em 3,20%.

FMI prevê queda de 5,3% do PIB brasileiro em 2020
FMI prevê queda de 5,3% do PIB brasileiro em 2020

Inflação abaixo de 2%
Segundo o relatório divulgado pelo BC, os analistas do mercado financeiro reduziram,de 1,97% para 1,76%, a estimativa de inflação para 2020. Foi a nona redução seguida do indicador.

A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.

Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2021, o mercado financeiro reduziu de 3,30% para 3,25% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Taxa básica de juros
O mercado passou a prever corte maior da taxa básica de juros da economia brasileira neste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 3% ao ano.

A previsão dos analistas para a taxa Selic, no fim de 2020, passou de 2,75% para 2,50% ao ano.

Para o fim de 2021, a expectativa do mercado caiu de 3,75% para 3,50% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem, embora em menor intensidade.

Outras estimativas
  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 permaneceu estável em R$ 5. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 4,75 por dólar para R$ 4,83 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 subiu de US$ 42 bilhões para US$ 42,50 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado continuou em US$ 42 bilhões.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, subiu de US$ 70 bilhões para US$ 70,75 bilhões. Para 2021, a estimativa dos analistas recuou de US$ 80 bilhões para US$ 79 bilhões.

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